RESUMO
Cerca de um terço das pessoas com transtornos depressivos não modifica seu estado psíquico após o uso de dois ou mais medicamentos, sendo classificadas com depressão resistente ao tratamento. Nessas pessoas, medos intensos podem agravar a depressão, especialmente em cenários ameaçadores como uma pandemia. Portanto, é crucial validar instrumentos psicométricos que facilitem a detecção de reações às pandemias, como a COVID-19, nessa população. O objetivo principal deste estudo é validar a Escala de Medo da COVID-19 em adultos com depressão resistente ao tratamento. Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado em uma instituição psiquiátrica pública no Rio de Janeiro, envolvendo usuários diagnosticados com depressão resistente ao tratamento que atenderam aos critérios de elegibilidade para participar da pesquisa. Foi realizado um cálculo amostral com parâmetros de precisão de 5% e um nível de confiança de 95%, resultando em uma amostra ideal de, no mínimo, 103 indivíduos. O estudo teve uma taxa de adesão de 79,5%, resultando em 140 participantes. A coleta de dados ocorreu de agosto de 2021 a janeiro de 2023, de forma remota, utilizando a Escala de Medo da COVID-19, o Inventário de Depressão de Beck e um questionário sociodemográfico, via formulário on-line. A análise descritiva dos dados foi feita no SPSS®, enquanto a Análise Fatorial Confirmatória foi realizada no software Jeffreys's Amazing Statistics Program (JASP), utilizando o método robusto DWLS, com a colaboração de um psicometrista. Os resultados da validação indicaram que a Escala de Medo da COVID-19 é uma ferramenta confiável e válida para medir o medo da COVID-19 em adultos com depressão resistente ao tratamento, ampliando seu escopo de utilização. A análise estatística revelou que os itens da escala apresentaram boas cargas fatoriais, demonstrando excelente aderência à variável latente. A unidimensionalidade do instrumento foi confirmada, eliminando a possibilidade de dupla saturação. Os resultados mostraram associações significativas entre a depressão severa e o medo intenso da COVID-19 em algumas variáveis sociodemográficas, indicando que certos grupos de usuários com depressão resistente foram mais vulneráveis ao medo da COVID-19 e ao agravamento da depressão durante a pandemia. Além disso, os participantes com medo intenso da COVID-19 apresentaram níveis mais elevados de sintomas depressivos, sugerindo uma interação entre o medo da COVID-19 e a gravidade da depressão. O medo intenso refletiu mentalmente e fisicamente em sintomas de ansiedade e ataques de pânico. Os cuidados de enfermagem pós-pandemia, à luz da Teoria da Maré, podem criar um sistema de suporte que identifica e lida com esses riscos, e pode apoiar e empoderar a pessoa no enfrentamento da depressão de forma proativa. Assim, os resultados desta tese permitem aos enfermeiros fazer a prospecção de ações em saúde mental para estabelecer relações mais significativas e colaborativas com os usuários, facilitando a construção de uma rede de apoio que trabalhe ativamente para reduzir a agravamento da depressão no período pós pandemia.
About one-third of people with depressive disorders do not change their psychological state after using two or more medications, being classified as having treatment-resistant depression. In these individuals, intense fears can exacerbate depression, especially in threatening scenarios such as a pandemic. Therefore, it is crucial to validate psychometric instruments that facilitate the detection of reactions to pandemics, such as COVID-19, in this population. The main objective of this study is to validate the COVID-19 Fear Scale in adults with treatment-resistant depression. This is a cross-sectional and analytical study conducted in a public psychiatric institution in Rio de Janeiro, involving users diagnosed with treatment-resistant depression who met the eligibility criteria to participate in the research. A sample calculation was performed with 5% precision parameters and a 95% confidence level, resulting in an ideal sample of at least 103 individuals. The study had an adherence rate of 79.5%, resulting in 140 participants. Data collection took place from August 2021 to January 2023, remotely, using the COVID-19 Fear Scale, the Beck Depression Inventory, and a sociodemographic questionnaire via an online form. Descriptive data analysis was done in SPSS®, while Confirmatory Factor Analysis was performed in Jeffreys's Amazing Statistics Program (JASP) software, using the robust DWLS method, with the collaboration of a psychometrician. The validation results indicated that the COVID-19 Fear Scale is a reliable and valid tool for measuring fear of COVID-19 in adults with treatment-resistant depression, expanding its scope of use. The statistical analysis revealed that the scale items presented good factor loadings, demonstrating excellent adherence to the latent variable. The unidimensionality of the instrument was confirmed, eliminating the possibility of double saturation. The results showed significant associations between severe depression and intense fear of COVID-19 in some sociodemographic variables, indicating that certain groups of patients with treatment-resistant depression were more vulnerable to fear of COVID-19 and worsening depression during the pandemic. Additionally, participants with intense fear of COVID-19 showed higher levels of depressive symptoms, suggesting an interaction between fear of COVID-19 and the severity of depression. Intense fear manifested mentally and physically in symptoms of anxiety and panic attacks. Post-pandemic nursing care, in light of the Tidal Model, can create a support system that identifies and addresses these risks, and can support and empower individuals to proactively cope with depression. Thus, the results of this thesis allow nurses to prospect mental health actions to establish more meaningful and collaborative relationships with patients, facilitating the construction of a support network that actively works to reduce the worsening of depression in the post-pandemic period.
