RESUMO
Fundamento: A Caminhada Ecológica que ocorre anualmente no Brasil, é um evento único por sua distância (310 Km) e dinâmica de realização (média de 62 km/dia por 5 dias, com ritmo médio de 7,6 km/h). Embora os efeitos benéficos de exercícios de intensidade moderada sejam bem conhecidos, os efeitos do exercício intenso e de longa duração ainda requerem estudo. Objetivo: Avaliar os efeitos da modalidade mista caminhada/corrida em vários parâmetros de pressão arterial (PA) 30 dias antes (A0) do evento, e ao final dos dias 2 (A2), 3 (A3) e 4 (A4) da caminhada. Métodos: Foram medidas PA sistólica e diastólica central (cPAS e cPAD, respectivamente), PA sistólica e diastólica periférica (pPAS e pPAD, respectivamente), pressão de pulso central (cPP), pressão de pulso periférica (pPP), pressão de pulso amplificada (aPP), augmentation index ajustado (AIx75%) e velocidade da onda de pulso (VOP) com Mobil-O-Graph ® (IEM, Stolberg, Alemanha) em 25 atletas do sexo masculino (idade média, 45,3 ± 9,1 anos). Foi considerado significativo valor de p < 0,05. Resultados: Houve redução de cPAS de A0 para A2 (109,5 para 118,1 mmHg) e de A0 para A3 (109,5 para 102,5 mmHg); redução de pPP de A0 para A2 (49,2 para 38,2 mmHg) e de A0 para A4 (49,2 para 41,2 mmHg); redução de aPP de A0 para A1 (15,6 para 9,5 mmHg), de A0 para A2 (15,6 para 8,0 mmHg) e de A0 para A3 (15,6 para 11,2 mmHg). VOP correlacionou-se com idade. Conclusões: A PA caiu nos primeiros dias da caminhada de longa distância, retornando a níveis próximos aos basais no final, e a VOP correlacionou-se fortemente com idade. Esse tipo de exercício promove efeitos na PA e na VOP similares aos vistos em esportes de longa duração e alta intensidade. Tais mudanças em indivíduos saudáveis e treinados não parecem aumentar os riscos cardiovasculares. Este foi o primeiro estudo a avaliar os efeitos desse tipo de exercício no sistema cardiovascular
Background: An ecological hiking occurs yearly in Brazil. It is a unique event because of its distance (310 km) and dynamics (mean of 62 km/day for 5 days with mean pace of 7.6 km/h). Although beneficial effects of moderate-intensity exercises are well-known, the effects of intense and long-duration exercise still require study. Objective: To evaluate the effects of mixed walking/running race on various blood pressure (BP) parameters 30 days before (A0), on the 2 nd (A2), 3 rd (A3), and 4 th (A4) days after completing the day's stage. Methods: Central systolic (cSBP) and diastolic BP (cDBP), peripheral systolic (pSBP) and diastolic BP (pDBP), central pulse pressure (cPP), peripheral pulse pressure (pPP), amplified pulse pressure (aPP), corrected augmentation index (AIx75%) and pulse wave velocity (PWV) were measured using an oscillometric Mobil-O-Graph ® (IEM, Stolberg, Germany) in 25 male athletes (mean age of 45.3 ± 9.1 years). A p value < 0.05 was considered a statistically-significant difference. Results: cSBP decreased from A0 to A2 (109.5 to 118.1 mmHg) and from A0 to A3 (109.5 to 102.5 mmHg); pPP decrease from A0 to A2 (49.2 to 38.2 mmHg) and from A0 to A4 (49.2 to 41.2 mmHg); aPP decrease from A0 to A1 (15.6 to 9.5 mmHg), from A0 to A2 (15.6 to 8.0 mmHg) and from A0 to A3 (15.6 to 11.2 mmHg). PWV correlated with age. Conclusions: Blood pressure dropped on the first days of the race and returned to close to baseline values at the end. PWV correlates strongly with age. This type of exercise promotes effects on BP and PWV similar to those seen in long-duration, high-intensity sports. These changes in trained healthy individuals do not seem to increase cardiovascular risks. This was the first study to assess the effects of this type of exercise on the cardiovascular system
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Pressão Arterial , Hipertensão/diagnóstico , Análise de Onda de Pulso/métodos , Rigidez Vascular , Caminhada , Fatores Etários , Análise de Variância , Atletas , Doenças Cardiovasculares , Doença das Coronárias/complicações , Fatores de RiscoRESUMO
Abstract Background: Regional differences of using home blood pressure monitoring (HBPM) as an alternative to ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) in hypertensive adolescents are unknown. Objectives: Define if HBPM is an option to confirm diagnoses of hypertension in adolescents from a Brazilian capital with elevated office blood pressure (BP). Methods: Adolescents (12-18years) from public and private schools with BP > 90th percentile were studied to compare and evaluate the agreement among office BP measurements, HBPM and ambulatory BP monitoring. Office BP measurements, HBPM and ABPM were performed according to guidelines recommendations. Semi-automatic devices were used for BP measurements. Values of p < 0.05 were considered significant. Results: We included 133 predominantly males (63.2%) adolescents with a mean age of 15±1.6 years. HBPM systolic blood pressure and diastolic blood pressure mean values were similar to the daytime ABPM values (120.3 ± 12.6 mmHg x 121.5 ± 9.8 mmHg - p = 0.111 and 69.4 ± 7.7 mmHg x 70.2 ± 6.6 mmHg - p = 0.139) and lower than the office measurement values (127.3 ± 13.8 mmHg over 74.4 ± 9.5 mmHg - p < 0,001). The Bland-Altman plots showed good agreement between HBPM and ABPM. Conclusions: HBPM is an option to confirm diagnoses of hypertension in adolescents from a Brazilian state capital with elevated office BP and can be used as an alternative to ABPM.
