RESUMEN
Introduction: The negative chronotropic effect of beta-blockers (BB) can modify itself according to its pharmacokinetics. Objective: To investigate the influence of pharmacokinetics of beta-blockers in heart rate (HR) and autonomic activity (AA) in response to the exercise. Methods: Three groups of hypertensive patients, users of atenolol (n=9), enalapril, (n=8), and a normotensive control group (n=8), performed two sessions of moderate exercise on a cycloergometer, during 40 minutes, whereby 2 hours (Session I), or 23 hours after drug administration (Session II). Records of electrocardiogram were made before, during and after the exercises. Results: The HR was lower in session I comparing with session II of the atenolol group during the exercise. There were no differences in the components of low and high frequency of AA between these sessions. Conclusions: These results confirm the negative chronotropic effect of BB. However, the absence of changes in AA suggests that other mechanisms may be contributing to this phenomenon.
Introdução: O efeito cronotrópico negativo dos betabloqueadores pode modificar-se de acordo com sua farmacocinética. Objetivo: Investigar a influência da farmacocinética dos betabloqueadores na frequência cardíaca (FC) e atividade autonômica (AA) em resposta ao exercício. Método: Três grupos de hipertensos, usuários de atenolol, n=9, enalapril, n=8 e um controle normotenso, n=8, realizaram duas sessões de exercício moderado em cicloergômetro, com duração de 40 minutos, sendo 2 horas (sessão I), ou 23 horas após administração do fármaco (sessão II). Registros de eletrocardiograma foram feitos antes, durante e após os exercícios. Resultados: A FC, durante o exercício, foi menor na sessão I, quando comparada com a sessão II do grupo atenolol. Não se observou diferenças nos componentes de baixa e alta frequência da AA entre essas sessões. Conclusão: Esses resultados confirmam o efeito cronotrópico negativo dos BB. No entanto, a ausência de alterações na AA sugere que outros mecanismos podem estar contribuindo para esse fenômeno.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Persona de Mediana Edad , Atenolol/farmacocinética , Ejercicio Físico/fisiología , Frecuencia Cardíaca/efectos de los fármacos , Enalapril/farmacocinética , Depresión Química , Hipertensión/tratamiento farmacológicoRESUMEN
A redução da pressão arterial (PA) promovida pelo exercício físico é evidente segundo a literatura atual. Mecanismos neuro-humorais explicam essa resposta hipotensora, em que a diminuição da atividade simpática apresenta-se como um dos principais mecanismos. Porém, a ingestão de alimentos ricos em cafeína (CA) pode suprimir esta atenuação simpática. O objetivo desse estudo foi elucidar o impacto da ingestão de CA na resposta pressórica ao exercício em pessoas hipertensas. Sete hipertensos (52,3 ± 3,3 anos), sendo cinco mulheres, realizaram duas sessões de caminhada com 40 minutos de duração, em dois dias de treinamento, tendo previamente ingerido CA (4mg/kg de peso corporal) ou placebo (PL). A PA e a frequência cardíaca foram verificadas anteriormente a ingestão, após 15, 30, 45, 60 minutos da ingestão em estado de repouso e com 10, 20 e 30 minutos após o exercício. Os dados foram tratados por meio de estatística descritiva, e pelo teste não paramétrico de Wilcoxon (p < 0,05). A média da PA aumentou de 124,9/80,9mmHg antes da ingestão de CA para 129,4/84,3mmHg 60 minutos após, ainda no repouso (p < 0,05). Trinta minutos após o exercício observou-se resposta hipotensora no procedimento PL (queda da PA de 122,6/79,4mmHg para 115,7/78,6mmHg), enquanto que no procedimento com CA, a PA mostrou-se significativamente mais alta em relação aos valores de repouso (aumento de 124,9/80,9mmHg para 136,9/90,9mmHg, p < 0,05). Conclui-se que a ingestão de CA não só suprime a resposta hipotensora do exercício, como provoca uma hipertensão pós-exercício.
Blood pressure reduction (BP) promoted by physical exercise is evident according to the current literature. Neurohumoral mechanisms explain this hypotensive response, in which decrease of the sympathetic activity appears as one of its main mechanisms. However, the ingestion of caffeine-rich food (CA) can suppress this sympathetic attenuation. The objective of this study was to elucidate the impact of CA ingestion in BP after exercise, in hypertensive individuals. Seven hypertensive subjects (52.3 +/-3.3 years), being 5 women, accomplished two walk sessions with 40 minutes of duration, in two days of training, having previously ingested CA (4 mg/kg of body weight) or placebo (PL). BP and heart rate were verified previously to the ingestion, after 15, 30, 45, 60 minutes of the ingestion, at rest and with 10, 20 and 30 minutes after exercise. Data were treated through descriptive statistics and by the non-parametric Wilcoxon test (p<0.05). BP mean increased from 124.9/80.9 mmHg before ingestion to 129.4/84.3 mmHg 60 minutes later (p< 0.05). In the recovery period, after 30 minutes of exercise, hypotensive answer was observed in the PL procedure (decrease of 122.6/79.4 mmHg to 115.7/78.6 mmHg), while in the procedure with CA, BP was significantly higher than at rest (increase of 124.9/80.9 mmHg to 136.9/90.9 mmHg, p<0.05). It was concluded that CA not only suppresses the hypotensive response to exercise, but also provokes post-exercise hypertension.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Cafeína/farmacología , Ejercicio Físico , Hipertensión , CaminataRESUMEN
Foi investigada a influência da obesidade nahipotensão pós-exercício (HPE) em indivíduos hipertensos.Material e Métodos: Dezesseis mulheres de meia idade foramsubmetidas a uma avaliação antropométrica e coletassanguíneas para análise dos níveis lipoprotéicos. Em seguida,realizaram uma sessão de exercício aeróbio com duraçãode 40 minutos e intensidade moderada. A pressão arterial foimedida antes do exercício, imediatamente ao final e aos 10,20 e 30 minutos de recuperação. Resultados: Encontrou-seHPE sistólica de -15.2, -9.5 e -1.7 e diastólica de -3.6, -1.5 e-3.4 para os eutróficos, sobrepeso e obesos,respectivamente. Sujeitos com menor circunferênciaabdominal obtiveram maiores valores de HPE sistólica ediastólica (-17,2 e -7,2mmHh) que os sujeitos com maiorescircunferências (-0,3 e -1,8 mmHg). Observou-se uma HPEsistólica de -16.5 e -4.7mmHg e diastólica de -3.5 e -3.2mmHgpara sujeitos normocolesterolêmicos e hipercolesterolêmicos,respectivamente. Estas diferenças na HPE foramestatisticamente significativas para o valor sistólico entre osgrupos com circunferência abdominal até 88 cm e acima de88cm apenas, mas as magnitudes das diferenças hipotensorasnas demais variáveis são consideradas clinicamenteimportantes.Conclusão: Portanto, estes dados mostram quea obesidade e a hipercolesterolemia, além de ser um fator derisco para a hipertensão arterial, também limita os benefíciosdo exercício na resposta hipotensora em hipertensos. Agordura abdominal é o principal fator nesta limitação...
