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1.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 32-32, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1566880

RESUMO

INTRODUÇÃO: A avaliação da deformação miocárdica do AE por técnica de speckle tracking tem sido de crescente interesse na avaliação funcional dessa câmara. Inicialmente, utilizou-se a adaptação da ferramenta direcionada à análise do ventrículo esquerdo para a análise da câmara atrial, que apresenta particularidades anatômicas. Mais recentemente, ferramentas dedicadas à análise dessa câmara cardíaca têm sido disponibilizadas comercialmente. Os valores de normalidade assumidos baseiam-se em estudos com diferentes ferramentas e softwares. OBJETIVOS: Avaliar o nível de concordância entre as ferramentas dedicada e não dedicada ao átrio esquerdo em software disponível comercialmente (GE EchoPAC Version 204). MÉTODOS: Estudo unicêntrico, transversal, com avaliação ecocardiográfica de 81 pacientes com ecocardiograma transtorácico bidimensional registrado com aquisições completas. Utilizou-se a padronização de técnica por recomendações da American Society of Echocardiography de 2018. Para ambas as ferramentas, foi empregado o método biplanar para obtenção dos valores de strain global longitudinal do AE de seus componentes reservatório (R), conduto (CD) e contrátil (CT). Para análise de concordância entre as ferramentas não dedicada e dedicada à medida de strain AE, realizou-se cálculo da diferença absoluta média (d.a.m.) e análise de Bland-Altman, com descrição da diferença média e dos limites de concordância (±1,96 desvio-padrão). Para análise de variabilidades intraobservador e interobservador foram descritos diferenças absolutas médias e desvio-padrão entre as medidas, bem como empregado o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). RESULTADOS: Os valores médios obtidos para strain AE R, CD e CT, não apresentaram diferença significativa quando comparados os softwares não dedicado e dedicado: - strain AE R: 33.2 ± 8.4 vs 33 ± 7.9, p: 0.52, d.a.m.: 1,68 ± 1.28; - strain AE CD: -16.4 ± 5.5 vs -16.2 ± 5.2; p: 0.48; d.a.m.: 2,12 ± 2,10 - strain AE CT: -16.9 ± 5.1 vs -16.7 ± 5.3; p: 0.51; d.a.m.: 1,58 ± 1,31 Para avaliação de variabilidade intraobservador e interobservador das medidas de strain AE R, CD e CT, repetiram-se as análises de forma aleatória e cega aos resultados iniciais após pelo menos quatro semanas da primeira medida em 16 casos aleatórios, com concordância elevada. CONCLUSÃO: Os valores médios obtidos para o strain AE não diferiram significativamente com a escolha da ferramenta dedicada ou não dedicada ao AE em software disponível comercialmente.


Assuntos
Software , Ecocardiografia
2.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 36-36, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1566886

RESUMO

INTRODUÇÃO: O átrio esquerdo (AE) exerce importante papel no enchimento ventricular esquerdo (VE) e na manutenção de pressões normais no leito capilar pulmonar. A rigidez atrial esquerda pode interferir nessa dinâmica e ser estimada invasivamente por medidas diretas de pressões e volumes do AE. A ecocardiografia, por meio da relação entre E/e´ e a medida do strain AE reservatório (R), permite a avaliação não invasiva desse parâmetro. OBJETIVO: Correlacionar o índice de rigidez atrial esquerda (IRAE) ecocardiográfico com medidas invasivas das pressões diastólica final (PD2VE) e pré-contração atrial (pré-A VE) em coronariopatas com fração de ejeção do VE (FEVE) preservada, com avaliação da acurácia preditiva de elevações dessas pressões de enchimento. METODOLOGIA: Estudo observacional, transversal, unicêntrico, com pacientes que realizaram eletivamente estudo hemodinâmico com evidência de doença arterial coronária significativa e ecocardiograma transtorácico no laboratório de hemodinâmica imediatamente antes do cateterismo. O strain AE R foi obtido por técnica de speckle tracking bidimensional por ferramenta dedicada ao AE (software GE EchoPAC) e a relação E/e´ média foi adotada para inferência da pressão média do AE. Valores acima de 16 mmHg e 12 mmHg foram utilizados como cortes para definir medidas invasivas de PD2VE e pré-A VE como elevadas, respectivamente. Análises estatísticas para comparação entre medidas de tendência central, correlação bivariável e curva ROC foram realizadas (IBM SPSS Statistics 20). RESULTADOS: A amostra final foi constituída por 81 pacientes, com idade média de 61±8 anos, 66% do sexo masculino, FEVE média de 63,8±4.6%. O IRAE apresentou correlação significativa e moderada com a PD2VE (r Spearman: 0.61, p<0.001) e a pré-A VE (r Spearman: 0.67, p<0.001). Houve diferença significativa entre os valores medianos de IRAE no grupo com pré-A VE normal [0.21 (0.17-0.26)] e elevada [0.45 (0.36-0.65; p<0.001)] bem como no grupo com PD2VE normal [0.21 (0.16-0.25)] e elevada [0.39 (0.27-0.54; p<0.001)]. A área sob a curva ROC para predição de PD2VE alta foi de 0.86. Para a discriminação de pré-A VE alta a área sob a curva foi de 0.93, superior a de parâmetros tradicionais como E/e´ média isoladamente (0.83) e volume indexado do AE (0.70). CONCLUSÃO: O IRAE é útil na discriminação hemodinâmica das pressões de enchimento de pacientes coronariopatas com FEVE preservada, com desempenho superior a de tradicionais parâmetros ecocardiográficos.