Resumo Fundamentos: São desconhecidas as diferenças regionais na utilização da monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) como alternativa à monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em adolescentes hipertensos. Objetivos: Definir se MRPA é uma opção para confirmar diagnóstico de hipertensão arterial em adolescentes de uma capital brasileira com pressão arterial (PA) elevada. Métodos: Adolescentes (12-18 anos) de escolas públicas e privadas com percentil de PA > 90 foram estudados para comparar e avaliar a concordância entre as medidas de PA, MRPA e MAPA. As medidas de PA de consultório, MRPA e MAPA foram realizadas de acordo com as recomendações das diretrizes. Foram utilizados dispositivos semiautomáticos para medições de PA. Valores de p <0,05 foram considerados significativos. Resultados: Foram incluídos 133 adolescentes predominantemente do sexo masculino (63,2%) com idade média de 15 ± 1,6 anos. Os valores médios da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica da MRPA foram semelhantes aos valores de MAPA diurnos (120,3 ± 12,6 mmHg x 121,5 ± 9,8 mmHg - p = 0,111 e 69,4 ± 7,7 mmHg x 70,2 ± 6,6 mmHg - p = 0,139) e inferiores aos valores de consultório (127,3 ± 13,8 mmHg por 74,4 ± 9,5 mmHg - p < 0,001). Os gráficos de Bland-Altman mostraram boa concordância entre MRPA e MAPA. Conclusões: MRPA é uma opção para confirmar diagnóstico de hipertensão arterial em adolescentes de uma capital brasileira com PA de consultório elevada e pode ser usada como alternativa à MAPA.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial/métodos , Hipertensão/diagnóstico , Brasil , Estudos TransversaisRESUMO
Fundamentos: A medida da pressão arterial é recomendada em toda avaliação médica, independente da especialidade.É um procedimento simples e de fácil realização, mas frequentemente negligenciado e realizado de forma incorreta. Objetivo: Avaliar se a medida da pressão arterial estava sendo realizada rotineiramente e comparar os valores encontrados por medida rotineira em consulta ambulatorial às medidas realizadas, seguindo a técnica adequada. Métodos: Estudo transversal e observacional que incluiu pacientes adultos (> 18 anos) atendidos nos ambulatórios de especialidades clínicas e cirúrgicas de um hospital universitário. Os sujeitos responderam a questionário específico e, em seguida, foram submetidos a três medidas de pressão arterial, seguindo as recomendações das diretrizes vigentes, por equipe treinada. Seguiram para o atendimento ambulatorial e após o término, foi verificado em prontuário se a pressão arterial foi aferida e, em caso positivo, anotou-se o valor desta aferição. Resultados: Foram selecionados consecutivamente 129 pacientes com idade média de 53 anos (± 15,92) e predomínio do sexo feminino (61,2%). A maioria foi atendida em especialidades clínicas (70,5%) e 49,6% referiram diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica. A pressão arterial não foi aferida em 38,8% dos atendimentos, sendo mais frequente nas especialidades cirúrgicas (72,5% vs. 27,5%; p < 0,001). O diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica não influenciou na chance de um paciente ter sua pressão aferida (p = 0,082). Não houve diferença entre a pressão arterial aferida pelos pesquisadores e aquelas realizadas em consulta (118 mmHg vs. 117 mmHg; p = 0,651; 72 mmHg vs. 75 mmHg; p = 0,055). Conclusões: A pressão arterial dos pacientes não foi aferida em um grande número de atendimentos, principalmente nos ambulatórios de especialidades cirúrgicas
Background: Blood pressure measurement is recommended in all medical evaluations, regardless of the specialty. It is a simple and easy-to-do procedure, but usually neglected or performed incorrectly. Objectives: To assess if blood pressure is being measured routinely and compare the values obtained in the usual ambulatory consultations to those obtained when following the adequate techniques. Methods: Cross-sectional and observational study that included adult (age >18 years) outpatients treated in clinical and surgical specialties of a teaching hospital. Subjects answered a specific questionnaire and then three blood pressure measurements were performed according to the current guidelines by trained research staff. After that, the patients had their appointments and at the end, the medical charts were checked to see if blood pressure was measured and, if so, the observed value was recorded. Results: We included 129 consecutive patients with a mean age of 53 years (± 15.92) predominantly females (61.2%). Most of the appointments occurred in clinical specialties (70.5%) and 49.6% reported themselves as hypertensive. Blood pressure was not measured in 38.8% of the patients, more frequently in surgical specialties (72,5% vs. 27,5%; p < 0,001). The previous diagnosis of hypertension did not influence the chance of a patient having his blood pressure measured (p = 0,082). There were no differences between the blood pressure measured by the researchers and those recorded at the medical charts (118 mmHg vs. 117 mmHg; p = 0,651; 72 mmHg vs. 75 mmHg; p = 0,055). Conclusions: The patients' blood pressure levels were not measured in many of the medical appointments, especially at outpatient clinics of surgical specialties
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Serviço de Acompanhamento de Pacientes , Pacientes , Consultórios Médicos , Assistência Ambulatorial/métodos , Estudos Transversais , Diagnóstico Precoce , Hospitais Universitários , Interpretação Estatística de Dados , Resultado do TratamentoRESUMO
RESUMO: Objetivo: Avaliar a prevalência de excesso de peso (EP) e fatores associados em adolescentes. Métodos: Estudo transversal realizado em escolas públicas e privadas de Goiânia (GO). Foram analisados adolescentes de 12 a 18 anos (n = 1.169) por meio de questionário padronizado. A prevalência de EP foi avaliada pelas curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de Índice de Massa Corporal (IMC) por idade. As associações entre as variáveis sociodemográficas, de antecedentes familiares de obesidade, de estilo de vida e de pressão arterial com o EP foram analisadas por intermédio da razão de prevalência bruta e ajustada por meio da regressão múltipla de Poisson. Resultados: A prevalência de EP foi de 21,2%, sendo 14,1% de sobrepeso e 7,1% de obesidade, com diferenças significativas entre gêneros (26,3% dos rapazes versus 16,8% das moças). Na análise de Poisson, a obesidade materna (RP = 1,86; p = 0,004) foi associada com a maior prevalência de EP no sexo masculino, e aqueles com idade entre 15 e 18 anos tiveram menor prevalência de EP quando comparados àqueles com idade entre 12 e 14 anos (RP = 0,70; p = 0,021). No sexo feminino, a presença de pais obesos (RP = 2,42; p < 0,001) associou-se a maior prevalência de EP, e as moças pertencentes à classe C tiveram menor prevalência de EP (RP = 0,67; p = 0,035). Conclusões: O EP em adolescentes esteve associado ao gênero, à obesidade familiar, e a melhor classificação socioeconômica - fatores que devem ser o foco do planejamento de intervenções específicas na promoção da saúde.
ABSTRACT: Objective: To evaluate the prevalence of overweight in adolescents and its associated factors. Methods: A cross-sectional study in public and private schools in Goiania, Brazil. Socioeconomic status, family history of obesity, lifestyle, blood pressure and Body Mass Index were studied in a sample of 1,169 Brazilian youth aged 12 - 18 years, who attended public and private schools. Data were obtained from a questionnaire and anthropometric measurements previously tested in a pilot study. Poisson regression was used to estimate the prevalence of overweight, prevalence ratios and associations with the other factors. Results: The prevalence of overweight was 21.2%, with a significant difference between boys and girls (26.3 and 16.8% respectively). Regression analysis showed that maternal obesity was associated with a higher prevalence of overweight in boys (PR = 1.86; p = 0.004), and boys aged 15 - 18 years had a lower prevalence of overweight than boys aged 12 - 14 years (PR = 0.70; p = 0.021). Among the girls, the presence of obese parents was associated with higher prevalence of overweight (PR = 2.42; p < 0.001), and the girls from a C class socioeconomic position were negatively associated with overweight (PR = 0.67; p = 0.035). Conclusions: Overweight in adolescence is associated with gender, obesity family history, and socioeconomic position. These data should be considered when planning intervention programs.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Sobrepeso/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Saúde da População Urbana , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de RiscoRESUMO
Abstract Background: As the world population ages, patients older than 80 years, known as very elderly, are more frequently found. There are no studies in this age group aimed at analyzing the multidisciplinary intervention in the treatment of systemic arterial hypertension (SAH) and some comorbidities. Objectives: To assess the effect of a multidisciplinary approach in very elderly hypertensives cared for at a specialized service. Methods: Longitudinal retrospective cohort study in a multidisciplinary service specialized in the SAH treatment in the Brazilian West-Central region. Patients aged 80 years and older by June 2015 were included. Data from the first (V1) and last visit (Vf) were assessed. Anthropometric variables, blood pressure (BP), renal function, pharmacological treatment, lifestyle, comorbidities and cardiovascular events were studied, comparing data from V1 and Vf. Controlled BP was defined as systolic blood pressure (SBP) lower than 140 mm Hg and diastolic blood pressure (DBP) lower than 90 mm Hg. Statistical analyses were performed with SPSSR software, version 21.0. Values of p<0,05 were considered significant. Results: Data of 71 patients were assessed with a mean follow-up time of 15,22 years. Their mean age at V1 was 69.2 years, and, at Vf, 84.53 years, and 26.8% of them were males. There was a significant reduction in mean SBP (157.3 x 142.1 mm Hg; p<0.001) and DBP (95.1 x 77.8 mm Hg; p<0.001), with an increase in BP control rates from V1 to Vf (36.6 x 83.1%; p<0.001). The number of antihypertensive drugs used increased (1.49 x 2.85; p<0.001), with an increase in the use of angiotensin-converting enzyme inhibitors (22.5 x 46.5%; p=0.004), angiotensin II receptor blockers (4.2 x 35.2%; p<0.001) and calcium-channel blockers (18.3 x 67.6%; p<0.001). There was a reduction in total cholesterol (217.9 x 191 mg/dL; p<0.001) and LDL-cholesterol (139.6 x 119.0 mg/dL; p<0.001), but worsening of the glomerular filtration rate (62.5 x 45.4 mL/min; p<0.001). Conclusion: The multidisciplinary intervention in very elderly hypertensives increased BP control rate, with optimization of the pharmacological treatment.
