O processo de
organização dos sistemas manicipais de
saúde , tem permitido o surgimento de experiências de
modelos assistenciais , que objetivam impactar nos problemas de
saúde , e ampliar a
oferta de
atenção . Este artigo analisa o
modelo assistencial de Camaragibe-
PE a partir do acesso de sua
população infantil (28d<5a) a
atenção hospitalar em 1997. Mediante
pesquisa em
fontes de dados secundárias (SIH/
SUS ), e aplicação de
questionário com uma amostra de 13,5 por cento do total de
crianças do município internadas na rede hospitalar pública de Pernambuco em 1997, o estudo aborda aspectos como acesso,
satisfação do usuário e capacidade de
oferta da rede hospitalar estadual. Identifica-se que apesar da ampliação da
atenção básica em Camaragibe, seu
modelo assistencial tem expressado limites na
oferta de serviços em níveis mais complexos. Sua
população não encontra obstáculos a
atenção hospitalar, pois o
estado dispõe de uma
oferta de serviços de maior complexidade. O grau de
satisfação dos usuários e as facilidades no acesso colaboram para um
comportamento de demanda espontânea da
população municipal, o que numa conjuntura de escassez pode representar empecilho a
equidade em saúde . Para
organização mais adequada da
oferta e demanda da
atenção hospitalar, torna-se importante o diálogo entre os
sistemas de saúde , com vistas a uma
negociação segundo as
necessidades de serviços identificadas