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Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento , COVID-19 , Medo , Cuidados de EnfermagemRESUMO
Objetivo: A depressão resistente ao tratamento (DRT) é uma preocupação primária no Brasil devido à sua natureza onerosa e complexa, enquanto o diagnóstico e o tratamento geralmente são desafiadores. O presente manuscrito apresenta os resultados clínicos de um ano de acompanhamento em pacientes com DRT em tratamento padrão (SOC) no subgrupo brasileiro do estudo de Depressão Resistente ao Tratamento na América Latina (TRAL). Métodos: Essa fase longitudinal do estudo TRAL tinha como meta caracterizar alterações nos resultados clínicos e outras variáveis de interesse (p. ex., qualidade de vida, incapacidade) em um ano de acompanhamento em pacientes com DRT em 10 centros no Brasil. Os pacientes incluídos tinham diagnóstico clínico de DRT com base nos critérios DSM-5 e confirmado por MINI. A Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) era usada para avaliar a gravidade da doença e os resultados clínicos. Outras escalas de depressão e instrumentos classificados pelo paciente eram usadas para medir resultados correlacionados. Resultados: Cento e cinquenta e oito pacientes com DRT, na maioria mulheres (84,4%) com idade média de 48,55 anos, foram incluídos na análise. Apenas 31,4% dos pacientes apresentaram uma resposta clinicamente significativa, 10,3% tiveram recidiva e 26,7% alcançaram remissão, conforme medido pela MADRS no final do estudo (EOS). Aproximadamente 55% dos pacientes apresentavam depressão grave/moderadamente grave no EOS. Problemas de mobilidade, cuidados pessoais, problemas nas atividades usuais e dor e desconforto foram relatados pela maioria dos pacientes no EOS, assim como comprometimento marcado/extremo das atividades no trabalho/escola e da vida social/das atividades de lazer no EOS. Conclusões: Os resultados clínicos alcançados atualmente ainda são notavelmente insatisfatórios para DRT. Portanto, o envolvimento de todas as partes interessadas é essencial para implementar protocolos de tratamento mais eficazes no Brasil.
Objective: Treatment-resistant depression (TRD) is a primary concern in Brazil due to its burdensome and complex nature, while diagnosis and treatment is often challenging. The current manuscript presents the clinical outcomes in a one-year follow-up of TRD patients under Standard-of-care (SOC) in the Brazilian subset of the Treatment-Resistant Depression in America Latina (TRAL) study. Methods: This longitudinal phase of TRAL aimed to characterize changes in the clinical outcomes and other variables of interest (e.g. quality of life, disability) in a one-year follow-up of TRD patients in 10 centers in Brazil. Included patients were clinically diagnosed with TRD based on DSM-5 criteria and confirmed by MINI. Montgomery-Asberg Depression Rating Scale (MADRS) was used to assess disease severity and clinical outcomes. Other depression scales and patient rated instruments were used to measure correlated outcomes. Results: One hundred fifty-eight TRD patients, mostly female (84.4%), averaging 48.55 years, were included in the analysis. Only 31.4% of the patients showed a clinically significant response, 10.3% had a relapse and 26.7% achieved remission, as measured through MADRS at end-of-study (EOS). Almost 55% of the patients showed moderately severe/severe depression at EOS. Mobility issues, self-care, problems with usual activities and pain and discomfort were reported by the majority of the patients at EOS, as well as marked/extreme disruption of school/work and social life/leisure activities at EOS. Conclusions: Currently achieved clinical outcomes are still remarkably unsatisfactory for TRD. Therefore, the involvement of all relevant stakeholders is essential to implement more effective treatment protocols in Brazil.
