RESUMO
Objetivos: Conocer el resultado y el impacto en la calidad de vida en mujeres con IUE antes y después de ser sometidas a nuestro programa de rehabilitación del suelo pélvico (PRSP). Materiales y métodos: Las pacientes con IUE derivadas al PRSP debían cumplimentar el cuestionario de Potenziani antes y después de completar el programa. Se registraron las variables pretratamiento: edad, peso, índice de masa corporal, tipo de IUE, número de compresas y puntuación del cuestionario. Las pacientes eran reevaluadas a los 6 meses de finalizado el PRSP para evaluar el resultado (curación, mejoría o igual) y su grado de afectación en la calidad de vida mediante el cuestionario Potenziani. Resultados: A lo largo del año 2014 fueron derivadas 56 pacientes con IUE para iniciar el PRSP. Finalizaron adecuadamente el programa de rehabilitación 48 pacientes, de las cuales cumplimentaron correctamente los cuestionarios pre y post-rehabilitación 41 pacientes. La puntuación media del cuestionario Potenziani antes de iniciar el PRSP era de 10,15 puntos y la puntuación media a los 6 meses de finalizado el PRSP era de 6,83 puntos, existiendo diferencias significativas. Tras finalizar el PRSP, 22 pacientes referían estar curadas, 15 habían mejorado y 4 continuaban igual. Precisaron de colocación de sling transobturatorio (transobturator tape, TOT) 6 pacientes. Conclusión: La rehabilitación del suelo pélvico es una herramienta muy útil para curar la IUE y mejora la calidad de vida de las pacientes (AU)
Objectives: Determine the outcome and impact of quality of life in women with SUI before and then treated with our program of pelvic floor rehabilitation (PPFR). Materials and methods: Patients with SUI derived to the PPFR should complete the questionnaire Potenziani before and after completing the program. Before starting the rehabilitation treatment, we registered the variables age, weight, body mass index, number of pads, type of incontinence and questionnaire score. Patients were reevaluated at 6 months finalizing the PPFR to evaluate the outcome (cure, improvement or equal) and their level of affectation in the quality of life by Potenziani questionnaire. Results: In the year 2014 were derived 56 patients with SUI to start the PPFR. 48 patients completed correctly the program, and 41 patients completed the questionnaires correctly before and after the rehabilitation program. The score of the questionnaire Potenziani before starting the PPFR was 10.15 points and the score at 6 months of completion of the PPFR was 6.83 points, with significant differences. After finalizing the PPFR, 22 patients reported being cured, 15 had improved and 4 remained the same. Six patients needed surgery to correct the urinary incontinence (transobturator tape, TOT). Conclusion: Pelvic floor rehabilitation is very useful tool to treat SUI and improving the quality of life of patients.(AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Qualidade de Vida , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Resultado do Tratamento , Diafragma da Pelve/fisiopatologia , Inquéritos e Questionários , Terapia por Exercício/métodosRESUMO
A incontinência urinária é um sintoma bastante prevalente na população em geral. As disfunções do assoalho pélvico são condições que não ameaçam a vida, mas causam importante morbidade e podem afetar intensamente a qualidade de vida das pacientes, gerando limitações físicas, sociais, ocupacionais e/ou sexuais. Com o intuito de avaliar o tratamento ideal da incontinência urinária de esforço realizou-se uma revisão da literatura. Foram consultadas as bases de dados BVS e PubMed, priorizando os artigos recentes e com maior nível de evidência, visto que expõem aplicabilidades mais coerentes com a prática atual. Os resultados indicaram melhora da incontinência urinária de esforço com fisioterapia e/ou cirurgia, mas, apesar da eficácia dos dois métodos de tratamento, a fisioterapia com o treinamento dos músculos do assoalho pélvico ainda deve ser a primeira opção de tratamento conservador, e se os sintomas persistirem, a cirurgia deve ser indicada
