RESUMO
RESUMOA presente revisão teve como objetivo verificar os efeitos da suplementação de Creatina (Cr) sobre o desempenho em exercícios contínuos e intermitentes de curta duração e alta intensidade, relatando resultados de estudos publicados desde 1993. Na maioria dos estudos, os resultados demonstram a eficácia da suplementação de Cr em aumentar a capacidade e desempenho em exercícios de predominância anaeróbia. Resultados controversos podem ser atribuídos a questões como o ganho de massa corporal, protocolo de suplementação insuficiente para promover aumento significativo das reservas intramusculares de Cr e possível presença de indivíduos não respondentes. A extrapolação desses resultados para o "mundo real" dos esportes ainda precisa ser melhor analisada através de pesquisas, visando esclarecer a real vantagem do uso deste suplemento por atletas e praticantes de diversas modalidades esportivas.
ABSTRACTThis review aimed to verify the effects of creatine supplementation on performance during short-term, high-intensity continuous and intermittent exercises, considering studies results published since 1993. In the majority of these studies, improvements on anaerobic capacity and performance in predominantly anaerobic exercise were evident. Controversial results may be attributed to some issues, such as body mass gain, no significant increase on muscle Cr content due to inadequate supplementation protocol, and influence of non-responders participants. Extrapolation of these results to the sports "real world" should be further analyzed to clarify the real advantages of Cr using as a supplement for athletes and Sports Enthusiast.
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi comparar o comportamento do consumo de oxigênio (VO2) em resposta a uma sessão de treinamento de força (TF) com objetivo em hipertrofia muscular (HP) com uma sessão com objetivo em resistência muscular localizada (RML). Nove indivíduos do sexo masculino (23,1 ± 2,1 anos) foram recrutados para este estudo. A força muscular dinâmica foi mensurada através do teste de 1RM. O VO2 foi coletado durante o repouso e 10 minutos de recuperação com um analisador de gases (CPX/D). As sessões foram compostas por um exercício de membros superiores (supino) e um de membros inferiores (agachamento), e compreenderam a execução de três séries de 6-8 repetições máximas (RM) a 80 por cento de 1RM para HP e 15-20 RM a 55 por cento de 1RM para RML. Foram analisados os dados de VO2 pós-exercício (EPOC), gasto energético (GE) de recuperação e constante de tempo de VO2 (CT). Foi observado que ambas sessões provocaram comportamento significativamente elevado de VO2 durante os 10min de recuperação em relação aos valores de repouso. Não houve diferenças significativas entre os valores de EPOC (litros) para HP (2,21 ± 0,54) e RML (2,60 ± 0,44), GE (kcal) para HP (10,36 ± 2,53) e RML (12,18 ± 2,04) e CT (segundos) para HP (56 ± 7) e RML (57 ± 6) (p > 0,05). Esses resultados demonstraram que uma sessão de TF com objetivo em RML é capaz de causar distúrbios metabólicos semelhantes àqueles provocados por uma sessão de HP, mesmo que seja em menor intensidade relativa a carga máxima.
The purpose of the present study was to compare the oxygen uptake ( VO2) behavior in response to a resistance exercise (RE) session with aim of hypertrophy (HP) with another session with aim of local muscular endurance (LME). Nine young men (23.1± 2.1 years) voluntarily participated in the present study. Dynamic muscle strength was measured with one repetition maximum test (1RM). O VO2 was collected at rest and ten minutes after exercise with a gas analyzer (CPX/D). The RE protocols were composed of one upper body exercise (bench press) and one lower body exercise (squat) with the execution of 3 sets of 6-8 maximum repetitions (RM) with 80 percent of 1RM in HP session and 3 sets of 15-20 RM with 55 percent of 1 RM in LME session. Exercise post oxygen consumption (EPOC), energy cost (EC) and time constant (TC) of VO2 were analyzed. The results showed that both RE sessions provoked significant elevated VO2 after RE in comparison to rest values. There were no differences between groups in the EPOC (l) (HP: 2.21 ± 0.54 vs. LME: 2.60 ± 0.44), EC (Kcal) (HP: 10.36 ± 2.53 vs LME: 12.18 ± 2.04) and TC of VO2 (s) (HP: 56 ± 7 vs. LME: 57 ± 6) (p>0.05). These results demonstrated that a RE session with the aim of LME gain is capable of causing similar metabolic impact to the RE session with HP aim, even if it is performed at lower intensity concerning maximal load.