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1.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 173-173, abr-jun. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1561950

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) são considerados de muito alto risco cardiovascular, tornando o controle de fatores de risco e tratamento medicamentoso imprescindíveis na prevenção de eventos futuros. Apesar do benefício inequívoco da prevenção secundária já ter sido demonstrado em diversos estudos, sua prática é dificultada por falhas de acesso, de educação em saúde e de adesão ao tratamento prescrito. OBJETIVO: Avaliar, em cinco anos, o uso do tratamento medicamentoso preconizado para prevenção secundária e obtenção de metas de pressão arterial, perfil lipídico, controle de diabetes melito e cessação de tabagismo em pacientes submetidos à CRM em hospital terciário de cardiologia do Brasil. MÉTODOS: Coorte histórica, baseada em banco de dados, registro de prontuário médico e contato telefônico, de pacientes submetidos à CRM isolada em 2015 e acompanhados em ambulatório de hospital terciário de cardiologia, São Paulo, Brasil, por cinco anos. RESULTADOS: Em 2015, 457 pacientes foram submetidos à CRM e prosseguiram com acompanhamento ambulatorial na instituição. Foi observado o uso de antiagregantes plaquetários em quase 100% da amostra, uso de inibidores da enzima de conversão de angiotensina ou bloqueadores de receptores de angiotensina em mais de 80%, estatinas em mais de 94% e betabloqueadores em mais de 89% dos pacientes em todo o seguimento. Houve uma queda gradual do uso de sinvastatina e aumento do uso de estatinas de alta potência, com 70% dos pacientes utilizando atorvastatina ou rosuvastatina no quinto ano de acompanhamento. Aproximadamente 50% dos diabéticos estavam com hemoglobina glicada abaixo de 7%, o melhor controle de LDL-c foi observado no último ano do seguimento, com apenas 18,6% da amostra com níveis menores que 55 mg/dL e o melhor controle pressórico no primeiro ano após CRM, com 34,2% dos pacientes com níveis pressóricos < 130x80 mmHg. Houve uma redução gradual do tabagismo no decorrer do tempo, com apenas 3,7% de tabagistas após cinco anos. CONCLUSÃO: A despeito do uso de medicações ter sido realizado de forma consistente, a obtenção de metas de perfil lipídico, pressão arterial e diabetes melito ainda permanece um desafio. Desta forma, torna-se necessária a elaboração de estratégias de otimização da prevenção secundária, objetivando um melhor controle de comorbidades e redução de eventos cardiovasculares futuros em pacientes de muito alto risco cardiovascular submetidos à CRM.


Assuntos
Substâncias Perigosas
2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 129-129, abr-jun. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1561631

RESUMO

INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morbimortalidade global, com a doença arterial coronariana (DAC) como destaque. A cirurgia de revascularização do miocárdio é uma terapia crucial, mas suas complicações pós-operatórias, como sangramento, persistem como desafio. O escore CRUSADE, desenvolvido para avaliar risco de sangramento em pacientes com síndrome coronariana aguda, temsido eficaz neste tipo de avaliação,sendo preferido porsua acurácia e relevância clínica. A identificação de pacientes de alto risco para sangramento antes da cirurgia é fundamental para implementar medidas preventivas e otimizar recursos. Surge, assim, a hipótese de estender o uso do escore CRUSADE para prever sangramento significativo em pacientes após a cirurgia de revascularização do miocárdio. OBJETIVO: Avaliar o desempenho do escore CRUSADE como um preditor de sangramento maior em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio. MÉTODOS: studo observacional, retrospectivo, avaliando pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada em 2016, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, utilizando dados de prontuários e bancos de dados, aplicando o escore CRUSADE a esses pacientes no pré-operatório. O desfecho primário foi a ocorrência de sangramento importante após a cirurgia de revascularização do miocárdio, definido pelo conceito BARC.Aanálise estatística abrangeu vários métodos, incluindo teste qui-quadrado, teste de Mann-Whitney, teste Qui-Quadrado de Pearson, teste exato de Fisher e medidas descritivas. O ambiente de programação R foi utilizado, com um nível de significância de 5% em todos os testes. Resultados: 398 pacientes foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, mas apenas 223 prontuários continham informações completas, sendo excluidos 175 pacientes. A média de idade dos pacientesfoi de 62,4 anos, com 26,9% de mulheres e 73,1% de homens. As correlações de Spearman não mostraram relações significativas entre drenagem total e idade, peso, presença de diabetes, doença vascular periférica ou insuficiência cardíaca congestiva. No entanto, houve correlações positivas moderadas com hematócrito de base e creatinina. A drenagem total não se correlacionou significativamente com o escore CRUSADE. CONCLUSÃO: O escore CRUSADE, aplicado a pacientes no pré-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio, não teve um bom desempenho como preditor de sangramento maior nessa população estudada.

