Transtorno de pânico: um estudo sobre as matrizes sociais de seu surgimento; a sociedade do risco e a construção contemporânea de bioidentidades / Panic disorder a study of the cultural origins of the emergence and diffusion of this disorder in the field of subjectivity and identity construction; the risk society and bioidentity field
Rio de Janeiro; s.n; 2007. 190 p.
Thesis
em Pt
| LILACS
| ID: lil-454155
Biblioteca responsável:
BR433.1
Localização: BR433.1; T1008
RESUMO
O transtorno de pânico é uma das questões preocupantes em termos de saúde coletiva. Pensamos que tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento psíquico, categoria que tem penetrado em diferentes espaços sociais, e suas descrições vêm sendo incorporadas ao arcabouço identitário dos sujeitos. Problematizar as matrizes culturais da emergência e difusão deste transtorno, no campo da construção de subjetividade e de identidade, é o objetivo deste estudo. Na pós-modernidade, por um lado, nos centramos nas características do que se denomina sociedade de risco, (BECK, 1998) a qual gera sentimentos de imprevisibilidade, desenraizamento e desfiliação; por outro, juntamente com o desprestígio do ideal da interioridade, observa-se um recurso a se recorrer ao registro do corpo e da biologia como âncora subjetiva. (COSTA, 2005). Com a predominância de um cenário de incerteza e de risco permanente, cria-se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade são constantemente ameaçadas. Ou seja, o valor da confiança no registro da ontologia, refere-se à existência de um ambiente suficientemente confiável e previsível para que os sujeitos experienciem uma constância dos ambientes de ação social e material circundantes (WINNICOTT, 1963). Nesse sentido, defendemos que os tipos de patologia, nos quais se inclui o transtorno de pânico, podem servir também como redes de pertencimento, formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados físicos, tanto na esfera da normalidade quanto da patologia. Verificaremos, em meio a esse ideal vigente, como o pânico emerge e é difundido com base em tais matrizes desviantes, entre as quais o corpo anatomofisiológico se destaca como fenômeno identitário, denominado por alguns autores de bioidentidade (ORTEGA, 2002). O transtorno de pânico, pretensamente radicado no cérebro e determinado pela genética, parece ser uma das entidades às quais as pessoas aderem e ao redor das quais se agregam. Humanizar o conceit...
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Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Ansiedade
/
Psiquiatria
/
Saúde Mental
/
Transtorno de Pânico
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2007
Tipo de documento:
Thesis