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Physis (Rio J.) ; 33: e33070, 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1521310

RESUMO

Resumo O estudo tem como objetivos: cartografar a trajetória de racismo estrutural e de sofrimento psíquico de uma mulher negra acompanhada por uma enfermaria psiquiátrica em um Hospital Geral; e refletir sobre a relação entre o racismo estrutural e sofrimento psíquico. O racismo é a operacionalização tecnológica, destinada ao exercício do biopoder, que coloca negros em posições inferiores, determinando desvantagens a partir da raça. A violência racista impõe o debate para o campo da saúde mental por sua influência no sofrimento psíquico. Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, com abordagem cartográfica, por meio da trajetória de uma usuária-cidadã-guia, utilizando-se da entrevista semiestruturada e do diário de campo cartográfico. A analise fez emergir as cenas: ser negra e como a sociedade nos vê; auto ódio; solidão da mulher negra, que demonstram como o sofrimento psíquico é influenciado pelo racismo estrutural que condicionam a existência do negro ao menor valor, à estigmatização e à desumanização. A subjetividade produzida internaliza sentimentos de inferioridade, de solidão, de auto-ódio e de não lugar. Torna-se urgente a problematização da questão racial na produção do cuidado em saúde mental, bem como uma reforma societária que proporcione a existência plena de direitos e de dignidade das pessoas negras.


Abstract The study aims to map the trajectory of structural racism and psychic suffering of a black woman accompanied by a psychiatric nursery in a General Hospital; and to reflect on the relationship between structural racism and psychic suffering. Racism is the technological operationalization, destined to the exercise of biopower, which places black people in inferior positions, determining disadvantages based on race. Racist violence imposes the debate on the field of mental health due to its influence on psychic suffering. Qualitative, descriptive and exploratory research, with a cartographic approach, through the trajectory of a user-citizen-guide, using a semi-structured interview and a cartographic field diary. The analysis made the scenes emerge: being black and how society sees us; self-hate; and loneliness of black women that demonstrate how psychic suffering is influenced by structural racism that condition the existence of black people to the lowest value, stigmatization and dehumanization. The subjectivity produced internalizes feelings of inferiority, loneliness, self-hatred and non-placement. It is urgent to problematize the racial issue in the production of mental health care, as well as a societal reform that provides the full existence of rights and dignity of black people.

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