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Avaliação do impacto da infecção por SARS-CoV-2 no curso clínico-laboratorial de portadores de hepatites
Silva, Lucas Lima da.
Afiliação
  • Silva, Lucas Lima da; Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil..
Thesis em Pt | ARCA | ID: arc-52543
RESUMO
Estudos demonstraram que pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 podem desenvolver diferentes graus de lesão hepática. Entretanto, o impacto da infecção ainda permanece desconhecido. O objetivo deste estudo observacional e longitudinal foi avaliar o impacto da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes com hepatite (viral ou não). Para este fim, foram incluídos 4 grupos i) indivíduos com hepatite de natureza viral ou não, ii) indivíduos com hepatite e COVID-19, iii) indivíduos com COVID-19 e iv) indivíduos sem hepatite e sem COVID-19 (controle). Os pacientes foram recrutados após assinatura de termo de consentimento e acompanhados por até 360 dias. Os pacientes responderam ao questionário estruturado e em cada visita foi feita coleta de secreção respiratória para detecção do RNA do SARS-CoV-2 por RT-qPCR e coleta de sangue para realização de hemograma completo, dosagem de marcadores bioquímicos e marcadores sorológicos para hepatites B e C e COVID19. Foram incluídos 230 indivíduos dos quais 40% (90/230) possuíam hepatites e deste grupo a detecção do RNA do SARS-CoV-2 foi de 14% (13/90). Como esperado, alterações no hepatograma foram encontradas em pacientes portadores de hepatites, assim como histórico de icterícia, 47% (36/77) apresentavam GGT elevado, 27% (21/77) bilirrubina total elevado, 36% (28/77) elevação de ALT e 27% (21/77) tinham altos níveis de AST Foi encontrada uma frequência de 71,4% (15/21) de anti-SARS-CoV-2 na população total do estudo ao final do acompanhamento, o que pode representar contato prévio ou histórico de vacinação. O uso de medicamento para COVID-19 se apresentou como fator de risco para os portadores de hepatites (4,850 IC 95% 1,463 ­ 16,081) e hepatites/COVID-19 (53,342 IC 95% 6,349 ­ 448,137), estes medicamentos já foram descritos como potencializador de lesões no fígado. Destaque para o grau de fibrose avançada (F3-F4) calculados pelo método FIB-4, encontrado no grupo hepatite/COVID-19 no final do acompanhamento, o que pode representar um agravamento da lesão hepática neste grupo após a infecção pelo SARS-CoV-2. Marcadores bioquímicos específicos como PCR (33,5 ± 83,3 mg/dL) bilirrubina total (10 ± 30,2 mg/dL) e creatinina (6,1 ± 17,5 mg/dL) se apresentaram com níveis médios elevados no grupo hepatite/COVID quando comparado aos outros grupos. Outros estudos também demonstraram alteração destes marcadores em pacientes com COVID-19. Portanto, concluiu-se que grau de fibrose elevada, alteração de marcadores bioquímicos específicos e risco no uso de medicamentos para a COVID-19 estiveram presente em pacientes com hepatite e COVID-19, salientando a gravidade destas infecções para lesões hepáticas
Assuntos
Palavras-chave
Texto completo: 1 Coleções: 06-national Base de dados: ARCA Assunto principal: SARS-CoV-2 / COVID-19 / Hepatite / Fígado Idioma: Pt Ano de publicação: 2021 Tipo de documento: Thesis
Texto completo: 1 Coleções: 06-national Base de dados: ARCA Assunto principal: SARS-CoV-2 / COVID-19 / Hepatite / Fígado Idioma: Pt Ano de publicação: 2021 Tipo de documento: Thesis