3.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 115-115, abr-jun. 2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1561528

RESUMO

INTRODUÇÃO: Em geral, pacientes (p) incluídos em estudos randomizados são selecionados e exibem perfil clínico/angiográfico de menor gravidade do que os do mundo real. Na última década, ensaios clínicos envolvendo intervenções coronárias percutâneas (ICP) com novos modelos de stents far- macológicos (SF) tem primado por estabelecer apenas critérios clínicos de avaliação dos resultados, evitando a necessidade de reestudo angiográfico compulsório na evolução, o que pode atenuar discre- pâncias significativas entre casos selecionados ou não para participar dos estudos, assim como per- mitir a inclusão de mais p. OBJETIVO: O objetivo desta investigação foi avaliar a hipótese supracitada. Métodos: Recentemente foi realizada em nosso Serviço a inclusão de p diabéticos (PD) de forma prospectiva e randomizada num estudo que avaliou um novo modelo de SF, quando comparado a outro modelo utilizado na rotina. Havia critérios de exclusão restritos. Decidimos comparar os perfis clínico e angiográfico de PD incluídos ou não no estudo, finalizando aleatoriamente a amostra quan- do fosse incluído o centésimo p. Desta forma, entre 10/2020 e 07/2021, foram realizadas 336 ICP em PD de forma prospectiva, subdivididos em 2 grupos: A) 100(29%) PD incluídos no estudo; B) os 236(71%) restantes. Estabeleceram-se como significativos valores de p<0.05. RESULTADOS: Sexo, ida- de, diabetes dependente de insulina e extensão da doença coronária não diferiram entre os grupos. Predominaram significativamente no grupo B: disfunção renal crônica(21% vs 7%; p=0.0033), idade superior a 70 anos(37% vs 23% p=0.015), antecedente de ICP(32% vs 13%; p=<0.001) ), ICP para pontes de veia safena(5% vs 0% p=0.03) e infarto com elevação de ST(19% vs 8%; p=0.017); antece- dente de cirurgia de revascularização miocárdica previa(10% vs 4% P=0.08) e ICP uniarterial (69% vs 57% p=0.054) também foram mais observados em B, mas não de forma significante. Predominaram no grupo A: ICP de múltiplos vasos (43% vs 25%; p=0.0016), apresentação clínica de angina estável (47% vs 31%; p=0.009) e revascularização completa (62% vs 47%; p=0.0016). Embora a permanência de UTI do grupo B foi maior (1.1(±3.5) vs 0.27(±1.5) P=0.024) os resultados imediatos da fase hospitalar, em conjunto ou individualmente, não diferiram. CONCLUSÕES: 1)Cerca de um em cada três PD tratados foram incluídos no estudo; 2) mesmo com critérios de inclusão/exclusão menos rígidos, observamos perfil clínico/angiográfico de menor complexidade nos casos incluídos.


Assuntos
Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Stents Farmacológicos
4.
Int. j. cardiovasc. imaging ; 39(11): 2193-2204, sept. 2023. ilus
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1525266

RESUMO

Assessing left ventricular (LV) filling pressure (LVFP) is challenging in patients with coronary artery disease (CAD) and preserved LV ejection fraction (LVEF). We aimed to correlate left atrial strain (LAS) with two invasive complementary parameters of LVFP and compared its accuracy to other echocardiographic data to predict high LVFP. This cross-sectional, single-center study enrolled 81 outpatients with LVEF > 50% and significant CAD from a database. Near-simultaneous echocardiography and invasive measurements of both LV end-diastolic pressure (LVEDP) and LV pre-atrial contraction (pre-A) pressure were performed in each patient, based on the definition of LVEDP > 16 mmHg and LV pre-A > 12 mmHg as high LVFP. A moderate to strong correlation was observed between LAS reservoir (LASr), contractile strain, and LVEDP (r: 0.67 and 0.62, respectively; p < 0.001); the same was true for LV pre-A (r: 0.65 and 0.63, respectively; p < 0.001). LASr displayed good diagnostic performance to identify elevated LVFP, which was higher when compared to traditional parameters. Median value of LASr was higher for an isolated increase of LVEDP than for simultaneously high LV pre-A. The cutoff found to predict high LVFP was lower for LV pre-A than that one for LVEDP. In the current study, LASr did not provide an additional contribution to the 2016 diastolic function algorithm. LAS is a valuable tool for predicting LVFP in patients with CAD and preserved LVEF. The choice of LVEDP or LV pre-A as the representative marker of LVFP leads to different cutoffs to predict high pressures. The best strategy for adding this tool to a multiparametric algorithm requires further investigation.


Assuntos
Doença da Artéria Coronariana , Função Ventricular Esquerda , Fibrilação Atrial , Volume Sistólico , Cateterismo Cardíaco , Ecocardiografia Doppler , Estudos Transversais , Valor Preditivo dos Testes
5.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 22-22, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1512217

RESUMO

INTRODUÇÃO: Em geral, pacientes (p) incluídos em estudos randomizados são selecionados e exibem perfil clínico/angiográfico de menor gravidade do que os do mundo real. Na última década, ensaios clínicos envolvendo intervenções coronárias percutâneas (ICP) com novos modelos de stents farmacológicos (SF) tem primado por estabelecer apenas critérios clínicos de avaliação dos resultados, evitando a necessidade de reestudo angiográfico compulsório na evolução, o que pode atenuar discrepâncias significativas entre casos selecionados ou não para participar dos estudos, assim como permitir a inclusão de mais p. OBJETIVO: O objetivo desta investigação foi avaliar a hipótese supracitada. MÉTODOS: Recentemente foi realizada em nosso Serviço a inclusão de p diabéticos (PD) de forma prospectiva e randomizada num estudo que avaliou um novo modelo de SF, quando comparado a outro modelo utilizado na rotina. Havia critérios de exclusão restritos. Decidimos comparar os perfis clínico e angiográfico de PD incluídos ou não no estudo, finalizando aleatoriamente a amostra quando fosse incluído o centésimo p. Desta forma, entre 10/2020 e 07/2021, foram realizadas 336 ICP em PD de forma prospectiva, subdivididos em 2 grupos: A) 100(29%) PD incluídos no estudo; B) os 236(71%) restantes. Estabeleceram-se como significativos valores de p<0.05. RESULTADOS: Sexo, idade, diabetes dependente de insulina e extensão da doença coronária não diferiram entre os grupos. Predominaram significativamente no grupo B: disfunção renal crônica(21% vs 7%; p=0.0033), idade superior a 70 anos(37% vs 23% p=0.015), antecedente de ICP(32% vs 13%; p=<0.001), ICP para pontes de veia safena(5% vs 0% p=0.03) e infarto com elevação de ST(19% vs 8%; p=0.017); antecedente de cirurgia de revascularização miocárdica previa(10% vs 4% P=0.08) e ICP uniarterial (69% vs 57% p=0.054) também foram mais observados em B, mas não de forma significante. Predominaram no grupo A: ICP de múltiplos vasos (43% vs 25%; p=0.0016), apresentação clínica de angina estável (47% vs 31%; p=0.009) e revascularização completa (62% vs 47%; p=0.0016). Embora a permanência de UTI do grupo B foi maior (1.1(±3.5) vs 0.27(±1.5) P=0.024) os resultados imediatos da fase hospitalar, em conjunto ou individualmente, não diferiram. CONCLUSÕES: 1) Cerca de um em cada três PD tratados foram incluídos no estudo; 2) mesmo com critérios de inclusão/exclusão menos rígidos, observamos perfil clínico/angiográfico de menor complexidade nos casos incluídos.