3.
Braz J Cardiovasc Surg ; 39(3): 19-19, 2024.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1555402

RESUMO

INTRODUÇÃO: O pós-operatório de cirurgia cardíaca valvar é desafiador pelo risco de sangramento, que pode levar a complicações e aumentar a morbimortalidade do paciente. Logo, avaliar o estado clínico e laboratorial do paciente antes da cirurgia auxilia na previsão do risco de sangramento e mudança de conduta clínica. OBJETIVO: Desenvolver um escore de risco para prever sangramento aumentado em pacientes no pós-operatório de cirurgia valvar. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, com 525 pacientes submetidos a cirurgia valvar entre 2021 e 2022 no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Os pacientes foram divididos em dois grupos: aqueles com sangramento maior e aqueles sem sangramento maior, com base nos critérios de BARC e Bojar. A descrição dos resultados incluiu métodos estatísticos para descrever a frequência e a distribuição dos dados. Foi realizada uma análise de regressão logística para identificar os fatores relacionados ao sangramento, e modelos múltiplos foram utilizados para as variáveis com significância estatística. Pontuações foram atribuídas aos valores relevantes para criar uma escala. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: Neste estudo, foram analisados 525 pacientes com idade média de 56 anos, a maioria do sexo feminino. A valvopatia mais comum foi a insuficiência mitral. Cerca de 8,8% dos pacientes apresentaram sangramento aumentado, resultando em 4,3% de reabordagens cirúrgicas. As variáveis que apresentaram significância estatística foram: presença de insuficiência tricúspide (OR = 3,31; P < 0,001), doença renal crônica/lesão renal aguda (OR = 2,97; P = 0,006), hemoglobina pré-operatória (OR = 0,73; P < 0,001), reoperações (OR = 2,5; P = 0,003), tempo de circulação extracorpórea (CEC) (OR = 1,12; P < 0,001). O número de valvas abordadas também foi significativo, com OR de 2,23 (P = 0,013) para 2 valvas e OR de 3,7 (P = 0,028) para 3 valvas. Além disso, o uso de concentrado de hemácias mostrou-se relevante, com OR de 2,8 (P = 0,001). No modelo múltiplo, apenas presença de insuficiência tricúspide, tempo de circulação extracorpórea e hemoglobina pré-operatória estavam associados ao sangramento. CONCLUSÃO: Tempo de CEC, hemoglobina pré-operatória e insuficiência tricúspide se associaram-se independentemente com o sangramento pós-operatório. A escala proposta é plausível e pode auxiliar na predição de risco de sangramento.


Assuntos
Período Pós-Operatório , Cirurgia Torácica , Valvas Cardíacas
4.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;121(10): e20230453, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1573923

RESUMO

Resumo Fundamento: O pós-operatório de cirurgia cardíaca valvar é desafiador devido ao risco de sangramento, levando a complicações e aumento da morbimortalidade. Objetivo: Desenvolver um escore de risco para prever hemorragia em pacientes no pós-operatório de cirurgia valvar. Métodos: Estudo retrospectivo de pacientes submetidos a cirurgia valvar entre 2021 e 2022 no IDPC. Pacientes com sangramento maior foram selecionados com base nos critérios de BARC e Bojar. Foi realizada uma análise de regressão logística para fatores relacionados ao sangramento e foi criado um nomograma. Para significância estatística, foram considerados p<0,05 e um intervalo de confiança de 95%. O estudo foi aprovado pelo CEP. Resultados: Foram analisados 525 pacientes com idade média de 56 anos e predomínio do sexo feminino. A valvopatia mais comum foi a insuficiência mitral, 8,8% apresentaram sangramento aumentado e houve 4,3% de reabordagens cirúrgicas. As variáveis com significância estatística foram: insuficiência tricúspide (OR 3,31, p < 0,001), doença renal crônica/lesão renal aguda (OR 2,97, p = 0,006), hemoglobina pré-operatória (OR 0,73, p < 0,001), reoperações (OR 2,5, p = 0,003), tempo de circulação extracorpórea (CEC) (OR 1,12, p < 0,001), abordagem de 2 valvas OR de 2,23 (p = 0,013), uso de concentrado de hemácias OR de 2,8 (p = 0,001). No modelo múltiplo a insuficiência tricúspide, tempo de CEC e hemoglobina pré-operatória alcançaram significância estatística. Conclusão: O tempo de CEC, hemoglobina pré-operatória e insuficiência tricúspide associaram-se independentemente com hemorragia pós-operatória. A escala proposta é plausível, e pode auxiliar na predição de risco de sangramento.


Abstract Background: The postoperative period of heart valve surgery is challenging due to the risk of bleeding, leading to complications and increased morbidity and mortality. Objective: To develop a risk score to predict bleeding in patients after valve surgery. Methods: Retrospective study of patients operated on between 2021 and 2022. Patients with major bleeding were selected based on the BARC and Bojar criteria. A logistic regression analysis was performed for factors related to bleeding and a nomogram of scores was created. For statistical significance, p<0.05 and a 95% confidence interval were considered. The study was approved by the CEP. Results: 525 patients were analyzed, with a mean age of 56 years and a predominance of females. The most common valve disease was mitral insufficiency, 8.8% had increased bleeding and 4.3% had surgical reoperations. The variables with statistical significance were tricuspid insufficiency (OR 3.31, p < 0.001), chronic kidney disease/acute kidney injury (OR 2.97, p = 0.006), preoperative hemoglobin (OR 0.73, p < 0.001), reoperations (OR 2, 5, p = 0.003), cardiopulmonary bypass (CPB) time (OR 1.12, p < 0.001), 2-valve approach OR of 2.23 (p = 0.013), use of packed red blood cells OR of 2.8 (p = 0.001). In the multiple model, tricuspid insufficiency, CPB time and preoperative hemoglobin reached statistical significance. Conclusion: CPB time, preoperative hemoglobin and tricuspid insufficiency were independently associated with postoperative bleeding. The proposed scale is plausible and can help predict the risk of bleeding.