Resumo Fundamento: Indivíduos com mais de 80 anos, denominados muito idosos, são encontrados com uma frequência crescente com o envelhecimento da população mundial. Não há estudos com essa população avaliando a intervenção multidisciplinar no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e algumas comorbidades associadas. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento multiprofissional em hipertensos muito idosos acompanhados em serviço especializado. Métodos: Estudo de coorte longitudinal retrospectivo em serviço multidisciplinar para o tratamento de HAS do centro-oeste brasileiro. Incluídos pacientes com 80 anos ou mais em junho de 2015. Coletados dados da primeira (V1) e última consulta (Vf). Avaliadas variáveis antropométricas, pressão arterial (PA), função renal, medicamentos em uso, hábitos de vida, comorbidades e eventos cardiovasculares, comparando V1 com Vf. Foram considerados controlados os valores de PA inferiores a 140 mmHg para pressão sistólica e inferiores a 90 mmHg para a pressão diastólica. Análise estatística realizada com software SPSSR versão 21.0. Considerados significativos valores de p<0,05. Resultados: Analisados 71 pacientes, com tempo médio de seguimento de 15,22 anos, 26,8% sexo masculino e idade média em V1 de 69,2 anos e, em Vf, de 84,53 anos. Houve uma redução significativa nos valores médios de PA sistólica (157,3 x 142,1 mmHg; p<0,001) e diastólica (95,1 x 77,8 mmHg; p<0,001), com aumento nas taxas de controle da PA entre V1 e Vf (36,6 x 83,1%; p<0,001). O número de drogas anti-hipertensivas se elevou (1,49 x 2,85; p<0,001), com incremento no uso de inibidores de ECA (22,5 x 46,5%; p=0,004), bloqueadores do receptor de angiotensina (4,2 x 35,2%; p<0,001) e bloqueadores dos canais de cálcio (18,3 x 67,6%; p<0,001). Houve uma redução nos valores de colesterol total (217,9 x 191 mg/dl; p<0,001) e LDL colesterol (139,6 x 119,0 mg/dl; p<0,001) e piora da taxa de filtração glomerular (62,5 x 45,4 ml/min; p<0,001). Conclusão: A intervenção multiprofissional em pacientes hipertensos muito idosos reduziu os valores de PA e aumentou a taxa de controle da mesma, com uma otimização do tratamento medicamentoso.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Equipe de Assistência ao Paciente , Hipertensão/tratamento farmacológico , Anti-Hipertensivos/uso terapêutico , Fatores de Tempo , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Bloqueadores dos Canais de Cálcio/uso terapêutico , Estudos Retrospectivos , Seguimentos , Fatores Etários , Resultado do Tratamento , Antagonistas de Receptores de Angiotensina/uso terapêuticoRESUMO
Hipertensão Resistente na Prática Clínica é um compêndio obrigatório elaborado pelos membros do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DHA/SBC), voltado para a educação continuada, que aborda de forma completa todos os tópicos, desde a epidemiologia até as novas terapêuticas não farmacológicas. Os 38 capítulos convergem de modo objetivo para a compreensão do complexo enigma da hipertensão arterial, principalmente quanto à resistência ao tratamento. Representa o resultado de diversos anos de experiência clínica e de trabalho em pesquisa cardiológica dos colaboradores.
Assuntos
Cardiologia , Doença , Hipertensão , Sistema CardiovascularRESUMO
Abstract Background: A registry assessing the care of hypertensive patients in daily clinical practice in public and private centers in various Brazilian regions has not been conducted to date. Such analysis is important to elucidate the effectiveness of this care. Objective: To document the current clinical practice for the treatment of hypertension with identification of the profile of requested tests, type of administered treatment, level of blood pressure (BP) control, and adherence to treatment. Methods: National, observational, prospective, and multicenter study that will include patients older than 18 years with hypertension for at least 4 weeks, following up in public and private centers and after signing a consent form. The study will exclude patients undergoing dialysis, hospitalized in the previous 30 days, with class III or IV heart failure, pregnant or nursing, with severe liver disease, stroke or acute myocardial infarction in the past 30 days, or with diseases with a survival prognosis < 1 year. Evaluations will be performed at baseline and after 1 year of follow-up. The parameters that will be evaluated include anthropometric data, lifestyle habits, BP levels, lipid profile, metabolic syndrome, and adherence to treatment. The primary outcomes will be hospitalization due to hypertensive crisis, cardiocirculatory events, and cardiovascular death, while secondary outcomes will be hospitalization for heart failure and requirement of dialysis. A subgroup analysis of 15% of the sample will include noninvasive central pressure evaluation at baseline and study end. The estimated sample size is 3,000 individuals for a prevalence of 5%, sample error of 2%, and 95% confidence interval. Results: The results will be presented after the final evaluation, which will occur at the end of a 1-year follow-up. Conclusion: The analysis of this registry will improve the knowledge and optimize the treatment of hypertension in Brazil, as a way of modifying the prognosis of cardiovascular disease in the country.
Resumo Fundamento: Ainda não foi realizado um registro brasileiro para avaliar, na prática clínica diária, o atendimento a pacientes hipertensos tanto em serviços públicos quanto privados distribuídos pelas diversas regiões do país. Este conhecimento é importante como forma de verificar a efetividade deste atendimento. Objetivo: Documentar a prática clínica vigente para o tratamento da hipertensão arterial, através do conhecimento do perfil dos exames realizados, do tipo de tratamento recebido, do nível de controle da pressão arterial (PA) e da adesão ao tratamento. Métodos: Estudo nacional, observacional, prospectivo e multicêntrico que incluirá pacientes > 18 anos, hipertensos há ≥ 4 semanas, em acompanhamento em serviços públicos e privados e com assinatura do consentimento. Serão excluídos pacientes em diálise, internados nos últimos 30 dias, com insuficiência cardíaca classe III ou IV, gravidez ou amamentação, hepatopatia grave, acidente vascular cerebral ou infarto agudo nos 30 dias anteriores e doenças com prognóstico de sobrevida < 1 ano. As avaliações serão realizadas ao início e final do estudo, após acompanhamento por 1 ano. Parâmetros a serem avaliados incluirão dados antropométricos, hábitos de vida, PA, perfil lipídico, síndrome metabólica e adesão ao tratamento. Os desfechos primários serão internação por crise hipertensiva, evento cardiocirculatório e óbito cardiovascular, e os desfechos secundários serão internação por insuficiência cardíaca e necessidade de diálise. Uma análise de subgrupo avaliará a pressão central de forma não invasiva em 15% da amostra no início e final do estudo. A amostra estimada é de 3.000 indivíduos para prevalência de 5%, erro amostral de 2% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Os resultados serão apresentados após a avaliação final que ocorrerá quando encerrado 1 ano de seguimento. Conclusão: A análise deste registro trará melhor conhecimento sobre o tratamento da hipertensão no Brasil e possibilitará a otimização do mesmo, como forma de interferir no prognóstico da doença cardiovascular em nosso meio.
