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1.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-51733

ABSTRACT

O objetivo foi analisar as associações entre a percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e os sintomas de depressão, ansiedade e estresse em profissionais atuantes em unidades de saúde. Estudo transversal com trabalhadores de diversas categorias profissionais que buscaram voluntariamente um dos primeiros Centros de Referência em Testagem de COVID-19 no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Os trabalhadores foram convidados a responder a um questionário online entre maio e agosto de 2020. Foram utilizadas a escala Percepção de Risco de Adoecimento por COVID-19 e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Foram estimados razão de chance (OR) e intervalo de 95% de confiança. Do total (N = 2.996), 81,5% eram mulheres com idade média de 40,7 anos. Cerca da metade apresentava grau leve, moderado ou severo de depressão, ansiedade ou estresse, sendo a frequência de trabalhadores com sintomas severos, respectivamente, 18,5%, 29,6% e 21,5%. Observou-se que as associações entre a percepção de risco e os sintomas de depressão, ansiedade e estresse foram mais fortes à medida que aumentava a classificação de gravidade de cada sintoma. Os trabalhadores com alta percepção de risco de adoecimento por COVID-19 apresentaram OR mais elevadas para sintomas severos de depressão (OR = 4,67), ansiedade (OR = 4,35) e estresse (OR = 4,97). Os achados apontam a demanda por medidas de proteção à saúde dos trabalhadores, que não devem se restringir aos equipamentos de proteção individual. É essencial que os gestores promovam espaços coletivos de discussão e ações que favoreçam a recuperação dos trabalhadores em contexto pandêmico de longa duração.

2.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-52572

ABSTRACT

Introdução: as condições estressantes do trabalho estão associadas ao aumento dos níveis glicêmicos, mas pouco se conhece sobre o papel da escolaridade neste contexto. Objetivos: analisar a associação entre o estresse psicossocial no trabalho e os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) e a influência da escolaridade como modificador de efeito. Métodos: estudo transversal com dados de 11.922 trabalhadores ativos da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O estresse psicossocial no trabalho foi avaliado pelo modelo demanda-controle. Foram empregadas a regressão logística multinomial e interações multiplicativas. Resultados: em trabalhadoras do sexo feminino com baixa escolaridade, observou-se associação entre baixo uso de habilidades no trabalho (OR 1,56; IC95% 1,09-2,24) e HbA1c elevada. A baixa autonomia no trabalho foi relacionada à HbA1c limítrofe (OR 1,21; IC95% 1,01-1,45) e elevada (OR 1,73; IC95% 1,19-2,51). Entre trabalhadores do sexo masculino com baixa escolaridade, o trabalho de alto desgaste (OR 1,94; IC95% 1,18-3,21), o baixo uso de habilidades (OR 2,00; IC95% 1,41-2,83) e a baixa autonomia no trabalho (OR 1,58; IC95% 1,13-2,21) foram associados à HbA1c elevada. Conclusão: o estresse psicossocial no trabalho foi associado a níveis limítrofes e elevados de HbAlc para trabalhadores com baixa escolaridade de ambos os sexos. Assim, ações para modificar as relações de trabalho e prevenir doenças crônicas devem ser priorizadas.

