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1.
Arq. bras. cardiol ; 121(9 supl.1): 217-217, set.2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1568346

RESUMO

INTRODUÇÃO: A síndrome antifosfolípide (SAF) é uma doença autoimune que promove morbidade gestacional, além de fenômenos trombóticos. Pacientes com essa condição estão mais suscetíveis a apresentar aterosclerose acelerada, infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral. Pacientes com tripla positividade de anticorpos são considerados de alto risco para trombose. A terapia com anticoagulantes orais diretos, em comparação com antagonistas de vitamina K, foi associada a maior risco de trombose arterial. RELATO DE CASO: homem, 59 anos, hipertenso, dislipidêmico e ex-tabagista. Apresenta histórico de IAM em 2016 sem etiologia definida e IAM com supradesnivelamento de ST inferior (março/2023), submetido a cateterismo cardíaco que evidenciou trombo em artéria coronária direita, na ocasião tratado com Rivaroxabana. Após seis meses, apresentou novo quadro de angina típica e náuseas. Ao eletrocardiograma, ritmo sinusal e área eletricamente inativa em parede inferior. A troponina ultrassensível atingiu um pico de 1628ng/L (valor de referência: inferior a 11ng/L). Submetido à angiografia coronariana que evidenciou, em terço distal da artéria coronária direita, assim como em terço médio do ramo ventricular posterior direita, imagem sugestiva de trombo intracoronário, seguido de oclusão no sub-ramo inferior, indicando sinais de embolização distal recente. O ecocardiograma transtorácico apresentava função sistólica biventricular preservada e acinesia da parede inferosseptal e hipocontratilidade da parede inferior e inferolateral. A angiotomografia coronariana revelou aneurisma fusiforme parcialmente trombosado em terço médio de coronária direita e em óstio de ramo ventricular posterior, além de trombose difusa atapetando a parede da descendente anterior. A pesquisa de hipercoagulabilidade evidenciou anticorpos com positividade de antibeta2glicoproteína IgM em duas ocasiões com diferença de 12 semanas entre as coletas, bem como para anticoagulante lúpico e anticardiolipina. Assim, foi confirmado o diagnóstico de SAF e modificado agente antitrombótico para a combinação de clopidogrel e varfarina. O paciente apresentou-se assintomático em consultas de retorno ambulatorial, mantendo-se na meta estabelecida de INR. CONCLUSÃO: É necessário recordar do diagnóstico de SAF frente a episódios recorrentes de IAM por trombose coronária. A mortalidade por acometimento cardiovascular é elevada na SAF e o infarto pode ser a primeira manifestação clínica da doença.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade
2.
Arq. bras. cardiol ; 120(9 supl. 1): 195-195, set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1511077

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é um problema de saúde pública mundial e um grande número de pacientes evolui para estágio avançado com necessidade de transplante cardíaco. Nesse cenário, o uso de dispositivos de assistência ventricular (DAV) de curta permanência é uma realidade como terapia de ponte. O uso dos DAV nesta condição ainda é inquietante, frente ao tempo de espera na fila, podendo ultrapassar o recomendado à permanência desses dispositivos. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente feminino, 44 anos, portadora de IC avançada por miocardiopatia chagásica com marcapasso definitivo desde 2011 devido a bloqueio atrioventricular total. Admitida no pronto socorro no dia 14/06/22 por dispneia classe funcional NYHA IV e sintomas de baixo débito cardíaco em vigência de tratamento clínico otimizado. Internada para compensação clínica. Ecocardiograma transtorácico com presença de disfunção biventricular importante (fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 15% e fração de variação da área do ventrículo direito de 29%). Realizado teste de vasorreatividade pulmonar via cateterismo direito, evidenciando uma resistência vascular pulmonar de 1,0 UW, sem outro complicador ou contraindicação. Após avaliação multidisciplinar, foi listada para a fila de transplante cardíaco sob regime de priorização por dependência de inotrópico. Evoluiu com disfunção orgânica, configurando classificação INTERMACS 2. Submetida no dia 04/11/22 ao implante de balão intra-aórtico (BIA) em artéria femoral direita como terapia de ponte e resgate hemodinâmico. Permaneceu em uso de BIA durante 225 dias (mais de 7 meses), mantendo adequada estabilidade, sem complicações relacionadas ao dispositivo ou à internação, nem necessidade de reinstalação ou troca de sítio. Em 17/06/23 foi encaminhada à cirurgia de transplante cardíaco ortotópico bicaval unipulmonar, com sucesso. Indicado a retirada do DAV no 1º dia de pós-operatório, sem intercorrências. Realizado por dissecção arterial para prevenir complicações por aderência ao tecido devido ao tempo prolongado do dispositivo. CONCLUSÃO: Não há formalmente uma recomendação do tempo máximo de permanência do BIA, no entanto, seu uso prolongado é geralmente descrito como acima de 14 dias. Até o momento, não se encontraram registros de implante prolongado deste dispositivo no período maior ou igual ao exposto no relato, denotando um caso raro e de sucesso, este atribuído aos cuidados específicos da equipe multidisciplinar do centro transplantador.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto
3.
J. Transcatheter Interv ; 31(supl.1): 31-31, jul.-set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1512688