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Estudo Multicêntrico , Transtorno Depressivo Maior , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento , Estudo ObservacionalRESUMO
Diretrizes clínicas (DCs) de alta qualidade são importantes para a assistência efetiva de pacientes com doenças crônicas, incluindo a depressão. A depressão é um dos principais problemas de saúde mundial, sendo um dos transtornos psiquiátricos mais comumente encontrados na prática médica, afetando cerca de 300 milhões de pessoas. Além de sua natureza debilitante e onerosa, muitas vezes pode levar a desfechos graves, tal como o suicídio, principalmente em pacientes que não respondem aos tratamentos. Assim, o objetivo geral desta tese foi identificar fatores das DCs associados à qualidade metodológica desses documentos e de suas recomendações, e comparar as recomendações para duas situações de falhas da farmacoterapia: pacientes não respondedores e pacientes com depressão resistente ao tratamento (DRT). Operacionalmente, foram feitas revisões sistemáticas da literatura em bases científicas e específicas de DCs, e incluídas DCs publicadas nos últimos onze anos que contivessem recomendações para o tratamento farmacológico de adultos com depressão. Para avaliação geral das DCs, foi aplicado o instrumento AGREE II, e para avaliação específica das recomendações, o instrumento AGREE-REX. As DCs foram consideradas de alta qualidade quando pontuaram com escores maiores ou iguais a 60% (no estudo descrito no capítulo 2) e maiores ou iguais a 80% (no estudo descrito no capítulo 3) no domínio 3 (Rigor de desenvolvimento) do AGREE II. As DCs com recomendações de alta qualidade foram as que pontuaram com mais de 60% no domínio 1 (Aplicabilidade Clínica) do AGREE-REX. Das 63 DCs selecionadas, 17 (27%) apresentaram alta qualidade, e 7 (11%) apresentaram recomendações de alta qualidade. Os fatores associados à maior qualidade foram gerenciamento de conflitos de interesses, equipe multiprofissional e tipo de instituição. A inclusão de representante do paciente na equipe também foi associada a recomendações de maior qualidade. Verificou-se que a maioria das DCs concorda com a necessidade de: reavaliar o diagnóstico, a presença de comorbidades, a adesão ao tratamento, ajustar a dosagem do antidepressivo e adicionar psicoterapia como os primeiros passos para aqueles que não respondem ao tratamento antidepressivo de primeira linha. Em relação às recomendações, há falhas importantes, incluindo a não apresentação de definição padronizada de resposta adequada/inadequada/parcial, e o não estabelecimento de tempo de tratamento necessário para declarar DRT. Todas as DCs incluíram a possibilidade de substituição do antidepressivo, potencialização com outros medicamentos e combinação de antidepressivos. Todavia, três DCs não recomendaram uma sequência entre eles. Por fim, verificou-se que das 17 DCs de alta qualidade e das 7 DCs com recomendações de alta qualidade, apenas duas incluíram definição e recomendações para DRT. Não existe consenso entre as DCs de alta qualidade quanto à definição e uso do termo DRT. Não foi possível extrair uma estratégia terapêutica convergente para DRT em adultos. Os resultados obtidos reforçam a necessidade de maior foco no aprimoramento da qualidade das DCs e de suas recomendações, especialmente nos subgrupos relativos à resposta inadequada ao tratamento e a DRT, nas quais as definições não são claras
High-quality clinical practice guidelines (CPGs) are important for treating patients with chronic diseases such as depression. Depression is a major health concern worldwide, affecting approximately 300 million people. It is one of the most prevalent psychiatric disorders in medical practice. It is not only debilitating and costly but can also lead to tragic consequences such as suicide, particularly in patients who do not respond to treatment. The objective of this thesis was to identify CPGs factors associated with the methodological quality of these documents and their recommendations. Furthermore, this thesis aimed to compare the recommendations in two pharmacotherapy failure situations: inadequate response to treatment and treatment-resistant depression (TRD). Systematic literature reviews were conducted on scientific and CPG-specific databases. