RESUMO
This study aimed to analyze the temporal trend of malnutrition in children aged under five years assisted by the Brazilian Income Transfer Program from 2008 to 2019, by exploring regional inequalities and seeking to determine the impact of the economic and political crises aggravated in 2014, and the government's adherence to fiscal austerity policies on the trend. The analyses were performed using aggregated data from infants (0-23 months) and preschoolers (24-59 months), extracted from the Brazilian Food and Nutritional Surveillance System (SISVAN) assisted by the Brazilian Income Transfer Program (n = 34,272,024). Trends were analyzed using generalized linear models with age-specific mixed effects (negative binomial distribution and log linkage function). The regional inequalities were analyzed based on the grouping of Federative Units according to the Social Vulnerability Index (SVI) and the influence of crises and austerity policies on the prevalence of malnutrition by the interaction between "year" and "crisis" (2008-2013 vs. 2014-2019). There was a reduction in the prevalence of child malnutrition until mid-2013, when the trends became stationary for preschoolers and upward for infants. There was also a higher risk of malnutrition in Federative Units with medium- and high-social vulnerability, when compared to those with low-social vulnerability. The inflection points in the trends corroborate the hypothesis that the political and economic crises, and the governmental responses to these crises, negatively impacted the nutritional status of children in poverty and extreme poverty in Brazil.
O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal da desnutrição em crianças menores de 5 anos de idade assistidas pelo Programa Bolsa Família entre 2008 e 2019, explorando desigualdades regionais e buscando determinar o impacto das crises econômica e política agravadas em 2014 e da adesão governamental às políticas de austeridade fiscal na tendência. As análises foram realizadas utilizando dados agregados de lactentes (0-23 meses) e pré-escolares (24-59 meses), extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) assistidas pelo Programa Bolsa Família (n = 34.272.024). As tendências foram analisadas por meio de modelos lineares generalizados, com efeitos mistos específicos para as faixas etárias (distribuição binomial negativa e função de ligação log). As desigualdades regionais foram analisadas a partir do agrupamento das Unidades Federativas segundo o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e a influência das crises e das políticas de austeridade na prevalência de desnutrição por meio da interação entre "ano" e "crise" (2008-2013 vs. 2014-2019). Houve redução na prevalência de desnutrição infantil até meados de 2013, quando as tendências passaram a ser estacionárias para pré-escolares e ascendentes para lactentes. Observou-se, também, maior risco de desnutrição nos estados com média e alta vulnerabilidade social, quando comparadas àqueles com baixa vulnerabilidade social. Os pontos de inflexão nas tendências corroboram a hipótese de que as crises política e econômica, e as respostas governamentais a essas crises, provocaram impacto negativo sobre o estado nutricional de crianças em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil.
El objetivo de este estudio fue analizar la tendencia temporal de la desnutrición en niños menores de cinco años atendidos por el Programa Bolsa Familia entre los años 2008 y 2019, explorando desigualdades regionales y buscando determinar el impacto de las crisis económica y política que se intensificaron en 2014, así como la adhesión del gobierno a políticas de austeridad fiscal en esta tendencia. Los análisis se realizaron utilizando datos agregados de lactantes (0-23 meses) y preescolares (24-59 meses), extraídos del Sistema de Vigilancia Alimentaria y Nutricional (SISVAN) atendidos por el Programa Bolsa Familia (n = 34.272.024). Se analizaron las tendencias a través de modelos lineales generalizados con efectos mixtos específicos para los grupos de edad (distribución binomial negativa y función de enlace de logaritmo). Se analizaron las desigualdades regionales a partir del agrupamiento de las unidades federativas conforme el Índice de Vulnerabilidad Social (IVS) y la influencia de las crisis y de las políticas de austeridad en la prevalencia de desnutrición a través de la interacción entre "año" y "crisis" (2008-2013 vs. 2014-2019). Hubo una disminución en la prevalencia de desnutrición infantil hasta mediados de 2013, cuando las tendencias se volvieron estacionarias para preescolares y ascendentes para lactantes. También se observó un riesgo más alto de desnutrición en estados con vulnerabilidad social media y alta, en comparación con aquellos con vulnerabilidad social baja. Los puntos de inflexión en las tendencias corroboran la hipótesis de que las crisis política y económica, y las respuestas del gobierno para estas crisis, tuvieron un impacto negativo en el estado nutricional de niños en situación de pobreza y extrema pobreza en Brasil.
Assuntos
Transtornos da Nutrição Infantil , Desnutrição , Criança , Lactente , Humanos , Brasil/epidemiologia , Transtornos da Nutrição Infantil/epidemiologia , Prevalência , Desnutrição/epidemiologia , Renda , Fatores SocioeconômicosRESUMO
ABSTRACT Objective: To investigate the association between sleep duration, nocturnal awakenings, and sleep latency with body mass index (BMI) at six and 12 months of age. Methods: 179 children from a birth cohort were enrolled. At six and 12 months of age, anthropometric data were obtained using standardized techniques and infants' mothers answered the Brief Infant Sleep Questionnaire for sleep data. The association of BMI with the independent variables (sleep duration, latency, and nocturnal awakenings) was assessed by linear regression models. Analyses were adjusted for potential confounders and a p-value<0.05 was adopted to define statistical significance. Results: For each additional hour of sleep duration, BMI was reduced by 0.15 kg/m² (95% confidence interval [CI] -0.28; -0.01; p=0.03) and each additional minute of sleep latency increased BMI by 0.01 kg/m² (95%CI -0.00; 0.03; p=0.02). These associations were independent of gestational age, child sex, birth weight, duration of exclusive breastfeeding, smoking during pregnancy, and mother's BMI, education, and marital status. Nocturnal awakenings showed no association with the outcome. Conclusions: Our findings suggest that sleep duration and sleep latency time are associated with BMI in the first year of life. Insights into the influence of sleep early in life on weight status may be helpful to complement future nutritional recommendations and prevent and treat obesity.
RESUMO Objetivo: Investigar a associação entre duração do sono, despertares noturnos e latência do sono com o índice de massa corporal (IMC) aos seis e 12 meses de idade. Métodos: foram incluídas 179 crianças de uma coorte de nascimentos. Aos seis e 12 meses de idade, dados antropométricos foram obtidos por meio de técnicas padronizadas e as mães dos lactentes responderam ao Brief Infant Sleep Questionnaire para dados do sono. A associação do IMC com as variáveis independentes (duração do sono, latência e despertares noturnos) foi avaliada por modelos de regressão linear. As análises foram ajustadas para potenciais fatores de confusão e o p-valor<0,05 foi adotado para definir a significância estatística. Resultados: Para cada hora adicional de duração do sono, o IMC foi reduzido em 0,15 kg/m² (intervalo de confiança [IC]95% -0,28; -0,01; p=0,03) e cada minuto adicional no tempo de latência resultou em aumento de 0,01 kg/m² (IC95% -0,00; 0,03; p=0,02) no IMC. Essas associações foram independentes da idade gestacional, sexo da criança, peso ao nascer, duração do aleitamento materno exclusivo, tabagismo durante a gravidez e IMC, escolaridade e estado civil da mãe. Os despertares noturnos não apresentaram associação com o desfecho. Conclusões: Nossos achados sugerem que a duração e a latência do sono estão associadas ao IMC no primeiro ano de vida. Informações sobre a influência do sono no início da vida sobre o status do peso podem ser úteis para complementar futuras recomendações nutricionais e prevenir e tratar a obesidade.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal da desnutrição em crianças menores de 5 anos de idade assistidas pelo Programa Bolsa Família entre 2008 e 2019, explorando desigualdades regionais e buscando determinar o impacto das crises econômica e política agravadas em 2014 e da adesão governamental às políticas de austeridade fiscal na tendência. As análises foram realizadas utilizando dados agregados de lactentes (0-23 meses) e pré-escolares (24-59 meses), extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) assistidas pelo Programa Bolsa Família (n = 34.272.024). As tendências foram analisadas por meio de modelos lineares generalizados, com efeitos mistos específicos para as faixas etárias (distribuição binomial negativa e função de ligação log). As desigualdades regionais foram analisadas a partir do agrupamento das Unidades Federativas segundo o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e a influência das crises e das políticas de austeridade na prevalência de desnutrição por meio da interação entre "ano" e "crise" (2008-2013 vs. 2014-2019). Houve redução na prevalência de desnutrição infantil até meados de 2013, quando as tendências passaram a ser estacionárias para pré-escolares e ascendentes para lactentes. Observou-se, também, maior risco de desnutrição nos estados com média e alta vulnerabilidade social, quando comparadas àqueles com baixa vulnerabilidade social. Os pontos de inflexão nas tendências corroboram a hipótese de que as crises política e econômica, e as respostas governamentais a essas crises, provocaram impacto negativo sobre o estado nutricional de crianças em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil.