5.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 143-143, jul.-set. 2023.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513066

RESUMO

BACKGROUND: TAVR has emerged as a revolutionary treatment for patients with symptomatic and severe AS, irrespective of surgical-risk scores. Novel transcatheter heart valves (THV) with a lower profile, easy of use and expected longer durability are being developed to target younger patients. Myval is a 14Fr-balloon expandable THV with a skirt to minimize the occurrence of paravalvular leak (PVL), and has been approved for commercial use in Brazil in 2020. METHODS: Single-center, single arm, open label prospective registry encompassing all consecutive patients referred to TAVR in our Institution between December 2020 and June 2023 with clinical and echocardiography follow up at 30 days and up to 1 year. Clinical and echocardiographic outcomes were defined accordingly to VARC-III criteria. RESULTS: A total of 136 pts were enrolled so far. 72 pts with year follow-up. Mean age was 78.1 ± 6.7 years, 44% were female and mean STS score was 3.3 ± 1.6 %. Pre-procedures mean gradient and aortic valve area were 57.7 ± 17.4 mmHg and 0.65 ± 0.15 cm2, respectively. 55 % of pts were in class III/IV NYHA. In the majority of pts, TAVR procedures were performed under a minimalist, percutaneous transfemoral approach, except two cases (one performed using transcarotid access and another using transubclavian access). 18,4% of pts were treated for bicuspid aortic stenosis and 10 pts (7.3%) underwent a valve-in- -valve procedure. Procedure success was achieved in all cases, and a post-procedure echo revealed a mean residual gradient of 5.2 ± 4.5 mmHg, with PVL greater than mild in nine cases (7%). A permanent pacemaker was required in 6 pts (4.4%), and the average hospital length of stay was 3.3 ± 2.4 days. At 30-days, there were 4 deaths, one due to COVID-19, other one non cardiovascular and two classified as cardiovascular deaths. Currently, 72 patients completed 12 months follow-up. One cardiovascular death was reported at follow-up and all the remaining patients were in NYHA class < II. We observed two cases of early valve deterioration with thrombosis, which were successfully managed with anticoagulation therapy. No further valve intervention was necessary for any of the patients. CONCLUSION: The mid-term follow-up of Meril's TAVR system was found to be satisfactory and comparable to other commercially available THV's. However, it is important to note that long-term follow-up studies are currently underway to further evaluate the performance and durability of the TAVR system.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
6.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 148-148, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1513149

RESUMO

INTRODUÇÃO: O implante por cateter de prótese aórtica(TAVI) constitui opção de tratamento para pacientes (pts) idosos com estenose aórtica(EA) grave e sintomáticos. Realizado no Brasil há cerca de 15 anos, recentemente o TAVI foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Avaliamos e comparamos os desfechos ocorridos em até 30 dias em pts submetidos a cirurgia (SAVR) e TAVI em hospital terciário do SUS e os custos associados à internação índice. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional e unicêntrico. Selecionados pts≥50 anos portadores de EA importante, submetidos a TAVI ou SAVR no período de 01/01/2018 a 31/12/22. Excluídos pts submetidos a cirurgia de urgência, cirurgias combinadas, pts com endocardite e re-operações; ou TAVI por via não-transfemoral. Os desfechos clínicos de 30 dias foram avaliados conforme VARC-3 (óbito, AVC, sangramentos maiores, complicaçòes vasculares ou cardíaca estrutural, insuficiência renal, implante de marcapasso definitivo, presença de insuficiência aórtica (IAo) ≥ moderada e re-hospitalização). Custos diretos reportados conforme materiais utilizados e remuneração dos profissionais envolvidos no procedimento; custos da internação foram baseados em valores de diária-hospitalar extrapolados da literatura, aplicados ao tempo de internação observado na amostra. RESULTADOS: Incluídos 139 pts no grupo TAVI e 181 no grupo SAVR. Pts submetidos a TAVI eram mais idosos (77,9 ± 7,0 vs 64,9 ± 7,5 anos, p<0,001) e com maior risco cirúrgico conforme STS (3,6 ± 2,3 vs 1,6 ± 0,9%, p<0,001). Desfechos clínicos semelhantes entre TAVI e SAVR, com taxas de óbito de 2,8% vs 5% (p=0,404) e AVC de 0,7% vs 3,3% (p=0,144), respectivamente. Considerando-se todos os eventos adversos e re-hospitalizações, estes ocorreram menos frequentemente após TAVI (31% vs 42%, p=0,047), com menor tempo de internação neste grupo (3,4 ± 4,4 vs 11,6 ± 12,8, dias p<0,001). O custo médio estimado para uma internação de TAVI vs SAVR variou de R$66.059,00 a R$69.276,50 vs R$16.028,2 a R$40.853,50 (p<0,001), respectivamente. Análise exploratória estimou custo de R$ 2.583,91 por unidade clínica de sobrevida livre de eventos adversos ou re-hospitalizações em 30 dias. CONCLUSÃO: Em nossa casuística, TAVI foi indicado a pts mais idosos e de maior risco cirúrgico, com menor ocorrência de eventos adversos combinados e menor tempo de internação. Em análise de curto prazo, a avaliação de custo-utilidade sugere que o TAVI pode ser economicamente viável no cenário do SUS.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
7.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 36: e20230082, jun.2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1521006

RESUMO

Abstract We present the case of a 55-year-old patient who underwent the Bentall-De Bono procedure with mechanical prosthesis in 2005 and was admitted to the emergency department in July 2020 with mixed shock. Complementary exams showed an abscess involving the prosthetic tube, two thirds of the aortic valve circumference and the left ventricle, with a neocavity of about 45 mm in diameter from the aortic sinus to the ascending aorta. The patient underwent surgical repair, with a new procedure using the Bentall-De Bono technique, now associated with coronary artery bypass grafting with a great saphenous vein graft between the aorta and the anterior descending artery. Culture of samples collected intraoperatively showed Staphylococcus epidermidis. The patient received antibiotic therapy for 30 days, evolving favorably, and is under regular outpatient follow-up.

9.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 172-172, abr. 2023. tab
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1438062

RESUMO

INTRODUÇÃO: O implante transcateter de valva aórtica (TAVI) é opção de tratamento para pacientes (pts) idosos com estenose aórtica (EAo) e sintomáticos, de amplo espectro de risco cirúrgico. Apesar de realizado no Brasil há mais de 1 década, apenas recentemente o TAVI foi incorporado no SUS. Neste estudo, avaliamos o perfil de ptssubmetidos a cirurgia e TAVI em hospital terciário do SUS e os desfechos clínicos de segurança de ambos os procedimentos aos 30 dias. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, unicêntrico, com coleta de informações em base de dados própria. Selecionados todos os pts > 50 anos e portadores de EAo importante, consecutivamente submetidos a TAVI ou SAVR no período de 01/01/2018 a 31/12/22. Critérios de exclusão: pts submetidos a cirurgia de urgência, cirurgias combinadas (revascularização miocárdica, aorta ascendente ou outra valvopatia), pts com endocardite ativa e re-operações; excluídos casos de TAVI realizados por via não-femoral. Desfecho clínico de segurança definido conforme VARC-3, sendo composto por óbito, AVC, sangramentos VARC 3-4, complicação vascular ou cardíaca estrutural, insuficiência renal KDIGO >3, implante de marcapasso definitivo (MP), re-intervenção ou presença de insuficiência aórtica (IAo) > moderada. RESULTADOS: Incluídos 143 pts submetidos a TAVI e 181 a SAVR. Pts submetidos a TAVI eram mais idosos (77,8 ± 6,9 vs 65 ± 7,4 anos, p moderada foi mais frequente após TAVI (6,3% vs 1,7%, p=0,028). O desfecho composto de segurança ocorreu em 32 (22,4%) pts submetidos a TAVI e em 61 (33,7%) pts submetidos a SAVR (p=0,25). O tempo médio de internação pós-TAVI foi inferior ao observado após SAVR (3,5 ± 4,6 vs 11,6 ± 12,8 dias, p< 0,001). CONCLUSÃO: Nesta série - que reflete o cenário atual em um hospital terciário do SUS -, o TAVI foi mais frequentemente indicado a pacientes octagenários, com mais comorbidades e com maior risco cirúrgico. A ocorrência de desfechos clínicos maiores como óbito e AVC foi similar entre os grupos. Contudo, a ocorrência do desfecho composto de segurança aos 30 dias foi inferior no grupo submetido a TAVI, com menor tempo de internação após o procedimento.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
11.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;119(4 supl.1): 240-240, Oct, 2022.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1397347

RESUMO

INTRODUCTION: Takotsubo Syndrome is a recurrent diagnosis, however, it's rarely seen post cardiac surgery. The disease usually occurs after physical or emotional stress, most prevalent in post-menopausal women. The clinical features may present similar to acute coronary syndrome, with chest pain and electrocardiogram (ECG) alterations, but with this diagnosis being excluded after the absence of obstructive lesions in coronary angiography and encountering typical echocardiogram findings, such as compensatory apical akinesia and basal compensatory hypercontractility. CASE DESCRIPTION: A 56-year-old woman with a history of rheumatoid arthritis, active smoking and percutaneous mitral valvuloplasty in 2007, presents with functional class II dyspnea and transthoracic echocardiogram (TTECO) showing important mitral regurgitation. Patient was submitted to mitral valve replacement surgery with an mechanical prosthesis on March 2022, without complications. In the immediate postoperative care, the patient evolved with cardiogenic shock, requiring vasoactive drugs. The ECG presented with T-wave inversion of precordial leads and TTECO revealed hypercontractility of the basal segments and akinesia of medium-apical segments, with left ventricular ejection (LVEF) of 20%. During hospitalization the patient gradually improved from cardiogenic shock, with normalization of LVEF to 64%. CONCLUSION: Takotsubo Cardiomyopathy is a reversible condition, characterised by transient ventricular dysfunction, with rare cases described in the context of postoperative care due to valve surgery. The surgical intervention can be considered as a trigger for the development of this syndrome.


Assuntos
Cuidados Pós-Operatórios , Cardiomiopatia de Takotsubo , Insuficiência da Valva Mitral
12.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 99-99, jul.,2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381712

RESUMO

INTRODUÇÃO: O implante transcateter de bioprótese aórtica (TAVI) por via transfemoral constitui tratamento seguro e eficaz para pacientes (pts) idosos com estenose aórtica (EAo) grave e sintomática, independente do perfil de risco cirúrgico. A obtenção do acesso e de hemostasia arteriais são aspectos técnicos fundamentais do procedimento, associados ao prognóstico. Tradicionalmente, a hemostasia arterial tem sido obtida com utilização de 2 dispositivos de sutura (Perclose, ProGlide) ou mediante combinação de dispositivos (sutura + base de plug de colágeno). Contudo, com a progressiva redução no perfil dos introdutores e o uso rotineiro de punção guiada por ultrassom (USG), a viabilidade de se garantir hemostasia efetiva com apenas um dispositivo de sutura ainda não é bem demonstrada. MÉTODOS: Estudo observacional e prospectivo, com seleção consecutiva de pts submetidos a TAVI, por via transfemoral de março/20 a abril/22. Em todos os casos, a punção foi realizada com auxilio de USG, sendo que a partir de set/2021 iniciou-se protocolo institucional de aplicação de apenas 1 dispositivo Perclose após a obtenção do acesso femoral (pre-closure). Avaliamos a necessidade de aplicação adicional de 1 ou mais dispositivos de hemostasia, a presença de estenose da artéria femoral ≥ 50% - conforme angiografia de controle no sítio da punção - e a ocorrência de sangramentos conforme os critérios VARC-III. RESULTADOS: No período, 67 pts foram submetidos a TAVI por via transfemoral, sendo 25 pts com aplicação de 1 dispositivo de hemostasia (grupo A) e 42 pts com aplicação de 2 ProGlides (grupo B). A população total foi composta por pts com média de idade de 77±7,32 anos, sendo 34% do sexo feminino e com STS médio de 3,6% - sem diferenças entre os grupos A e B. Prótese balão-expansível foi utilizada em 90% dos casos, sendo utilizado introdutores 14F em 90% dos pts. À angiografia femoral pós-procedimento, estenose residual foi identificada em apenas 1 (4.1%) dos 24 pts que receberam apenas 1 perclose e em 9 (22%) dos 42 pts abordados com 2 ProGlides (p=0,08). Após a exclusão de 11 pacientes no grupo de 2 perclose e 1 do grupo de 1 perclose, por falta de angiografia femoral final, foram avaliados 24 de um total de 56 pacientes. No grupo no qual foi utlizado apenas 1 perclose a média de idade foi de 77±7,32 anos, sendo o sexo masculino foi prevalente com 75% dos casos e tipo de prótese mais utilizada foi a balão expansível com introdutor de 14F. Não foram notados sangramentos maiores, e a incidência de sangramento menor com necessidade de compressão manual prolongada foi <1% em ambos os grupos. Nenhum paciente do grupo A necessitou de ProGlide adicional. CONCLUSÃO: Nesta série inicial, a associação de punção femoral guiada por USG e a aplicação de apenas um dispositivo de sutura mostrou-se factível, com hemostasia efetiva e menor ocorrência de estenose residual da artéria femoral quando comparada ao reparo vascular obtido com 2 dispositivos.


Assuntos
Ultrassom , Artéria Femoral , Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Hemostasia
13.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 100-101, jul.,2022.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381737

RESUMO

BACKGROUND: TAVR has emerged as a revolutionary treatment for symptomatic and severe AS patients, irrespective of surgical-risk profile. Novel transcatheter heart valves (THV) with a lower profile, easy-of-use, and expected longer durability are being developed to target the younger and low-risk population. Myval is a 14Fr, balloon- -expandable THV with a skirt to minimize the occurrence of paravalvular leak (PVL) and has been recently approved for commercial use in Brazil. METHODS: Single-center, prospective observational study encompassing all consecutive patients (pts) who underwent TAVR with MyVal between December 2020 and May 2022. Indications for TAVR were in accordance with current international guidelines. Clinical and echocardiographic outcomes were defined accordingly to VARC-III criteria. RESULTS: A total of 60 pts were enrolled so far. The mean age was 74.4±3.2 years, 63% were male, and the mean STS score was 3.6±2.8%; 50% of pts were in class III/IV NYHA. Pre-procedure mean gradient and aortic valve area were 56.4±17.6mmHg and 0.7±0.2cm2, respectively. In the majority of pts, TAVR procedures were performed under a minimalist, percutaneous transfemoral approach, except two cases (one performed using transcarotid access and another using transubclavian access). 12% of pts were treated for bicuspid aortic stenosis and four pts (6.7%) underwent a valve-in-valve procedure. Procedure success was achieved in all cases, and a post-procedure echocardiogram revealed a mean residual gradient of 3,3±0,6mmHg, with PVL greater than mild in a single case (1.7%). A permanent pacemaker was required in 3 pts (5%), and the average hospital length of stay was 2,7±2,8 days. At 30- days, there were 3 deaths, one due to COVID-19 and two classified as cardiovascular deaths. Currently, 19 patients completed 6 months follow-up. One non-cardiovascular death was reported at follow-up and all the remaining patients were in NYHA class < II. Conclusion: In this initial experience with the Myval THV, short-term clinical and echocardiographic outcomes were encouraging, with good hemodynamic performance and symptomatic improvement.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Valvas Cardíacas
14.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 101-101, jul.,2022.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381748

RESUMO

INTRODUCTION: The development of conduction disturbances and the need for permanent pacemaker (PPM) implantation are among the most common complications related to TAVI. Nowadays, a minimalist TAVI approach is favored, with the goal to promote a safer, timely hospital discharge < 48 hours. Accordingly, the occurrence of conduction disturbances after the procedure must be systematically monitored. OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of baseline electrocardiographic (EKG) abnormalities known to predict conduction disorders after TAVI and the incidence of PPM within 30 days after the procedure, in unselected patients (pts) undergoing a minimalist TAVI procedure in a tertiary hospital of the SUS. METHODS: Single center, observational and prospective study, with consecutive pts undergoing minimalist TAVI from Sep/2020 to Jan/2022. EKG was obtained at baseline and at the end of the procedure, 4h and 24 h after TAVI, according to institutional protocol. The presence of rhythm disturbances, atrioventricular and intraventricular blocks and the indication of PPM during index hospitalization and after 30 days were analysed. RESULTS: Fifty patients were selected, with a mean age of 79.2±4.8 years and a mean STS of 2.6±1.4%; 20 (40%) were women. Balloon-expandable transcatheter heart valves (THV) were used more frequently (76%), and a high-positioning implantation technique of THV were attemped. The rhythm and conduction disturbances at baseline were: - Sinus rhythm: 41 (82%) - Atrial fibrillation: 12 (24%) - BAV 1st degree: 14 (28%) - Right bundle branch block: 3 (6%) - Left bundle branch block: 7 (14%) - Pacemaker: 4 (8%). The occurrence of bradyarrhythmias that motivated extended monitoring and in-hospital surveillance for at least 24 hours occurred in 7 (14%) pcts, as follows: Total atrioventricular block: 1 (2.5%) - Advanced atrioventricular block: 1 (2.5%) - Atrial fibrillation with slow ventricular response: 2 (5%) - Junctional rhythm: 2 (5%) - Sinus bradycardia and intraventricular conduction disorder: 1 (2.5%) There was an indication for PPM in only 1 (2.5%) pct. There were no readmissions due to conduction disorders or PPM implantation up to 30 days after TAVI. CONCLUSION: In this series, few patients undergoing TAVI with a minimalist approach had conduction disturbances that resulted in a delay of hospital discharge. Only 1 pct required PM implantation. The application of an institutional protocol with timely hospital discharge (<48h) was not related to a higher risk of conduction disturbances in the short term (30 days).


Assuntos
Marca-Passo Artificial , Doença do Sistema de Condução Cardíaco , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
15.
J. Transcatheter Interv ; 30(supl.1): 101-101, jul.,2022. tab.
Artigo em Inglês | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1381770

RESUMO

INTRODUCTION: A lean, minimalist transcatheter aortic valve replacement (LmTAVR) pathway is broadly defined by the simplification of technical aspects of the procedure (local anesthesia, percutaneous access, transthoracic echo, etc.), combined with systematic care, comprehensive and multidisciplinary approach to optimize clinical outcomes and promote faster recovery of patients (pts), and is associated with reduced length of stay and hospital costs. Its implementation in the Brazilian Unified National Health System (SUS) is still limited, and requires the development and validation of specific protocols. OBJECTIVE: To describe the initial clinical outcomes, in- -hospital length of stay and rehospitalization rate at 30 days after the implementation of an institutional protocol for LmTAVI in a tertiary hospital of the SUS. METHODS: Observational and prospective study, with consecutive pts who underwent TAVR from Sep/20 to Jan/22. Exclusion criteria for LmTAVI were: non-elective pts, left ventricular ejection fraction < 30%, non-femoral access, stage V kidney disease, dialysis, dyscrasias or thrombocytopenia, or pts scheduled for another combined procedure at admission. RESULTS: Of the 67 pts who underwent TAVI procedure in the period, 17 (25%) had exclusion criteria for LmTAVI. Regarding pts included in the minimalist approach (n=50), mean age was 79.2 ±4.8 years, mean STS 2.6 ±1.5% and 20 (40%) were women. One patient required permanent pacemaker implantation after LmTAVI; cardiovascular mortality at 30 days was 2%. Of the pts undergoing LmTAVI, 64% were discharged the next day after the procedure, and 86% were discharged within 48h. The 30-day cardiovascular readmission rate was 4%, due to stroke (n=1) and heart failure (n=1). CONCLUSION: In this initial experience, the development and implementation of a systematized and optimized protocol for patient care undergoing LmTAVI in a tertiary hospital of public health system in Brazil was feasible and safe. Majority of pts were discharged within 48h, with a low rate of rehospitalizations.


Assuntos
Substituição da Valva Aórtica Transcateter , Equipe de Assistência ao Paciente , Intervenção Coronária Percutânea
16.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 108-108, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1377600

