RESUMO
Endemic mycoses represent a growing public health challenge in North America. We describe the epidemiology of 1,392 microbiology laboratory-confirmed cases of blastomycosis, histoplasmosis, and coccidioidomycosis in Ontario during 1990-2015. Blastomycosis was the most common infection (1,092 cases; incidence of 0.41 cases/100,000 population), followed by histoplasmosis (211 cases) and coccidioidomycosis (89 cases). Incidence of blastomycosis increased from 1995 to 2001 and has remained elevated, especially in the northwest region, incorporating several localized hotspots where disease incidence (10.9 cases/100,000 population) is 12.6 times greater than in any other region of the province. This retrospective study substantially increases the number of known endemic fungal infections reported in Canada, confirms Ontario as an important region of endemicity for blastomycosis and histoplasmosis, and provides an epidemiologic baseline for future disease surveillance. Clinicians should include blastomycosis and histoplasmosis in the differential diagnosis of antibiotic-refractory pneumonia in patients traveling to or residing in Ontario.
Assuntos
Blastomicose/epidemiologia , Coccidioidomicose/epidemiologia , Histoplasmose/epidemiologia , Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Blastomicose/história , Blastomicose/microbiologia , Coccidioidomicose/história , Coccidioidomicose/microbiologia , Feminino , Geografia Médica , Histoplasmose/história , Histoplasmose/microbiologia , História do Século XX , História do Século XXI , Humanos , Incidência , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Ontário/epidemiologia , Prevalência , Vigilância em Saúde Pública , Adulto JovemRESUMO
Blastomycosis is a potentially fatal fungal infection endemic to parts of North America. We used national multiple-cause-of-death data and census population estimates for 1990-2010 to calculate age-adjusted mortality rates and rate ratios (RRs). We modeled trends over time using Poisson regression. Death occurred more often among older persons (RR 2.11, 95% confidence limit [CL] 1.76, 2.53 for those 75-84 years of age vs. 55-64 years), men (RR 2.43, 95% CL 2.19, 2.70), Native Americans (RR 4.13, 95% CL 3.86, 4.42 vs. whites), and blacks (RR 1.86, 95% CL 1.73, 2.01 vs. whites), in notably younger persons of Asian origin (mean = 41.6 years vs. 64.2 years for whites); and in the South (RR 18.15, 95% CL 11.63, 28.34 vs. West) and Midwest (RR 23.10, 95% CL14.78, 36.12 vs. West). In regions where blastomycosis is endemic, we recommend that the diagnosis be considered in patients with pulmonary disease and that it be a reportable disease.
Assuntos
Blastomicose/mortalidade , Fatores Etários , Blastomicose/epidemiologia , Blastomicose/história , Causas de Morte , Conjuntos de Dados como Assunto , Etnicidade , História do Século XX , História do Século XXI , Humanos , Fatores Sexuais , Estados Unidos/epidemiologia , Estados Unidos/etnologiaAssuntos
MEDLINE , Editoração , Blastomicose/história , História do Século XX , Humanos , Pesquisa , Estados UnidosRESUMO
No final do século XIX e início do século XX, foram descritas doenças com nomes diversos e depois agrupadas sob a denominação blastomicoses . Quatro doenças foram destaque no período: a de Posadas (coccidioidomicose), a de Gilchrist (blastomicose norteamericana),a blastomicose europeia (criptococose) e a doença de Lutz (paracoccidioidomicose). O grupamento controverso foi motivo de discussões em vários países. No Brasil, as controvérsias envolveram medicina tropical, dermatologia, micologiamédica e outras vertentes da medicina experimental. A doença descrita por Adolpho Lutz em 1908, nova micose caracterizada por lesões orais, hoje chamada paracoccidioidomicose, recebeu diversos nomes antes do atual. A doença não foi um fato científico dado e aceito tacitamente. Esse trabalho analisa como a paracoccidioidomicose foi construída a partir do choque de teorias médico-científicas concorrentes e de influências do universo intelectual e das estruturas institucionais em que viviam e labutavam os atores envolvidos nesse processo. Nas décadas de 1910 e 1920, os casos descritos eram confundidos com o granuloma coccidioidico. Com a definição do agente em 1929-1930, iniciaram-se novas disputas envolvendo, sobretudo, Floriano P. de Almeida e Olympio da Fonseca Filho e seus colaboradores. Do Rio de Janeiro e em São Paulo, a doença passou a ser pesquisada em várias partes do Brasil e da América Latina.