RESUMO

INTRODUÇÃO: A avaliação funcional de lesões obstrutivas coronárias tem sido recomendada para determinar a indicação do procedimento de revascularização miocárdica baseada na indução de isquemia significativa, principalmente no cenário de doença arterial coronariana (DAC) estável. Estudos demonstraram que a intervenção coronária percutânea (ICP) guiada por fisiologia invasiva leva ao tratamento intervencionista de menos lesões, com eficácia e segurança tardias superiores à guia por angiografia. OBJETIVO: Reportar a utilização e impacto da avaliação funcional invasiva na rotina de um serviço de hemodinâmica em hospital público de alto volume com RFR, método não-hiperêmico que avalia a razão do ciclo completo em repouso identificando a menor relação pressão arterial distal à estenose/pressão arterial de referência durante o ciclo cardíaco. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional realizado em centro único, com coleta de dados de pacientes submetidos a procedimento intervencionista coronário com avaliação invasiva com RFR de pelo menos uma lesão obstrutiva coronária no período de janeiro a junho de 2023. O RFR foi aplicado em pacientes com DAC estável para avaliação de lesões inicialmente indicadas para ICP, mas duvidosas quando à gravidade e significância, devido ao grau de estenose considerado moderado pela análise visual e/ou localizadas em segmentos com área de miocárdio em risco limitada. RESULTADOS: No total, 116 lesões coronárias foram submetidas à avaliação funcional com RFR. Destas, 76% (n=88) resultaram em RFR≥0,89, das quais 97% (85/88) foram mantidos em tratamento clínico, sem realização de intervenção coronária percutânea. Das 24% (n=28) com valor de RFR<0,89, 75% (21/28) foram submetidos a procedimento de revascularização por ICP; já dentre os outros 25% (7/28), 5 foram encaminhados para revascularização cirúrgica e 2 apresentaram curvas de pressão de RFR que revelaram um padrão ascendente em "rampa" sem gradiente localizado. Das lesões com grau de estenose ≥70% pela análise visual, 66% apresentaram RFR≥0,89 e não foram revascularizadas. No geral, 75% (87/116) das lesões submetidas à análise com RFR não necessitaram de revascularização. CONCLUSÃO: O uso de RFR como método de avaliação funcional coronária invasiva foi eficaz na redução do número de procedimentos de ICP na rotina da prática diária, reforçando sua utilidade na adequação das indicações de revascularização miocárdica.

4.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 119-119, abr. 2023. tab
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1437855

RESUMO

INTRODUÇÃO: A taquicardiomiopatia é definida por disfunção ventricular esquerda reversível atribuída ao aumento da frequência ventricular, independente da origem da taquicardia, na ausência de outra etiologia mais provável. Apresenta-se geralmente por disfunção biventricular moderada a severa, com dilatação das cavidades e ausência de hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE). Fibrilação atrial e Flutter de alta resposta ventricular são as mais comuns, no entanto taquicardias ventriculares (TV) também podem ser responsáveis. Os sintomas se apresentam mais precocemente nos pacientes com frequências cardíacas mais elevadas e são principalmente dispneia NYHA III-IV, palpitações e síncope. O tratamento é baseado na supressão da arritmia com medicações antiarrítmicas e/ou ablação além da terapêutica medicamentosa padrão para insuficiência cardíaca (IC). O diagnóstico é confirmado após a recuperação ou melhora da disfunção ventricular dentro de 1 a 6 meses após a resolução da taquiarritmia. MÉTODOS: Estudo de série de casos, retrospectivo e observacional. RESULTADOS: Foram avaliados três pacientes, masculinos, cujas idades eram 19, 23 e 61 anos, todos brancos. A apresentação inicial encontrada foi insuficiência cardíaca inicialmente manejada com betabloqueador, IECA e espironolactona. Disponibilizamos mais dados na tabela 1. Após ablação da TV, os pacientes evoluíram com melhora significativa de classe funcional e incremento da fração de ejeção de VE. O tempo médio de melhora foi de 5 meses e 20 dias após o procedimento e não houve complicações ou mesmo óbitos. CONCLUSÃO: A taquicardia ventricular incessante deve ser lembrada como possibilidade etiológica da disfunção ventricular. A ablação dos focos arritmogênicos pode resultar em recuperação rápida e significativa da disfunção ventricular, mostrando-se uma terapia segura e eficaz.


Assuntos
Cardiomiopatia Dilatada
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