Was investigated the influence of obesity on postexercisehypotension (PEH) in hypertensive subjects.Material and Methods: Sixteen mild aged women underwentan anthropometric evaluation and blood sampling for analysisof lipoproteins levels. Then held a session of aerobic exerciselasting 40 minutes and moderate intensity between. Bloodpressure was measured before exercise, immediately at theend and at 10, 20 and 30 minutes of recovery. Results: Wasobserved systolic PEH of -15.2, -9.5 and -1.7mmHg anddiastolic PEH of -3.6, -1.5 and -3.4mmHg for the eutrophic,overweight and obese, respectively. Subjects with lowerwaist circumference had higher values of HPE (-17.2 and -7.2 mmhh) that subjects with larger circunferences (-0.3and -1.8 mmHg) for systolic and diastolic PEH, respectively.We observed systolic and diastolic PEH of -16.5 and -4.7mmHgand -3.5 and -3.2 for normocholesterolemic andhypercholesterolemic subjects, respectively. There was asignificant difference in systolic HPE between groups withwaist circumferences to 88cm and above 88cm, but themagnitude of the hypotensive differences in other variablesare considered clinically important. Conclusion: Therefore,these data show that obesity and hypercholesterolemia, inaddition to being a risk factor for hypertension, also limits thebenefits of exercise in the hypotensive response inhypertensive. Abdominal fat is the main factor in this limitation...
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Hipotensión , Lipoproteínas , Obesidad , Ejercicio FísicoRESUMEN
The Brazilian Society of Cardiology (SBC) proposes that hypertensive subjects who use beta-blockers and practice physical exercises must have their training heart rate (HR) corrected due to the negative chronotropic effect of this drug. Nevertheless, if the physical activity is performed outside of plasmatic half-life, correction may not be necessary. This study investigated the exercise chronotropic response both inside and outside the beta-blocker plasmatic half-life. Nine subjects in use of atenolol or propranolol, and six controls, carried out three walking sessions in three days according to different schedules: EX2 (two hours after drug administration, at the plasmatic peak); EX11 (eleven hours after drug administration, at the end of plasmatic half-life); and EX23 (twenty-three hours after drug administration, outside the plasmatic half-life. The walking sessions were performed on an ergometric treadmill and HR was monitored by a heart rate monitor. During the exercises, mean HRs were 97.2, 108.4 and 109 for EX2, EX11 and EX23, respectively, with the value for EX2 statistically lower than the others (p<0.05). There were no statistical differences in the control group (p>0.05). The study concludes that the attenuation of the positive chronotropic response which occurs during exercise in subjects using beta-blockers, is less evident when the exercise is performed outside the plasmatic half-life of the drug.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) propõe que os hipertensos que utilizam beta-bloqueadores e praticam exercícios físicos devem ter sua frequência cardíaca de treinamento (HR) corrigida devido ao efeito cronotrópico negativo desse fármaco. Contudo, se a atividade física é realizada fora da meia-vida plasmática do fármaco, a correção pode não ser necessária. Este estudo investigou a resposta cronotrópica ao exercício dentro e fora da meia-vida plasmática do beta-bloqueador. Nove indivíduos que usavam atenolol ou propranolol e seis controles, efetuaram três sessões de caminhada em três dias, de acordo com diferentes esquemas: EX2 (duas horas após a administração do fármaco, no pico plasmático); EX11 (11 horas após a administração do fármaco, no fim da meia-vida plasmática) e EX23 (23 horas após a administração do fármaco, fora da meia-vida plasmática). As caminhadas foram realizadas em esteira ergométrica e a HR foi monitorada por monitor de freqüência cardíaca. Durante os exercícios, as HR médias foram de 97,2, 108,4 e 109, para EX2, EX11 e EX23, respectivamente, com valor de EX2 estatisticamente mais baixo do que os outros (p<0,05). Não houve diferenças estatísticas no grupo controle (p>0,05). O estudo conclui que a atenuação da resposta cronotrópica positiva, que ocorre durante o exercício em indivíduos que utilizam beta-bloqueadores, é menos evidente quando o exercício é realizado fora da meia-vida plasmática do fármaco.