Assuntos
Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Diabetes Mellitus
6.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 31-32, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1512691

RESUMO

FUNDAMENTOS: Os balões farmacológicos representam uma alternativa aos stents farmacológicos a realização de intervenção coronária percutânea (ICP). São dispositivos capazes de entrega de droga anti- -proliferativa na lesão-alvo de forma homogênea, com a vantagem da ausência de suporte metálico permanente no vaso coronariano. Até recentemente, as indicações para uso de balão farmacológico eram restritas a casos de reestenose intra-stent (RIS). Entretanto, sua utilização tem aumentado sobremaneira na prática diária devido aos avanços tecnológicos e maior disponibilização. OBJETIVOS: Promover avaliação inicial da utilização e impacto de balão farmacológico após sua disponibilização para tratamento de pacientes no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). MÉTODOS: Trata-se de um registro prospectivo de centro único, para avaliação das indicações e desfechos maiores intra-procedimento e intra-hospitalares no emprego do balão farmacológico em pacientes de hospital terciário do SUS, durante o período de Janeiro a Maio de 2023. RESULTADOS: No período, 795 pacientes foram submetidos a ICP em nosso serviço dos quais 18 (2,3%) foram submetidos a angioplastia com balão farmacológico. Destes, a média das idades era 64±9 anos, 66,7% eram do sexo masculino e 94,5% apresentavam doença coronária crônica. Em 15 casos (82,5%), o balão farmacológico foi utilizado para o tratamento de RIS. Em 2 casos (11%), o uso se deu em vaso de fino calibre; e em 1 caso (5,5%), foi utilizado para tratamento de ramo lateral em bifurcação. Durante o procedimento (média de 1,2±0.4 vasos tratados por paciente e média de 1,6±0.9 balões farmacológicos liberadores de paclitaxel por paciente), a via de acesso radial foi utilizada em 38,9% e o sucesso do procedimento (estenose residual <30%, ausência de dissecção, sem necessidade de implante de stent em caráter "baio- -out", ausência de eventos cardíacos adversos maiores durante a fase intra-hospitalar) foi 100%. A extensão e diâmetro nominais dos dispositivos eram 19.8mm e 2.91mm, respectivamente. O tempo médio de internação para realização do procedimento foi de 1,2 dias, com a maioria dos pacientes tendo alta em até 24 horas. CONCLUSÃO: Nesta experiência inicial no âmbito do SUS, a utilização do balão farmacológico mostrou-se segura e eficaz na abordagem de lesões de RIS, vaso de fino calibre e ramo lateral de bifurcação. O seguimento de longo prazo será capaz de avaliar se os resultados de estudos randomizados se traduzem a nossa prática.

7.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 120-121, jul.-set. 2023. ilus.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513001

RESUMO

Apresentação clínica ID: A. A. G., 47 a, sexo feminino AP: HAS, DLP, sem história de eventos CV prévios HDA: Paciente com angina CCS II de início há 1 ano. ECG: RS, eixo preservado, sem alterações segmento ST ECO TT (30/09/2022): FE 49% Hipocinesia difusa discreta. Avaliação angiográfica Lesão importante do óstio ao terço proximal de ADA. Sem outras lesões importantes. Tomada de decisão optado por realizar avaliação fisiológica invasiva para determinar gravidade de lesão Método não-hiperêmico (RFR): resultado positivo para isquemia ­ 0,86. Intervenção Tratamento percutâneo de lesão guiado por IVUS ALM: 3.11 mm² ao nível do óstio de ADA. Diâmetro de referência distal ­ 3.44 mm. Extensão 26 mm. Evolução pós-intervenção: IVUS controle: Adequada expansão, aposição e cobertura, sem sinais de complicações. Paciente mantém-se estável e assintomática desde então. Conclusão Importante complementar avaliação da gravidade da lesão angiográfica, principalmente em região anatomicamente complexa para intervenção. Utilização de imagem intracoronária auxilia na otimização do tratamento, na escolha correta do tamanho e diâmetro de balões e stents, bem como no controle pós intervenção.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade
8.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 143-144, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513071

RESUMO

FUNDAMENTOS: A deterioração estrutural valvar (DEV) de biopróteses é uma realidade comum principalmente após intervalo médio após a cirurgia de 7 a 10 anos, e a retroca valvar cirúrgica prevalece como o tratamento de escolha nesta condição. Contudo, significativa proporção de pacientes acometidos tem idade avançada ou risco cirúrgico alto ou proibitivo, não sendo candidatos a uma nova cirurgia. Neste cenário, o valve in valve (VIV) surge como uma alternativa no tratamento da DEV neste grupo de pts. Neste estudo, descrevemos os resultados clínicos e hemodinâmicos após ViV com uma nova prótese balão-expansível. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, unicêntrico, envolvendo todos os pts consecutivos submetidos à VIV (Aórtico, Mitral, Pulmonar e Tricúspide) com a prótese MyValT (Meril Lifesciences) na instituição de dezembro de 2020 até junho de 2023. Os resultados clínicos e ecocardiográficos foram definidos de acordo com os critérios VARC-III. RESULTADOS: 20 pts foram selecionados; destes dez foram VIV aórtico (50%), dois VIV Mitral (10%), quatro Pulmonar (20%) e quatro Tricúspide (20%). Nos casos de VIV aórtico, a média de idade foi de 74,3 ± 8,7 anos, sendo 50% do sexo feminino e escore STS de 3,4 ± 5,2%. Todos os casos foram realizados por via transfemoral, percutânea, sendo o gradiente médio e a área valvar pós-procedimento de 12 ± 8 mmHg e 2,0 ± 0,5 cm², respectivamente. Em apenas um caso, foi observado refluxo protético maior que discreto. No que diz respeito aos casos de VIV mitral, foram realizados dois casos: um em paciente de 27 anos com falência de bioprótese mitral do tipo dupla disfunção, com risco cirúrgico proibitivo devido à disfunção grave do ventrículo direito e pressão supra-sistêmica na artéria pulmonar; e outro em uma mulher de 61 anos com 3 cirurgias prévias. Sucesso foi obtido em ambos os casos, realizados por via transeptal. Quanto aos casos de VIV pulmonar e tricúspide, a população apresentou-se mais jovem, com média de idade de 21 e 27 anos, respectivamente. OS procedimentos foram sob anestesia geral e acesso percutâneo por veia femoral, com sucesso em todos os casos. Não foram observadas complicações, e todos os pts experimentaram melhoria de classe funcional e qualidade de vida. CONCLUSÃO: Em nossa experiência inicial, o emprego da prótese balão-expansível Myval para realização de VIV na falência de biopróteses resultou em desfechos clínicos e ecocardiográficos satisfatórios, não estando associado à complicações do procedimento.