This study aimed to analyze the temporal trend of malnutrition in children aged under five years assisted by the Brazilian Income Transfer Program from 2008 to 2019, by exploring regional inequalities and seeking to determine the impact of the economic and political crises aggravated in 2014, and the government's adherence to fiscal austerity policies on the trend. The analyses were performed using aggregated data from infants (0-23 months) and preschoolers (24-59 months), extracted from the Brazilian Food and Nutritional Surveillance System (SISVAN) assisted by the Brazilian Income Transfer Program (n = 34,272,024). Trends were analyzed using generalized linear models with age-specific mixed effects (negative binomial distribution and log linkage function). The regional inequalities were analyzed based on the grouping of Federative Units according to the Social Vulnerability Index (SVI) and the influence of crises and austerity policies on the prevalence of malnutrition by the interaction between "year" and "crisis" (2008-2013 vs. 2014-2019). There was a reduction in the prevalence of child malnutrition until mid-2013, when the trends became stationary for preschoolers and upward for infants. There was also a higher risk of malnutrition in Federative Units with medium- and high-social vulnerability, when compared to those with low-social vulnerability. The inflection points in the trends corroborate the hypothesis that the political and economic crises, and the governmental responses to these crises, negatively impacted the nutritional status of children in poverty and extreme poverty in Brazil.
El objetivo de este estudio fue analizar la tendencia temporal de la desnutrición en niños menores de cinco años atendidos por el Programa Bolsa Familia entre los años 2008 y 2019, explorando desigualdades regionales y buscando determinar el impacto de las crisis económica y política que se intensificaron en 2014, así como la adhesión del gobierno a políticas de austeridad fiscal en esta tendencia. Los análisis se realizaron utilizando datos agregados de lactantes (0-23 meses) y preescolares (24-59 meses), extraídos del Sistema de Vigilancia Alimentaria y Nutricional (SISVAN) atendidos por el Programa Bolsa Familia (n = 34.272.024). Se analizaron las tendencias a través de modelos lineales generalizados con efectos mixtos específicos para los grupos de edad (distribución binomial negativa y función de enlace de logaritmo). Se analizaron las desigualdades regionales a partir del agrupamiento de las unidades federativas conforme el Índice de Vulnerabilidad Social (IVS) y la influencia de las crisis y de las políticas de austeridad en la prevalencia de desnutrición a través de la interacción entre "año" y "crisis" (2008-2013 vs. 2014-2019). Hubo una disminución en la prevalencia de desnutrición infantil hasta mediados de 2013, cuando las tendencias se volvieron estacionarias para preescolares y ascendentes para lactantes. También se observó un riesgo más alto de desnutrición en estados con vulnerabilidad social media y alta, en comparación con aquellos con vulnerabilidad social baja. Los puntos de inflexión en las tendencias corroboran la hipótesis de que las crisis política y económica, y las respuestas del gobierno para estas crisis, tuvieron un impacto negativo en el estado nutricional de niños en situación de pobreza y extrema pobreza en Brasil.
RESUMO
OBJECTIVE: To investigate the association between sleep duration, nocturnal awakenings, and sleep latency with body mass index (BMI) at six and 12 months of age. METHODS: 179 children from a birth cohort were enrolled. At six and 12 months of age, anthropometric data were obtained using standardized techniques and infants' mothers answered the Brief Infant Sleep Questionnaire for sleep data. The association of BMI with the independent variables (sleep duration, latency, and nocturnal awakenings) was assessed by linear regression models. Analyses were adjusted for potential confounders and a p-value<0.05 was adopted to define statistical significance. RESULTS: For each additional hour of sleep duration, BMI was reduced by 0.15 kg/m² (95% confidence interval [CI] -0.28; -0.01; p=0.03) and each additional minute of sleep latency increased BMI by 0.01 kg/m² (95%CI -0.00; 0.03; p=0.02). These associations were independent of gestational age, child sex, birth weight, duration of exclusive breastfeeding, smoking during pregnancy, and mother's BMI, education, and marital status. Nocturnal awakenings showed no association with the outcome. CONCLUSIONS: Our findings suggest that sleep duration and sleep latency time are associated with BMI in the first year of life. Insights into the influence of sleep early in life on weight status may be helpful to complement future nutritional recommendations and prevent and treat obesity.
Assuntos
Duração do Sono , Sono , Lactente , Criança , Feminino , Gravidez , Humanos , Índice de Massa Corporal , Peso ao Nascer , MãesRESUMO
The Brazilian Strategy for the Prevention and Care of Childhood Obesity (PROTEJA) aims to implement a set of actions to prevent obesity in Brazil. As such, this qualitative and descriptive documentary study presents the Strategy's stages of the operational design, general proposal, evaluation and monitoring conducted by the Brazilian Ministry of Health's technical coordination. After analyzing the epidemiological data on children and the existing policies aimed at obesity prevention, and reviewing the scientific literature and recommendations, PROTEJA was formulated and approved by the Brazilian Ministry of Health, and 1,320 municipalities committed to implementing 20 essential and 5 complementary actions, from 41, including some structural to improve environments. Coordinated by the Brazilian Ministry of Health in partnership with subnational governments and universities, the Strategy also relies on a local team for implementation support, as well as implementation and impact evaluations. Actions will be monitored annually, and the indicators will impact financial incentives. As a strong, evidence-based and innovative strategy aiming to promote healthy environments in cities, PROTEJA has the potential to open a path to childhood obesity reversal, as well as add to the implementation science and contribute to the development and improvement of public policies for obesity prevention; however, its implementation remains a challenge.
Assuntos
Obesidade Infantil , Criança , Humanos , Obesidade Infantil/prevenção & controle , Brasil/epidemiologia , Política Pública , CidadesRESUMO
Abstract: The Brazilian Strategy for the Prevention and Care of Childhood Obesity (PROTEJA) aims to implement a set of actions to prevent obesity in Brazil. As such, this qualitative and descriptive documentary study presents the Strategy's stages of the operational design, general proposal, evaluation and monitoring conducted by the Brazilian Ministry of Health's technical coordination. After analyzing the epidemiological data on children and the existing policies aimed at obesity prevention, and reviewing the scientific literature and recommendations, PROTEJA was formulated and approved by the Brazilian Ministry of Health, and 1,320 municipalities committed to implementing 20 essential and 5 complementary actions, from 41, including some structural to improve environments. Coordinated by the Brazilian Ministry of Health in partnership with subnational governments and universities, the Strategy also relies on a local team for implementation support, as well as implementation and impact evaluations. Actions will be monitored annually, and the indicators will impact financial incentives. As a strong, evidence-based and innovative strategy aiming to promote healthy environments in cities, PROTEJA has the potential to open a path to childhood obesity reversal, as well as add to the implementation science and contribute to the development and improvement of public policies for obesity prevention; however, its implementation remains a challenge.
Resumo: A Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA) visa promover a implementação de um pacote de ações para prevenção da obesidade no Brasil. Este estudo apresenta as etapas de desenho operacional, proposta geral, avaliação e monitoramento do PROTEJA realizadas pela coordenação técnica do Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo baseado em análise descritiva documental. A formulação da estratégia envolveu análise de dados epidemiológicos de crianças brasileiras, análise de políticas existentes, e uma revisão da literatura científica e das recomendações O PROTEJA foi então formulado e aprovado pelo Ministério da Saúde e 1.320 municípios se comprometeram a implementar 20 ações essenciais e 5 complementares das 41 ações, incluindo algumas estruturais para melhoria dos ambientes. A estratégia é coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com governos subnacionais e universidades. Sua implementação conta com apoio de uma equipe em nível local, e prevê a avaliação da implementação e de impacto. As ações serão monitoradas anualmente, e os indicadores também implicarão nos incentivos financeiros. O PROTEJA é uma estratégia forte, baseada em evidências e inovadora que visa promover ambientes saudáveis nas cidades, mas sua implementação é desafiadora. Não obstante, apresenta um possível caminho para a reversão da obesidade infantil. Também pode agregar à ciência de implementação e contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento de políticas públicas de prevenção da obesidade.
Resumen: La Estrategia Brasileña para la Prevención y Atención de la Obesidad Infantil (PROTEJA) tiene como objetivo promover la implementación de un conjunto de acciones para prevenir la obesidad en Brasil. Este estudio presenta las etapas del diseño operativo, la propuesta general, la evaluación y el seguimiento de PROTEJA realizadas por la coordinación técnica del Ministerio de Salud brasileño. Se trata de un estudio cualitativo basado en el análisis descriptivo de documentos. La formulación de la estrategia implicó el análisis de datos epidemiológicos de niños brasileños, el análisis de las políticas existentes y una revisión de la literatura científica y de las recomendaciones. PROTEJA fue entonces formulado y aprobado por el Ministerio de Salud, y 1.320 municipios se comprometieron a implementar 20 acciones esenciales y 5 complementarias de las 41 acciones, incluidas algunas estructurales para mejorar los entornos. La estrategia es coordinada por el Ministerio de Salud en colaboración con gobiernos subnacionales y universidades. Su implementación cuenta con el apoyo de un equipo a nivel local, y prevé una evaluación de la implementación y de impacto. Las acciones se monitorearán anualmente, y los indicadores también implicarán incentivos económicos. PROTEJA es una estrategia sólida, basada en evidencias e innovadora que busca promover entornos saludables en las ciudades, pero su implementación es un desafío. Sin embargo, presenta una posible vía para revertir la obesidad infantil. También puede agregar a la ciencia de implementación y contribuir al desarrollo y a la mejora de políticas públicas para prevenir la obesidad.
RESUMO
The absence of risk screening tools for food insecurity compromises the ability to assess, monitor, and provide immediate assistance to those in hunger, especially during emergencies such as the COVID-19 crisis. Hence, this study sought to test the validity of an instrument for Screening Households at Risk of Food Insecurity (TRIA) in different strata of the Brazilian population TRIA uses questions 2 and 4 of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA), originally validated using data from the Brazilian National Survey of Demography and Health of Children and Women (PNDS 2006). In this study, using data from the Brazilian National Household Sample Survey (PNAD 2013), its reproducibility was tested by repeating the original combinatorial procedures, examining whether the parameters of sensitivity, specificity, accuracy, and positive predictive values (PPV) and negative values (NPV) would result in the same arrangement of questions. Moreover, convergent validity was analyzed by comparing the strength of association between food insecurity and dietary variables using two binomial regression models (TRIA x EBIA). Results indicated that the combination of questions 2 and 4 performed best among the population strata studied, and presented optimal convergent validity. PPV and NPV adjusted for food insecurity prevalence in states ranged from 42.8% (Santa Catarina) to 87.6% (Amazonas) and 95.8% (Amazonas) to 99.5% (Santa Catarina), respectively. In conclusion, besides being reproducible, TRIA presented excellent validity parameters, especially among vulnerable groups. It can thus be used in care practice and as an instrument of food and nutritional surveillance in Brazil.
A ausência de instrumentos de triagem de risco para insegurança alimentar compromete a capacidade de avaliar, monitorar e ofertar assistência imediata a pessoas em situação de fome, especialmente durante emergências, como a crise da COVID-19. Assim, o objetivo deste estudo foi testar a validade do instrumento de Triagem para Risco de Insegurança Alimentar (TRIA), em diversos estratos da população brasileira. A TRIA é composta pelas questões 2 e 4 da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), validada, originalmente, a partir de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 2006). Neste estudo, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2013), testou-se sua reprodutibilidade por meio da repetição dos procedimentos combinatórios originais, examinando se os parâmetros de sensibilidade, especificidade, acurácia e valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) resultariam no mesmo arranjo de questões. Ainda, analisou-se a validade convergente comparando a força de associação entre insegurança alimentar e variáveis alimentares por meio de dois modelos de regressão binomial (TRIA x EBIA). Os resultados indicaram que a combinação das questões 2 e 4 apresentou melhor desempenho entre os estratos populacionais estudados, além de ótima validade convergente. O VPP e VPN ajustado pela prevalência de insegurança alimentar nos estados variou de 42,8% (Santa Catarina) a 87,6% (Amazonas) e 95,8% (Amazonas) a 99,5% (Santa Catarina), respectivamente. Em conclusão, além de ser reprodutível, a TRIA apresentou excelentes parâmetros de validade, sobretudo em grupos vulnerabilizados. Assim, seu uso pode ser recomendado na prática assistencial e como instrumento de vigilância alimentar e nutricional no Brasil.
La ausencia de instrumentos de triaje de riesgo para la inseguridad alimentaria compromete la capacidad de evaluar, monitorear y brindar asistencia inmediata a las personas en situación de hambre, especialmente durante emergencias como la crisis de la COVID-19. Por lo tanto, el objetivo de este estudio fue probar la validez del instrumento de Triaje para Riesgo de Inseguridad Alimentaria (TRIA) en diferentes estratos de la población brasileña. El TRIA consta de las preguntas 2 y 4 de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA), originalmente validada con base en datos de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud de la Mujer y el Niño (PNDS 2006). En este estudio, utilizando datos de la Encuesta Nacional por Muestra de Domicilios (PNAD 2013), se probó su reproducibilidad repitiendo los procedimientos combinatorios originales, examinando si los parámetros de sensibilidad, especificidad, exactitud y valores predictivos positivos (VPP) y negativo (VPN) resultarían en el mismo arreglo de preguntas. Además, se analizó la validez convergente comparando la fuerza de asociación entre la inseguridad alimentaria y las variables alimentarias por medio de dos modelos de regresión binomial (TRIA x EBIA). Los resultados indicaron que la combinación de las preguntas 2 y 4 presentó el mejor desempeño entre los estratos poblacionales estudiados, además de excelente validez convergente. El VPP y el VPN ajustado por la prevalencia de inseguridad alimentaria en los estados osciló entre el 42,8% (Santa Catarina) y el 87,6% (Amazonas) y entre el 95,8% (Amazonas) y el 99,5% (Santa Catarina), respectivamente. En conclusión, además de ser reproducible, el TRIA presentó excelentes parámetros de validez, especialmente en grupos en situación de vulnerabilidad. Por lo tanto, se puede recomendar su uso en la práctica asistencial y como instrumento para la vigilancia alimentaria y nutricional en Brasil.
Assuntos
COVID-19 , Abastecimento de Alimentos , Brasil/epidemiologia , COVID-19/diagnóstico , COVID-19/epidemiologia , Criança , Feminino , Insegurança Alimentar , Humanos , Prevalência , Reprodutibilidade dos Testes , Fatores SocioeconômicosRESUMO
RESUMO Objetivo: investigar a duração do sono (DS), a frequência de despertares noturnos (DN) e o consumo de alimentos açucarados no primeiro ano de vida e verificar a associação entre o consumo desses alimentos e a má qualidade do sono. Métodos: a população do estudo foi composta de 179 crianças integrantes de uma coorte de nascimentos de Rio Largo-AL. As mães foram questionadas sobre a oferta regular de alimentos açucarados (açúcar/farinhas de cereais instantâneas com açúcar/bebidas açucaradas/doces) e o sono foi investigado pelo questionário traduzido e validado Brief Infant Sleep Questionnaire. Foram considerados indicadores de má qualidade do sono DS<12h e DN>2. Os testes de qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher foram adotados para verificar associações entre o consumo de açucarados e a má qualidade do sono aos seis e 12 meses (p<0,05). Resultados: mais da metade das crianças apresentou DS<1 2h (60,3%) e cerca de » DN>2. O consumo regular de pelo menos uma das categorias de açucarados foi verificado entre 50,6, 91,1 e 100% das crianças aos três, seis e 12 meses de idade, respectivamente. Não foram encontradas associações entre o consumo desses alimentos e os indicadores de má qualidade de sono. Conclusão: o consumo de açucarados e a má qualidade de sono foram frequentes em nosso estudo, no entanto, não se identificou associação entre as variáveis. Mais investigações são necessárias para elucidar como o sono e a alimentação se inter-relacionam e se potencializam mutuamente como fatores determinantes do crescimento e desenvolvimento de lactentes.