3.
Article in English | ARCA | ID: arc-52569

ABSTRACT

Introdução: as condições estressantes do trabalho estão associadas ao aumento dos níveis glicêmicos, mas pouco se conhece sobre o papel da escolaridade neste contexto. Objetivos: analisar a associação entre o estresse psicossocial no trabalho e os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) e a influência da escolaridade como modificador de efeito. Métodos: estudo transversal com dados de 11.922 trabalhadores ativos da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O estresse psicossocial no trabalho foi avaliado pelo modelo demanda-controle. Foram empregadas a regressão logística multinomial e interações multiplicativas. Resultados: em trabalhadoras do sexo feminino com baixa escolaridade, observouse associação entre baixo uso de habilidades no trabalho (OR 1,56; IC95% 1,09- 2,24) e HbA1c elevada. A baixa autonomia no trabalho foi relacionada à HbA1c limítrofe (OR 1,21; IC95% 1,01-1,45) e elevada (OR 1,73; IC95% 1,19-2,51). Entre trabalhadores do sexo masculino com baixa escolaridade, o trabalho de alto desgaste (OR 1,94; IC95% 1,18-3,21), o baixo uso de habilidades (OR 2,00; IC95% 1,41-2,83) e a baixa autonomia no trabalho (OR 1,58; IC95% 1,13-2,21) foram associados à HbA1c elevada. Conclusão: o estresse psicossocial no trabalho foi associado a níveis limítrofes e elevados de HbAlc para trabalhadores com baixa escolaridade de ambos os sexos. Assim, ações para modificar as relações de trabalho e prevenir doenças crônicas devem ser priorizadas.

4.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-51570

ABSTRACT

Pretos e pardos apresentam grandes desvantagens de saúde, possuem menores chances de ascensão na hierarquia social no curso de vida e menores níveis socioeconômicos do que brancos como resultado do racismo estrutural. Entretanto, pouco se sabe sobre o papel mediador da mobilidade intergeracional na associação entre racismo e saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre racismo e a autoavaliação de saúde, e verificar em que medida a mobilidade social intergeracional media essa associação. Estudo transversal realizado com dados de 14.386 participantes da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Escolaridade materna, escolaridade do participante, classe sócio-ocupacional do chefe de família e classe sócio-ocupacional do participante compuseram os indicadores de mobilidade social intergeracional (educacional e sócio-ocupacional). Modelos de regressão logística foram utilizados. A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 15%, 24% e 28% entre brancos, pardos e pretos, respectivamente. Após ajustes por idade, sexo e centro de investigação foram encontradas maiores chances de autoavaliação de saúde ruim entre pretos (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) e pardos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01) quando comparados aos brancos. A mobilidade educacional e sócio-ocupacional intergeracional mediaram, respectivamente, 66% e 53% da associação entre a raça/cor e autoavaliação de saúde ruim em pretos, e 61% e 51% em pardos, respectivamente. Resultados confirmam a iniquidade racial na autoavaliação de saúde e apontam que a mobilidade social intergeracional desfavorável é um importante mecanismo para explicar essa iniquidade.

5.
Article in English | ARCA | ID: arc-53259

ABSTRACT

Objetivo: avaliar o risco cardiovascular entre trabalhadores de enfermagem de um hospital público. Método: estudo seccional, com 324 trabalhadores de enfermagem, utilizando-se questionário composto por dois blocos de informações. O primeiro abrangeu questões relacionadas às características sociodemográficas e laborais, de saúde, e o segundo, o Escore de Risco de Framingham Revisado (ERF), para estratificar o risco cardiovascular. Para avaliar o estresse psicossocial no trabalho, utilizou-se a Escala Sueca de Demanda Controle Social. Resultados: o fator de risco modificável para DCVs mais prevalente foi a circunferência de cintura (75,9%), seguida de sobrepeso (43,8%), obesidade (29,3%), etilismo (21,9%), colesterol da lipoproteína de densidade baixa (LDL) > 130 (20,7%) e Hipertensão Arterial Sistêmica (20,4%). Conclusão: verificou-se que 96% dos trabalhadores apresentaram baixo risco para desenvolverem doenças cardiovasculares nos próximos dez anos, e trabalhadores homens com idade >40 anos jornada de trabalho menor apresentam maiores chances de apresentar doença cardiovascular.