Assuntos
Doenças das Valvas Cardíacas
9.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 261-261, jul.-set. 2023.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1515748

RESUMO

BACKGROUND: Transcatheter aortic valve replacement (TAVR) has emerged as a treatment option for patients (pts) with severe symptomatic aortic stenosis (AS) regardless of surgical risk, and procedural steps are constantly being refined. Direct pacing over the left ventricular (LV) guidewire has been adopted to refine and streamline TAVI procedures. In this study, we sought to determine how many pts underwent TAVR using LVWP; the incidence of loss of pacemaker capture (LPC) - as defined as the presence of non-captured beats during fluoroscopy; the occurrence of valve malpositioning, migration or embolization; and the need for RVTP during THV deployment (because of stimulation failure) or permanent pacemaker after TAVR. METHODS: Single-center, observational, retrospective study. From Jun 2020 to Jun 2023, all consecutive pts who underwent TAVI with BEV for severe and symptomatic, native AS ou aortic bioprosthesis dysfunction were selected. Pacing was performed at 180 bpm, and BP needed to be reduced to 50 mmHg with a pulse-pressure of 10 mmHg before implanting BEV. RESULTS: 147 pts with a mean age of 78 ± 6.6 y, 45.5% female and STS of 3.4 ± 1.8 % were selected. LV ejection fraction was 55.7% ± 11.8% and mean AV area and transaortic valve gradient were 0.6 ± 0.16 cm² and 56.1 ± 16.6 mmHg, respectively. LVWP was the predominant method of rapid stimulation (135 pts, 91,8%); the remaining pts underwent conventional RVTP due to baseline right-bundle branch block RBBB (n=10), 1st-degree AV block plus left anterior fascicular block (n=1) and cardiogenic shock (n=1). In patients selected for LVWP pacing, no RVTP was required because of stimulation failure. LPC was noted during THV implantation in 18 cases (13.3%), but no malpositioning or embolization were observed. The overall need for permanent pacemaker was 8%: none occurred after LV pacing and 100% after RV pacing; among those with pre-existing RBBB, 8 (80%) required a permanent pacemaker after TAVI. CONCLUSIONS: In our experience, LVWP was a simple, safe and valuable alternative for rapid pacing and could be applied in the majority of pts selected for TAVR with a BEV, providing reliable cardiac stimulation with a low incidence of THV migration (0.74%). No valve embolization or cardiac tamponade was noted. For patients with pre-existing RBBB or other conduction disorders with increased risk of permanent pacemaker, RVTP should be recommended.

10.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 144-144, jul.-set. 2023.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513087

RESUMO

INTRODUCTION: Transfemoral TAVR is a safe and effective treatment for severe and symptomatic aortic stenosis, regardless of patient's surgical risk profile. Vascular access and hemostasis are fundamental steps of the procedure and have a profound impact on prognosis. Traditionally, the arterial hemostasis has been obtained through the use of 2 or more vascular closure devices (Proglide, Perclose, St Jude Medical) or the association of suture and plug devices (Proglide, Perclose + AngioSeal, St Jude Medical). More recently, with the advent of smaller sheaths (14F) and the routine use of ultrasound- -guided puncture, we hypothesize that the use of just one vascular closure device could be a safe and effective approach for obtaining hemostasis. METHODS: Observational study, including patients who underwent transfemoral TAVR from Mar/2020 to Jun/2023. Arterial access was obtained with the aid of vascular ultrasound in all cases. Since Sept/2021, we developed an institutional protocol with the use of just one Perclose. Primary end-points were the need for additional vascular closure devices, the presence of femoral stenosis of >50% (according to femoral angiography at the end of the procedure), and the occurrence of bleeding or major vascular complications (according to the VARC-III criteria). RESULTS: A total of 157 patients underwent transfemoral TAVR at our institution. We used one Perclose in 106 pts (Group A) and two Perclose devices in 51 pts (Group B). The main characteristics at baseline were as follows; mean age of 78 ± 6.64 y, 39% were female, and mean STS score of 3.36 ± 1.79. The mean aortic valve area and gradient were 0.65 ± 0.16 cm² and 56.13 ± 16.66 mmHg, respectively, with no significant differences between groups. Balloon-expandable THV was used in 91.3% of the pts. At control, post-procedure femoral angiography, residual stenosis was present in six (7.1%) patients on Group A and 10 (22.7%) patients in Group B (p=0.021). There was no difference in major or minor bleeding and major vascular complications between groups. Twelve (11,3%) patients in Group A required an additional vascular closure device. CONCLUSION: In our experience, routine ultrasound-guided femoral access and the use of 1 vascular closure device proved to be feasible and effective for vascular hemostasis, while reducing residual stenosis of the femoral artery as compared to traditional use of two vascular closure devices.

11.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 145-145, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513097

RESUMO

INTRODUÇÃO: A presença de regurgitação tricúspide (RT) está associada à grave prognóstico, com sintomas refratários, perda de qualidade de vida e redução da sobrevida. Diferentes intervenções por cateter têm sido desenvolvidas para o tratamento de pacientes (pts) com RT sintomática e risco cirúrgico elevado. O sistema TricValve (P&F) é composto por 2 próteses auto-expansíveis de nitinol com folhetos de pericárdio bovino para implante heterotópico bicaval - reduzindo o refluxo hepático e os efeitos sistêmicos deletérios da RT grave, sendo o único dispositivo dedicado a este tratamento disponível no Brasil. MÉTODOS Relatamos a experiência inicial de um hospital terciário do SUS no implante do sistema TricValve. Entre julho de 2022 e maio de 2023, 5 pacientes com RT sintomática, NYHA > III e internações prévias por descompensação clínica - a despeito de terapia com diuréticos em altas doses - foram selecionados, sendo 60% do sexo feminino e média de idade de 65 ± 7,9 anos. Dois pts já haviam sido submetidos a transplante cardíaco, e 4 pts apresentavam cirurgia valvar não-tricúspide prévia. Quatro pts apresentavam fibrilação atrial e 1 possuía marca-passo definitivo prévio. O Tri-Score médio foi de 3,25 ± 1,29 pontos. Ao ecocardigrama, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) era preservada (60,2 ± 1,1 %), e a maioria dos pts apresentava dilatação do ventrículo direito, porém com função preservada. Após 2 casos iniciais realizados sob anestesia geral, 3 casos mais recentes necessitaram de sedação e anestesia local, com monitorização do implante por fluroscopia e ecocardiograma transtorácico. O sucesso técnico foi alcançado em todos os pts, sem desfechos cardíacos adversos. Quatro pacientes (80%) relataram dor transitória no ombro após o procedimento, com melhora gradual após uso de gabapentina. O tempo de internação hospitalar médio foi de 15 ± 12 dias, e o prolongamento da internação deveu-se principalmente ao ajuste da dose de anticoagulação oral com warfarina em 4 pts; apenas um fez uso de DOAC. No acompanhamento de 30 dias, 80% dos pts apresentaram redução de mais de 50% na dose do diurético, mantida após 6 meses. Houve melhoria de classe funcional, com NYHA ≤ II em todos os pts. CONCLUSÃO: Nossa experiência inicial com o sistema TricValve refletiu os resultados do estudo TRICUS EURO, observando-se significativa melhora clínica realçada pela possibilidade de redução do uso de diuréticos, com alto índice de sucesso técnico.

12.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 144-144, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513090

RESUMO

INTRODUÇÃO: A válvula aórtica bicúspide (BAV) é a alteração congênita cardíaca mais comum, ocorrendo em 1% a 2% da população total e pode chegar a até 25% na população de 80 anos ou mais dos pacientes referenciados para TAVI. No entanto, esta condição foi excluída dos principais estudos randomizados sobre TAVI. Portanto, é importante investigar mais profundamente os resultados da TAVI nesta população específica. MÉTODOS: Retrospectivo, unicêntrico e observacional. Revisão de banco de dados e selecionados todos os pacientes submetidos a TAVI no período de novembro de 2020 a janeiro de 2023. O objetivo deste estudo é avaliar a incidência e os resultados imediatos da TAVI na população com BAV. Foram coletados dados clínicos e demográficos, bem como informações sobre as complicações e desfechos imediatos após a TAVI nos pts com BAV e tricúspide, segundo o critério de VARC 3. RESULTADOS: De um total de 130 pacientes, 20 deles apresentaram BAV, resultando em uma incidência de 15,5%. A análise estatística não evidenciou diferença significativa na média de idade entre o grupo BAV (77,61 ± 7,02 anos) e o grupo tricúspide (77,65 ± 7,02 anos), com um p-valor não significativo de 0,98. O STS score médio foi de 3,50 ± 1,63% no grupo BAV e 3,49 ± 1,62 % no grupo tricúspide. Não houve diferença significativa na necessidade de pré-dilatação entre os grupos, sendo necessária em 14 dos 20 casos de bicúspide (70%) e 54 dos 110 casos de tricúspide (49%) (p>0,05). Além disso, não foi evidenciada diferença significativa no gradiente ventrículo esquerdo (VE) e aorta (AO) médio pós-procedimento de 4,98 ± 2,66 vs 5,11 ± 2,66; p> 0,05, de bicúspide e tricúspide respectivamente, nem na incidência de refluxo maior que discreto (10% bicúspide vs 2,7% tricúspide, p=0,12). O sucesso do procedimento foi obtido em 100% dos casos. CONCLUSÃO: Com base nos resultados da presente análise, não foi encontrada diferença significativa no sucesso da TAVI entre os pacientes com BAV e tricúspide. Além disso, a análise estatística não evidenciou diferença significativa nos dados pesquisados. Esses resultados sugerem que a presença de uma BAV não deve ser considerada uma contraindicação para o procedimento TAVI. No entanto, estudos adicionais com amostras maiores são necessários para confirmar esses resultados e fornecer uma maior segurança clínica para os pacientes com BAV submetidos a TAVI.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
13.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 112-112, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1437779

RESUMO

A TAVI surgiu como um tratamento revolucionário para pacientes com estenose aórtica (EA) grave e sintomática, independentemente do perfil de risco cirúrgico. Novas próteses transcateter com mais baixo perfil, fácil implante e expectativa de maior durabilidade estão sendo desenvolvidas para atingir também população mais jovem e de baixo risco. Myval (Meril) é uma prótese transcateter balão-expansível de 14Fr com design para minimizar a ocorrência de leak paravalvar (LPV), e foi recentemente aprovada para uso clínico em nosso país. Relataremos a experiência inicial com este novo dispositivo. MÉTODOS: Registro prospectivo, unicêntrico, envolvendo todos os pacientes (pts) consecutivos submetidos à TAVI com a prótese MyVal na instituição. Os resultados clínicos e ecocardiográficos foram definidos de acordo com os critérios VARC-III. RESULTADOS: Entre dez/20 e jan/23, 91 pts foram submetidos a TAVI. A média de idade foi de ¬¬¬¬75 ± 6,9 anos, sendo ¬¬¬40% do sexo feminino; o escore STS foi de 3,43 ± 1,64%. O gradiente médio (GM) e a área valvar aórtica pré-procedimento foram de 56,4 ± 17,6 mmHg e 0,7 ± 0,2 cm2, respectivamente. Todos os procedimentos foram realizados sob abordagem minimalista com acesso femoral percutâneo, exceto 1 caso realizado por via carotídea. 11 pts apresentavam EA bicúspide, 7% possuíam disfunção ventricular grave (< 30%) e sete foram submetidos a um procedimento valve-in-valve aórtico. Sucesso do procedimento ocorreu em todos os casos, e o ecocardiograma pós-TAVI revelou GM médio de 4,9 mmHg, com LPV > leve em apenas dois casos (2,1%). Marcapasso definitivo foi necessário em 3 pts (3,3%), e o tempo médio de internação foi de 2,8 dias. Aos 30 dias, ocorreram dois óbitos: um por COVID-19 (em paciente que apresentou sangramento maior e internação prolongada), outro por causa cardiovascular, alem de 2 óbitos no seguimento de seis meses devido a causa não cardíaca. Aos 12 meses de seguimento, 100% dos pacientes apresentam-se em classe NYHA I ou II, o GM e a área valvar foram respetivamente de 11,75 ± 7,93 mmHg e 1,62 ± 0,08 cm2. CONCLUSÃO: Em nossa experiência, o emprego da prótese balão-expansível Myval resultou em desfechos clínicos e ecocardiográficos satisfatórios, estando associada à baixa taxa de complicações do procedimento no seguimento de 1 ano.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Valvuloplastia com Balão
14.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 113-113, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1437796