Assuntos
Humanos , Projetos de Pesquisa , Sistema de Registros , Hipertensão/terapia , Determinação da Pressão Arterial , Brasil , Hospitalização , Hipertensão/diagnósticoRESUMO
Abstract Background: Blood pressure is directly related to body mass index, and individuals with increased waist circumference have higher risk of developing hypertension, insulin resistance, and other metabolic changes, since adolescence. Objective: to evaluate the correlation of blood pressure with insulin resistance, waist circumference and body mass index in adolescents. Methods: Cross-section study on a representative sample of adolescent students. One group of adolescents with altered blood pressure detected by casual blood pressure and/or home blood pressure monitoring (blood pressure > 90th percentile) and one group of normotensive adolescents were studied. Body mass index, waist circumference were measured, and fasting glucose and plasma insulin levels were determined, using the HOMA-IR index to identify insulin resistance. Results: A total of 162 adolescents (35 with normal blood pressure and 127 with altered blood pressure) were studied; 61% (n = 99) of them were boys and the mean age was 14.9 ± 1.62 years. Thirty-eight (23.5%) adolescents had altered HOMA-IR. The group with altered blood pressure had higher values of waist circumference, body mass index and HOMA-IR (p<0.05). Waist circumference was higher among boys in both groups (p<0.05) and girls with altered blood pressure had higher HOMA-IR than boys (p<0.05). There was a significant moderate correlation between body mass index and HOMA-IR in the group with altered blood pressure (ρ = 0.394; p < 0.001), and such correlation was stronger than in the normotensive group. There was also a significant moderate correlation between waist circumference and HOMA-IR in both groups (ρ = 0.345; p < 0.05). Logistic regression showed that HOMA-IR was as predictor of altered blood pressure (odds ratio - OR = 2.0; p = 0.001). Conclusion: There was a significant association of insulin resistance with blood pressure and the impact of insulin resistance on blood pressure since childhood. The correlation and association between markers of cardiovascular diseases was more pronounced in adolescents with altered blood pressure, suggesting that primary prevention strategies for cardiovascular risk factors should be early implemented in childhood and adolescence.
Resumo Fundamentos: A pressão arterial (PA) está diretamente relacionada com o índice de massa corporal (IMC), e indivíduos com circunferência da cintura (CC) aumentada apresentam risco maior de desenvolver hipertensão arterial e resistência à insulina, além de outras alterações metabólicas, desde a adolescência. Objetivos: Avaliar a correlação entre resistência à insulina, CC e IMC com PA de adolescentes. Métodos: Estudo transversal com amostra representativa de adolescentes escolares. Foram avaliados um grupo com PA alterada pela medida casual e/ou medida residencial da PA (percentil de PA > 90) e outro com PA normal. Foram também avaliados IMC e CC. Glicemia de jejum e insulina plasmática foram dosados utilizando o índice de HOMA-IR para resistência à insulina. Resultados: Foram estudados 162 adolescentes (35 no Grupo PA normal e 127 no Grupo PA alterada); 61,1% (n = 99) deles eram meninos, e a idade média foi 14,9 ± 1,62 anos. Foram observados 38 adolescentes (23,5%) com HOMA-IR alterado. Os adolescentes com PA alterada apresentaram valores maiores de CC, IMC e HOMA-IR (p < 0,05). A CC foi superior nos meninos dos dois grupos (p < 0,05) e só no Grupo PA alterada foram observados valores de HOMA-IR superiores entre meninas (p < 0,05). A correlação entre IMC e HOMA-IR no Grupo PA alterada foi moderada e significativa (ρ = 0,394; p < 0,001) e superior ao encontrado no Grupo PA normal. A correlação entre CC e HOMA-IR também foi significativa, moderada e semelhante em ambos os grupos (ρ = 0,345; p = < 0,05). Pela regressão logística, HOMA-IR foi preditor de alteração da PA (odds ratio - OR = 2,0; p = 0,001). Conclusões: Houve associação significativa entre resistência à insulina e PA com impacto desde a infância. A correlação e a associação entre os marcadores de risco cardiovasculares mais forte no Grupo PA alterada sugere que medidas de prevenção primária desses fatores de risco devem ser implementadas precocemente.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Pressão Sanguínea/fisiologia , Resistência à Insulina/fisiologia , Índice de Massa Corporal , Circunferência da Cintura/fisiologia , Valores de Referência , Glicemia/análise , Biomarcadores/sangue , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Estudos de Casos e Controles , Modelos Logísticos , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Estatísticas não Paramétricas , Hipertensão/fisiopatologia , Hipertensão/sangue , Insulina/sangue , Obesidade/fisiopatologia , Obesidade/sangueRESUMO
Background: Studies have shown sodium restriction to have a beneficial effect on blood pressure (BP) of hypertensive patients. Objective: To evaluate the impact of light salt substitution for regular salt on BP of hypertensive patients. Methods: Uncontrolled hypertensive patients of both sexes, 20 to 65 years-old, on stable doses of antihypertensive drugs were randomized into Intervention Group (IG - receiving light salt) and Control Group (CG - receiving regular salt). Systolic BP (SBP) and diastolic BP (DBP) were analyzed by using casual BP measurements and Home Blood Pressure Monitoring (HBPM), and sodium and potassium excretion was assessed on 24-hour urine samples. The patients received 3 g of salt for daily consumption for 4 weeks. Results: The study evaluated 35 patients (65.7% women), 19 allocated to the IG and 16 to the CG. The mean age was 55.5 ± 7.4 years. Most participants had completed the Brazilian middle school (up to the 8th grade; n = 28; 80.0%), had a family income of up to US$ 600 (n = 17; 48.6%) and practiced regular physical activity (n = 19; 54.3%). Two patients (5.7%) were smokers and 40.0% consumed alcohol regularly (n = 14). The IG showed a significant reduction in both SBP and DBP on the casual measurements and HBPM (p < 0.05) and in sodium excretion (p = 0.016). The CG showed a significant reduction only in casual SBP (p = 0.032). Conclusions: The light salt substitution for regular salt significantly reduced BP of hypertensive patients. .
Fundamento: Alguns estudos demostraram um efeito benéfico da restrição de sódio na pressão arterial (PA) de hipertensos. Objetivo: Avaliar o impacto da substituição do sal comum por sal light na PA de hipertensos. Métodos: Hipertensos não controlados, de ambos os sexos, com idades entre 20 e 65 anos, e usando doses estáveis de anti-hipertensivos foram randomizados para um Grupo Intervenção (GI - recebendo sal light) e um Grupo Controle (GC - recebendo sal comum). A PA sistólica (PAS) e a PA diastólica (PAD) foram analisadas usando-se medidas casuais da PA e Monitoração Residencial da Pressão Arterial (MRPA), e a excreção de sódio e potássio foi avaliada em amostras de urina de 24 horas. Os pacientes receberam 3 g de sal para consumo diário por 4 semanas. Resultados: Este estudo avaliou 35 pacientes (65,7% mulheres), 19 alocados no GI e 16 no GC. A idade média foi de 55,5 ± 7,4 anos. A maioria dos participantes havia completado o ensino fundamental (até a 8a série; n = 28; 80,0%), tinha renda familiar de até dois salários mínimos (n = 17; 48,6%) e praticava atividade física regularmente (n = 19; 54,3%). Dois pacientes (5,7%) eram fumantes e 40,0% consumiam álcool com regularidade (n = 14). O GI mostrou uma significativa redução tanto da PAS quanto da PAD nas medidas casuais e de MRPA (p < 0,05) e, ainda, diminuição da excreção de sódio (p = 0,016). O GC apresentou redução significativa apenas na medida casual da PAS (p = 0,032). Conclusões: A substituição do sal comum por sal light diminuiu significativamente a PA de hipertensos. .
