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1.
Arq. bras. cardiol ; 121(9 supl.1): 95-95, set.2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1568088

RESUMO

INTRODUÇÃO O refluxo paraprotético (RPP) é uma complicação que afeta entre 1,9% e 17% dos pacientes submetidos à troca da valva mitral e em menor proporção, entre 2% e 12% dos casos de troca da valva aórtica, sendo mais comum em pacientes que recebem próteses mecânicas. Os pacientes que cursam com regurgitação importante, insuficiência cardíaca (IC) e anemia hemolítica, refratários ao tratamento clínico têm indicação de correção do defeito por tratamento cirúrgico ou percutâneo. OBJETIVO O objetivo do estudo é avaliar a evolução clínica e ecocardiográfica dos pacientes portadores de RPP sintomáticos, de elevado risco cirúrgico, submetidos a fechamento percutâneo. MÉTODOS Estudo prospectivo e observacional em hospital terciário, que incluiu pacientes com RPP mitral ou aórtico sintomáticos, com repercussão clínica, (IC ou hemólise) submetidos a fechamento percutâneo entre junho 2014 e abril 2024. RESULTADOS Foram incluídos 25 pacientes, média das idades 62,8±10,5 anos, 53% dos pacientes eram mulheres. O número de cirurgias prévias variou de 1 a 4, com média de 2,38±1,07 cirurgias por paciente. A maioria apresentava um único orifício regurgitante (17 pacientes). Seis pacientes tinham prótese biológica (4 mitrais e 2 aórticos) e 19 prótese mecânica (15 mitrais, 6 mitro-aórticos e 4 aórticos). A indicação da oclusão do RPP foi predominantemente por IC. O dispositivo utilizado foi Amplatzer Vascular Plug, o número de plugs variou de 1 a 4 (média de plugs utilizados foi de 1,6±0,91 por paciente). A via de acesso percutâneo foi a femoral em 22 dos procedimentos e transapical em 3. Foi possível implantar o plug em 20 pacientes (80%). Dentro desta amostra, 12 ficaram com RPP residual discreto ou ausente, enquanto 8 continuaram com RPP moderado a importante, dos quais 2 faleceram em decorrência do procedimento, 3 foram encaminhados para cirurgia (1 óbito) e 3 ficaram em tratamento clínico. Não foi possível implantar o plug, por dificuldade técnica, em 20% dos pacientes (2 permaneceram em tratamento clínico, 3 evoluíram para óbito). CONCLUSÃO Os resultados do estudo demonstram que o fechamento percutâneo do RPP em pacientes de alto risco cirúrgico é uma opção viável. O implante do plug foi possível em 20 dos 25 pacientes. RPP residual, discreto ou ausente, foi encontrado em 12 pacientes (60%). Futuros estudos prospectivos e randomizados são necessários para melhor avaliação de segurança e eficácia do fechamento percutâneo do refluxo paraprotético.


Assuntos
Valva Mitral/cirurgia , Ecocardiografia
2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 114-114, abr-jun. 2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1561502

RESUMO

INTRODUÇÃO: A troca valvar aórtica transcateter (TAVI) está estabelecida para o tratamento da estenose aórtica, independente do risco cirúrgico. Estudos demonstram prevalência variável de doença arterial coronária (DAC) nesta população, podendo chegar a até 81% dos pacientes tratados. A presença de DAC em concomitância com a estenose aórtica oferece um pior prognóstico a estes pacientes e o melhor momento para o tratamento da doença coronária ainda é controverso. OBJETIVO: Avaliar a incidência de DAC com angio-tomografia (angio-TC) em pacientes submetidos a TAVI em um hospital terciário de cardiologia e o impacto prognóstico da presença de DAC após um ano de seguimento. MÉTODOS: Estudo longitudinal, retrospectivo, com inclusão de pacientes submetidos consecutivamente a TAVI entre set/2020 a Dez/2023. A indicação de TAVI esteve baseada em diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, corroborada pelo Heart Team institucional. A investigação de DAC seguiu as recomendações mais recentes da mesma diretriz. Dados demográficos, comorbidades e eventos adversos foram computados para análise estatística. Análise multivariada foi realizada para avaliar fatores preditivos associados a ocorrência de eventos cardiovasculares (EC) em 1 ano. RESULTADOS: Um total de 268 pacientes submetidos a TAVI, com idade média de 79 anos, a maioria do sexo feminino (66%), com STS mortalidade médio de 3,1 ( 2.1 ­ 4.1) e alta prevalência de comorbidades associadas (tabela 1). As lesões foram avaliadas por angio-TC (Tabela 2). 96 pacientes possuíam dados após 1 ano de acompanhamento para análise de desfechos (tabela 3), com incidência de eventos cardiovasculares de 9% (tabela 4). Após análise multivariada, a presença de lesão de tronco da coronária esquerda e coronária direita foram fatores preditores para ocorrência de EC (Figura 1). Conclusão: Os resultados de nossa experiência estão alinhados aos resultados dos mais recentes ensaios clínicos randomizados. Apesar da alta incidência de DAC detectada através de angio-TC, a incidência de EC na população foi baixa durante o seguimento. A presença lesão em tronco da coronária esquerda e coronária direita, foram associados a maior prevalência de eventos adversos no seguimento de 1 ano.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Estenose da Valva Aórtica , Doença da Artéria Coronariana , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Análise Multivariada
3.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 224-224, abr-jun. 2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1562083

RESUMO

INTRODUÇÃO: A disjunção do anel mitral (DAM) é uma anormalidade estrutural do anel fibroso, caracterizado pela inserção superior do folheto posterior na parede do átrio esquerdo, associado principalmente ao prolapso de valva mitral (PVM). A presença de MAD está associado ao desenvolvimento de arritmias malignas em pacientes portadores de PVM. Os mecanismos fisiopatológicos encontram-se parcialmente elucidados e o curso clínico ainda é um tema controverso. MÉTODOS: Estudo observacional, longitudinal, com seguimento prospectivo, realizado no ambulatório de valvopatias em hospital terciário de cardiologia, em pacientes diagnosticados com PVM e DAM através de ecocardiograma transtorácico, no período de outubro de 2021 a fevereiro de 2024. Os pacientes foram submetidos a ressonância magnética cardíaca (RMC) e holter de 24h, para avaliação de fibrose cardíaca, medida da disjunção e avaliação de arritmias. RESULTADOS: Seguimento de 25 pacientes portadores de DAM, com média de idade 48 ± 21 anos, a maioria do sexo do feminino (72%). Todos os pacientes apresentavam PVM, com regurgitação considerada importante em 40% dos casos. 16 pacientes realizaram RMC, com medida média da DAM de 10,3 mm. Fibrose de padrão não coronariano foi identificada em 5 pacientes, sendo a parede lateral mais acometida. 22 pacientes (88%) com sintomas clínicos, apresentavam arritmia documentada por holter, sendo a taquicardia ventricular (TV) não sustentada a mais comum (40,9 % dos casos), seguido por ectopias ventriculares frequentes (31,8 %) e taquicardia supraventricular (27 %). Morte súbita abortada ocorreu em 4 pacientes (16%), com média de idade de 39 anos, medida média da DAM 12,25mm, insuficiência mitral discreta e fibrose em apenas 1 deles. Após implante de cardiodesfibrilador, 2 pacientes apresentaram novos episódios de TV não sustentada e TV, sem necessidade de terapias. CONCLUSÃO: A presença de MAD está associado ao desenvolvimento de arritmias malignas em pacientes portadores de PVM. Sabidamente, a presença de regurgitação mitral e fibrose miocárdica está associada a piores desfechos, porém em nossa amostra, morte súbita abortada foi evidenciada em pacientes que não apresentavam. Tal fato reforça, a importância do diagnóstico precoce e seguimento regular desses pacientes.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino
4.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 33-33, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1512740

RESUMO

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte e incapacidade do mundo há mais de duas décadas, sendo responsáveis por mais de um terço das mortes globalmente. A compreensão da DCV no sexo feminino ainda apresenta lacunas visto que, mulheres são sub-representadas em ensaios clínicos. Estudos prospectivos com objetivo de avaliar os desfechos da intervenção coronariana percutânea (ICP) exclusivamente em mulheres são escassos. OBJETIVO: Avaliar a população de mulheres submetidas à ICP contemporânea na vigência de SCA e DAC estável, pesquisando seu perfil demográfico, fatores de risco tradicionais e emergentes, quando possível, quadro clínico e angiográfico, além dos resultados hospitalares, utilizando-se somente stents farmacológicos e métodos de imagem/ fisiologia quando indicados. MÉTODOS: Estudo de coorte observacional, longitudinal, com coleta de dados retrospectiva e acompanhamento clínico prospectivo, no qual foram avaliadas mulheres portadoras de DAC estável e instável, tratadas por meio da revascularização percutânea com stents farmacológicos entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. Foram incluídas todas as pacientes do sexo feminino, com idade acima de 18 anos, submetidas à ICP no período, devido estenose importante em vaso nativo ou enxerto cirúrgico. RESULTADOS: Incluídas 1146 mulheres submetidas à ICP, com idade média de 65 anos, variando de 58 a 96 anos. A população apresentava alta prevalência de fatores de risco tradicionais, em especial hipertensão (88%), dislipidemia (85%), diabetes (47,5%) e tabagismo (52%). SCA foi detectada em 69%, e a via radial utilizada em 59% dos casos; 31% foram submetidas à revascularização multiarterial, sendo 13% estagiadas. Houve sucesso em 97,7% das pacientes, com baixa taxa de complicações (5,4%), e mortalidade hospitalar de 1,2% (tabela 2). 1047 pacientes foram acompanhadas com seguimento médio de 576,2 dias, sendo 86% livres de ECCM. Morte total ocorreu em 5.3%, sendo cardíaca em 3.5%, infarto em 7.7%, AVE em 0.8% e nova revascularização em 5.5%. Os fatores preditores para desfechos hospitalares foram DRC [odds ratio (OR) 3.11; IC 95%:1.49-6.2] e TVF (OR 1.2; IC 95%: 1.17-5.9) (Tabela 3). Admissão por SCA (OR 1.58; IC 95% 1.06-2.35) e presença de complicações hospitalares (OR 6.66; IC 95% 2.42-18.3) foram os preditores de risco para ECCM na evolução em médio prazo. CONCLUSÃO: A população estudada apresenta um perfil de alto risco cardiovascular, porém de baixa complexidade angiográfica, com alto índice de sucesso e baixo número de complicações. Os resultados encontrados reforçam achados de estudos anteriores que compararam desfechos entre os sexos. Porém, o estudo é pioneiro ao associar dados clínicos e de intervenção em pacientes submetidas a ICP, unicamente com SF, e, uma população exclusivamente do sexo feminino, avaliando os fatores preditores de risco de ECCM em curto e médio prazo.


Assuntos
Humanos , Feminino
5.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 151-151, jul.-set. 2023. ilus., tab.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513152

RESUMO

INTRODUÇÃO: A troca valvar aórtica transcateter (TAVI) apesar de menos invasiva, consiste em procedimento de alta complexidade, cujo planejamento constitui um dos mais importantes passos para sua realização. A utilização da Tomografia computadorizada (TC) é hoje considerada o padrão-ouro para definição das medidas do complexo aórtico e escolha da prótese transcateter. Os softwares mais utilizados são aqueles de mensuração manual, vez que são gratuitos. Apesar de amplamente disponíveis, demandam mais tempo para análise, possuem curva de aprendizado maior e são sujeitos a erros do operador iniciante. Os softwares automáticos (HeartNavigatorTM, Phillips ®) e semi-automáticos (3MensioTM, Pie Medical Imaging ®) são práticos, rápidos e validados em estudos, mas pouco disponíveis. OBJETIVOS: Avaliar a correlação (concordância) do planejamento pré-TAVI realizado de forma manual por operadores iniciantes (Fellow), medidas semi-automáticas realizadas através do software 3MensioTM por operador treinado e automáticas através do HeartNavigatorTM, em relação ao especialista em imagem cardiovascular, considerado o padrão-ouro. Objetivamos também avaliar o impacto das medidas na escolha do tamanho bioprótese. MÉTODOS: Estudo transversal, prospectivo, incluindo TC`s de pacientes submetidos a TAVI de Outubro de 2020 a Dezembro de 2022, com cegamento das medidas entre os operadores. Escolhidos aleatoriamente 100 casos do banco de dados e reavaliadas as TC`s, sendo as medidas inseridas em banco de dados específico, onde cada operador possuía o conhecimento apenas do tipo da bioprótese utilizada e seu respectivo guia de medidas. RESULTADOS: Dentre os 100 casos selecionados, foi possível a reavaliação da TC em 93 casos. Os pacientes eram em sua maioria homens (57, 61,3%), com idade média de 77 anos (± 7,4), 59,6 kg (± 13,8) e 1,62 cm de altura (± 8,7). A Tabela 1 apresenta a média e desvio padrão das medidas avaliadas e resumem as relações entre os observadores com a referência a partir do viés e intervalo de credibilidade de 95% e o Coeficiente de Concordância de Lin. O HeartNavigator foi o que apresentou menor correlação em relação ao padrão-ouro, apresentando um viés importante para estimativas de tamanho da prótese. O 3mensio apresentou os melhores coeficientes de concordância das medidas, bem como concordância na escolha do tamanho da bioprótese (Fig. 1). CONCLUSÃO: O presente estudo reforça a importância do planejamento pré-TAVI e o possível impacto da avaliação tomográfica por operadores iniciantes ou por softwares automáticos, visto variabilidade importante em relação ao especialista em imagem cardiovascular, o que pode impactar na decisão de tratamento de pacientes submetidos a TAVI. Destaca-se a alta concordância e menor variabilidade inter-operador quando utilizado o software 3Mensio, sendo este, superior em predizer o tamanho da bioprótese utilizada.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
6.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 114-114, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1437797

RESUMO

INTRODUÇÃO: As mulheres com doença arterial coronária (DAC) representam um desafio aos procedimentos de revascularização devido às características clínicas e anatômicas peculiares e maiores taxas de complicações hospitalares. Atualmente, a revascularização percutânea (RP) com stents farmacológicos (SF) apresenta excelentes resultados imediatos e tardios, mesmo em cenários mais desafiadores, como nas mulheres. OBJETIVOS: Avaliar os resultados imediatos e de médio prazo de mulheres com DAC submetidas à RP + SF num hospital terciário da rede pública. MÉTODOS: Estudo de coorte observacional, longitudinal, com coleta de dados retrospectiva e acompanhamento prospectivo, analisando todas as mulheres com DAC estável ou síndrome coronária aguda (SCA) e tratadas com RP com SF entre 01/ 2019 e 12/ 2020. Foram realizadas análises de regressão logística para determinar os fatores preditores de risco para eventos hospitalares e tardios e curvas de sobrevivência livres de eventos cardíacos e cerebrovasculares maiores (ECCM) pelo método de Kaplan-Meier. RESULTADOS: Foram incluídas 1146 mulheres, com média de idade de 64,4 anos, com alta prevalência de comorbidades (88% hipertensas, 85% dislipidêmicas, 52% tabagistas; 47,5% diabéticas, 14% com doença renal crônica - DRC). Fatores de risco não tradicionais para DAC foram detectados em 12%, além de outras doenças cardiovasculares (6.6%) e comorbidades gerais. SCA foi detectada em 69%, e a via radial utilizada em 59% dos casos; 31% foram submetidas à RP multiarterial, sendo 13% estagiadas. O sucesso ocorreu em 97,7% das pacientes, com baixa taxa de complicações (5,4%), e mortalidade hospitalar de 1,2%. 1047 pacientes foram acompanhadas com seguimento médio de 576,2 dias, sendo 86% livres de ECCM. Morte total ocorreu em 5.3%, sendo cardíaca em 3.5%, infarto em 7.7%, AVE em 0.8% e nova revascularização em 5.5%. Os fatores preditores para os desfechos hospitalares foram a presença de DRC [odds ratio (OR) 3.11; intervalo de confiança de 95%:1.49-6.2] e insucesso no vaso tratado (OR 1.2; IC 95%: 1.17-5.9). Admissão por SCA (OR 1.58; IC 95% 1.06-2.35) e presença de complicações hospitalares (OR 6.66; IC 95% 2.42-18.3) foram os preditores de risco para ECCM na evolução em médio prazo. CONCLUSÃO: A RP com SF em mulheres apresentou resultados bastante favoráveis, com altas taxas de sucesso e baixas complicações apesar da alta prevalência de comorbidades cardíacas e não cardíacas associadas e predomínio de SCA pré- procedimento. Esta e a presença de complicações hospitalares foram preditores de ECCM em médio prazo.


Assuntos
Humanos , Feminino , Doença da Artéria Coronariana , Angioplastia Coronária com Balão , Stents Farmacológicos , Mulheres
7.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 198-198, abr. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1438145

RESUMO

INTRODUÇÃO: A insuficiência mitral (IM) secundária é resultado da dilatação do anel mitral ou tração do aparelho subvalvar, proveniente de doenças atriais ou ventriculares. A presença de regurgitação mitral associada à miocardiopatia isquêmica ou dilatada é marcador de mau prognóstico. O tratamento deve ser dirigido para doença de base e otimizado seguindo as recomendações das diretrizes de insuficiência cardíaca. Porém a intervenção valvar mitral está indicada em pacientes refratários ao tratamento clínico otimizado. A abordagem percutânea da valva mitral tem emergido como uma possibilidade de tratamento. O Millipede é o primeiro dispositivo, dirigido para redução do anel mitral dilatado, implantado por cateter. Série de 7 casos descritos por Rogers et al em 2019 evidenciaram redução da regurgitação mitral e melhora de classe funcional em 30 dias após o procedimento, porém, com descrições escassas a longo prazo. Apesar de não ser um dispositivo utilizado atualmente, seu uso marca o início das abordagens percutâneas no tratamento da IM secundária. RELATO DE CASO: MCAS, sexo feminino, 75 anos, portadora de hipertensão arterial sistêmica, diabetes insulino-dependente, doença renal crônica estagio 3b e doença arterial coronária, submetida à angioplastia para artéria coronária direita em 2012 e circunflexa em 2016 e 2017. A mesma evoluiu com IC refratária ao tratamento clínico otimizado. O ecocardiograma evidenciou IM importante, dilatação do anel mitral, secundária à miocardiopatia, fração de ejeção (FEVE) de 43%. Foi incluída em protocolo de estudo, sendo implantado dispositivo Millipede em dezembro de 2018. Procedimento realizado sem intercorrências, IM discreta pós-procedimento, recebeu alta hospitalar após 2 dias. Paciente mantém seguimento semestral, atualmente com 5 anos de evolução clínica e ecocardiográfica. Paciente mantém-se em classe funcional I, ecocardiograma de controle demonstra prótese normofuncionante, aumento discreto do volume atrial, refluxo mitral discreto e melhora de FEVE (50%). CONCLUSÃO: A anuloplastia percutânea no caso relatado foi segura e eficaz com resultado mantido em 5 anos de evolução. Essa técnica deve ser aperfeiçoada e melhor estudada, sendo uma opção viável para a abordagem da IM secundária, com dilatação do anel mitral.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Anuloplastia da Valva Mitral , Insuficiência da Valva Mitral , Insuficiência Cardíaca , Cardiomiopatias
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