Your browser doesn't support javascript.
loading
Extragenital Gonorrhoea in Men Who Have Sex with Men: A Retrospective Study in a STI Clinic in Lisbon, Portugal.
Valejo Coelho, Margarida Moura; Matos-Pires, Eugénia; Serrão, Vasco; Rodrigues, Ana; Fernandes, Cândida.
Afiliação
  • Valejo Coelho MM; Department of Dermatology and Venereology. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.
  • Matos-Pires E; Department of Dermatology and Venereology. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.
  • Serrão V; Department of Dermatology and Venereology. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.
  • Rodrigues A; Department of Dermatology and Venereology. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.
  • Fernandes C; Department of Dermatology and Venereology. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.
Acta Med Port ; 31(5): 247-253, 2018 May 30.
Article em En | MEDLINE | ID: mdl-29916355
ABSTRACT

INTRODUCTION:

Recent studies worldwide reveal a significant prevalence of extragenital infections by Neisseria gonorrhoeae among men who have sex with men. We aimed to analyse the frequency and characteristics of extragenital gonococcal infections diagnosed in men who have sex with men in a walk-in Sexually Transmitted Infection clinic in Lisbon, Portugal. MATERIAL AND

METHODS:

We conducted a cross-sectional, retrospective study of the anorectal and/or oropharyngeal Neisseria gonorrhoeae infections in men who have sex with men, diagnosed in our Sexually Transmitted Infection clinic between January 2014 and December 2016.

RESULTS:

We found extragenital infection in 87 cases of gonorrhoea identified in men who have sex with men in this period, including 49 cases of anorectal disease, 9 of oropharyngeal disease, 13 cases of infection at both extragenital sites, and 16 of simultaneous extragenital and urogenital gonorrhoea. Patients' ages ranged from 17 to 64 years (median 28 years). Forty-seven (54%) of the patients did not present with any extragenital symptoms. Thirty (35%) were human immunodeficiency virus-1-positive.

DISCUSSION:

Since most extragenital Neisseria gonorrhoeae infections are asymptomatic, they may be missed and go untreated unless actively investigated. Current international guidelines recommend the screening of gonorrhoea at extragenital sites in men who have sex with men because anorectal and oropharyngeal infections constitute a potential disease reservoir, and may facilitate transmission and/or acquisition of human immunodeficiency virus infection.

CONCLUSION:

Our results highlight the relevance of testing men who have sex with men for Neisseria gonorrhoeae at extragenital sites, regardless of the existence of local complaints. The implementation of adequate screening programmes in Portugal should be considered. We also reinforce the need to raise awareness in the population regarding the adoption of prophylactic measures against transmission of sexually transmitted infections during anal and/or oral sexual exposure.
RESUMO

Introdução:

Estudos internacionais recentes revelam uma prevalência significativa de infeções extragenitais por Neisseria gonorrhoeae em homens que têm sexo com homens. Pretendemos analisar a frequência e caraterísticas das infeções gonocócicas extragenitais diagnosticadas em homens que têm sexo com homens numa consulta aberta de Infeções Sexualmente Transmissíveis em Lisboa, Portugal. Material e

Métodos:

Conduzimos um estudo observacional transversal, retrospetivo, das infeções anorrectais e/ou orofaríngeas por Neisseria gonorrhoeae em homens que têm sexo com homens, diagnosticadas na nossa consulta de Infeções Sexualmente Transmissíveis entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016.

Resultados:

Detetámos infeção extragenital em 87 dos casos de gonorreia identificados em homens que têm sexo com homens no período analisado, incluindo 49 casos de doença anorrectal, 9 de doença orofaríngea, 13 casos de infeção em ambas as localizações extragenitais, e 16 de gonorreia simultaneamente extragenital e urogenital. A idade dos doentes variou entre 17 e 64 anos (mediana 28 anos). Quarenta e sete (54%) dos doentes não apresentavam qualquer sintoma extragenital. Trinta (35%) tinham também infeção pelo vírus da imunodeficiência humana-1. Discussão Dado que a maioria das infeções extragenitais por Neisseria gonorrhoeae são assintomáticas, estas podem não ser diagnosticadas, e não tratadas, se não pesquisadas ativamente. Em várias normas de orientação clínica internacionais atuais é recomendado o rastreio da gonorreia em localizações extragenitais em homens que têm sexo com homens, visto que as infeções anorrectais e orofaríngeas constituem potenciais reservatórios da doença e podem facilitar a transmissão e/ou aquisição de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana.

Conclusão:

Os nossos resultados apontam para a relevância de testar os homens que têm sexo com homens para a presença de Neisseria gonorrhoeae em localizações extragenitais, independentemente da existência de sintomas locais. A implementação de programas de rastreio adequados em Portugal deverá ser considerada. Relevamos também a necessidade de sensibilizar a população para a adoção de medidas profiláticas contra a transmissão de infeções sexualmente transmissíveis durante o contacto sexual anal e/ou oral.
Assuntos
Palavras-chave

Texto completo: 1 Base de dados: MEDLINE Assunto principal: Orofaringe / Doenças Retais / Gonorreia / Doenças Faríngeas Idioma: En Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Article

Texto completo: 1 Base de dados: MEDLINE Assunto principal: Orofaringe / Doenças Retais / Gonorreia / Doenças Faríngeas Idioma: En Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Article