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Alelos , Haplótipos , Cadeias beta de HLA-DQ/genética , Cadeias HLA-DRB1/genética , Vírus JC , Infecções por Polyomavirus/genética , /imunologia , Cadeias beta de HLA-DQ/imunologia , Cadeias HLA-DRB1/imunologia , Infecções por Polyomavirus/imunologia , Países Escandinavos e NórdicosRESUMO
Fundamento: O tratamento com células-tronco nas diversas cardiomiopatias pode estar relacionado ao aumento nas arritmias. Objetivos: Determinar se a injeção intracoronária de células-tronco em portadores de cardiomiopatia chagásica está associada ao aumento da incidência de arritmias ventriculares, comparado ao Grupo Controle. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, que avaliou o prontuário de 60 pacientes que participaram de estudo transversal anterior. Foram coletados os seguintes dados: idade, sexo, medicamentos utilizados e variáveis do Holter, que demonstraram presença de arritmia complexa. O Holter foi realizado em quatro momentos: randomização, 2, 6 e 12 meses de seguimento. O Grupo Controle recebeu tratamento medicamentoso e injeção intracoronaria de placebo e o Grupo Estudo tratamento medicamentoso e implante autólogo de células-tronco. Resultados: Não houve diferença entre os Grupos Controle e Estudo nos critérios de arritmia analisados. Na análise intragrupo, foi encontrada diferença com significância entre os exames de Holter do Grupo Estudo na variável total de extrassístoles ventriculares comparada à basal, sendo entre de p = 0,014 entre Holter na randomização e Holter aos 2 meses, p = 0,004 entre Holter na randomização e Holter aos 6 meses, e p = 0,014 entre Holter na randomização e Holter aos 12 meses. A variável taquicardia ventricular não sustentada entre Holter na randomização e Holter aos 6 meses apresentou p = 0,036. Conclusão: A injeção intracoronária de células-tronco não aumentou a incidência de arritmia ventricular complexa em pacientes com cardiomiopatia chagásica, comparada ao Grupo Controle. .
Background: Treatment with stem cells in several cardiomyopathies may be related to the increase in arrhythmias. Objectives: To determine whether intracoronary injection of stem cells in patients with Chagas cardiomyopathy is associated with increased incidence of ventricular arrhythmias, compared to the Control Group. Methods: A retrospective cohort study that evaluated the medical records of 60 patients who participated in a previous cross-sectional study. The following data were collected: age, gender, drugs used and Holter variables that demonstrated the presence of arrhythmias. Holter was performed in four stages: randomization, 2, 6 and 12 months segments. The Control Group received medical treatment and intracoronary injection of placebo and the Study Group had drug treatment and autologous stem cell implant. Results: There was no difference between Control Group and Study Group when analyzing the arrhythmia criteria. In the intra-group analysis, significant difference was found between the Holter tests of the Study Group for the variable total ventricular premature beats when compared with baseline, with p = 0.014 between Holter at randomization and Holter at 2 months, p = 0.004 between Holter at randomization and Holter at 6 months, and p = 0.014 between Holter at randomization and Holter at 12 months. The variable non-sustained ventricular tachycardia between Holter at randomization and Holter at 6 months showed p = 0.036. Conclusion: The intracoronary injection of stem cells did not increase the incidence of ventricular arrhythmias in patients with Chagas cardiomyopathy compared to the Control Group. .
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Cardiomiopatia Chagásica/terapia , Transplante de Células-Tronco/efeitos adversos , Taquicardia Ventricular/etiologia , Transplante de Medula Óssea , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Cardiomiopatia Chagásica/complicações , Eletrocardiografia Ambulatorial , Incidência , Valores de Referência , Estudos Retrospectivos , Estatísticas não Paramétricas , Fatores de Tempo , Taquicardia Ventricular/epidemiologiaRESUMO
INTRODUÇÃO: Pacientes hipertensos podem apresentar comprometimento da qualidade de vida (QV) e da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), tanto pela hipertensão arterial (HA), quanto pelos eventuais efeitos adversos do tratamento. Exercícios físicos, aeróbios e resistidos, melhoram a performance cardiorrespiratória e neuromuscular, mas há poucas evidências sobre seus efeitos na QV, QVRS e capacidade funcional (CF) em mulheres hipertensas. OBJETIVO: Avaliar e comparar os efeitos dos treinamentos aeróbio e resistido sobre a QV, QVRS e a capacidade funcional em hipertensas. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, cego, com total de 18 sessões de exercícios. Foram incluídas mulheres hipertensas sob tratamento medicamentoso, não participantes de programas de exercícios, com 50 anos de idade ou mais, que não apresentaram arritmias e/ou alterações isquêmicas em teste ergométrico (protocolo de Bruce). A amostra foi randomizada como segue: grupo aeróbio (GA) (n = 21) e grupo resistido (GR) (n = 20). Intensidade GA: leve a moderada (Escala de Borg adaptada); GR: até 50-65% de 1 RM. Duas séries com 12 a 15 repetições. Antes e após a intervenção foram aplicados os questionários WHOQOL-bref (QV) e SF-36 (QVRS) e realizado o teste de caminhada de 6 minutos (TC6`) para avaliar a CF. Estatística: testes Shapiro-Wilk, t de Student, Fisher, U de Mann-Whitney e Wilcoxon. Nível de significância: p < 0,05. RESULTADOS: Os grupos eram inicialmente homogêneos nos aspectos clínicos, antropométricos, funcionais e sociodemográficos (p > 0,05). Após a intervenção houve melhora significativa em todos os domínios do WHOQOL-bref no GA e no GR houve melhora no domínio aspectos físicos. No SF-36, constatou-se melhora significativa ...
INTRODUCTION: Hypertensive patients may have compromised quality of life (QoL) and health-related quality of life (HRQoL) because of arterial hypertension (AH) and for possible adverse effects of treatment. Physical, aerobic and resistance exercises, improve cardiorespiratory and neuromuscular performance, but there is little evidence about their effects on QoL, HRQoL and functional capacity (FC) in hypertensive women. OBJECTIVE: To evaluate and compare the effects of aerobic and resistance training on QoL, HRQoL and functional capacity in hypertensive. METHODS: A randomized, blinded clinical trial, with a total of 18 exercise sessions. Hypertensive women receiving drug treatment, non participant in exercise programs, with 50 years of age or more, which did not show arrhythmias and/or ischemic changes on ergometric testing (Bruce protocol) were included. The sample was randomized as follows: aerobic group (AG) (n=21) and resistance group (RG) (n=20). AG intensity: mild to moderate (Borg Scale adapted); RG: up to 50-65% of 1 MR. Two series of 12 to 15 repetitions. Before and after the intervention the WHOQOL-BREF and SF-36 (HEQOL) questionnaires were applied and the 6-minute walk test (6`MWT) was performed to evaluate the FC. Statistics: Shapiro-Wilk, Student t, Fisher, Mann-Whitney U and Wilcoxon tests. Level of significance: p<0.05. RESULTS: The groups were initially homogeneous in clinical, anthropometric, sociodemographic and functional aspects (p>0.05). After the intervention, there was significant improvement in all domains of WHOQOL-bref in AG, and in RG an improvement of the physical domain was found. In the SF-36, there was significant improvement in seven of eight domains in both AG and RG. Functional capacity: improvement was found in both groups (p<0.001). CONCLUSION: The two types of training improved QoL and functional capacity, and depending on the objectives established, both can be effective. .