6.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-53253

ABSTRACT

Objetivo: avaliar o risco cardiovascular entre trabalhadores de enfermagem de um hospital público. Método: estudo seccional, com 324 trabalhadores de enfermagem, utilizando-se questionário composto por dois blocos de informações. O primeiro abrangeu questões relacionadas às características sociodemográficas e laborais, de saúde, e o segundo, o Escore de Risco de Framingham Revisado (ERF), para estratificar o risco cardiovascular. Para avaliar o estresse psicossocial no trabalho, utilizou-se a Escala Sueca de Demanda Controle Social. Resultados: o fator de risco modificável para DCVs mais prevalente foi a circunferência de cintura (75,9%), seguida de sobrepeso (43,8%), obesidade (29,3%), etilismo (21,9%), colesterol da lipoproteína de densidade baixa (LDL) > 130 (20,7%) e Hipertensão Arterial Sistêmica (20,4%). Conclusão: verificou-se que 96% dos trabalhadores apresentaram baixo risco para desenvolverem doenças cardiovasculares nos próximos dez anos, e trabalhadores homens com idade >40 anos jornada de trabalho menor apresentam maiores chances de apresentar doença cardiovascular.

7.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-53251

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é estimar a prevalência de comprometimento cognitivo e analisar sua associação com o controle da pressão arterial em idosos hipertensos. Trata-se de um estudo transversal realizado com 383 idosos hipertensos no estado do Piauí, Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, realizada aferição da pressão arterial e avaliação da função cognitiva utilizando o teste Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de comprometimento cognitivo foi de 74,4%, sendo maior na faixa etária entre 80 anos ou mais de idade e naqueles com menor escolaridade. A prevalência de pressão arterial não controlada foi de 61,6%, com maior proporção entre os idosos com comprometimento cognitivo. Observou-se associação entre o comprometimento cognitivo e pressão arterial não controlada (RPAjustada: 3,98; IC95% = 2,51-6,33). A associação significativa entre função cognitiva e controle pressórico sugere que comprometimento cognitivo é um importante fator de risco para pressão arterial não controlada em pessoas idosas. A inclusão de medidas de rastreamento para possíveis déficits cognitivos podem ser úteis para melhor monitoramento da elevação dos níveis pressóricos entre idosos hipertensos.

8.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-53231

ABSTRACT

Fundamento: A hipertensão arterial é considerada um importante fator de risco de morbidade e mortalidade cardiovascular em mulheres na pós-menopausa. Embora a terapia hormonal da menopausa (THM) seja um tratamento muito eficiente para sintomas vasomotores nesse período, a influência dessa terapia na pressão arterial ainda não está clara. Objetivo: Avaliar a relação entre o uso de THM e a hipertensão em participantes do ELSA-Brasil. Métodos: Um estudo transversal usando dados da linha de base da coorte ELSA-Brasil, com 2.138 mulheres que passaram por menopausa natural. Neste estudo, foi analisado a hipertensão, definida como pressão arterial ≥140/90 mmHg ou uso anterior de anti-hipertensivo, e o uso da THM, com participantes sendo classificadas em grupos daquelas que nunca usaram, que já usaram e que estavam em uso atual. As associações foram avaliadas usando-se um modelo de regressão logística multivariada com uma significância estatística definida em p<0,05. Resultados: No total, 1.492 mulheres (69,8%) nunca tinham usado a THM, 457 (21,4%) tinham usado no passado, e 189 (8,8%) estavam em uso atual. O uso de THM foi mais comum em mulheres que tinham índice de massa corporal <25 kg/m2 e níveis de triglicérides <150 mg/dl, que eram fisicamente menos inativas, não fumantes e não diabéticas. As mulheres em uso atual da THM apresentaram menores chances de ter hipertensão (OR=0,59; IC 95%: 0,41-0,85), em comparação com as que nunca a usaram. Na maioria dos casos, a THM foi iniciada com idade até 59 anos, com menos de 10 anos de menopausa e o uso durou até cinco anos. Conclusão: O uso atual da THM não esteve relacionado à hipertensão, especialmente em mulheres saudáveis e que tinham menos de 60 anos de idade.