RESUMO

INTRODUÇÃO: A válvula aórtica bicúspide (BAV) é a alteração congênita cardíaca mais comum, ocorrendo em 1% a 2% da população total e pode chegar a até 25% na população de 80 anos ou mais. No entanto, esta condição foi excluída dos principais estudos randomizados sobre TAVI. Portanto, é importante investigar mais profundamente os resultados da TAVI nesta população. MÉTODOS: retrospectivo, unicêntrico e observacional. Revisão de banco de dados específico e selecionamos todos os pacientes submetidos a TAVI no período de novembro de 2020 a janeiro de 2023 em nossa instituição. O objetivo deste estudo é avaliar a incidência e os resultados imediatos da TAVI na população com BAV. A análise dos dados foi realizada utilizando estatística descritiva e comparativa (Teste T de Student). RESULTADOS: De um total de 130 pacientes (pct), 20 deles apresentaram BAV, resultando em uma incidência de 15,5%. A análise estatística não evidenciou diferença significativa na idade média entre o grupo BAV (77,61 ± 7,02 anos) e o grupo tricúspide (77,65 ± 7,02 anos), com um p-valor não significativo de 0,98. O STS score médio foi de 3,50 ± 1,63% no grupo BAV e 3,49 ± 1,62 % no grupo tricúspide. Não houve diferença significativa na necessidade de pré-dilatação entre os grupos, sendo necessária em 14 dos 20 casos de bicúspide (70%) e 54 dos 110 casos de tricúspide (49%) (p>0,05). Além disso, não foi evidenciada diferença significativa no gradiente ventrículo esquerdo (VE) e aorta (AO) médio pós-procedimento de 4,98 ± 2,66 vs 5,11 ± 2,66; p> 0,05, de bicúspide e tricúspide respectivamente, nem na incidência de refluxo maior que discreto (10% bicúspide vs 2,7% tricúspide, p=0,12). O sucesso do procedimento foi obtido em 100% dos casos. CONCLUSÃO: Com base nos resultados da presente análise, não foi encontrada diferença significativa no sucesso da TAVI entre os pacientes com BAV e tricúspide. Além disso, a análise estatística não evidenciou diferença significativa nos dados pesquisados. Esses resultados sugerem que a presença de uma BAV não deve ser considerada uma contraindicação para o procedimento TAVI. No entanto, estudos adicionais com amostras maiores são necessários para confirmar esses resultados e fornecer uma maior segurança clínica para os pacientes com BAV submetidos a TAVI.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
15.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 99-99, jul.,2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381712

RESUMO

INTRODUÇÃO: O implante transcateter de bioprótese aórtica (TAVI) por via transfemoral constitui tratamento seguro e eficaz para pacientes (pts) idosos com estenose aórtica (EAo) grave e sintomática, independente do perfil de risco cirúrgico. A obtenção do acesso e de hemostasia arteriais são aspectos técnicos fundamentais do procedimento, associados ao prognóstico. Tradicionalmente, a hemostasia arterial tem sido obtida com utilização de 2 dispositivos de sutura (Perclose, ProGlide) ou mediante combinação de dispositivos (sutura + base de plug de colágeno). Contudo, com a progressiva redução no perfil dos introdutores e o uso rotineiro de punção guiada por ultrassom (USG), a viabilidade de se garantir hemostasia efetiva com apenas um dispositivo de sutura ainda não é bem demonstrada. MÉTODOS: Estudo observacional e prospectivo, com seleção consecutiva de pts submetidos a TAVI, por via transfemoral de março/20 a abril/22. Em todos os casos, a punção foi realizada com auxilio de USG, sendo que a partir de set/2021 iniciou-se protocolo institucional de aplicação de apenas 1 dispositivo Perclose após a obtenção do acesso femoral (pre-closure). Avaliamos a necessidade de aplicação adicional de 1 ou mais dispositivos de hemostasia, a presença de estenose da artéria femoral ≥ 50% - conforme angiografia de controle no sítio da punção - e a ocorrência de sangramentos conforme os critérios VARC-III. RESULTADOS: No período, 67 pts foram submetidos a TAVI por via transfemoral, sendo 25 pts com aplicação de 1 dispositivo de hemostasia (grupo A) e 42 pts com aplicação de 2 ProGlides (grupo B). A população total foi composta por pts com média de idade de 77±7,32 anos, sendo 34% do sexo feminino e com STS médio de 3,6% - sem diferenças entre os grupos A e B. Prótese balão-expansível foi utilizada em 90% dos casos, sendo utilizado introdutores 14F em 90% dos pts. À angiografia femoral pós-procedimento, estenose residual foi identificada em apenas 1 (4.1%) dos 24 pts que receberam apenas 1 perclose e em 9 (22%) dos 42 pts abordados com 2 ProGlides (p=0,08). Após a exclusão de 11 pacientes no grupo de 2 perclose e 1 do grupo de 1 perclose, por falta de angiografia femoral final, foram avaliados 24 de um total de 56 pacientes. No grupo no qual foi utlizado apenas 1 perclose a média de idade foi de 77±7,32 anos, sendo o sexo masculino foi prevalente com 75% dos casos e tipo de prótese mais utilizada foi a balão expansível com introdutor de 14F. Não foram notados sangramentos maiores, e a incidência de sangramento menor com necessidade de compressão manual prolongada foi <1% em ambos os grupos. Nenhum paciente do grupo A necessitou de ProGlide adicional. CONCLUSÃO: Nesta série inicial, a associação de punção femoral guiada por USG e a aplicação de apenas um dispositivo de sutura mostrou-se factível, com hemostasia efetiva e menor ocorrência de estenose residual da artéria femoral quando comparada ao reparo vascular obtido com 2 dispositivos.