The urinary incontinence is a symptom rather prevalent in the general population. The pelvic floor disorders are conditions that do not threaten life, but cause significant morbidity and can affect profoundly the patients' quality of life, causing physical, social, occupational and/or sexual limitations. In order to evaluate the optimal treatment of stress urinary incontinence was realized a literature review. We consulted the databases PubMed and BVS, prioritizing recent articles and higher level of evidence since applicability expose more consistent with current practice. The results showed improvement in stress urinary incontinence with physiotherapy and/or surgery, but, despite the effectiveness of two methods of treatment,physiotherapy training the pelvic floor muscles should still be the first choice of conservative treatment, and if symptoms persist, surgery should be indicated
Assuntos
Humanos , Feminino , Incontinência Urinária por Estresse/cirurgia , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Terapia por Exercício/métodos , Biorretroalimentação Psicológica , Contração Muscular/fisiologia , Diafragma da Pelve/fisiopatologia , Terapia por Estimulação Elétrica , Modalidades de Fisioterapia , Pessários , Qualidade de Vida , Slings SuburetraisRESUMO
A International Continence Society (ICS) define incontinência urinária (IU) como uma condição na qual ocorre a perda involuntária de urina, que gera um problema social ou higiênico. É classificada de acordo com os sintomas apresentados, os três tipos mais encontrados são: incontinência urinária de esforço (IUE); urgeincontinência (UI) e a incontinência urinária mista (IUM). O objetivo do estudo foi evidenciar os benefícios da fisioterapia no tratamento da IUE por meio de uma revisão literária. Para verificar as publicações relacionadas à abordagem fisioterapêutica na IUE foram realizadas pesquisas no período de janeiro a fevereiro de 2012, nas bases eletrônicas de dados, PubMed, Library of Medicine (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Índice Bibliográfico Espanõl en Ciencias de la Salud (IBECS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram adicionados nesta revisão: a) estudos publicados entre os anos de 2000 a 2012; b) artigos com voluntárias do sexo feminino com IU; c) estudos em inglês, espanhol e português; d) revisões bibliográficas e sistemáticas; e) pesquisas realizadas em seres humanos. A atuação da fisioterapia no tratamento da IUE é efetiva, tanto na redução das perdas urinárias quanto na melhora da qualidade de vida de suas portadoras, independentemente da terapêutica aplicada
The International Continence Society (ICS) defines urinary incontinence (UI) as a condition resulting in the involuntary loss of urine that causes a social or hygienic problem. It is classified according symptoms, the three types most commonly found are: stress urinary incontinence (SUI),urge incontinence (UI) and mixed urinary incontinence (MUI). This study is aimed to evidence the benefits of physiotherapy in the treatment of SUI by means of a literature review. To check the publication related to physical therapy approach in SUI were searched from January to February 2012 in electronic databases, PubMed, Library of Medicine (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Índice Bibliográfico Espanõl em Ciencias de la Salud (IBECS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Were added in this review studies published between the years 2000 to 2012; articles with female volunteers with UI; studies in English, Spanish and Portuguese; literature review and systematic; studies in humans. The role of physiotherapy in the treatment of SUI is effective both reducing losses urinary and improve the quality of life of its carriers irrespective of the therapy applied
Assuntos
Humanos , Feminino , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Terapia por Exercício/métodos , Contração Muscular/fisiologia , Diafragma da Pelve/fisiopatologia , Terapia por Estimulação Elétrica , Modalidades de Fisioterapia , Pessários , Qualidade de Vida , Literatura de Revisão como AssuntoRESUMO
A incontinência urinária (IU) é um problema de Saúde Pública que afeta cerca de 25 milhões de mulheres nos Estados Unidos e causa prejuízos sociais, econômicos, psicológicos e sexuais. O presente texto teve como objetivo a revisão sistemática de evidências atuais dos principais tratamentos não-cirúrgicos da IU de esforço (IUE), a saber: fisioterapia de assoalho pélvico, medicamentos e uso de tampões ou pessários. Foram incluídos 61 artigos. Há fortes indícios de que a fisioterapia melhora significativamente a IUE, porém não a cura definitiva. Não há normatização sobre como realizá-la, o que torna difícil a comparação de diferentes estudos. Apesar de 50 a 60% das pacientes apresentarem melhora da IUE com uso de medicamentos (duloxetina/imipramina), grande parte abandonará o tratamento devido aos efeitos colaterais e ao baixo índice de cura. Não há evidência atual que justifique o uso de estrogênios para o tratamento da IU. Não há estudos controlados, randomizados, duplo-cegos que tenham avaliado a eficácia dos pessários no tratamento da IUE. Dentre os estudos observacionais, o de maior tempo de seguimento é de um ano, e, os resultados apontam eficácia limitada, desconforto com o uso e pouca aderência ao longo prazo
Urinary incontinence (UI) is a Public Health problem affecting 25 million women in the United States. It leads to social, economics, psychological and sexual dysfunctions. The aim of this article was to provide a systematic review of non-surgical treatment for stress UI (SUI): pelvic floor muscle training (PFMT), drugs and pessary. Sixty-one studies were included. The SUI cure rate for PFMT is low, but many women show considerable improvement. There is no PFMT standardization, making it difficult to compare the studies. Despite the fact that 50 to 60% of women with SUI show significant benefits from duloxetine use, most discontinue it due to adverse events and lack of efficacy. There is no evidence that supports the use of estrogens on SUI treatment. There are no randomized, controlled, blinded studies that evaluate incontinence pessary usage. The longer follow-up period was one year in an observational study that showed low efficacy, discomfort from usage and low adherence
Assuntos
Humanos , Feminino , Imipramina/efeitos adversos , Imipramina/uso terapêutico , Incontinência Urinária por Estresse/tratamento farmacológico , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Pessários/efeitos adversos , Pessários , Slings Suburetrais , Diafragma da Pelve/fisiologia , Terapia por Exercício/métodos , EstrogêniosRESUMO
Avaliar o ecossistema vaginal e a qualidade de vida (QV) de mulheres com incotinência urinária (IU) submetidas a tratamento fisioterápico com eletroestimulção intravaginal (EEIV). Métodos: Estudo de ensaio clínico realizado entre setembro de 2006 a novembro de 2008 envolveu 67 mulheres com queixa clínica de IU. O tratamento fisioterápico consistiu de 8 sessões (2x/semana) de EEIV (frequência=35Hz, largura de pulso=0,5ms e tempo=20min), orientações comportamentais e exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. O ecossistema vaginal foi avaliado quanto ao tipo de flora, inflamação e pH da mucosa vaginal antes e após a EEIV. O conteúdo coletado do terço médio vaginal foi corado pela técnica de Gram e analisado sob microscopia óptica em flora bacilar ou normal, intermediária e, cocóide/ cocobacilar ou vaginose bacteriana (VB). A intensidade da inflamação foi determinada contando-se o número médio de células de defesa (polimorfonucleares neutrófilos e linfócitos) encontradas em 10 campos de grande aumento (400X). A QV foi avaliada pelo questionário "Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form" antes e após o tratamento. Os dados foram coletados pelo mesmo investigador e analisados por apenas um microbiólogo de forma cega. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa etodas as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram selecionadas 78 mulheres, sendo 11 excluídas para a análise microbiológica e 6 para análise da QV. Das 67 mulheres incluídas, a média de idade foi de 51,3 (±11,8) anos, a maioria branca, do lar, pós-menopausada e com sintomas de IUM (76,4%) e IUE (23,6%). Antes da EEIV, 43 mulheres apresentaram microbiota normal, 24 intermediária e nenhum caso de VB...
Objectives: To evaluate vaginal ecosystem and quality of life (QOL) of women submitted to intravaginal electrical stimulation (IVES) as physicaltherapy treatment. Methods: A clinical trial was carried out from September 2006 to November 2008 including 67 women presenting IU as symptom. Physicaltherapy treatment consisted in 8 IVES sessions during 4 weeks (frequency=35Hz, pulse width=0,5ms, duration=20min), pelvic floor muscle exercises (PFME) and behavioral orientation. Vaginal ecosystem was assed concerning type of flora, inflammation and pH before and after treatment. Vaginal bacterioscopy swab was collected from e middle third of the vagina (vaginal smear was collected for subsequent Gram stain). The inflammatory process intensity was determined by the average number of white defense cells (neutrophils and limphocytes) found in 10 observation fields (magnified 400X). Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was used to asses QoL. All data was collected by a single investigator and analyzed by the same microbiologist. This study was approved by Institutional Ethitics Committee and every patient signed an agreement term. Results: 78 women were selected and 11 were excluded from microbiologic analyzes and 6 from QoL analyses. Of the 67 women included, the mean age was 51.3(+-12.2), most were white, housewives, post menopausal, presenting symptoms of MUI (76.4 per cent) and SUI (23.6 per cent). Before IVES 43 women had a normal vaginal flora, 24 presented intermediary flora and none had bacterial vaginoses(BV) or vaginal candidiasis(VC).After 8 sessions of IVES no significant alteration was noticed, 43 were unaltered, 36 remained in the same category, 5 showed intermediary microbiota and were identified as having VB...
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Diafragma da Pelve , Qualidade de Vida/psicologia , Vaginose Bacteriana/terapia , Modalidades de Fisioterapia , Terapia por Estimulação Elétrica/métodos , Terapia por Exercício/métodosRESUMO
A incontinência urinária de esforço é enfermidade com alta prevalência e que afeta milhões de pessoas no mundo. Os autores fazem ampla revisão da literatura, mostrando que as técnicas fisioterápicas tais como os exercícios perineais, a eletroestimulação e a terapia com cones são efetivas no tratamento de mulheres com essa afecção, porém, ressaltam a necessidade de estudos prospectivos, com seguimento em longo prazo para determinar por quanto tempo o sucesso terapêutico permanece adequado.
Stress urinary incontinence is a highly prevalent condition that affects millions of people worldwide. This paper presents an important review of the literature on the matter and concludes that physiotherapic techniques such as pelvic floor exercise, electrical estimulation and vaginal cones are effective in the treatment of women with this disease. It is nevertheless necessary to conduct prospective trails with long term follow-up in order to determine the adequacy of such therapeutic intervention.
Assuntos
Feminino , Terapia por Estimulação Elétrica , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Modalidades de Fisioterapia , Períneo , Literatura de Revisão como Assunto , Diafragma da Pelve , Terapia por Exercício/métodos , Qualidade de VidaRESUMO
A incontinência urinária de esforço (IUE) é uma condição muito comum entre mulheres em diferentes faixas etárias e que pode provocar inúmeros prejuízos na qualidade de vida das mesmas. Embora o tratamento cirúrgico seja amplamente utilizado, atualmente recomenda-se que, dependendo da gravidade da IU, a abordagem inicial deve ser o menos invasiva possível e com poucos efeitos colaterais. Desse modo, o tratamento fisioterápico representa uma das modalidades de tratamento conservador, utilizando recursos como a cinesioterapia do assoalho pélvico, biofeedback, cones vaginais, eletroestimulação e tratamento comportamental. Sendo assim, a fisioterapia tem demonstrado bons resultados, especialmente nos casos em que há correta indicação médica e é realizado um trabalho em equipe.
Assuntos
Feminino , Cinesiologia Aplicada/métodos , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Modalidades de Fisioterapia , Qualidade de Vida , Diafragma da Pelve , Terapia por Exercício/métodosRESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: Urinary incontinence is a public health problem that affects more than 200 million people worldwide. Stress incontinence is the most prevalent type. Pelvic floor muscle exercises have been used for treating it, although there is no consensus regarding their application. The aim of this study was to compare the results from treating female stress urinary incontinence with pelvic floor muscle exercises with or without physiotherapist supervision. DESIGN AND SETTING: This was a randomized, prospective, controlled trial in the Urogynecology and Vaginal Surgery Sector, Universidade Federal de São Paulo. METHODS: Forty-four women were randomized to be treated for stress urinary incontinence with pelvic floor exercises for three consecutive months, into two groups: one with and the other without physiotherapist supervision. They were evaluated before and after treatment using a quality-of-life questionnaire, pad test, micturition diary and subjective evaluation. Descriptive analysis was used to evaluate the population. The homogeneity of the two groups was evaluated using the Kruskal-Wallis and Chi-squared tests. The success of the two groups after treatment was evaluated using the Wilcoxon test. RESULTS: The supervised group showed statistically greater improvement in the pad test, micturition diary and quality of life than did the control group. In the subjective evaluation, only 23.8 percent of the control group patients were satised with their treatment. In the supervised group, 66.8 percent of patients did not want any other treatment. CONCLUSION: Supervised pelvic floor muscle exercises presented better results in objective and subjective evaluations than did unsupervised exercises.
CONTEXTO E OBJETIVO: A incontinência urinária é um problema de saúde pública, afetando mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que sua forma mais comum é a de esforço. A cinesioterapia do assoalho pélvico vem sendo utilizada com grande sucesso em seu tratamento, embora não exista consenso de protocolo para sua aplicação. O objetivo foi comparar os resultados do tratamento em mulheres com incontinência urinária de esforço por meio de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico com acompanhamento fisioterapêutico, com os de um grupo sem acompanhamento. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo randomizado, prospectivo e controlado, realizado no Setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Universidade Federal de São Paulo. MÉTODOS: Realizou-se estudo randomizado com 44 mulheres para tratamento da incontinência urinária de esforço com cinesioterapia perineal por três meses consecutivos, divididas em um grupo com acompanhamento fisioterapêutico e outro sem acompanhamento. Foram avaliadas, antes e depois do tratamento, pelo diário miccional, "pad test", questionário de qualidade de vida (I-QoL), força muscular perineal, e também por avaliação subjetiva. A análise descritiva foi utilizada para caracterizar a casuística estudada. Para verificar a homogeneidade entre os grupos com relação às variáveis contínuas e categóricas, foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis e o Qui-quadrado. Pelo teste pareado de sinais de Wilcoxon, avaliou-se o sucesso terapêutico. RESULTADOS: Ao término do tratamento, o grupo com acompanhamento teve melhores resultados segundo o "pad test", o diário miccional e o questionário de qualidade de vida, quando comparado ao grupo controle. Quando avaliadas subjetivamente, apenas 23,8 por cento das pacientes do grupo controle referiram satisfação com o tratamento. Já no grupo com acompanhamento fisioterapêutico, 66,8 por cento referiram que não desejavam outro tratamento. CONCLUSÃO: O acompanhamento fisioterapêutico...
Assuntos
Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Terapia por Exercício , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Métodos Epidemiológicos , Satisfação do Paciente/estatística & dados numéricos , Diafragma da Pelve , Qualidade de Vida , Incontinência Urinária por Estresse/fisiopatologiaRESUMO
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica acerca das modalidades de tratamento conservador para incontinência urinária de esforço (IUE). Descreve-se a enfermidade, a epidemiologia, a classificação, a avaliação diagnóstica e as formas de tratamento conservador existentes. Objetivou-se verificar diferenças entre os resultados obtidos por protocolos que associam técnicas variadas no tratamento para IUE, daqueles que se utilizam apenas uma técnica. Entre os autores desta revisão, foi possível verificar que mesmo com o surgimento de estudos clínicos controlados, permanece a discrepância com relação à padronização do protocolo, para que seja possível definir qual o método mais eficaz de tratamento para esta patologia. Também foi possível constatar a importância de um trabalho conservador para a redução de custos.
Assuntos
Feminino , Humanos , Terapia Comportamental , Terapia por Estimulação Elétrica , Terapia de Reposição Hormonal , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Diafragma da Pelve/fisiologia , Terapia por Exercício/métodos , Resultado do Tratamento , UrodinâmicaRESUMO
OBJETVO: comparar a qualidade de vida (QV) antes e após tratamento fisioterápico de mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). MÉTODOS: ensaio clínico não controlado com 26 mulheres com queixa clínica predominantemente de IUE. Foram excluídas mulheres na pós-menopausa, com hiperatividade do detrusor, com cistocele grau II ou maior e tratamento cirúrgico/conservador anterior. O tratamento fisioterápico constituiu-se em 12 sessões individuais de cinesioterapia do assoalho pélvico associadas ao biofeedback eletromiográfico, e as mesmas realizavam 200 contrações divididas entre fásicas (rápidas) e tônicas (lentas). Para avaliar a QV, todas responderam ao King's Health Questionnaire (KHQ), antes e após o tratamento. Os dados foram descritos em freqüências, médias e desvios-padrões, medianas, mínimos e máximos. Os escores do KHQ foram comparados pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: houve uma diminuição dos sintomas urinários, particularmente da freqüência urinária, noctúria, urgência miccional e perdas urinárias aos esforços. Observou-se uma melhora significativa nos escores dos domínios do KHQ: percepção da saúde (49,0±24,0 versus 26,9±15,7; p=0,0015), impacto da incontinência (78,2±28,2 versus 32,1±30,5; p=0,001), limitações das atividades diárias (75,0±28,2 versus 13,5±22,6; p<0,001), limitações físicas (72,4±29,4 versus 15,4±24,5; p<0,001), limitações sociais (38,3±28,6 versus 6,4±14,5; p<0,001), emoções (59,0±33,8 versus 14,1±24,7; p=0,0001), sono/energia (34,0±23,8 versus 6,4±16,4; p=0,001) e as medidas de gravidade (66,9±19,6 versus 22,3±24,2; p<0,001), exceto das relações pessoais (60,5±33,9 versus 41,7±16,7; p=0,0679). CONCLUSÕES: a QV de mulheres com IUE tratadas com fisioterapia pode melhorar em diversos aspectos, quando avaliada com um instrumento...
PURPOSE: to compare women's quality of life (QoL) before and after physical therapy treatment for stress urinary incontinence (SUI). METHODS: an uncontrolled clinical trial of 26 women, who had mainly complaints of SUI. Post-menopausal women with overactive bladder, cystocele >grade II and previous surgical/conservative treatments were excluded from the study. The physiotherapy treatment relied on 12 individual pelvic floor exercises assisted by electromyographyc-biofeedback sessions. A total of 200 contractions were carried out, divided in phasic (quick) and tonic (slow). The tool used to evaluate QoL was the King's Health Questionnaire (KHQ), before and after the treatment. RESULTS: there was a decrease in the urinary symptoms, particularly in urinary frequency, nocturia, urgency and urinary incontinence. Regarding the QoL, there was a significant improvement in the following domain scores: general health perception (49.0±24.0 versus 26.9±15.7; p=0.0015), incontinence impact (78.2±28.2 versus 32.1±30.5; p=0.001), activity limitation (75.0±28.2 versus 13.5±22.6; p<0.001), physical limitation (72.4±29.4 versus 15.4±24.5; p<0.001), social limitations (38.3±28.6 versus 6.4±14.5; p<0.001), emotions (59.0±33.8 versus 14.1±24.7; p=0.0001, sleep/energy (34.0±23.8 versus 6.4±16.4; p=0.001) and severity measures (66.9±19.6 versus 22.3±24.2; p<0.001), except for personal relationships (60.5±33.9 versus 41.7±16.7; p=0.0679). CONCLUSIONS: there was an improvement in several aspects of women's QoL treated by physiotherapy, when evaluated with a specific tool, the KHQ.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Contração Muscular/fisiologia , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/terapia , Modalidades de Fisioterapia , Qualidade de Vida , Diafragma da Pelve/fisiologiaRESUMO
A reabilitação da musculatura do assoalho pélvico tem sido preconizada por diversos autores como uma terapia de primeira linha para o tratamento da incontinência urinária de esforço. Apresenta vantagens por ser não invasiva, de baixo custo e sem efeitos colaterais. Porém, fatores como aderência, motivação, compreensão da terapia e deficiência esfincteriana podem interferir nos resultados dessa abordagem terapêutica. A fim de se conhecer o impacto dos fatores citados acima e se investigar o efeito de cada um destes na intervenção fisioterápica foi feita uma revisão da literatura.