9.
Article in English | ARCA | ID: arc-53258

ABSTRACT

Objetivamos verificar a ocorrência do efeito de prática e o impacto das características sociodemográficas nos escores de seguimento em uma amostra de 5.592 participantes com perfil sociodemográfico diverso, avaliada duas vezes durante quatro anos de seguimento. Métodos: Testamos duas abordagens possíveis para corrigir o efeito de prática e calculamos o índice de mudança confiável. Resultados: Observamos escores sutilmente maiores na avaliação de seguimento após quatro anos, o que sugere a ocorrência de efeitos de retestagem. A correção pela diferença da regressão gerou escores corrigidos de acompanhamento satisfatórios, enquanto a correção pela diferença média não forneceu correções eficazes. As características sociodemográficas tiveram impacto mínimo no efeito de prática. Conclusões: Recomendamos a forma de correção pela diferença da regressão para efeitos de retestagem. A ausência dessa abordagem metodológica, quando utilizamos escores cognitivos longitudinais, pode levar a resultados enviesados.

10.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-49758

ABSTRACT

Objetivo: determinar se os níveis de exposição ao trabalho noturno (dose atual; dose acumulada) estão associados à hipertensão (HAS), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). Métodos: estudo transversal realizado com 893 profissionais de enfermagem. Foram coletados dados sobre aspectos sociodemográficos, relacionados ao trabalho e a comportamentos de saúde. A pressão arterial foi aferida por meio de monitor digital. Resultados: após o ajuste pelas variáveis sociodemográficas, observou-se que trabalhar mais de 4 noites por quinzena foi associado ao aumento da PAS (4,0 mmHg; intervalo de confiança [IC 95%]: 1,01; 6,97) e PAD (2,3 mmHg; IC 95%: 0,24; 4,35). O trabalho em mais de 4 noites por quinzena foi associado à ocorrência de hipertensão (RC 1,57; IC 95%: 1,01; 2,43). Indivíduos que trabalharam à noite por mais de 9 anos apresentaram, em média, níveis de pressão arterial mais elevados (PAS de 3,7 mmHg [IC 95%: 1,49; 5,92] e PAD de 2,0 mmHg [IC 95%: 0,46; 3,52]), em comparação com aqueles que trabalharam à noite por 9 ou menos anos. Conclusão: esses resultados sugerem que os efeitos do trabalho noturno começam após uma certa dose de exposição, ou seja, após 9 anos de trabalho noturno ou quando exposto ao trabalho noturno por mais de 4 noites por quinzena.

11.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-45871

ABSTRACT

O presente artigo aborda a utilização do cinema como instrumento educacional em práticas docentes no Ensino Médio, tendo como sujeitos professores que trabalham no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) em instituição federal, especificamente atuantes em disciplinas básicas. O trabalho investigativo é decorrência de pesquisa de doutorado na área de Ensino de Ciências do programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ensino em Biociências e Saúde (PGEBS) do Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz/RJ (IOC- FIOCRUZ) e constitui-se como pesquisa qualitativa que busca ampliar a compreensão sobre como docentes concebem, planejam e realizam atividades com o cinema. As análises aqui apresentadas permitiram consolidar vínculo entre fundamentos teóricos-conceituais sobre o uso do cinema em ambientes educativos e o conjunto de informações levantadas a partir de entrevistas com os docentes participantes da investigação, coadunando teoria e prática. Os resultados obtidos sinalizam que o potencial de uso do cinema vai muito além do caráter meramente ilustrativo, estabelecendo diálogos profícuos com características intrínsecas e relevantes para o Ensino de Ciências, como imaginação, reflexão crítica e conjecturabilidade. Assim, o estudo favorece o entendimento das reais vivências e desafios que professores enfrentam para implementação das suas atividades com o cinema no cotidiano de sala de aula e estimula outros pesquisadores e docentes a aprofundarem-se no conhecimento e na realização de novas iniciativas, na perspectiva de agregar o componente artístico aos conhecimentos científicos em diversificadas disciplinas e com estratégias variadas.

