Pathological profiles of systemic infections by Panton-Valentine leukocidin-positive, methicillin-resistant Staphylococcus aureus strains in a murine model.

AIMS: Staphylococcus aureus is one of the most common pathogens in hospital environment and community. Panton-Valentine leukocidin (PVL) production is clinically associated with skin abscesses, soft tissues infections, bacteraemia and sepsis. This study aimed to investigate the effects of the presence of genes lukF/S-PV coding for PVL, in histological and haematological features during systemic infection, using a Swiss mice experimental model. METHODS AND RESULTS: Experiments were performed using 25 mice distributed into five experimental groups, intravenously inoculated with 50 µl suspensions at density 1·0 × 107  CFU per ml of strains: methicillin-susceptible (MSSA) and pvl-negative strains isolated from nasal colonization; MSSA pvl-positive strains isolated from nasal colonization; methicillin-resistant (MRSA) and pvl-positive strains isolated from peripheral blood of a patient with severe pulmonary infection; and a MRSA pvl-positive strains isolated from a peripheral blood culture of a patient with bacteraemia. Haematological analysis was performed at 24, 48, 72 and 96 h post-infection. Morphoanatomy and histopathological analyses were performed at 96 h post-infection. For all S. aureus strains tested, the capability of intravenous dissemination and survival into mice tissues was demonstrated. Inflammatory processes at different levels were related to the presence of pvl genes, and included alterations in the format, size and colour of the organs. Staphylococcus aureus pvl-positive strains were detected in greater numbers in the organs of the infected animals. CONCLUSIONS: The pvl-positive strains isolated from blood cultures were capable to induce the greatest modifications in both haematological and histopathological profiles, and seemed to aggravate the systemic infections. SIGNIFICANCE AND IMPACT OF THE STUDY: These findings are valuable in characterizing infections caused by S. aureus in humans and murine.

Acometimento pulmonar em crianças com a síndrome da imunodeficiência humana (AIDS): estudo clínico e de necrópsia de 14 casos / Necroscopic study of 14 children with AIDS and pneumonia

OBJETIVOS: Descrever os aspectos clínicos, laboratoriais, radiológicos e anatomopatológicos encontrados em tecidos pulmonares de necrópsias de crianças com Aids e acometimento pulmonar. MÉTODOS: Foram revisados, retrospectivamente, prontuários, radiografias simples de tórax e laudos de necrópsias de 14 crianças com Aids e acometimento pulmonar. RESULTADOS: Oito casos eram do sexo masculino e seis do feminino. As idades variaram de três meses a nove anos, mediana de 1,2, sendo nove deles menores de dois anos. A transmissäo foi vertical em 10 pacientes, dos quais cinco mäes tinham história de contaminaçäo por relaçäo heterossexual; três, por hemotransfusäo e em duas, ignorada. Pneumonia (n=8), candidíase oral (n=8) e diarréia (n=5) foram as doenças prévias mais referidas. Os sinais e sintomas observados à internaçäo foram febre (n=12), dispnéia (n=10), tosse (n=11), linfoadenomegalia (n=11), hepato e/ou esplenomegalia (n=10), desnutriçäo (n=9), palidez (n=8), cianose (n=5) e baqueteamento digital (n=2). Os achados radiológicos mais comuns foram infiltrados difusos (n=6) e condensaçöes (n=5). As alteraçöes histológicas pulmonares foram compatíveis com pneumonia pelo citomegalovírus (n=9), por bactérias (n=8), por Pneumocystis carinii (n=3), por Hystoplasma capsulatum (n=1), por Toxoplasma gondii (n=1) e pneumonia intersticial linfocítica (n=1). A associaçäo CMV e bactéria foi observada em seis casos. CONCLUSÖES: Houve predomínio de menores de dois anos, de transmissäo vertical, de quadro clínico inespecífico de doença pulmonar e de infiltrados e condensaçöes à radiografia. Citomegalovírus e bactérias foram os agentes mais comuns, sendo freqüente a sua associaçäo. Pneumonia Intersticial Linfocítica e Pneumonia pelo P. carinii näo foram causas freqüentes de doenças pulmonares

Hanseníase e gravidez / Leprosy and pregnancy

Foram estudadas vinte grávidas hansenianas do ponto de vista clínico [oito lepromatosas (L), sete borderline, quatro tuberculóide (T) e uma indeterminada (I)] e avaliados seus recém-nascidos. Três pacientes apresentaram os primeiros sintomas da doença durante uma das gestaçöes e outra no puerpério. Uma paciente teve a doença durante 16 anos e outra recebeu tratamento durante 14. O exame bacterioscópico foi positivo em 13 e negativo em sete. O teste de Mitsuda foi negativo em 16, positivo em duas, e em outras duas näo foi realizado. O esquema terapêutico em 14 pacientes foi poliquimioterapia (diaminodifenilsufona, rifampicina e clofazimina), a monoterapia (diaminodifenilsufona) foi realizada em três e nenhuma delas mostrou resistência a droga. Outras três só iniciaram o tratamento após o parto. Os estados reacionais foram tratados com corticosteróide e ácido acetilsalicítico. O uso de drogas foi realizado de modo irregular em nove pacientes e em oito regularmente. Em dez pacientes, observaram-se surtos reacionais: oito durante a gestaçäo, uma no puerpério e outra na lactaçäo. Oito apresentaram quadro de eritema nodoso leproso e duas reaçäo reversa, sendo que uma delas desenvolveu neurite ulnar no 2§ mês de gestaçäo. Uma paciente mostrou sorologia positiva para sífilis sem manifestaçöes clínicas da doença. Outra apresentou baciloscopia positiva durante a lactaçäo. Um recém-nato apresentou quadro de dermatite esfoliativa nas primeiras horas de vida e sua mäe tinha recebido diaminodifenilsufona durante a gravidez. Entre os 20 recém-natos, cinco tinham peso inferior a 2.500g e quatro eram prematuros. Nós concluímos que os estados reacionais das pacientes, o baixo peso e a prematuridade dos recém-natos ocorreram nas grávidas do grupo de lepromatosas e borderline