RESUMO

INTRODUÇÃO: Realizada pela primeira vez há 20 anos, o implante por cateter de bioprótese aórtica (TAVI) revolucionou o tratamento da estenose aórtica (EAo). Inicialmente destinado ao tratamento de pacientes (pts) de alto risco cirúrgico ou inoperáveis, evidências atuais contemplam o TAVI como terapia de escolha naqueles com idade superior a 70 anos e com risco cirúrgico intermediário, sendo considerada equivalente à cirurgia em pts de baixo risco. Em nosso país, o TAVI foi recentemente incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para o tratamento de pacientes inoperáveis, sendo condicionada à demonstração de custo-efetividade. Procuramos avaliar o perfil demográfico e o risco cirúrgico dos pts atualmente submetidos a TAVI em nossa instituição - hospital terciário do SUS onde o TAVI é realizado rotineiramente, conforme sua indicação baseada em evidências. MÉTODOS: Estudo longitudinal, retrospectivo, com inclusão de pacientes submetidos consecutivamente a TAVI entre set/2020 a fev/2022. A indicação de TAVI esteve baseada em diretriz nacional da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sendo corroborada pelo Heart Team institucional. O risco cirúrgico foi estimado pelos escores STS e EuroScore II, e considerada a presença de outros fatores que sabidamente impactam na decisão terapêutica, como a presença de fragilidade (avaliada pelo escore Essential Frailty Toolset) e aspectos anatômicos como aorta em porcelana. Pts selecionados para ensaios clínicos conduzidos na instituição foram excluídos. RESULTADOS: No período, 76 pts foram submetidos a TAVI, com média de idade de 77 anos (± 7,7 anos), sendo 58,1% masculinos, com elevada prevalência de HAS (78,9%) e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (65,8%); 54% apresentavam-se em classe funcional NYHA III ou IV. DPOC, insuficiência renal e cirurgia de revascularização prévia estiveram presentes em 16,7%, 24.4% e 14,1%, respectivamente; 46% dos pts foram considerados frágeis ou pré-frágeis. A população foi categorizada como de baixo risco cirúrgico, com EuroScore II médio de 4,8 ± 3,8% e STS de 3.7 ± 2.1%. Apenas quatro pts apresentavam STS > 8%, e aorta em porcelana esteve presente em quatro pts (5,5%). CONCLUSÃO: Em nossa experiência, a indicação de TAVI - alinhada às diretrizes mais atuais - resultou em população tratada composta por idosos > 75 anos, com várias comorbidades e portadores de fragilidade, porém categorizados como de baixo risco cirúrgico. Apenas oito pts foram categorizados como inoperáveis ou de alto risco cirúrgico.


Assuntos
Estenose da Valva Aórtica , Bioprótese , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
17.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 108-108, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1377649

RESUMO

INTRODUÇÃO: A TAVI surgiu como um tratamento revolucionário para pacientes com estenose aórtica (EA) grave e sintomática, independentemente do perfil de risco cirúrgico. Novas próteses transcateter com mais baixo perfil, fácil implante e expectativa de maior durabilidade estão sendo desenvolvidas para atingir também população mais jovem e de baixo risco. Myval (Meril) é uma prótese transcateter balão-expansível de 14Fr com design para minimizar a ocorrência de leak paravalvar (LPV), e foi recentemente aprovada para uso clínico em nosso país. Relataremos a experiência inicial com este novo dispositivo. MÉTODOS: Registro prospectivo, unicêntrico, envolvendo todos os pacientes (pts) consecutivos submetidos à TAVI com a prótese MyVal na instituição. Os resultados clínicos e ecocardiográficos foram definidos de acordo com os critérios VARC-III. RESULTADOS: Entre dez/20 e fev/22, 58 pts foram submetidos a TAVI. A média de idade foi de 74,5 ± 12,7 anos, sendo 38% do sexo feminino; o escore STS foi de 3,7 ± 2,44%. O gradiente médio (GM) e a área valvar aórtica pré-procedimento foram de 49,7 ± 20,6 mmHg e 0,62 ± 0,2 cm2, respectivamente. Todos os procedimentos foram realizados sob abordagem minimalista com acesso femoral percutâneo, exceto um caso realizado por via carotídea. Cinco pts apresentavam EA bicúspide, 7% possuíam disfunção ventricular grave (< 30%) e quatro foram submetidos a um procedimento valve-in-valve aórtico. Sucesso do procedimento ocorreu em todos os casos, e o ecocardiograma pós-TAVI revelou GM médio de 4,9 mmHg, com LPV > leve em um único caso (1,7%). Marcapasso definitivo foi necessário em três pts (5,2%), e o tempo médio de internação foi de 2,8 dias. Aos 30 dias, ocorreram dois óbitos: um por COVID-19 (em paciente que apresentou sangramento maior e internação prolongada) e outro por causa cardiovascular. Aos três meses de seguimento, 86% dos pacientes apresentam-se em classe NYHA I ou II. CONCLUSÃO: Em nossa experiência inicial, o emprego da prótese balão-expansível Myval resultou em desfechos clínicos e ecocardiográficos satisfatórios, estando associada à baixa taxa de complicações do procedimento. Seguimento com resultados de médio prazo tem sido conduzido.


Assuntos
Estenose da Valva Aórtica , Disfunção Ventricular , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
18.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 182-182, abr.-jun. 2022.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1377884

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Arterite de Takayasu constitui doença de múltipla apresentação, podendo acometer diversos sistemas. Acomete principalmente mulheres nas primeiras décadas de vida. MÉTODOS: Trata-se de um relato de caso acerca de paciente jovem com diagnóstico de arterite de takayasu que evoluiu com aneurisma de aorta ascendente e doença arterial coronariana. RESULTADOS: Reportamos um caso de paciente com 19 anos de idade com AT, admitida em serviço de referência em Cirurgia Cardiovascular com diagnóstico de aneurisma de aorta ascendente e doença arterial coronariana grave em artéria coronária direita (CD) e tronco de coronária esquerda (TCE), sendo submetida à implante de enxerto de Dacron supra-coronariano em aorta ascendente (e revascularização miocárdica (CRM) com dupla artéria torácica interna. Evoluiu de forma satisfatória no pós-operatório, seguindo em acompanhamento clínico em nosso serviço. CONCLUSÃO: A apresentação dos pacientes com arterite de takayasu é diversa, em associação com DAC, tornam o seguimento dos pacientes mandatário em centro especializado.