12.
Article in English | ARCA | ID: arc-45191

ABSTRACT

O artigo examina a história de Louis Pasteur do ponto de vista de um filme clássico que foi projetado durante os Seminários Semanais do Instituto Oswaldo Cruz no final das atividades de 2017. Embora bastante antigo, o filme The Story of Louis Pasteur (Warner Bros., 1936) inspirou os espectadores e deu lugar a um debate animado que levou os autores a decidir publicar os comentários da Coordenadora dos Seminários, do debatedor convidado e do público. O filme incorpora personagens reais e fictícios para comunicar ao público o legado de um dos maiores precursores da história da saúde pública. O artigo destaca os episódios reais da biografia de Pasteur e também os ficcionais, sem desmerecer o trabalho dos criadores cinematográficos. O principal mérito do filme, um dos primeiros passos de uma política de divulgação científica, é de revelar a importância das vacinas e da higiene das mãos na prevenção das doenças infecciosas. Os autores argumentam que o cineasta retratou primorosamente a tenacidade do grande cientista na busca incansável por descobertas, além de sua ideia de que somente o trabalho persistente pode levar a resultados recompensadores, lembrando que o contexto criado por pesquisadores anteriores permitiu que Pasteur estabelecesse paradigmas novos. Finalmente, os autores citam trechos do filme que ilustram realidades que persistem até os dias de hoje: (i) a tendência da ciência de resistir, por inércia, aos paradigmas novos, exemplificada pela oposição da comunidade de ciência médica à proposição de práticas simples como a lavagem de mãos e a fervura de instrumentos e (ii) a confiança excessiva, e até arrogância, de alguns especialistas, em vez da serenidade e da humildade que nascem da pesquisa dedicada e do conhecimento acumulado.

13.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-46494

ABSTRACT

O conhecimento sobre os determinantes psicossociais da atividade física é essencial para viabilizar intervenções preventivas e terapêuticas no ambiente do trabalho. Este estudo tem como objetivo revisar as evidências disponíveis na literatura sobre os fatores psicossociais que têm sido associados à atividade física entre trabalhadores. Os estudos foram selecionados em dezembro de 2019, com os seguintes descritores de busca: "physical activity", "physical exercise", "psychosocial", "workers" e "working­age", em três bases de dados: Scopus, Web of Science e PubMed, sem restrição de tempo. Foram avaliados 39 estudos publicados entre 1991 e 2019. Fumo, estresse, condições psicossociais de trabalho, depressão, ansiedade, relações sociais, capacidade para o trabalho, satisfação no trabalho, burnout e autoeficácia foram os determinantes da atividade física sob investigação entre os trabalhadores. Algumas consistências e controvérsias sobre as associações entre esses determinantes e a prática de atividade física foram observadas e discutidas, juntamente com sugestões para estudos futuros. Intervenções de atividade física com o objetivo de reduzir os fatores psicossociais de risco no ambiente de trabalho podem considerar os achados da presente revisão.

14.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-42305

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é analisar a influência dos determinantes socioambientais da saúde na incidência de malária por Plasmodium vivax na fronteira franco-brasileira. O estudo foi realizado entre 2011 e 2015, no município de Oiapoque (AP), na Amazônia brasileira. Foram incluídos na amostra 253 indivíduos de ambos os sexos, de 10 a 60 anos de idade. Houve predominância de 63,64% (161/253) de casos de malária em adultos do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos, com 30% (76/253); 84,6% (214/253) dos pacientes não concluíram o ensino médio, e 29,6% (75/253) não concluíram o ensino primário. No aspecto ambiental, houve correlação negativa entre as precipitações pluviométricas e a incidência da malária por P. vivax (p=0,0026). Em termos de mobilidade, constatou-se considerável proporção de migrantes provenientes dos estados do Pará e do Maranhão (55,73%; 141/253). Por fim, os dados apontaram que 31,23% (79/253) dos casos de malária foram importados da Guiana Francesa. Em síntese, a transmissão da malária na fronteira franco-brasileira envolve fatores ecológico-ambientais, biológicos e sociais que se expressam na elevada vulnerabilidade social da população que vive e circula na zona fronteiriça, favorecendo a ocorrência de surtos e a permanência da enfermidade.

