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Rev. bras. educ. méd ; 47(3): e082, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1449631

RESUMO

Resumo: Introdução: As pandemias, como a de Covid-19, resultam em perturbação psicossocial que pode romper os limites da capacidade de enfrentamento, de modo a gerar tensões e angústias que se expressam variavelmente entre os envolvidos. Objetivo: analisar as repercussões da pandemia de Covid-19 na saúde mental de estudantes de Medicina do estado de Pernambuco. Método: estudo transversal e descritivo-analítico realizado entre julho e agosto de 2021 com estudantes de Medicina das 11 faculdades de Pernambuco. Como variáveis dependentes, foram analisados os escores de ansiedade e depressão. Quanto às variáveis independentes, foram estudadas: escore de resiliência, características sociodemográficas e comportamentais, e condições de saúde. A coleta dos dados foi realizada por meio da plataforma Google Forms. Aplicaram-se o Inventário de Beck para ansiedade e depressão e a escala de resiliência de Wagnild e Young. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Maurício de Nassau, e os participantes concordaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados pelo programa SPSS 25, considerando significativo valor p < 0,05. Resultado: participaram da pesquisa 416 estudantes. A amostra foi composta predominantemente por mulheres (60,9%), com idade média de 25 anos, das quais 73,8% tinham residência fixa no município da faculdade. Sintomas de ansiedade moderada e grave foram verificados em 27,2% e 10,3% dos avaliados, respectivamente. Observaram-se sintomas depressivos moderados em 17,8% dos estudantes. Cerca de 25% da amostra apresentou grau de resiliência baixo ou muito baixo. Resiliência alta (razão de chances [RC] = 0,18 [0,08-0,41]; p < 0,001) e suporte psicológico anterior à pandemia (RC = 0,36 [0,14-0,95]; p = 0,04) foram fatores de proteção; e cursar o ciclo clínico (quinto-oitavo períodos) foi fator de risco independente (RC = 1,95 [1,07-3,55]; p = 0,02) para ansiedade de moderada a grave. Resiliência alta (RC = 0,01 [0,02-0,11]; p < 0,001 e retornar à cidade natal durante a suspensão das aulas (RC = 0,41 [0,18-0,91]; p = 0,02) foram fatores protetores; e cursar o ciclo clínico foi fator de risco independente (RC = 2,74 [1,26-5,93]; p = 0,01) para depressão de moderada a grave. Conclusão: verificou-se uma alta prevalência de sintomas de ansiedade de moderada e grave, bem como de sintomas depressivos moderados. Um alta proporção dos estudantes apresentou grau de resiliência baixo ou muito baixo.


Abstract: Introduction: The occurrence of pandemics, such as Covid-19, leads to a psychosocial disturbance that can break the limits of the population's coping capacity, generating tensions and anxieties that are expressed in various degrees among those involved. Objective: To analyze the repercussions of the COVID-19 pandemic on the mental health of medical students in the State of Pernambuco. Methods: Cross-sectional analytical study conducted between July and August 2021 with medical students from 11 universities in Pernambuco. The dependent variables analyzed were the scores of anxiety, depression; the independent variables were resilience score, socio-demographic, behavioral characteristics and health conditions. The data were collected through Google Forms. Beck's Anxiety and Depression Inventories, and Wagnild and Young's Resilience Scale were applied. The study was approved by the local ethics committee and informed consent was sought and given. The data were analyzed using SPSS 25, considering as significant a p-value < 0,05. Result: 416 participants were included, the majority (60.9%) of the students were women, the average age was 25 years, and 73.8% of them lived in the municipality of their university. Moderate and severe anxiety symptoms were found in 27.2% and 10.3% of the sample, respectively. Moderate depressive symptoms were observed in 17.8% of the students. About 25% of the sample reported a low or very low degree of resilience. High resilience (Odds Ratio [OR] 0.18 [0.08-0.41]; p <0.001) and psychological support prior to the pandemic (OR 0.36 [0.14-0.95]; p = 0 .04) were protective factors and attending the clinical cycle (2nd-3rd year) was an independent risk factor (OR 1.95 [1.07-3.55]; p = 0.02) for moderate to severe anxiety. High resilience (OR 0.01 [0.02-0.11]; p < 0.001 and returning to one's hometown during the suspension of classes (OR 0.41 [0.18-0.91]; p = 0.02) were protective factors and attending the clinical cycle was an independent risk factor (OR 2.74 [1.26-5.93]; p = 0.01) for moderate to severe depression. Conclusion: We found a high prevalence of moderate and severe anxiety symptoms, as well as moderate depressive symptoms. A high proportion of students demonstrated a low or very low degree of resilience.

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