RESUMEN Objetivo: investigar la duración del sueño (DS), la frecuencia de despertares nocturnos (DN) y el consumo de alimentos azucarados en el primer año de vida y verificar la asociación entre el consumo de estos alimentos y la mala calidad del sueño. Métodos: la población de estudio consistió en 179 niños de una cohorte de nacimiento en Rio Largo-AL. Se preguntó a las madres sobre el suministro regular de alimentos azucarados (azúcar / harinas de cereales instantáneas con azúcar / bebidas endulzadas / dulces) y se investigó el sueño mediante el cuestionario traducido y validado BriefInfantSleepQuestionnaire. Fueron considerados indicadores de mala calidad del sueño DS <12h y DN> 2. Se utilizaron las pruebas de chi-cuadrado de Pearson y exacta de Fisher para verificar las asociaciones entre el consumo de azúcar y la mala calidad del sueño a los seis y 12 meses (p <0.05). Resultados: más de la mitad de los niños tenían DS <1 2 h (60,3%) y alrededor de » DN> 2. Se verificó el consumo regular de al menos una de las categorías azucaradas entre el 50,6, el 91,1 y el 100% de los niños a los tres, seis y 12 meses de edad, respectivamente. No se encontraron asociaciones entre el consumo de estos alimentos y los indicadores de mala calidad del sueño. Conclusión: el consumo de azucarados y la mala calidad del sueño fueron frecuentes en nuestro estudio, sin embargo, no se identificó asociación entre las variables. Se necesita más investigación para dilucidar cómo el sueño y la alimentación se interrelacionan y se mejoran mutuamente como determinantes del crecimiento y desarrollo infantil.
ABSTRACT Objective: to investigate sleep duration (SD), frequency of night awakenings (NA) and consumption of sugary foods in the first year of life and to verify the association between consumption of these foods and poor sleep quality. Methods: the study population consisted of 179 children from a birth cohort in Rio Largo-AL. Mothers were asked about the regular supply of sugary foods (sugar/instant cereal flours with sugar/sweetened drinks/sweets) and sleep was investigated by the translated and validated Brief Infant Sleep Questionnaire. DS<12h and AN>2 were considered indicators of poor sleep quality. Pearson's chi-square and Fisher's exact tests were used to verify associations between sugary consumption and poor sleep quality at six and 12 months (p<0.05). Results: more than half of the children had SD<1 2h (60.3%) and about » AN>2. Regular consumption of at least one of the sugary categories was verified among 50.6, 91.1 and 100% of children at three, six and 12 months of age, respectively. No associations were found between the consumption of these foods and indicators of poor sleep quality. Conclusion: sugary consumption and poor sleep quality were frequent in our study; however, no association was identified between the variables. More investigations are needed to elucidate how sleep and feeding are interrelated and mutually potentiate as determinants of infant growth and development.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Saúde do Lactente , Bebidas Adoçadas com Açúcar/efeitos adversos , Qualidade do Sono , Inquéritos e Questionários/estatística & dados numéricos , Dieta , Ingestão de Alimentos , Açúcares/efeitos adversos , Higiene do Sono , Bem-Estar do LactenteRESUMO
This study aimed to analyze the overweight (OW) prevalence trends from 2008 to 2018 among under-five-year-old children assisted by the conditional cash transfer program entitled Programa Bolsa Família (PBF). The panel was based on the Food and Nutritional Surveillance System (SISVAN) (n=30,574,118) nutritional status reports. Age- (infants and preschoolers) and region-specific joinpoint regression models were used to analyze OW's prevalence temporal changes. Besides, the coverage of SISVAN for PBF and national representativity were calculated according to census projection. In the decade analyzed, OW in infants decreased from 11.9% (11.8; 12.0 95%CI) to 8.5% (8.4; 8.6 95%CI) (-3.6%/year [-5.1; -2.0 95%CI]); for preschool children, the prevalence of OW increased by 3.1%/year (2.0; 4.2 95%CI) until 2015, followed by a decrease until 2018 (-6.4%/year [-10.1; -2.6 95%CI]). In both age groups, the North region had the lowest prevalence in all time-series, and the Northeast had the worst performance in managing childhood obesity. The SISVAN's coverage in the PBF was high, and the data representativity varied between 13.9% (South) and 42.2% (Northeast). Although the prevalence was higher than expected, after 2014, it was detected a linear reduction in OW in infants and a deceleration in the growth rate in preschoolers.
O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal da prevalência de excesso de peso (EP) em crianças menores de cinco anos assistidas pelo Programa Bolsa Família (PBF) entre 2008 e 2018. O painel de dados foi baseado nos relatórios de estado nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) (n=30.574.118) e analisado por meio de modelos de regressão joinpoint específicos para idade (lactentes e pré-escolares) e macrorregião. Ainda, calculou-se a cobertura do SISVAN para o PBF e a representatividade nacional, segundo projeção censitária. Na década analisada, o EP em lactentes reduziu de 11,9% (11,8; 12,0 IC95%) para 8,5% (8,4; 8,6 IC95%) (-3,6%/ano [-5,1; -2,0 IC95%]); quanto aos pré-escolares, a prevalência EP aumentou em 3,1%/ano (2,0; 4,2 IC95%) até 2015, seguida por uma retração até 2018 (-6,4%/ano [-10,1; -2,6 IC95%]). Em ambos os grupos etários, a região Norte apresentou a menor prevalência em toda série histórica e a Nordeste o pior desempenho no controle do EP infantil. A cobertura do SISVAN no PBF foi elevada e a representatividade dos dados variou entre 13,9% (Sul) e 42,2% (Nordeste). Apesar da prevalência estar acima do esperado, após 2014, identificou-se redução linear no EP em lactentes e desaceleração na taxa de crescimento nos pré-escolares.
Assuntos
Sobrepeso , Obesidade Infantil , Criança , Pré-Escolar , Humanos , Lactente , Estado Nutricional , Sobrepeso/epidemiologia , Obesidade Infantil/epidemiologia , Pobreza , PrevalênciaRESUMO
Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal da prevalência de excesso de peso (EP) em crianças menores de cinco anos assistidas pelo Programa Bolsa Família (PBF) entre 2008 e 2018. O painel de dados foi baseado nos relatórios de estado nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) (n=30.574.118) e analisado por meio de modelos de regressão joinpoint específicos para idade (lactentes e pré-escolares) e macrorregião. Ainda, calculou-se a cobertura do SISVAN para o PBF e a representatividade nacional, segundo projeção censitária. Na década analisada, o EP em lactentes reduziu de 11,9% (11,8; 12,0 IC95%) para 8,5% (8,4; 8,6 IC95%) (-3,6%/ano [-5,1; -2,0 IC95%]); quanto aos pré-escolares, a prevalência EP aumentou em 3,1%/ano (2,0; 4,2 IC95%) até 2015, seguida por uma retração até 2018 (-6,4%/ano [-10,1; -2,6 IC95%]). Em ambos os grupos etários, a região Norte apresentou a menor prevalência em toda série histórica e a Nordeste o pior desempenho no controle do EP infantil. A cobertura do SISVAN no PBF foi elevada e a representatividade dos dados variou entre 13,9% (Sul) e 42,2% (Nordeste). Apesar da prevalência estar acima do esperado, após 2014, identificou-se redução linear no EP em lactentes e desaceleração na taxa de crescimento nos pré-escolares.