16.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-27106

ABSTRACT

As doenças negligenciadas correspondem a um grupo de agravos de relevância nacional e internacional. O tema das doenças negligenciadas precisa transcender o setor da saúde e sua abordagem deve estar presente também no ensino. Além disso, o controle e a prevenção destes agravos, bem como a saúde, necessitam ser compreendidos como um fenômeno multifacetado. Analisamos o tema das doenças negligenciadas nas propostas curriculares dos estados brasileiros destinados à disciplina de Ciências do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Reunimos ao todo 24 propostas curriculares. Os resultados apontaram que somente nove destes currículos abordaram as doenças negligenciadas como conteúdos de relevância e que persiste ainda a ideia de que a saúde é um bem restritamente biológico ou produto de ações prescritivas e ganhos cognitivos.

17.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-31378

ABSTRACT

A Fundação Oswaldo Cruz estruturou o Programa " Fiocruz para um Brasil sem Miséria ", para geração de conhecimentos nos componentes de saúde, educação, ciência, cultura, ambiente para o enfrentamento das doenças perpetuadoras da pobreza. A fim de contribuir com o programa, o Instituto Oswaldo Cruz, unidade integrante da Fiocruz, desenvolveu o projeto "Expedições Fiocruz para um Brasil sem miséria". As expedições ocorrem em cidades brasileiras com baixo Índice de Desenvolvimento Humano, promovendo atividades para docentes, discentes, profissionais de saúde e da assistência social e, dependendo da necessidade local, a população também pode se inscrever nas oficinas. A quarta expedição ocorreu em 2015, no município de Miracema, no estado do Rio de Janeiro. Nessa expedição foi ministrado um minicurso de ciência e arte e oficinas dialógicas em construção de materiais educacionais, contação de histórias, literatura de cordel, fotografia, "ecoarte", "biodiversidarte" e música no ensino em biociências e saúde. Este relato de experiência está baseado nos discursos de 43 participantes a respeito do conteúdo e de novas propostas para a oficina de ECOARTE. Os discursos foram analisados pelas metodologias da nuvem de palavras e do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados foram extremamente estimulantes, com discursos que destacaram a promoção da criatividade e a surpresa da descoberta do ensino ativo e integrador de ciência e arte. Tais resultados nos estimulam a continuar com o projeto, visando contribuir para a melhoria da qualidade do ensino brasileiro.

18.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-28619

ABSTRACT

O processo educativo vigente dá grande ênfase aos comportamentos observáveis e promove a dissociação dos processos afetivos e cognitivos. O processo é fragmentado, com numerosas disciplinas e especializações ao longo dos anos formativos, acarretando a perda da visão do todo e das noções de multiplicidade dos educandos. Almejando reverter esse processo, a UNESCO propõe quatro pilares para a educação do futuro. Neste trabalho, por meio da experiência vivenciada no curso de especialização de Ciência, Arte e Cultura na Saúde (CACS), objetivamos demonstrar que o ensino baseado nessas interfaces corresponde às expectativas desse novo modelo de educação. Assim, discorremos sobre os quatro pilares da educação propostos pela UNESCO, ressaltando a importância da cultura no processo ensino-aprendizagem, assim como a potencialidade da religação desses saberes para propor um novo modelo de educação para o futuro. Em seguida apresentamos o CACS, seus referenciais teóricos, sua organização curricular (ementas das disciplinas e o processo avaliativo) e os resultados do curso de 2010 a 2016. Com a criação do CACS procuramos criar um novo modelo de curso de pós-graduação, lato sensu, que leva em consideração as percepções, os valores, os sentimentos, as representações sociais e as relações de poder entre sujeitos.