The rehabilitation of the pelvic floor muscles has been postulated by many authors as a first-line therapy for the treatment of stress urinary incontinence. It has advantages, such as being a non-invasive, low-cost therapy without side effects. However, factors such as adherence, motivation, therapy understanding and intrinsic sphincter deficiency can interfere with the results of this therapeutic approach. A literature review was carried out to understand the impact of aforementioned factors and investigate the effect of each one of them on the physical therapy intervention.
Assuntos
Humanos , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Diafragma da Pelve/fisiopatologia , Terapia por Exercício/instrumentação , Eletromiografia/instrumentaçãoRESUMO
Apesar de constituir um método eficaz de tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço, o sling suburetral sem tensão realizado por meio da abordagem retropúbica tem sido associado a diversas complicações decorrentes de lesões intestinais, vasculares, nervosas e vesicais, podendo inclusive levar a óbito da paciente. Tais complicações estão relacionadas à passagem às cegas das agulhas de baixo para cima através do espaço retropúbico. Além disso, esta via de acesso requer a realização rotineira de uma cistoscopia intra-operatória para confirmar a integridade da bexiga e uretra, o que restringe seu uso entre os cirurgiões ginecológicos. O mini sling realizado por meio de uma abordagem transobturatória simplifica a realização das cirurgias sem tensão para correção da incontinência, tornando-as mais acessíveis ao ginecologista, já que não há necessidade de cistoscopia intra-operatória. Trata-se de método que possui diversas vantagens para as pacientes, evitando as complicações potenciais da cirurgia retropúbica, e representando uma alternativa cirúrgica de baixo custo que atende às necessidades sócio-econômicas da maioria das mulheres incontinentes no nosso meio...
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cistoscopia , Incontinência Urinária por Estresse/cirurgia , Incontinência Urinária por Estresse/fisiopatologia , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária/prevenção & controleRESUMO
Se realizó un estudio prospectivo longitudinal abierto donde se estudiaron 29 pacientes con incontinencia urinaria de esfuerzo (IUE) demostrada clínica y urodinámicamente, las cuales fueron divididas en dos grupos, el primer grupo de 14 paciente recibió tratamiento con estrógenos (Premarin V 0.625 mg) en crema vaginal 2 g 2 veces al día durante 6 semanas; al segundo grupo de 15 pacientes se les enseñó un programa de ejercicios perineales (Kegel) 6 veces al día con una serie de 15 ejercicios durante 6 semanas. A los dos grupos se les determinó estradiol E2 en sangre al inicio del tratamiento y después del tratamiento sólo se les midió el nivel de estrógenos a las pacientes que recibieron tratamiento con los mismos, a ambos grupos se les realizó un perfil de presión uretral antes y después del tratamiento, tomando en cuenta la longitud funcional y la máxima presión de cierre en un perfil estático y dinámico. En los resultados obtenidos en el perfil de presión uretral al observar por separado los dos grupos, se encontró un incremento significativo en la máxima presión de cierre en el perfil estático en el grupo con ejercicios en relación con el de estrógenos (p=0.03) y al compararlos se vio un aumento significativo en la máxima presión de cierre en el perfil estático en el grupo con ejercicios en relación con el de estrógenos (p=0.03) y al compararlos se vio un aumento significativo en la longitud funcional dinámica del grupo con ejercicios en relación al de estrógenos (p=0.02). El resto de los valores tomados en cuenta en el perfil de presión uretral tuvieron un aumento pero éstos no fueron significativos. Los resultados obtenidos en relación a la sintomatología que presentaron las pacientes se observó una disminución en ambos grupos aunque esta mejoría fue mayor en el grupo con ejercicios
Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Incontinência Urinária por Estresse/tratamento farmacológico , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Administração Intravaginal , Estrogênios/administração & dosagem , Estrogênios/sangue , Estrogênios/uso terapêutico , Reabilitação , Urodinâmica , Uretra/efeitos dos fármacos , Uretra/fisiologia , Menopausa/efeitos dos fármacosRESUMO
Se realizó un estudio retrospectivo, descriptivo, en el Instituto de Perinatología (INPer) de 1990 a 1994. Se revisasron 401 expedientes de pacientes con diagnóstico de incontinencia urinaria de esfuerzo que se sometieron a tratamiento quirúrgico. El objetivo del estudio fue determinar la frecuencia de retención urinaria en este tipo de pacientes. La retención urinaria se presentó en 103 de 401 pacientes (25.68 por ciento), en la operación de Pereyra modificada se observó en 67 de 195 (34.35 por ciento), en la operación de Burch modificada 25 de 131 (19.08 por ciento), en la plicatura de Kelly 9 de 70 (12.85 por ciento) y en 2 de 5 pacientes sometidas a operación de cabestrillo con politetrafluoroetileno (Gorotex). El problema de la retención urinaria se observó con mayor frecuencia en la cirugía vaginal (operación de Pereyra modificada y/o cabestrillo)
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Feminino , Retenção Urinária/cirurgia , Retenção Urinária/reabilitação , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/efeitos adversos , Procedimentos Cirúrgicos Operatórios/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/reabilitação , Incontinência Urinária por Estresse/cirurgiaRESUMO
Se analizan los resultados de 50 casos del primer estudio prospectivo realizado en el país para el tratamiento de la Incontinencia Urinaria de Esfuerzo (IUE) en la mujer, mediante la Suspensión Endoscópica del Cuello Vesical (SECV) y cistostomía, desde abril de 1984 hasta septiembre de 1985. El 40 por ciento presentaba IUE tipo II y el 60 por ciento tipo III. El 94 por ciento tenía celes concomitante y el 30 por ciento antecedentes de cirugías ginecológicas. Se observó obesidad en el 48 por ciento. En el 97 por ciento de los casos se practicó SEVC con corrección de celes y el promedio de tiempo quirúrgico fue de 49 minutos. Como complicación operatoria se anota la perforación vesical en el 6 por ciento de los casos, y en el postoperatorio granulomas de pared (6 por ciento), abscesos (2 por ciento) e infección de la colpoperineorrafia (2 por ciento). El drenaje por cistostomía duró en promedio 3.3 días, observándose infección urinaria en el 16 por ciento de los casos y retención urinaria posterior en el 4 por ciento. Veintiseis (26) pacientes tuvieron seguimiento de 12 a 18 meses, con resultados exitosos en todas. Se presentaron dos fracasos antes de los seis meses, imputables a fallas en la técnica quirúrgica. Con los resultados obtenidos los autores consideran provisionalmente la SECV como la técnica ideal para el manejo de la IUE asociada con celes, obesidad y antecedentes de cirugías ginecológicas, en razón a la ubicación adecuada del cuello vesical, al menor tiempo quirúrgico y a la baja morbilidad. Se recomienda sistematizar el drenaje mediante cistostomía. Un seguimiento mayor de las pacientes permitirá obtener conclusiones definitivas