Abstract This study aimed to analyze the overweight (OW) prevalence trends from 2008 to 2018 among under-five-year-old children assisted by the conditional cash transfer program entitled Programa Bolsa Família (PBF). The panel was based on the Food and Nutritional Surveillance System (SISVAN) (n=30,574,118) nutritional status reports. Age- (infants and preschoolers) and region-specific joinpoint regression models were used to analyze OW's prevalence temporal changes. Besides, the coverage of SISVAN for PBF and national representativity were calculated according to census projection. In the decade analyzed, OW in infants decreased from 11.9% (11.8; 12.0 95%CI) to 8.5% (8.4; 8.6 95%CI) (-3.6%/year [-5.1; -2.0 95%CI]); for preschool children, the prevalence of OW increased by 3.1%/year (2.0; 4.2 95%CI) until 2015, followed by a decrease until 2018 (-6.4%/year [-10.1; -2.6 95%CI]). In both age groups, the North region had the lowest prevalence in all time-series, and the Northeast had the worst performance in managing childhood obesity. The SISVAN's coverage in the PBF was high, and the data representativity varied between 13.9% (South) and 42.2% (Northeast). Although the prevalence was higher than expected, after 2014, it was detected a linear reduction in OW in infants and a deceleration in the growth rate in preschoolers.
Assuntos
Humanos , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Sobrepeso/epidemiologia , Obesidade Infantil/epidemiologia , Pobreza , Estado Nutricional , PrevalênciaRESUMO
A ausência de instrumentos de triagem de risco para insegurança alimentar compromete a capacidade de avaliar, monitorar e ofertar assistência imediata a pessoas em situação de fome, especialmente durante emergências, como a crise da COVID-19. Assim, o objetivo deste estudo foi testar a validade do instrumento de Triagem para Risco de Insegurança Alimentar (TRIA), em diversos estratos da população brasileira. A TRIA é composta pelas questões 2 e 4 da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), validada, originalmente, a partir de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 2006). Neste estudo, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2013), testou-se sua reprodutibilidade por meio da repetição dos procedimentos combinatórios originais, examinando se os parâmetros de sensibilidade, especificidade, acurácia e valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) resultariam no mesmo arranjo de questões. Ainda, analisou-se a validade convergente comparando a força de associação entre insegurança alimentar e variáveis alimentares por meio de dois modelos de regressão binomial (TRIA x EBIA). Os resultados indicaram que a combinação das questões 2 e 4 apresentou melhor desempenho entre os estratos populacionais estudados, além de ótima validade convergente. O VPP e VPN ajustado pela prevalência de insegurança alimentar nos estados variou de 42,8% (Santa Catarina) a 87,6% (Amazonas) e 95,8% (Amazonas) a 99,5% (Santa Catarina), respectivamente. Em conclusão, além de ser reprodutível, a TRIA apresentou excelentes parâmetros de validade, sobretudo em grupos vulnerabilizados. Assim, seu uso pode ser recomendado na prática assistencial e como instrumento de vigilância alimentar e nutricional no Brasil.
The absence of risk screening tools for food insecurity compromises the ability to assess, monitor, and provide immediate assistance to those in hunger, especially during emergencies such as the COVID-19 crisis. Hence, this study sought to test the validity of an instrument for Screening Households at Risk of Food Insecurity (TRIA) in different strata of the Brazilian population TRIA uses questions 2 and 4 of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA), originally validated using data from the Brazilian National Survey of Demography and Health of Children and Women (PNDS 2006). In this study, using data from the Brazilian National Household Sample Survey (PNAD 2013), its reproducibility was tested by repeating the original combinatorial procedures, examining whether the parameters of sensitivity, specificity, accuracy, and positive predictive values (PPV) and negative values (NPV) would result in the same arrangement of questions. Moreover, convergent validity was analyzed by comparing the strength of association between food insecurity and dietary variables using two binomial regression models (TRIA x EBIA). Results indicated that the combination of questions 2 and 4 performed best among the population strata studied, and presented optimal convergent validity. PPV and NPV adjusted for food insecurity prevalence in states ranged from 42.8% (Santa Catarina) to 87.6% (Amazonas) and 95.8% (Amazonas) to 99.5% (Santa Catarina), respectively. In conclusion, besides being reproducible, TRIA presented excellent validity parameters, especially among vulnerable groups. It can thus be used in care practice and as an instrument of food and nutritional surveillance in Brazil.
La ausencia de instrumentos de triaje de riesgo para la inseguridad alimentaria compromete la capacidad de evaluar, monitorear y brindar asistencia inmediata a las personas en situación de hambre, especialmente durante emergencias como la crisis de la COVID-19. Por lo tanto, el objetivo de este estudio fue probar la validez del instrumento de Triaje para Riesgo de Inseguridad Alimentaria (TRIA) en diferentes estratos de la población brasileña. El TRIA consta de las preguntas 2 y 4 de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA), originalmente validada con base en datos de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud de la Mujer y el Niño (PNDS 2006). En este estudio, utilizando datos de la Encuesta Nacional por Muestra de Domicilios (PNAD 2013), se probó su reproducibilidad repitiendo los procedimientos combinatorios originales, examinando si los parámetros de sensibilidad, especificidad, exactitud y valores predictivos positivos (VPP) y negativo (VPN) resultarían en el mismo arreglo de preguntas. Además, se analizó la validez convergente comparando la fuerza de asociación entre la inseguridad alimentaria y las variables alimentarias por medio de dos modelos de regresión binomial (TRIA x EBIA). Los resultados indicaron que la combinación de las preguntas 2 y 4 presentó el mejor desempeño entre los estratos poblacionales estudiados, además de excelente validez convergente. El VPP y el VPN ajustado por la prevalencia de inseguridad alimentaria en los estados osciló entre el 42,8% (Santa Catarina) y el 87,6% (Amazonas) y entre el 95,8% (Amazonas) y el 99,5% (Santa Catarina), respectivamente. En conclusión, además de ser reproducible, el TRIA presentó excelentes parámetros de validez, especialmente en grupos en situación de vulnerabilidad. Por lo tanto, se puede recomendar su uso en la práctica asistencial y como instrumento para la vigilancia alimentaria y nutricional en Brasil.
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Abastecimento de Alimentos , COVID-19/diagnóstico , COVID-19/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Reprodutibilidade dos Testes , Insegurança AlimentarRESUMO
This study analyzed the role of ultra-processed foods (UPFs) in the food and nutritional profile of pregnant women's diet. This was a cross-sectional study conducted in a representative sample of pregnant women attending primary healthcare units in Maceió, capital of the State of Alagoas, Brazil. Food consumption was assessed with the application of two 24-hour food recalls on nonconsecutive days, and the consumption items were grouped according to the NOVA classification. Overall estimates were expressed as absolute dietary consumption (mean calorie intake) and relative consumption (percentage of total energy intake according to food groups and consumption items). Analysis of variance was used to compare mean energy and nutrient intake according to food groups. The association between quintiles of the energy share from UPFs (exposure variable) and (1) consumption items and food groups, (2) percentage of total energy from macronutrients, and (3) micronutrient density was analyzed via adjusted linear regression models. Mean energy intake in pregnant women was 1,966.9Kcal/day, 22% of which from UPFs. A direct relationship was observed between the percentage of energy from UPFs and total energy consumption (ß = 228.78Kcal; SE = 21.26). In addition, an increase in the share of UPFs was associated with a statistically significant reduction in the intake of protein, fiber, magnesium, iron, potassium, zinc, selenium, folate, and vitamins D and E, as well as in the consumption of traditional foods such as protein, beans, roots, and tubers. Our data thus indicate that the consumption of UPFs reduces the overall nutritional and food quality of diet in pregnant women.
Este trabalho analisou a contribuição dos alimentos ultraprocessados (AUP) no perfil alimentar e nutricional da dieta de gestantes. Trata-se de um estudo transversal conduzido com uma amostra representativa de gestantes usuárias de unidades básicas de saúde de Maceió, Alagoas, Brasil. O consumo alimentar foi avaliado pela aplicação de dois recordatórios de 24 horas em dias não consecutivos e os itens de consumo agrupados segundo a classificação NOVA. As estimativas gerais foram expressas no consumo alimentar absoluto (média de ingestão calórica) e relativo (percentual da ingestão energética total segundo grupos de alimentos e itens de consumo). Análises de variâncias foram utilizadas para comparar as médias do consumo energético e de nutrientes, segundo grupos alimentares. A associação entre os quintis de contribuição energética dos AUP (variável de exposição) e (1) itens de consumo e grupos alimentares, (2) contribuição percentual para o total de energia de macronutrientes e (3) densidade de micronutrientes foi analisada por meio de modelos ajustados de regressão linear. O consumo médio de energia das gestantes foi de 1.966,9Kcal/dia, sendo 22% proveniente dos AUP. Observou-se relação direta entre a contribuição energética dos AUP na dieta e o consumo energético total (ß = 228,78Kcal; EP = 21,26). Ainda, o aumento da participação de AUP implicou a redução estatisticamente significativa da ingestão de proteínas, fibras, magnésio, ferro, pótassio, zinco, selênio, folato e vitaminas D e E, assim como o consumo de alimentos tradicionais, como arroz, feijão, raízes e tubérculos. Portanto, nossos dados apontam que o consumo de AUP reduz a qualidade global (nutricional e alimentar) da dieta de gestantes.
