RESUMO
Introduction: Syphilis is a sexually transmitted infection caused by the bacterium Treponema pallidum. In Brazil, its incidence has increased, along with the lack of penicillin, the antibiotic of choice for congenital syphilis, from 2014 to 2017. During this period, children were treated with alternative drugs, but to date, data from the scientific literature do not recommend another antibiotic. Objective: To compare the progression, according to the established treatment, and evaluate the follow-up in health care facilities in Vila Velha (Espírito Santo) of children with congenital syphilis aged up to two years, born in Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves a reference in neonatology and low-risk pregnancy in the state at the time from 2015 to 2016, when the hospital experienced a greater lack of penicillin. Methods: This is a retrospective cross-sectional observational study based on data from medical records of the hospital and other healthcare facilities in the city. We performed statistical analyses, per health district, of epidemiological and sociodemographic data, as well as those related to visits, their frequency, and clinical profile, according to the follow-up parameters proposed by the Ministry of Health at the time. Results: Medical records of 121 children were evaluated, presenting as the main findings: only 35% of the children completed the follow-up; among those treated with ceftriaxone, 55.2% completed the follow-up, and 100% of the children whose venereal disease research laboratory was greater than that of their mother at birth completed the follow-up. Of the symptomatic children at birth who remained or became symptomatic at follow-up, 58.8% used ceftriaxone. Conclusion: Among symptomatic children at birth, most of those treated with ceftriaxone remained symptomatic at follow-up. The Counseling and Testing Center was the most successful facility in the follow-up of these children. District 5 had the lowest success rate in the follow-up of these patients, and districts 1 and 2 showed the lowest rates of appropriate approach to congenital syphilis during follow-up. (AU)
Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. No Brasil, sua incidência vem aumentando, acompanhada da falta de penicilina, antibiótico de escolha para a sífilis congênita, no período de 20142017. Nesse período, as crianças foram tratadas com medicamentos alternativos, porém dados da literatura científica até o momento não recomendam outro antibiótico. Objetivo: Comparar a evolução, de acordo com o tratamento instituído, e avaliar o acompanhamento nas unidades de saúde em Vila Velha (ES), até os dois anos de idade, das crianças com sífilis congênita nascidas no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves referência em neonatologia e gravidez de baixo risco no estado na época de 2015 a 2016, período em que houve maior falta de penicilina no hospital. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal, retrospectivo, baseado em dados dos prontuários do hospital e outras Unidades de Saúde do município. Foram analisados estatisticamente, por região de saúde, dados epidemiológicos, sociodemográficos, bem como relativos às consultas, sua periodicidade e ao perfil clínico, de acordo com os parâmetros de seguimento propostos pelo Ministério da Saúde na época. Resultados: Avaliaram-se os prontuários de 121 crianças, obtendo-se como principais achados: somente 35% das crianças tiveram seguimento completo; das crianças tratadas com ceftriaxona, 55,2% tiveram seguimento completo, e 100% das crianças que tiveram VDRL maior que o da mãe no parto completaram o seguimento. Das crianças sintomáticas ao nascimento e que permaneceram ou ficaram sintomáticas no seguimento, 58,8% fizeram uso de ceftriaxona. Conclusão: Das crianças sintomáticas ao nascimento, as tratadas com ceftriaxona, em sua maioria, mantiveram-se sintomáticas no seguimento. O Centro de Testagem e Aconselhamento teve maior êxito no acompanhamento dessas crianças. A região 5 teve a menor taxa de êxito no seguimento desses pacientes, e as regiões 1 e 2 menor taxa de abordagem correta para sífilis congênita durante o seguimento. (AU)