Densidade mineral óssea em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico e sua relação com níveis estrogênicos / Bone mineral density in patients with systemic lupus erythematosus and its relation to estrogen levels

RESUMO

Objetivos: Avaliar a densidade mineral óssea (DMO) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), determinar o papel dos corticosteróides e drogas citostáticas, e analisar os efeitos dos estrogênios sobre a densidade mineral óssea no LES. Pacientes e Métodos: Avaliou-se a DMO vertebral (L2-L4) e do fêmur proximal em 60 pacientes com LES na pós-menopausa e em 64 controles. Também os níveis de estradiol plasmático foram medidos. A idade, idade ao início da doença, índice de massa corpórea (IMC), tempo de doença, atividade de doença (pelo SLEDAI), doses de prednisona no momento da avaliação, cumulativa do último ano e cumulativa total, bem como o uso de drogas citostáticas, também foram analisados. Resultados: A média dos níveis de estradiol entre as pacientes foi de 175,8 pg/ml e, entre as mulheres do grupo controle, 149,9. A DMO foi significativamente menor nas pacientes do que nas mulheres sadias (P<0,0001). As médias de doses atual, cumulativa total e do último ano foram, respectivamente, de 19,17 mg/dl, 28,78g e 5,33g. Não houve associação entre as doses de corticosteróides ou de outras drogas citostáticas utilizadas e a perda de massa óssea. As concentrações séricas de estradiol não influíram na perda de massa óssea. O IMC e a idade da paciente ao início da doença, conjuntamente, influíram sobre a DMO em vértebra L2. Conclusão: A DMO foi significativamente menor entre as pacientes com LES sem associação com as doses de corticosteróides ou outras drogas utilizadas. Os níveis de estradiol não parecem influir sobre a DMO nessas pacientes. Baixo IMC interagindo com baixa idade da paciente ao início da doença parece influir sobre a probabilidade de perda de massa óssea no LES