RESUMO
A prática de exercícios físicos é um importante componente na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, além disso, parece ser um importante componente na diminuição das sensações de fadiga. O objetivo do presente estudo foi comparar e correlacionar níveis de sensação de fadiga de mulheres com distintos níveis de aptidão física. Procedimentos metodológicos: a amostra foi constituída de 45 mulheres saudáveis, sendo 15 Insuficientemente ativas (GIAT), 15 mulheres treinadas aerobicamente (GAER) e 15 mulheres treinadas em força (GFOR). A fadiga foi avaliada por meio do Questionário de Fadiga de Chalder, sendo a força máxima de membros superiores e inferiores avaliada por meio do teste de uma repetição máxima estimada (1RM), e a capacidade cardiorrespiratória por meio do teste de milha. Resultados: Os grupos treinados apresentaram valores superiores na aptidão física e valores significativamente inferiores (p<0,05) quanto aos níveis de fadiga quando comparados ao GIAT (13[6] vs 6[6] GFOR, e 5[9] pts GAER). Quando analisados os dados em grupo único (n=45), constatou-se uma moderada correlação negativa entre a variável força de membro superior (r =-0,470; p<0,001) e inferior (r=-0,416; p = 0,004) com os escores de fadiga. Pode-se concluir que mulheres treinadas tendem a ter melhores níveis de força e capacidade cardiorrespiratória, apresentando menores níveis de fadiga comparada à mulheres com prática insuficiente de atividade física.
Physical exercise is an important component in the prevention and treatment of chronic non-communicable diseases. Additionally, it seems to be an important component in decreasing feelings of fatigue. The aim of this study was to compare and correlate feelings of fatigue in women with different levels of physical fitness. Methodological procedures: The sample consisted of 45 healthy women, with 15 of them being considered insufficiently active (GIAT); 15 aerobically trained women (GAER); and 15 strength trained women (GFOR). Fatigue was evaluated using the Chalder Fatigue Questionnaire, with the maximal strength of the upper and lower limbs being assessed by the one-repetition maximum (1RM), with cardiorespiratory capacity measured by the mile test. Results: The trained groups presented higher values in physical fitness and significantly lower values (p <0.05) regarding fatigue levels when compared to GIAT (13[6] vs 6[6] GFOR; and 5[9] pts GAER). When analyzing data as a single group (n = 45), a moderate negative correlation was found between the upper limb strength (r = -0.470; p <0.001) and lower limb strength (r = -0.416; p = 0.004) values with fatigue scores. It can be concluded that trained women tend to have better levels of strength and cardiorespiratory capacity, presenting lower levels of fatigue when compared with those with insufficient practice of physical activity.