INTRODUCCIÓN: Los pacientes hipertensos pueden presentar limitaciones en la calidad de vida (QV) y en la calidad de vida relacionada a la salud (QVRS), tanto por la hipertensión arterial (HA), como por los eventuales efectos adversos del tratamiento. Los ejercicios físicos, aeróbicos y resistidos mejoran el desempeño cardiorrespiratorio y neuromuscular, pero hay pocas evidencias sobre sus efectos en la QV, QVRS y capacidad funcional (CF) en mujeres hipertensas. OBJETIVO: Evaluar y comparar los efectos de los entrenamientos aeróbico y resistido sobre la QV, QVRS y la capacidad funcional en hipertensas. MÉTODOS: Ensayo clínico aleatorizado, ciego, con total de 18 sesiones de ejercicios. Fueron incluidas mujeres hipertensas bajo tratamiento medicamentoso, no participantes en programas de ejercicios, con 50 años de edad o más, que no presentaron arritmias y/o alteraciones isquémicas en test ergométrico (protocolo de Bruce). La muestra fue aleatorizada como sigue: grupo aeróbico (GA) (n = 21) y grupo resistido (GR) (n = 20). Intensidad GA: liviana a moderada (Escala de Borg adaptada); GR: hasta 50-65% de 1 RM. Dos series con 12 a 15 repeticiones. Antes y después de la intervención fueron aplicados los cuestionarios WHOQOL-bref (QV) y SF-36 (QVRS) y realizado el test de caminata de 6 minutos (TC6`) para evaluar la CF. Estadística: tests Shapiro-Wilk, t de Student, Fisher, U de Mann-Whitney y Wilcoxon. Nivel de significancia: p < 0,05. RESULTADOS: Los grupos eran inicialmente homogéneos en los aspectos clínicos, antropométricos, funcionales y sociodemográficos (p > 0,05). Después de la intervención hubo mejora significativa en todos los dominios de WHOQOL-bref en el GA y en el GR hubo mejora en el dominio aspectos físicos. En el SF-36, se constató mejora significativa en siete de ocho dominios tanto en el ...
RESUMO
O tratamento farmacológico da hipertensão arterial pode ser iniciado com qualquer um dos cinco principais grupos de fármacos anti-hipertensivos (diuréticos, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos receptores da angiotensina II, antagonistas dos canais de cálcio e betabloqueadores). Entre estes, os antagonistas dos canais de cálcio promovem redução da pressão arterial, em última análise, pela diminuição da resistência vascular periférica. São divididos em dois subgrupos, os não diidropiridínicos (benzotiazepinas e fenilalquilaminas) e os diidropiridínicos. No primeiro, temos o Verapamil e o Diltiazem, respectivamente; e, no segundo, a Nifedipina, Felodipina, Isradipina, Nitrendipina, Anlodipina, Lacidipina, Lercanidipina, Manidipina e Levanlodipina. Na HA devem ser usados apenas fármacos de ação prolongada. Os medicamentos do primeiro subgrupo apresentam ações adicionais sobre o miocárdio e devem ser usados com cautela. Os efeitos adversos mais frequentes dos antagonistas do cálcio estão relacionados à vasodilatação periférica (cefaleia, rubor facial e tontura), e um efeito que aparece com certa frequência é o edema maleolar que pode ser limitante no uso e não tem relação com retenção hídrica. Há inúmeras evidências baseadas em ensaios clínicos randomizados, meta-análises e revisões sistemáticas, dos efeitos benéficos destes fármacos no controle da PA e na redução de eventos cardiocirculatórios, tanto em monoterapia quanto em associação com outros antihipertensivos. A escolha de qual antagonista de cálcio será prescrito deve ser baseada na característica do paciente, na eficácia terapêutica, na duração da ação, na tolerabilidade e na experiência clínica.
Pharmacological treatment of high blood pressure can begin with any of the five main group of antihypertensive drugs (diuretics, ace inhibitors, angiotensin receptors blockers, calcium channel blockers and betablockers). Among these, calcium channel blockers reduce blood pressure mainly by decreasing periphereal vascular resistance. They are divided in two subgroups: non dihydropyridines (benzothiazepines and fenilalquilaminas) and dihydropyridines. In the first subgroup are included Verapamil and Diltiazem respectively, and in the second Nifedipine, Felodipine, Isradipine, Nitrendipine, Anlodipine, Lacidipine, Lercanidipine, Manidipine e Levanlodipine. In high blood pressure treatment only those with long term action should be used. The drugs from the first subgroup have additional action at the miocardium and should be used with caution. The most usuals side effects of the calcium channel blockers are due to periphereal vasodilation (headache, flushing and dizziness) and other side effect often seen is malleolar edema wich can limit its use and is not caused by fluid retention. There are several evidences from randomized clinical trials, meta-analysis e sistematic reviews, of the benefits that these drugs lead in reducing blood pressure and cardiovascular events both in monotherapy or in association with other antihypertensive drug. The choice between wich calcium channel blocker to be used should be made considering the patient characteristics, therapeutic efficacy, action duration, tolerability and clinical experience.
Assuntos
Anti-Hipertensivos , Bloqueadores dos Canais de Cálcio , Hipertensão/tratamento farmacológico , Hipertensão/terapiaRESUMO
A hipertensão tem alta prevalência e é importante fator de risco cardiovascular. De fácil diagnóstico e tratamento, mas com poucos pacientes controlados. Após diagnosticada, a estratificação do risco cardiovascular associado vai indicar qual a melhor conduta terapêutica. O tratamento consiste em mudança do estilo de vida (restrição ao sal, manutenção do peso ideal, atividade física regular, maior ingestão de frutas, verduras e cereais e moderação na ingestão álcool). Caso necessário, será também iniciado o tratamento medicamentoso com qualquer uma das cinco classes de anti-hipertensivos disponíveis (diuréticos, beta-bloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina ou bloqueadores dos receptores AT1 de angiotensina II). Os benefícios dependem mais do controle efetivo da pressão que do tipo de fármaco utilizado. Para que sejam alcançadas as metas de controle da pressão há a necessidade de atenção especial com a adesão ao tratamento que representa um grande desafio.
