A
infecção pelo
HIV entre
pobres,
mulheres e populações
migrantes do interior do Nordeste Brasileiro vem crescendo. As diferentes configurações,
crenças e representações e formas de
organização do
comportamento, associadas à capacidade de seguir adequadamente
medidas de
prevenção, foram o foco desta
investigação. Os participantes foram localizados em bairros com altas taxas de
migração através do
Programa Saúde da Família em Fortaleza e Teresina. Empregou-se a
metodologia qualitativa nesta
investigação. Vários sistemas de
crenças, valores e
organização social da
sexualidade desta
população representam obstáculos à
prevenção da
AIDS e inibem o uso do
preservativo.
Pobreza, falta de perspectiva e
medo estão associados à situação de
pobreza,
exclusão social e
preconceito e à total
ausência de
direitos humanos. Quando examinados conjuntamente, estes fatores definem diferentes configurações dos
migrantes com uma elevada
vulnerabilidade ao
HIV/
AIDS. A alta
vulnerabilidade destes grupos, relacionada à complexidade sócio-econômica, deve ser considerada nos programas de
prevenção e controle da
AIDS.