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Acute Ischemic Stroke on Cancer Patients, a Distinct Etiology? A Case-Control Study.
Carrilho Romeiro, Ana; Valadas, Anabela; Marques, José.
Afiliação
  • Carrilho Romeiro A; Serviço de Neurologia. Hospital de São Bernardo. Centro Hospitalar de Setúbal. Setúbal. Portugal.
  • Valadas A; Serviço de Neurologia. Hospital de São Bernardo. Centro Hospitalar de Setúbal. Setúbal. Portugal.
  • Marques J; Serviço de Neurologia. Hospital de São Bernardo. Centro Hospitalar de Setúbal. Setúbal. Portugal.
Acta Med Port ; 28(5): 613-8, 2015.
Article em En | MEDLINE | ID: mdl-26667865
RESUMO
Introdução: Actualmente ainda não se encontra claramente definido se a etiologia do acidente vascular cerebral isquémico agudo difere entre doentes com e sem cancro. O acidente vascular cerebral isquémico e o cancro apresentam factores de risco comuns. No entanto, a literatura sugere que os doentes com cancro apresentam condições específicas que aumentam o risco de acidente vascular cerebral. O nosso objectivo foi comparar a etiologia do acidente vascular cerebral isquémico entre doentes com cancro e sem cancro. Material e Métodos: Estudo de caso-controlo realizado em doentes internados numa Unidade de acidente vascular cerebral entre Janeiro de 2007 e Dezembro de 2012. Os casos foram definidos como doentes com o diagnóstico concomitante de acidente vascular cerebral isquémico agudo e cancro; os controlos apenas com o diagnóstico de acidente vascular cerebral. Foram comparados entre os grupos: idade, género, factores de risco vasculares e etiologia do acidente vascular cerebral. Resultados: Foram identificados 56 casos, 64,3% do género masculino, com idade média de 71 anos; 21 doentes apresentavam doença neoplásica activa. O cancro gastrointestinal (25,9%) foi o mais frequente. Foram incluídos 151 controlos, emparelhados para a idade e género. A comparação dos factores de risco vasculares entre casos e controlos não revelou diferenças estatisticamente significativas, excepto para a diabetes mellitus, mais frequente no grupo de controlo (16,1% vs 33,8%, p = 0,02). A presença de história de eventos trombóticos prévios foi mais frequente na coorte de doentes com doença neoplásica (8,9% vs 0,7%, p = 0,007). O subtipo de etiologia do acidente vascular cerebral (classificação TOAST) âoutra etiologiaâ foi mais frequente nos doentes com cancro (13,04% vs 0,83%, p < 0,01), e a presença de um estado pró-trombótico foi mais frequente nos doentes com neoplasia activa.Discussão: Os resultados obtidos no nosso estudo permitiram definir dois subgrupos de casos. Num subgrupo de doentes, o cancro e o acidente vascular cerebral isquémico co-existiram e partilharam factores de risco. No segundo subgrupo de casos, o acidente vascular cerebral pareceu estar directamente relacionado com a doença neoplásica. O estado pró-trombótico constitui um mecanismo fundamental para a fisiopatogénese do acidente vascular cerebral isquémico. Conclusão: Na práctica clínica, a identificação de hipercoagulabilidade como etiologia do acidente vascular cerebral deve alertar o médico para a pesquisa de uma doença neoplásica oculta.
Assuntos
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Base de dados: MEDLINE Assunto principal: Acidente Vascular Cerebral / Neoplasias Idioma: En Ano de publicação: 2015 Tipo de documento: Article
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Base de dados: MEDLINE Assunto principal: Acidente Vascular Cerebral / Neoplasias Idioma: En Ano de publicação: 2015 Tipo de documento: Article