Assuntos
Hipertensão , TerapêuticaRESUMO
FUNDAMENTO: A medida da pressão arterial (PA) pelo próprio paciente, sem protocolos rígidos, com treinamento adequado, aparelhos validados e no próprio domicílio, é definida como automedida da pressão arterial (AMPA). OBJETIVO: Avaliar a interferência da AMPA na adesão ao tratamento e no controle pressórico. MÉTODOS: Participaram do estudo 57 pacientes, 38 no grupo de estudo (GE) e 19 no grupo de controle (GC). Esses pacientes foram seguidos por 12 meses e avaliados na randomização (V1), bem como no sexto (V2) e no décimo segundo mês (V3). Comparadas as médias da PA pela medida casual, pela AMPA e pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), exames laboratoriais e as respostas ao questionário sobre o estilo de vida. Os aparelhos utilizados foram: OMRON HEM 714, para a AMPA; OMRON 705 CP, para a medida casual; e Monitor SPACELABS 9002, para a MAPA. RESULTADOS: A idade média em anos foi de 62,05 ± 10,78 e de 55,42 ± 11,87 no GE e no GC (p = 0,03), respectivamente. Os valores da pressão arterial sistólica (PAS) pela medida casual no GE e no GC foram: 140,01 ± 16,73 mmHg e 141,79 ± 23,21 mmHg em V1 (p = 0,72); 135,49 ± 12,73 mmHg e 145,69 ± 19,31 mmHg em V2 (p = 0,02); 131,64 ± 19,28 mmHg e 134,88 ± 23,21 mmHg em V3 (p = 0,59). Os valores da pressão arterial diastólica (PAD) foram: 84,13 ± 10,71 mmHg e 86,29 ± 10,35 mmHg em V1 (p = 0,47); 81,69 ± 10,88 mmHg e 89,61 ± 11,58 mmHg em V2 (p = 0,02); 80,31 ± 11,83 mmHg e 86 ± 13,38 mmHg em V3 (p = 0,12). CONCLUSÃO: Os pacientes do GE apresentaram adesão ao tratamento não farmacológico semelhante ao GC, mas tiveram maior adesão ao tratamento medicamentoso e utilizaram menor número de drogas anti-hipertensivas. Não houve diferença entre os grupos na comparação do perfil metabólico e da função renal. (Arq Bras Cardiol. 2011; [online].ahead print, PP.0-0).
BACKGROUND: The measurement of blood pressure (BP) by the patient himself without strict protocols, adequate training, and validated equipment at their own household is defined as self measured blood pressure (SMBP). OBJECTIVE: To evaluate the interference of the SMBP in treatment adherence and blood pressure control. METHODS: The study included 57 patients, 38 in the study group (SG) and 19 in the control group (CG). These patients were followed for 12 months and assessed at randomization (V1) as well as in the sixth (V2) and the twelfth month (V3). Compare the mean blood pressure by casual measurement, by SMBP and by ambulatory monitoring of blood pressure (AMBP), laboratory tests and the answers to the questionnaire on lifestyle. The instruments used were: OMRON HEM 714, for SMBP; OMRON 705 CP, for the casual measurement, and Monitor SPACELABS 9002 for the AMBP. RESULTS: The average age was 62.05 ± 10.78 in the SG and 55.42 ± 11.87 in the CG (p = 0.03). The values of systolic blood pressure (SBP) by casual measurement in the SG and CG were: 140.01 ± 16.73 mmHg and 141.79 ± 23.21 mmHg in V1 (p = 0.72), 135.49 ± 12.73 mmHg and 145.69 ± 19.31 mmHg in V2 (p = 0.02), 131.64 ± 19.28 mmHg and 134.88 ± 23.21 mmHg at V3 (p = 0.59). The values of diastolic blood pressure (DBP) were: 84.13 ± 10.71 mmHg and 86.29 ± 10.35 mmHg in V1 (p = 0.47), 81.69 ± 10.88 mmHg and 89.61 V2 ± 11.58 mmHg (p = 0.02), 80.31 ± 11.83 mmHg and 86 ± 13.38 mmHg in V3 (p = 0.12). CONCLUSION: Patients in the SG had adherence to non-pharmacological treatment similar to the CG, but they had greater adherence to drug treatment and used fewer antihypertensive drugs. There was no difference between groups when comparing the metabolic profile and renal function. (Arq Bras Cardiol. 2011; [online].ahead print, PP.0-0).
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Determinação da Pressão Arterial/métodos , Pressão Sanguínea/fisiologia , Hipertensão/tratamento farmacológico , Estilo de Vida , Adesão à Medicação/estatística & dados numéricos , Autocuidado/métodos , Seguimentos , Hipertensão/fisiopatologia , Hipertensão/psicologia , Estudos Prospectivos , Autocuidado/efeitos adversos , Autocuidado/instrumentaçãoRESUMO
FUNDAMENTO: A medida casual da pressão arterial (PA) pelos profissionais de saúde está sujeita a uma grande variabilidade, sendo necessário buscar novos métodos que possam superar essa limitação. OBJETIVO: Comparar e avaliar a correlação entre os níveis de PA obtidos por meio da automedida da pressão arterial (AMPA) com a medida casual e com a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). MÉTODOS: Avaliamos hipertensos que realizaram as três metodologias de medida da PA com intervalo menor que 30 dias; as médias das pressões foram utilizadas para comparação e correlação. Foram empregados os aparelhos: OMRON 705 CP (medida casual), OMRON HEM 714 (AMPA) e SPACELABS 9002 (MAPA). RESULTADOS: Foram avaliados 32 pacientes, 50,09 por cento mulheres, idade média 59,7 (± 11,2) anos, média do IMC 26,04 (± 3,3) kg/m². Valores médios de pressão sistólica (PAS) e pressão diastólica (PAD) para a AMPA foram de 134 (± 15,71)mmHg e 79,32 (± 12,38) mmHg. Na medida casual as médias da PAS e PAD foram, respectivamente, 140,84 (± 16,15)mmHg e 85 (± 9,68) mmHg. Os valores médios da MAPA na vigília foram 130,47 (± 13,26) mmHg e 79,84 (± 9,82) mmHg para PAS e PAD, respectivamente. Na análise comparativa, a AMPA apresentou valores semelhantes aos da MAPA (p > 0,05) e diferentes da medida casual (p < 0,05). Na análise de correlação a AMPA foi superior à medida casual, considerando a MAPA como o padrão de referência nas medidas tensionais. CONCLUSÃO: A AMPA apresentou melhor comparação com a MAPA do que a medida casual e também se correlacionou melhor com a aquela, especialmente para a pressão diastólica, devendo ser considerada uma alternativa com baixo custo para o acompanhamento do paciente hipertenso.
BACKGROUND: Casual blood pressure (BP) measurement by healthcare professionals is subject to great variability and new methods are necessary to overcome this limitation. OBJECTIVE: To compare and assess the correlation between the BP levels obtained by self-measured BP (SMBP), casual BP measurement and ambulatory blood pressure monitoring (ABPM). METHODS: We assessed hypertensive individuals submitted to the three methods of BP measurement at an interval < 30 days; the BP means were used for comparison and correlation. The following devices were used: OMRON 705 CP (casual measurement), OMRON HEM 714 (SMBP) and SPACELABS 9002 (ABPM). RESULTS: A total of 32 patients were assessed, of which 50.09 percent were females, with a mean age of 59.7 (± 11.2), BMI mean of 26.04 (± 3.3) kg/m². Mean systolic (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) for SMBP were 134 (± 15.71) mmHg and 79.32 (± 12.38) mmHg. The casual measurement means of SBP and DBP were, respectively, 140.84 (± 16.15) mmHg and 85 (± 9.68) mmHg. The mean values of ABPM during the wakefulness period were 130.47 (± 13.26) mmHg and 79.84 (± 9.82) mmHg for SBP and DBP, respectively. At the comparative analysis, the SMBP had similar results to those obtained at ABPM (p > 0.05) and different from the casual measurement (p < 0.05). At the analysis of correlation, SMBP values were higher than the casual measurements, considering ABPM as the reference standard in BP measurements. CONCLUSION: SMBP showed a better correlation with ABPM than the casual measurement and was also better correlated with the latter, especially regarding the DBP and should be considered as a low-cost alternative for the follow-up of the hypertensive patient.