Assuntos
Arterite de Takayasu , Doença das Coronárias , Aneurisma Aórtico
19.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 124-124, abr-jun., 2021.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1284091

RESUMO

INTRODUÇÃO: Com a evolução das técnicas operatórias, melhoria da terapêutica medicamentosa assim como da abordagem percutânea, o perfil de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica isolada (CRM) tem se modificado ao longo dos anos. A avaliação desta mudança pode resultar em compreensão dos atuais resultados de morbidade e mortalidade hospitalar. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal e retrospectivo. Foram avaliados pacientes (p) submetidos à CRM entre 1999 e 2017 sendo divididos em três grupos temporais, 1999-2005 (3627p), 2006-2011 (3426 p) e 2012-2017 (2773p) a fim de comparar o perfil epidemiológico, evolução clínica e complicações associadas ao procedimento cirúrgico. RESULTADOS: No período analisado, 9826 p foram submetidos CRM; nos três períodos a idade média pouco se modificou, 62,1 vs 62,4 vs 62,8 anos (a), porém observou-se queda significativa no percentual de p jovens, idade < 50 a, 13,8% vs 11% vs 9,5%, e discreta diminuição de p acima de 70 a, 25,1% vs, 24,3% e 24,8% (p< 0,001) e diabetes melito, 36,6% vs 43,8% vs 47,9% (p < 0,001). Elevou-se o percentual de não tabagistas, 45% vs 47,3% vs 48,5% (p=0,004). Entre os vasos acometidos, houve diminuição importante no percentual de uniarteriais, 7,3% vs 5,3% e 3,1% e biarteriais, 22,9% vs 21,8% vs 18,1%, com aumento de triarteriais, 49,4% vs 51,4% vs 55,1%, assim como de lesões de tronco de coronária esquerda, 20,2% vs 21,4% vs 23%(p<0,001). Não houve aumento significativo no percentual de p com disfunção ventricular grave, 10,3% vs 10% vs 9,5%. O uso de enxertos com artéria torácica interna (ATI) esquerda foi crescente,86,8% vs 94,7% vs 96,2%, assim como a utilização de enxertos com ATI direita e esquerda, 4,3% vs 7,9% vs 9%, p<0,001. Entre as complicações pós operatórias observou-se diminuição da necessidade ventilação mecânica prolongada (> 48h), 4,9% vs 5,9% vs 3,8% (p<0,001). A mortalidade hospitalar foi 4,5% vs 5,6% vs 4,8% (p=0,07). CONCLUSÃO: Na presente análise foi possível observar aumento na gravidade do perfil dos pacientes submetidos a CRM, com maior número de pacientes hipertensos, diabéticos, triarteriais e com lesão de tronco de coronária. Enxertos com ATIE e dupla artéria torácica foram progressivamente mais utilizados. A taxa de mortalidade não se modificou significantemente no período analisado.


Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Perfil de Saúde , Revascularização Miocárdica/estatística & dados numéricos
20.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 128-128, abr-jun., 2021.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1284164

RESUMO

INTRODUÇÃO: Novos fármacos e procedimentos percutâneos têm modificado a evolução da doença aterosclerótica coronariana. Estudos recentes demonstraram importantes modificações nas estratégias terapêuticas. Durante a pandemia de Covid-19 houve uma significativa redução dos procedimentos cirúrgicos. Neste cenário, a lista cirúrgica para revascularização do miocárdio foi reavaliada por um Heart Team (HT), consistindo em clínicos, hemodinamicistas e cirurgiões, todos seniors. MÉTODOS: Estudo observacional descritivo de pacientes incluídos em uma lista de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) em Hospital Terciário de Cardiologia que, após revisão do caso por HT, tiveram a conduta modificada para tratamento clínico ou intervenção coronária percutânea (ICP). RESULTADOS: Dos 157 pacientes originalmente incluídos em fila cirúrgica, 29 pacientes (18%) tiveram sua estratégia terapêutica modificada, sendo 12 para tratamento clínico e 17 para tratamento percutâneo. A idade média dos pacientes foi 65,6 anos, sendo 66 anos no grupo clínico e 62,2 anos no gruposubmetido à ICP. 72% eram do sexo masculino, 86% eram hipertensos, 62% diabéticos, 17% tinham doença renal crônica, 51% com história de tabagismo e 20% eram obesos. 65% tinham história de Infarto Agudo do Miocárdio e 13% já haviam sido submetidos à angioplastia coronária. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo média foi 51,6%. 27% eram assintomáticos, 27,6% referiam angina CCS 1 ou 2, e 33% dispneia NYHA I ou II. 44% das indicações de CRM iniciais foram realizadas por um único cardiologista assistente. Discussão: Pacientes com anatomia passível e graves lesões coronarianas tiveram sua estratégia terapêutica modificada para ICP. Pacientes pouco sintomáticos ou de elevado risco cirúrgico foram mantidos em tratamento clínico. Estes pacientes terão acompanhamento específico como parte deste estudo. A maior parte (82%) dos pacientes mantiveram a indicação cirúrgica, baseado em complexidade anatômica e sintomatologia. A impossibilidade de realização de CRM devido a pandemia trouxe grandes desafios na tomada de decisão destes pacientes de alto risco. CONCLUSÃO: A reavaliação da fila de CRM por HT, baseado nas atuais evidências permitiu a redução do número de indicações de CRM para pacientes com DAC complexa. O seguimento desses pacientes fornecera informações relevantes sobre modificações de estratégias terapêuticas.


Assuntos
Doença da Artéria Coronariana/cirurgia , Listas de Espera , Revascularização Miocárdica , COVID-19
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