Este estudio analizó la contribución de los alimentos ultraprocesados (AUP) al perfil alimentario y nutricional de la dieta de gestantes. Se trata de un estudio transversal, realizado con una muestra representativa de gestantes usuarias de unidades básicas de salud de Maceió, Alagoas, Brasil. El consumo alimentario se evaluó mediante la aplicación de dos recordatorios de 24 horas en días no consecutivos y los ítems de consumo agrupados según la clasificación NOVA. Las estimaciones generales fueron expresadas en el consumo alimentario absoluto (media de ingestión calórica) y relativo (porcentaje de la ingestión energética total según grupos de alimentos e ítems de consumo). Se utilizaron análisis de variancias para comparar las medias del consumo energético y de nutrientes, según grupos alimentarios. La asociación entre los quintiles de contribución energética de los AUP (variable de exposición) y (1) ítems de consumo y grupos alimentarios, (2) porcentaje de contribución para el total de energía de macronutrientes y (3) se analizó la densidad de micronutrientes mediante modelos ajustados de regresión lineal. El consumo medio de energía de las gestantes fue 1.966,9Kcal/día, siendo un 22% proveniente de los AUP. Se observó una relación directa entre la contribución energética de los AUP en la dieta y el consumo energético total (ß = 228,78Kcal; EP = 21,26). Asimismo, el aumento de la participación de AUP implicó la reducción estadísticamente significativa de la ingestión de proteínas, fibras, magnesium, hierro, potasio, zinc, selenio, folato y vitaminas D y E, así como en el consumo de alimentos tradicionales como: arroz, frijoles, raíces y tubérculos. Por tanto, nuestros datos apuntan que el consumo de AUP reduce la calidad global (nutricional y alimentaria) de la dieta de gestantes.
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Fast Foods , Gestantes , Brasil , Estudos Transversais , Dieta , Ingestão de Energia , Feminino , Humanos , GravidezRESUMO
Este trabalho analisou a contribuição dos alimentos ultraprocessados (AUP) no perfil alimentar e nutricional da dieta de gestantes. Trata-se de um estudo transversal conduzido com uma amostra representativa de gestantes usuárias de unidades básicas de saúde de Maceió, Alagoas, Brasil. O consumo alimentar foi avaliado pela aplicação de dois recordatórios de 24 horas em dias não consecutivos e os itens de consumo agrupados segundo a classificação NOVA. As estimativas gerais foram expressas no consumo alimentar absoluto (média de ingestão calórica) e relativo (percentual da ingestão energética total segundo grupos de alimentos e itens de consumo). Análises de variâncias foram utilizadas para comparar as médias do consumo energético e de nutrientes, segundo grupos alimentares. A associação entre os quintis de contribuição energética dos AUP (variável de exposição) e (1) itens de consumo e grupos alimentares, (2) contribuição percentual para o total de energia de macronutrientes e (3) densidade de micronutrientes foi analisada por meio de modelos ajustados de regressão linear. O consumo médio de energia das gestantes foi de 1.966,9Kcal/dia, sendo 22% proveniente dos AUP. Observou-se relação direta entre a contribuição energética dos AUP na dieta e o consumo energético total (β = 228,78Kcal; EP = 21,26). Ainda, o aumento da participação de AUP implicou a redução estatisticamente significativa da ingestão de proteínas, fibras, magnésio, ferro, pótassio, zinco, selênio, folato e vitaminas D e E, assim como o consumo de alimentos tradicionais, como arroz, feijão, raízes e tubérculos. Portanto, nossos dados apontam que o consumo de AUP reduz a qualidade global (nutricional e alimentar) da dieta de gestantes.
Este estudio analizó la contribución de los alimentos ultraprocesados (AUP) al perfil alimentario y nutricional de la dieta de gestantes. Se trata de un estudio transversal, realizado con una muestra representativa de gestantes usuarias de unidades básicas de salud de Maceió, Alagoas, Brasil. El consumo alimentario se evaluó mediante la aplicación de dos recordatorios de 24 horas en días no consecutivos y los ítems de consumo agrupados según la clasificación NOVA. Las estimaciones generales fueron expresadas en el consumo alimentario absoluto (media de ingestión calórica) y relativo (porcentaje de la ingestión energética total según grupos de alimentos e ítems de consumo). Se utilizaron análisis de variancias para comparar las medias del consumo energético y de nutrientes, según grupos alimentarios. La asociación entre los quintiles de contribución energética de los AUP (variable de exposición) y (1) ítems de consumo y grupos alimentarios, (2) porcentaje de contribución para el total de energía de macronutrientes y (3) se analizó la densidad de micronutrientes mediante modelos ajustados de regresión lineal. El consumo medio de energía de las gestantes fue 1.966,9Kcal/día, siendo un 22% proveniente de los AUP. Se observó una relación directa entre la contribución energética de los AUP en la dieta y el consumo energético total (β = 228,78Kcal; EP = 21,26). Asimismo, el aumento de la participación de AUP implicó la reducción estadísticamente significativa de la ingestión de proteínas, fibras, magnesium, hierro, potasio, zinc, selenio, folato y vitaminas D y E, así como en el consumo de alimentos tradicionales como: arroz, frijoles, raíces y tubérculos. Por tanto, nuestros datos apuntan que el consumo de AUP reduce la calidad global (nutricional y alimentaria) de la dieta de gestantes.
This study analyzed the role of ultra-processed foods (UPFs) in the food and nutritional profile of pregnant women's diet. This was a cross-sectional study conducted in a representative sample of pregnant women attending primary healthcare units in Maceió, capital of the State of Alagoas, Brazil. Food consumption was assessed with the application of two 24-hour food recalls on nonconsecutive days, and the consumption items were grouped according to the NOVA classification. Overall estimates were expressed as absolute dietary consumption (mean calorie intake) and relative consumption (percentage of total energy intake according to food groups and consumption items). Analysis of variance was used to compare mean energy and nutrient intake according to food groups. The association between quintiles of the energy share from UPFs (exposure variable) and (1) consumption items and food groups, (2) percentage of total energy from macronutrients, and (3) micronutrient density was analyzed via adjusted linear regression models. Mean energy intake in pregnant women was 1,966.9Kcal/day, 22% of which from UPFs. A direct relationship was observed between the percentage of energy from UPFs and total energy consumption (β = 228.78Kcal; SE = 21.26). In addition, an increase in the share of UPFs was associated with a statistically significant reduction in the intake of protein, fiber, magnesium, iron, potassium, zinc, selenium, folate, and vitamins D and E, as well as in the consumption of traditional foods such as protein, beans, roots, and tubers. Our data thus indicate that the consumption of UPFs reduces the overall nutritional and food quality of diet in pregnant women.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Gestantes , Fast Foods , Brasil , Ingestão de Energia , Estudos Transversais , DietaRESUMO
The scope of this article is to analyze the time-series trend and factors associated with the consumption of soft drinks or packaged fruit juices among adults in Brazil. It is a study based on secondary data from the System of Surveillance of Risk Factors and Protection for Chronic Diseases by Telephone Survey conducted among Brazilian adults between 2007 and 2014. The consumption frequency and intensity (number of cups or cans per week) of soda or packaged juice was checked. Socio-demographic and behavioral data were the independent variables. The time-series trend of annual consumption was evaluated by means of Linear Regression. The factors (age, sex, region, work, schooling and TV screen time) associated with the consumption of these beverages were investigated by Poisson regression. There was a 32.7% reduction in soft drink or packaged juice consumption between 2007 and 2014. Factors associated with higher consumption were: male sex (p = 0.000); 18-29 year-age-range (p = 0.000); residence in the central-west, southeast and southern regions (p = 0.000); lower schooling (p = 0.616); being employed (p = 0.007) and more than 3 hours of TV screen time per day (p = 0.000). The analyses describe a downward trend in the consumption of soda or packaged fruit juice among adults in Brazil from 2007 to 2014.
O objetivo deste artigo é analisar a tendência temporal e os fatores associados ao consumo de refrigerante ou suco artificial entre adultos no Brasil. Estudo desenvolvido a partir de dados secundários do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, realizado com adultos brasileiros entre 2007-2014. Foi verificada a frequência e a intensidade do consumo (quantidade de copos ou latas por semana) de refrigerante ou suco artificial. Dados sociodemográficos e comportamentais foram as variáveis independentes. A tendência temporal do consumo anual foi avaliada por meio de Regressão Linear. Os fatores associados (idade, sexo, região, trabalho, escolaridade, hábito de assistir TV) ao consumo dessas bebidas foram investigados por Regressão de Poisson. Houve redução de 32,7% do consumo de refrigerante ou suco artificial entre 2007 e 2014. Os fatores associados ao maior consumo foram: sexo masculino (p = 0,000); faixa etária de 18-29 anos (p = 0,000); residência nas regiões centro-oeste, sudeste e sul (p = 0,000); menor escolaridade (p = 0,616); estar empregado (p = 0,007) e assistir TV mais de 3 horas por dia (p = 0,000). As análises descrevem uma tendência de queda no consumo de refrigerante ou suco artificial entre os adultos no Brasil de 2007 a 2014.
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Bebidas , Bebidas Gaseificadas , Adulto , Brasil , Humanos , Masculino , Fatores de RiscoRESUMO
Resumo O objetivo deste artigo é analisar a tendência temporal e os fatores associados ao consumo de refrigerante ou suco artificial entre adultos no Brasil. Estudo desenvolvido a partir de dados secundários do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, realizado com adultos brasileiros entre 2007-2014. Foi verificada a frequência e a intensidade do consumo (quantidade de copos ou latas por semana) de refrigerante ou suco artificial. Dados sociodemográficos e comportamentais foram as variáveis independentes. A tendência temporal do consumo anual foi avaliada por meio de Regressão Linear. Os fatores associados (idade, sexo, região, trabalho, escolaridade, hábito de assistir TV) ao consumo dessas bebidas foram investigados por Regressão de Poisson. Houve redução de 32,7% do consumo de refrigerante ou suco artificial entre 2007 e 2014. Os fatores associados ao maior consumo foram: sexo masculino (p = 0,000); faixa etária de 18-29 anos (p = 0,000); residência nas regiões centro-oeste, sudeste e sul (p = 0,000); menor escolaridade (p = 0,616); estar empregado (p = 0,007) e assistir TV mais de 3 horas por dia (p = 0,000). As análises descrevem uma tendência de queda no consumo de refrigerante ou suco artificial entre os adultos no Brasil de 2007 a 2014.
Abstract The scope of this article is to analyze the time-series trend and factors associated with the consumption of soft drinks or packaged fruit juices among adults in Brazil. It is a study based on secondary data from the System of Surveillance of Risk Factors and Protection for Chronic Diseases by Telephone Survey conducted among Brazilian adults between 2007 and 2014. The consumption frequency and intensity (number of cups or cans per week) of soda or packaged juice was checked. Socio-demographic and behavioral data were the independent variables. The time-series trend of annual consumption was evaluated by means of Linear Regression. The factors (age, sex, region, work, schooling and TV screen time) associated with the consumption of these beverages were investigated by Poisson regression. There was a 32.7% reduction in soft drink or packaged juice consumption between 2007 and 2014. Factors associated with higher consumption were: male sex (p = 0.000); 18-29 year-age-range (p = 0.000); residence in the central-west, southeast and southern regions (p = 0.000); lower schooling (p = 0.616); being employed (p = 0.007) and more than 3 hours of TV screen time per day (p = 0.000). The analyses describe a downward trend in the consumption of soda or packaged fruit juice among adults in Brazil from 2007 to 2014.
Assuntos
Bebidas , Bebidas Gaseificadas , Brasil , Fatores de RiscoRESUMO
OBJECTIVE: To analyze weight gain (WG) and change in nutritional status (NS) after the age of 20 years in the Brazilian adult population between 2006 and 2012. METHODS: Time series using seven surveys from the Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (VIGITEL). The analyses were stratified by region, age, sex and education, considering the sampling weights and complex design. In addition, relative weight change (RWC) in the period was determined for each category of independent variables using linear regression models. RESULTS: Analyses showed an increase in WG after 20 years in two vectors: by survey year and age group, where the increase was higher in women. From 2006 to 2012, individuals 25-29 years old (women: RWC = 70%; ßyear = 0.54 kg/year) and 30-34 years old (women: RWC = 56%; ßyear = 0.57 kg/year) showed greater RWC. In 2012, the higher WG occurred in the age groups of 21-24 and 25-29 years old. Regarding the change in NS, individuals who were overweight at 20 years had a higher probability of remaining in this condition (or shifting to obesity) over time. However, among those who had a normal weight, the probability of not becoming overweight or obese was > 80%, independently of sex. CONCLUSION: The Brazilian population displayed progressive WG in adulthood, especially in the first decade after the age of 20, in addition to the period effect. On the other hand, individuals with normal weight in their 20s tended to maintain the same condition.
Assuntos
Estado Nutricional , Aumento de Peso , Adulto , Distribuição por Idade , Índice de Massa Corporal , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Escolaridade , Feminino , Humanos , Estilo de Vida , Modelos Lineares , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Sobrepeso/epidemiologia , Fatores de Risco , Fatores de Tempo , Adulto JovemRESUMO
OBJECTIVE: To identify the factors associated with excessive weight gain in preschool children enrolled at daycare centers in a capital of the Northeast region of Brazil. METHODS: It was a cross-sectional study conducted at the five daycare centers located in the city's district of most socioeconomic vulnerability. The study included 326 preschool children (17 to 63 months old) from both genders. The dependent variable was the conditional weight gain (CWG), that represents how much a child, according to their gender, deviated from their peers in relation to the expected weight gain, given sample's birthweight, gender, and age at the survey. Univariate tests (t-test and analysis of variance) were used to compare CWG means according to environmental and biological factors, considering the independent variables with p<0.20 as electable for the multiple linear regression model. In the final model, variables with p<0.05 or that contributed to the model adjustment were kept. RESULTS: Children's mean age was 45.4±9.9 months, and 53.4% of the sample consisted of boys. The prevalence of overweight was 7%. In the multivariable linear regression model, it was possible to identify that the following factors were associated with excessive weight gain among preschool children: less than six prenatal care visits (0.36 SD [95%CI 0.13-0.60]), not rooming-in in the postpartum period (0.30 SD [95%CI 0.03-0.58]), and never breastfed (0.44 SD [95%CI 0.06-0.81]). CONCLUSIONS: Inadequate prenatal (appointments) and perinatal care (mother-infant rooming-in and absence of breastfeeding) were associated with excessive weight gain among low-income preschool children.
Assuntos
Creches/estatística & dados numéricos , Sobrepeso/epidemiologia , Aumento de Peso/fisiologia , Peso ao Nascer/fisiologia , Brasil/epidemiologia , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Estudos de Casos e Controles , Pré-Escolar , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Período Pós-Parto/fisiologia , Gravidez , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Prevalência , Fatores SocioeconômicosRESUMO
ABSTRACT Objective: To identify the factors associated with excessive weight gain in preschool children enrolled at daycare centers in a capital of the Northeast region of Brazil. Methods: It was a cross-sectional study conducted at the five daycare centers located in the city's district of most socioeconomic vulnerability. The study included 326 preschool children (17 to 63 months old) from both genders. The dependent variable was the conditional weight gain (CWG), that represents how much a child, according to their gender, deviated from their peers in relation to the expected weight gain, given sample's birthweight, gender, and age at the survey. Univariate tests (t-test and analysis of variance) were used to compare CWG means according to environmental and biological factors, considering the independent variables with p<0.20 as electable for the multiple linear regression model. In the final model, variables with p<0.05 or that contributed to the model adjustment were kept. Results: Children's mean age was 45.4±9.9 months, and 53.4% of the sample consisted of boys. The prevalence of overweight was 7%. In the multivariable linear regression model, it was possible to identify that the following factors were associated with excessive weight gain among preschool children: less than six prenatal care visits (0.36 SD [95%CI 0.13-0.60]), not rooming-in in the postpartum period (0.30 SD [95%CI 0.03-0.58]), and never breastfed (0.44 SD [95%CI 0.06-0.81]). Conclusions: Inadequate prenatal (appointments) and perinatal care (mother-infant rooming-in and absence of breastfeeding) were associated with excessive weight gain among low-income preschool children.
RESUMO Objetivo: Identificar fatores associados com o ganho ponderal excessivo entre pré-escolares de Centros de Educação Infantil (CEIs) em uma capital do Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo transversal realizado em cinco CEIs situados no distrito de maior vulnerabilidade socioeconômica do município. Foram incluídas 326 crianças de ambos os sexos, com idades entre 17 e 63 meses. A variável dependente foi a evolução ponderal condicional (EPC), a qual representa o quanto uma criança desviou do ganho de peso esperado em relação a seus pares, de acordo com o sexo, o peso ao nascer e a idade no inquérito. Análises univariadas (teste t de Student ou análise de variância) foram utilizadas para comparar as médias da EPC em função de fatores biológicos e ambientais, considerando como elegíveis para o modelo múltiplo de regressão linear as variáveis independentes com p<0,20; permaneceram no modelo final aquelas que apresentaram p<0,05 ou que contribuíram no ajuste do modelo. Resultados: A média de idade foi de 45,4±9,9 meses e 53,4% eram meninos. A prevalência de excesso de peso foi de 7%. No modelo múltiplo de regressão linear, identificamos que realizar menos de 6 consultas pré-natal (DP=0,36; IC95% 0,13-0,60), não ter permanecido em alojamento conjunto no pós-parto (DP=0,30; IC95% 0,03-0,58) e nunca ter sido amamentado (DP=0,44; IC95% 0,06-0,81) foram fatores associados com o ganho excessivo de peso entre pré-escolares. Conclusões: A inadequação dos cuidados pré-natal (consultas) e perinatal (não permanecer em alojamento conjunto e ausência da amamentação) se associaram com o ganho excessivo de peso entre pré-escolares de baixa renda.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Lactente , Pré-Escolar , Aumento de Peso/fisiologia , Creches/estatística & dados numéricos , Sobrepeso/epidemiologia , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Peso ao Nascer/fisiologia , Brasil/epidemiologia , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Estudos de Casos e Controles , Estudos Transversais , Período Pós-Parto/fisiologiaRESUMO
RESUMO: Objetivos: Analisar o ganho de peso (GP) e a mudança do estado nutricional (EN) após os 20 anos de idade na população brasileira entre os anos de 2006 e 2012. Metodologia: Série temporal com base em sete inquéritos transversais do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). As análises foram estratificadas por região, faixa etária, sexo e escolaridade, considerando-se o plano e a ponderação amostral. Ainda, estimou-se a variação ponderal relativa (VPR) no período para os estratos analisados por meio de modelos de regressão linear. Resultados: Identificaram-se dois vetores de aumento no GP após os 20 anos de idade: ano do inquérito e faixa etária, que foram mais expressivos entre as mulheres. Entre 2006 e 2012, as faixas etárias que apresentaram a maior variação temporal foram de 25-29 (mulheres: VPR = 70%; βano = 0,54 kg/ano) e 30-34 anos (mulheres: VPR = 56%; βano = 0,57 kg/ano). Em 2012, o maior aumento de GP ocorreu nas faixas etárias de 21-24 e 25-29 anos. Quanto à mudança de EN, indivíduos que apresentavam excesso de peso aos 20 anos tiveram maior probabilidade de permanecer nessa condição (ou migrar do sobrepeso para obesidade) com o avançar da idade. Contudo, entre os que eram eutróficos, a probabilidade de permanecer com o mesmo EN foi > 80%, independentemente do sexo. Conclusão: Além do efeito do tempo, a população brasileira apresentou progressivo GP no decorrer da fase adulta, sobretudo na primeira década após os 20 anos. Por outro lado, indivíduos eutróficos aos 20 anos tenderam a permanecer nessa condição.
ABSTRACT: Objective: To analyze weight gain (WG) and change in nutritional status (NS) after the age of 20 years in the Brazilian adult population between 2006 and 2012. Methods: Time series using seven surveys from the Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (VIGITEL). The analyses were stratified by region, age, sex and education, considering the sampling weights and complex design. In addition, relative weight change (RWC) in the period was determined for each category of independent variables using linear regression models. Results: Analyses showed an increase in WG after 20 years in two vectors: by survey year and age group, where the increase was higher in women. From 2006 to 2012, individuals 25-29 years old (women: RWC = 70%; βyear = 0.54 kg/year) and 30-34 years old (women: RWC = 56%; βyear = 0.57 kg/year) showed greater RWC. In 2012, the higher WG occurred in the age groups of 21-24 and 25-29 years old. Regarding the change in NS, individuals who were overweight at 20 years had a higher probability of remaining in this condition (or shifting to obesity) over time. However, among those who had a normal weight, the probability of not becoming overweight or obese was > 80%, independently of sex. Conclusion: The Brazilian population displayed progressive WG in adulthood, especially in the first decade after the age of 20, in addition to the period effect. On the other hand, individuals with normal weight in their 20s tended to maintain the same condition.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Aumento de Peso , Estado Nutricional , Fatores de Tempo , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Modelos Lineares , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Distribuição por Idade , Escolaridade , Sobrepeso/epidemiologia , Estilo de Vida , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
The scope of this article is to analyze the temporal trend of the consumption of fatty meats and factors associated with the consumption thereof between 2007 and 2014. A time series of fatty meat consumption (red meat and chicken) was conducted by the "Surveillance of Risk and Protection Factors for Chronic Diseases (Vigitel) telephone survey." The consumption trend was analyzed by joinpoint regression and expressed in annual percentage variation (VPA [95% CI]), while sociodemographic and behavioral factors were associated in 2007 and 2014 by the generalized linear (log-binomial) model. Between 2007 and 2014, white meat consumption ≥ 5x/ week increased (VPA 6.9% [5.7, 8.1]), while red meat consumption remained stable. Fatty meat consumption showed a significant reduction as of 2011 (VPA -4% [-7.5; -0.2]), probably due to the reduction in the consumption of fatty red meats. It was found that males, of younger age groups living in the center-west/south-east/south regions, with low education level and alcohol and tobacco abuse were associated with fatty meat consumption; while watching television>3hours/day was only associated in 2014. The consumption of fatty meats showed a reduction trend in the Brazilian population, and its consumption was associated with sociodemographic and behavioral variables.
O objetivo deste artigo é analisar a tendência temporal do consumo de carnes gordurosas (CG) e fatores associados ao seu consumo habitual entre 2007 e 2014. Série temporal do consumo de CG (vermelha e frango/galinha) realizada a partir do inquérito telefônico "Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas" (Vigitel). A tendência do consumo foi analisada por regressão "joinpoint" e expressa em variação percentual anual (VPA[IC95%]), enquanto os fatores sociodemográficos e comportamentais associados em 2007 e 2014 por modelo linear generalizado (log-binomial). Entre 2007-2014, o consumo ≥ 5x/semana de carnes brancas aumentou (VPA 6,9% [5,7; 8,1]), enquanto as vermelhas permaneceu estável. O consumo CG apresentou redução significativa a partir de 2011 (VPA -4,0%[-7,5; -0,2]), provavelmente em função da redução no consumo das vermelhas gordurosas. Identificamos que o sexo masculino, as faixas etárias mais jovens, residir nas regiões CO/SE/S, escolaridade ≤ 8 anos e o uso abusivo de álcool e tabaco se associaram com o consumo de CG; assistir televisão > 3h/dia foi associada apenas em 2014. No período analisado houve redução no consumo de CG pela população brasileira, sendo seu consumo associado a fatores sociodemográficas e outros comportamentos promotores de DCNT.