FUNDAMENTO: La medida casual de la presión arterial (PA), por los profesionales de la salud está sujeta a una gran variabilidad, siendo necesario buscar nuevos métodos que puedan superar esa limitación. OBJETIVO: Comparar y evaluar la correlación entre los niveles de PA obtenidos por medio de la automedida de la presión arterial (AMPA) con la medida casual y con la monitorización ambulatoria de la presión arterial (MAPA). MÉTODOS: Evaluamos hipertensos que realizaron las tres metodologías de medida de la PA con un intervalo menor que 30 días. Los promedios de las presiones fueron utilizados para la comparación y la correlación. Fueron usados los aparatos: OMRON 705 CP (medida casual), OMRON HEM 714 (AMPA) y SPACELABS 9002 (MAPA). RESULTADOS: Se evaluaron 32 pacientes, 50,09 por ciento mujeres, edad promedio 59,7(± 11,2) años, promedio del IMC 26,04 (± 3,3) kg/m². Los valores promedios de presión sistólica (PAS) y presión diastólica (PAD) para la AMPA fueron de 134 (± 15,71) mmHg y 79,32(± 12,38) mmHg. En la medida casual los promedios de la PAS y PAD fueron, respectivamente, 140,84 (± 16,15) mmHg y 85 (± 9,68) mmHg. Los valores promedios de la MAPA en la vigilia fueron 130,47 (± 13,26) mmHg y 79,84 (± 9,82) mmHg para PAS y PAD, respectivamente. En el análisis comparativo, la AMPA tuvo valores similares a los de la MAPA (p > 0,05) y diferentes de la medida casual (p < 0,05). En el análisis de correlación la AMPA fue superior a la medida casual, considerando la MAPA como el estándar de referencia en las medidas tensionales. CONCLUSIÓN: La AMPA presentó una mejor comparación con la MAPA que la medida casual y también se correlacionó mejor con aquella, especialmente para la presión diastólica, debiendo ser considerada como una alternativa con bajo coste para el seguimiento del paciente hipertenso.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Determinação da Pressão Arterial/métodos , Pressão Sanguínea/fisiologia , Hipertensão/fisiopatologia , Determinação da Pressão Arterial/instrumentação , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial/instrumentação , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial/métodos , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial/normas , Diástole/fisiologia , Estudos Prospectivos , Estatísticas não Paramétricas , Sístole/fisiologiaRESUMO
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é um problema de saúde que atinge um grande número de hipertensos não diagnosticados ou não tratados adequadamente e que possui um alto índice de abandono ao tratamento. OBJETIVO: Estimar a prevalência da HA e sua correlação com alguns fatores de risco cardiovasculares na população adulta de Firminópolis-GO. MÉTODOS: Estudo descritivo, observacional e transversal com base populacional, amostra aleatória simples (> 18 anos): questionários padronizados com medidas de pressão arterial (critério de HA > 140 x 90 mmHg), peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC). Dados armazenados (Microsoft Acess) e analisados pelo Epi-info. RESULTADOS: Investigados 1.168 indivíduos, com predomínio de mulheres. Sexo feminino - 63,2 por cento com média de idade entre 43,2 ± 14,9 anos. Prevalência de sobrepeso em 33,7 por cento e obesidade em 16,0 por cento dos indivíduos. Prevalência de CC alterada em 51,8 por cento e de tabagismo em 23,2 por cento. Sedentarismo no trabalho e no lazer presente em 67,6 por cento e em 64,8 por cento dos indivíduos, respectivamente, com proporção maior entre as mulheres. Etilismo em 33,3 por cento da amostra. A prevalência de HA foi de 32,7 por cento, em maior número entre os homens (35,8 por cento) do que entre as mulheres (30,9 por cento). Encontrada correlação positiva da HA com IMC, CC e faixa etária. Correlação negativa de HA e escolaridade, com 18,2 por cento de hipertensos com nove anos ou mais de estudo. CONCLUSÃO: Encontrada alta prevalência de HA, excesso de peso e CC. O sexo feminino representou fator de proteção para o risco de HA. Encontradas correlação positiva da HA com IMC, CC, e faixa etária e correlação negativa com escolaridade.
BACKGROUND: Arterial hypertension (AH) is a health problem that affects a large number of undiagnosed or inadequately treated hypertensive individuals and presents a high rate of treatment nonadherence. OBJECTIVE: To estimate the prevalence of AH and its correlation with some cardiovascular risk factors among the adult population of the town of Firminopolis, state of Goiás, Brazil. METHODS: Descriptive, observational and cross-sectional population-based study of a simple random sample (age > 18 years): standardized questionnaires with blood pressure (BP) measurements (AH criterion: BP > 140 x 90 mmHg), weight, height, Body Mass Index (BMI) and waist circumference (WC). Data were stored (Microsoft Access) and analyzed using Epi-info software. RESULTS: We evaluated 1,168 individuals, with a predominance of the female sex - 63.2 percent and a mean age of 43.2 ± 14.9 years. There was a prevalence of overweight in 33.7 percent of the individuals and obesity in 16.0 percent of the individuals. There was a prevalence of altered WC in 51.8 percent demand of smoking in 23.2 percent. A sedentary life style at work and leisure activities was present in 67.6 percent and 64.8 percent of the individuals, respectively, with a higher proportion seen among the women. Alcohol consumption was observed in 33.3 percent of the sample. The prevalence of AH was 32.7 percent, higher among the men (35.8 percent) than among the women (30.9 percent). A positive correlation with AH was identified with BMI, WC and age range. A negative correlation was observed between AH and level of schooling, with 18.2 percent of hypertensive individuals with 9 or more years of schooling. CONCLUSION: A high prevalence of AH, overweight and WC alteration was identified. The female sex represented a protective factor for the risk of AH. A positive correlation was found between AH and BMI, WC and age range; a negative correlation was identified between AH and level of schooling.
FUNDAMENTO: La hipertensión arterial (HA) es un problema de salud que alcanza a un gran número de hipertensos no diagnosticados o no tratados adecuadamente y que posee un alto índice de abandono del tratamiento. OBJETIVO: Estimar la prevalencia de la HA y su correlación con algunos factores de riesgos cardiovasculares en la población adulta de Firminópolis-GO. MÉTODOS: Estudio descriptivo, observacional y transversal con base poblacional, muestra aleatoria simple (>18 años): cuestionarios estandarizados con medidas de presión arterial (criterio de HA > 140 x 90 mmHg), peso, altura, índice de masa corporal (IMC) y circunferencia de la cintura (CC). Datos almacenados (Microsoft Acess) y analizados por el Epi-info. RESULTADOS: Investigados 1.168 individuos, con predominio de mujeres. Sexo femenino (63,2 por ciento) con media de edad entre 43,2 ± 14,9 años. Prevalencia de sobrepeso en 33,7 por ciento y obesidad en 16,0 por ciento de los individuos. Prevalencia de CC alterada en 51,8 por cientoy de tabaquismo en 23,2 por ciento. Sedentarismo en el trabajo y en el ocio presente en 67,6 por ciento y en 64,8 por ciento de los individuos, respectivamente, con proporción mayor entre las mujeres. Etilismo en 33,3 por ciento de la muestra. La prevalencia de HA fue de 32,7 por ciento, en mayor número entre los hombres (35,8 por ciento) que entre las mujeres (30,9 por ciento). Encontrada correlación positiva de la HA con IMC, CC y franja etárea. Correlación negativa de HA y escolaridad, con 18,2 por ciento de hipertensos con nueve años o más de estudio. CONCLUSIÓN: Encontrada alta prevalencia de HA, exceso de peso y CC. El sexo femenino representó factor de protección para el riesgo de HA. Encontradas correlación positiva de la HA con IMC, CC, y franja etárea y correlación negativa con escolaridad.