19.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-31549

ABSTRACT

A tuberculose (TB) é hoje a principal causa de morte por doença infecciosa no mundo. No Brasil, o abandono do tratamento da TB representa o maior desafio a ser superado no controle da doença. No presente estudo, profissionais da área da saúde, educação e comunicação avaliaram e produziram material educativo sobre TB tendo como tema principal o tratamento da doença. A primeira fase do projeto consistiu na avaliação do material educativo sobre TB já existente, feita por meio da ficha para avaliação de material impresso em saúde da Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Em seguida, foram realizados outros quatro encontros para discussão e definição do texto, das imagens e do design gráfico do novo material a ser produzido. Foram elaborados um calendário e um folder, utilizando fotografias de acesso livre na internet. Procurou-se transmitir mensagens positivas como "Tuberculose tem cura" e de encorajamento para a realização da terapia, ressaltando a necessidade do acompanhamento clínico durante o tratamento pelos profissionais de saúde. A possibilidade da ocorrência de efeitos colaterais ao tratamento anti-TB também foi abordada, sendo inseridas mensagens relativas à transmissibilidade do bacilo, fator que ainda gera muitas dúvidas entre pacientes e familiares e é causa de isolamento dos pacientes do convívio social. O teste de legibilidade escolhido avaliou o texto final do folder e do calendário, respectivamente, como história em quadrinhos e excepcional. O calendário "Tuberculose tem cura" foi distribuído em janeiro de 2016 na Clínica da Família Rinaldo De Lamare, que assiste à população da Rocinha, no Rio de Janeiro.

20.
Article in Portuguese | ARCA | ID: arc-31417

ABSTRACT

linha de pesquisa em CienciArte, denominação que evoluiu numa trajetória de 30 anos de atividades unindo ciência e arte, vem sendo desenvolvida no Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz desde 2000. Ela testemunha a união de duas culturas, a fim de que ambas possam partilhar e contribuir com elementos essenciais ao ensino e à educação. Suas atividades assumem o pressuposto de que a associação da arte à educação científica possibilita ao ser humano desenvolver novas intuições e compreensões através da incorporação do processo artístico a outros processos investigativos, construindo um discurso sobre a relação entre arte, ciência, atividades humanas e tópicos relacionados a atividades multidisciplinares e multiculturais. Neste texto descrevemos a trajetória histórica da linha de pesquisa, a disciplina que dela derivou, incluindo relações entre conteúdos, referências e atividades diversas desenvolvidas. Essas abordagens atenderam aos mais diversos critérios de inclusão vinculados aos campos de atividade profissional de um ou mais componentes do grupo de estudos e práticas. Versaram sobre temas em ciência, saúde e arte evidenciando a aplicação do paradigma CienciArte e expressando a apropriação do conteúdo debatido ao longo dos anos. Uma figura síntese com a linha do tempo dessas ações mostra seus principais fatos. Entremeamos o texto com quatro "interlúdios" referentes a propostas que trabalhamos nos processos educacionais que conduzimos com CienciArte: (i) o manifesto CienciArte, (ii) as treze categorias cognitivas propostas pelo casal Root-Bernstein no livro Centelhas de gênios, (iii) a letra da música A ciência em si, de Gilberto Gil e Arnaldo Antunes, e (iv) a modelagem 5D com metaformação, de Tod Siler. Destacamos os referenciais teóricos que embasam a proposta, muito calcada na prática freireana de oficinas dialógicas. Temos convicção de que a linha de pesquisa atinge seus objetivos promovendo o diálogo entre a ciência e a arte, reforçando o conceito "ArtScience", ou, em português, "CienciArte".

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