Assuntos
Ultrassom , Artéria Femoral , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Hemostasia
16.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 100-101, jul.,2022.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381737

RESUMO

BACKGROUND: TAVR has emerged as a revolutionary treatment for symptomatic and severe AS patients, irrespective of surgical-risk profile. Novel transcatheter heart valves (THV) with a lower profile, easy-of-use, and expected longer durability are being developed to target the younger and low-risk population. Myval is a 14Fr, balloon- -expandable THV with a skirt to minimize the occurrence of paravalvular leak (PVL) and has been recently approved for commercial use in Brazil. METHODS: Single-center, prospective observational study encompassing all consecutive patients (pts) who underwent TAVR with MyVal between December 2020 and May 2022. Indications for TAVR were in accordance with current international guidelines. Clinical and echocardiographic outcomes were defined accordingly to VARC-III criteria. RESULTS: A total of 60 pts were enrolled so far. The mean age was 74.4±3.2 years, 63% were male, and the mean STS score was 3.6±2.8%; 50% of pts were in class III/IV NYHA. Pre-procedure mean gradient and aortic valve area were 56.4±17.6mmHg and 0.7±0.2cm2, respectively. In the majority of pts, TAVR procedures were performed under a minimalist, percutaneous transfemoral approach, except two cases (one performed using transcarotid access and another using transubclavian access). 12% of pts were treated for bicuspid aortic stenosis and four pts (6.7%) underwent a valve-in-valve procedure. Procedure success was achieved in all cases, and a post-procedure echocardiogram revealed a mean residual gradient of 3,3±0,6mmHg, with PVL greater than mild in a single case (1.7%). A permanent pacemaker was required in 3 pts (5%), and the average hospital length of stay was 2,7±2,8 days. At 30- days, there were 3 deaths, one due to COVID-19 and two classified as cardiovascular deaths. Currently, 19 patients completed 6 months follow-up. One non-cardiovascular death was reported at follow-up and all the remaining patients were in NYHA class < II. Conclusion: In this initial experience with the Myval THV, short-term clinical and echocardiographic outcomes were encouraging, with good hemodynamic performance and symptomatic improvement.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Valvas Cardíacas
17.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 102-102, jul.,2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381807

RESUMO

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial pulmonar pode ser um fator de complicação em pacientes com estenose valvar reumática e que serão submetidos a valvuloplastia mitral percutânea por balão (VMPB), sendo esta uma abordagem terapêutica atraente em pacientes com estenose mitral de origem reumática. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados imediatos e de longo prazo em pacientes com hipertensão pulmonar (HAP) submetidos à VMPB e estenose mitral (EM) reumática. MÉTODOS: Entre os 1.794 pacientes consecutivos, de 1987 a 2010, a VMP foi realizada em um único centro em 147 pacientes que tinham HAP significativa definida como pressão arterial média basal (pressão pulmonar sistólica > 75mmhg). Mortalidade por todas as causas, necessidade de substituição valvar mitral ou nova VMP e reestenose valvar foram avaliados durante o acompanhamento anual. RESULTADOS: A média de idade foi de 33,8±12,8 anos e 83,6% (123 pacientes) eram mulheres. O sucesso foi alcançado em 89,8% dos pacientes (132 pacientes). A área valvar mitral (AVM) aumentou de 0,83±0,17cm2 para 2,03±0,35cm2 (p <0,001) e, aos 20 anos, a área valvar mitral foi de 1,46±0,34cm2 (p=0,235). A pressão sistólica da artéria pulmonar diminuiu de 87,0±6,0mmHg para 60,0±0,9mmHg (p <0,001) As taxas de mortalidade por todas as causas, necessidade de substituição da valva mitral, nova VMP e reestenose valvar foram de 0,67%, 20,0%, 8,78% e 30,4%, respectivamente, em seguimento a longo prazo (média de 15,6±4,9 anos). CONCLUSÕES: Observou-se que houve diminuição significativa da pressão arterial pulmonar após o procedimento e a VMPB é considerada segura e eficaz em pacientes com EM reumática. Embora tenha havido uma diminuição gradual da AVM a longo prazo, a maioria dos pacientes permaneceu assintomática e sem grandes eventos adversos.


Assuntos
Valvuloplastia com Balão , Estenose da Valva Mitral , Hipertensão Arterial Pulmonar
18.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 108-108, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1377645

RESUMO

INTRODUÇÃO: As biopróteses cirúrgicas tem durabilidade aproximada de 12 a 20 anos, e a ocorrência de degeneração protética pode exigir novas intervenções. A cirurgia de retroca valvar está associada à maior risco, principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Neste cenário, o implante de prótese transcateter para o tratamento de disfunção de biopróteses cirúrgicas (denominado "valve-in-valve", ViV) tem se mostrado como opção alternativa e viável. Relatamos caso de correção de falência estrutural de bioprótese mitral, com realização de ViV em paciente clinicamente instável. DESCRIÇÃO DO CASO: Masculino, 27 anos, com antecedentes de estenose mitral reumática e cirurgia de troca valvar mitral há seis anos. Internado por dispnéia progressiva, aos mínimos esforços e anasarca há 25 dias; admitido em IC perfil B. O ecocardiograma revelava importante aumento atrial esquerdo (AE), com volume de 114 mL/m²; fração de ejeção do VE (FEVE) de 60%; bioprótese mitral com imobilidade de um dos seus folhetos e mobilidade reduzida dos demais, associado a refluxo de grau moderado a importante, gradiente sistólico (GS) máximo de 44 mmHg, GS médio de 28 mmHg e área protética de 0,7 cm2 ; disfunção importante do ventrículo direito (VD) e pressão sistólica de artéria pulmonar (PSAP) supra-sistêmica (110 mmHg). A ressonância cardíaca demostrou dilatação e disfunção importante do VD. Apresentava ainda derrame pleural importante, sendo necessária toracocentese (1000ml). Após discussão com Heart Team, indicado ViV mitral pela agudização do quadro clínico. A angiotomografia apresentava parâmetros anatômicos adequados para o tratamento percutâneo. Procedimento realizado sob anestesia geral e guiado por ecocardiograma transesofagico, por via transeptal. Após septostomia com balão 14 x 40 mm, realizado implante de bioprótese balão-expansível Myval (Meril)27,5mm. Após ViV, observado gradiente AE-VE médio de quatro mmHg. Paciente evoluiu com rápide melhora clínica (classe funcional I). O ecocardiograma pós procedimento revelou queda da PSAP para 52 mmHg, redução do volume do AE para 50ml/m² e melhora significativa da função do VD com FAC de 31%. CONCLUSÃO: No caso descrito, a realização de "valve-in-valve" em paciente gravemente enfermo constituiu tratamento seguro, efetivo e alternativo à intervenção cirúrgica convencional.


Assuntos
Bioprótese , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Insuficiência Cardíaca , Estenose da Valva Mitral
19.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 108-108, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1377649

RESUMO

INTRODUÇÃO: A TAVI surgiu como um tratamento revolucionário para pacientes com estenose aórtica (EA) grave e sintomática, independentemente do perfil de risco cirúrgico. Novas próteses transcateter com mais baixo perfil, fácil implante e expectativa de maior durabilidade estão sendo desenvolvidas para atingir também população mais jovem e de baixo risco. Myval (Meril) é uma prótese transcateter balão-expansível de 14Fr com design para minimizar a ocorrência de leak paravalvar (LPV), e foi recentemente aprovada para uso clínico em nosso país. Relataremos a experiência inicial com este novo dispositivo. MÉTODOS: Registro prospectivo, unicêntrico, envolvendo todos os pacientes (pts) consecutivos submetidos à TAVI com a prótese MyVal na instituição. Os resultados clínicos e ecocardiográficos foram definidos de acordo com os critérios VARC-III. RESULTADOS: Entre dez/20 e fev/22, 58 pts foram submetidos a TAVI. A média de idade foi de 74,5 ± 12,7 anos, sendo 38% do sexo feminino; o escore STS foi de 3,7 ± 2,44%. O gradiente médio (GM) e a área valvar aórtica pré-procedimento foram de 49,7 ± 20,6 mmHg e 0,62 ± 0,2 cm2, respectivamente. Todos os procedimentos foram realizados sob abordagem minimalista com acesso femoral percutâneo, exceto um caso realizado por via carotídea. Cinco pts apresentavam EA bicúspide, 7% possuíam disfunção ventricular grave (< 30%) e quatro foram submetidos a um procedimento valve-in-valve aórtico. Sucesso do procedimento ocorreu em todos os casos, e o ecocardiograma pós-TAVI revelou GM médio de 4,9 mmHg, com LPV > leve em um único caso (1,7%). Marcapasso definitivo foi necessário em três pts (5,2%), e o tempo médio de internação foi de 2,8 dias. Aos 30 dias, ocorreram dois óbitos: um por COVID-19 (em paciente que apresentou sangramento maior e internação prolongada) e outro por causa cardiovascular. Aos três meses de seguimento, 86% dos pacientes apresentam-se em classe NYHA I ou II. CONCLUSÃO: Em nossa experiência inicial, o emprego da prótese balão-expansível Myval resultou em desfechos clínicos e ecocardiográficos satisfatórios, estando associada à baixa taxa de complicações do procedimento. Seguimento com resultados de médio prazo tem sido conduzido.


Assuntos
Estenose da Valva Aórtica , Disfunção Ventricular , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
20.
J. Transcatheter Interv ; 30: eA2022006, 20220101. ilus
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1395720

RESUMO

Na atualidade, as intervenções coronárias percutâneas são responsáveis por mais de 80% dos procedimentos de revascularização miocárdica. Esse resultado é possível por dois grandes avanços: o desenvolvimento de stents farmacológicos eficazes e seguros, somado a uma farmacoterapia antitrombótica potente e efetiva na prevenção de eventos aterotrombóticos, a qual, em geral, deve ser mantida por cerca de 6 a 12 meses após a intervenção índice. No entanto, expressivo contingente de casos, que a literatura situa em até 20% dos pacientes tratados, apresenta risco para desenvolver hemorragias significantes, que podem ter grave impacto no prognóstico. Assim, essa população requer uma série de cuidados relacionados com a indicação, a realização e o acompanhamento tardio. O processo se inicia pela identificação dos casos mais predispostos, o que, na maior parte das situações, é simples, havendo inclusive escores de risco que auxiliam o car­ diologista. Na sequência, a indicação do procedimento deve ser feita com propriedade. Os cuidados são iniciados pela prescrição preferencial do clopidogrel ao invés dos demais inibidores da P2Y12; no momento do procedimento, sempre que viável, a opção pela via radial é vantajosa, em especial em síndromes coronárias agudas. O uso de um modelo de stent com liberação de medicamentos também é recomendado nesses casos, pois os stents contemporâneos são seguros a ponto de permitirem a abreviação com segurança do tempo de uso do esquema antiplaquetário duplo. Por fim, mais recentemente, tem sido discutida a monoterapia com inibidores do receptor P2Y12, na qual a suspensão precoce do ácido acetilsalicílico não comprometeria a segurança e, ao mesmo tempo, seria capaz de prevenir eventos hemorrágicos de vulto.


Currently, percutaneous coronary interventions account for more than 80% of myocardial revascularization procedures. This result was enabled by two major advances: the development of effective and safe drug­eluting stents, in addition to a potent and effective antithrombotic pharmacotherapy in the prevention of atherothrombotic events, which, in general, should be maintained for about 6 to 12 months after the index intervention. However, a significant number of cases (up to 20% of treated patients according to literature) are at risk for developing significant bleeding, which can have a serious impact on prognosis. Therefore, this population requires a series of care measures related to indication, performance of the procedure, and late follow­up. The process begins with the identification of the most predisposed cases, which, in most situations, is simple, and there are risk scores that help the cardiologist. Next, the indication of the procedure should be done appropriately. Care begins with the preferential prescription of clopidogrel instead of other P2Y12 inhibitors; at the time of the procedure, whenever feasible, the option for the radial access is advantageous, especially in acute coronary syndromes. The use of a drug­eluting stent is also recommended in these cases, since contemporary stents are safe enough to safely shorten the duration of use of the dual antiplatelet regimen. Finally, more recently, monotherapy with P2Y12 receptor inhibitors has been discussed, in which early withdrawal of acetylsalicylic acid would not compromise safety and, at the same time, it would be able to prevent major bleeding events.

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