RESUMO
Relatamos o caso de uma paciente de 78 anos, com diagnóstico estabelecido de síndrome das pernas inquietas (SPI), de etiologia primária com herança autossômica dominante. A paciente apresentava quadro depressivo associado. Enfatiza-se a piora do quadro clínico da SPI após o uso de anti-depressivo com ação inibidora seletiva da recaptação de serotonina (mirtazapina), com atenuação dos sintomas após a retirada da droga, e a excelente resposta terapêutica com o uso de agonista dopaminérgico (pramipexol) em baixa dose
Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Antidepressivos de Segunda Geração , Mianserina , Síndrome das Pernas Inquietas/etiologia , Antidepressivos de Segunda Geração , Depressão , Genes Dominantes , Linhagem , Síndrome das Pernas Inquietas/induzido quimicamente , Síndrome das Pernas Inquietas/genéticaRESUMO
A distonia laríngea (disfonia espasmódica) é distúrbio do movimento caracterizado por contrações involuntárias da musculatura laríngea envolvida no processo de vocalização. A utilização da toxina botulínica no tratamento da distonia laríngea trouxe consideráveis benefícios clínicos. Descrevemos os resultados preliminares do uso terapêutico da toxina botulínica no tratamento da distonia laríngea em 12 pacientes. Após investigação clínica, os pacientes foram submetidos a videolaringoestroboscopia para confirmação diagnóstica e as injeções de toxina botulínica foram realizadas através de punção da membrana cricotireóidea em direção ao músculo tireoaritenóideo, com uso de eletromiografia. A maioria dos pacientes submetidos ao tratamento com toxina botulínica apresentou melhora significativa da distonia laríngea (83 por cento dos casos), com duração média do efeito de quatro meses, sem efeitos colaterais significativos
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Pessoa de Meia-Idade , Adulto , Antidiscinéticos/uso terapêutico , Toxinas Botulínicas/uso terapêutico , Distonia/tratamento farmacológico , Doenças da Laringe/tratamento farmacológico , Antidiscinéticos/farmacologia , Toxinas Botulínicas/farmacologia , Eletromiografia , Seguimentos , Laringe/efeitos dos fármacos , Resultado do TratamentoRESUMO
Relatamos dois casos de doença de Lafora que apresentaram distúrbios do movimento, ataxia cerebelar, disartria e fenômeno do "susto exagerado", como manifestaçoes clínicas iniciais. Estes sintomas precederam as convulsoes, mioclonias e a demência progressiva. O diagnóstico foi confirmado pela identificaçao de corpos de inclusao, PAS positivo, na biópsia de pele de ambos os casos. Os pacientes relatados apresentam uma progressao lenta da doença, o que é incomum, com longa sobrevida. A doença de Lafora deve sempre ser incluída entre as causas de ataxia lentamente progressiva associada com epilepsia
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Doença de Lafora/patologia , Biópsia , Corpos de Inclusão/patologia , Doença de Lafora/diagnóstico , Doença de Lafora/tratamento farmacológico , Doença de Lafora/genética , Transtornos dos Movimentos/diagnósticoRESUMO
Os autores apresentam uma revisäo sobre os efeitos adversos das doenças renais sobre o sistema nervoso. A insuficiência renal afeta o sistema nervoso com elevada frequência. Este artigo aborda aspectos da insuficiência renal aguda e crônica e as manifestaçöes neurológicas, sejam periféricas ou centrais, ocasionadas por esta doença. A uremia, uma consequência metabólica direta da insuficiência renal, pode afetar o sistema nervoso central e periférico. O transplante renal e as drogas imunossupressoras com elevada frequência causam problemas neurológicos no pós-operatório, como: infecçöes, distúrbios linfoproliferativos pós-transplante e distúrbios do movimento secundários ao uso da ciclosporina. A diálise está associada a uma variedade de complicaçöes como: síndrome do desequilíbrio, síndrome diálise-demência, hematoma subdural e encelalopatia de Wernicke. Aspectos importantes da fisiopatologia, manifestaçöes clínicas, investigaçäo e o tratamento dessas complicaçöes também säo revisados neste artigo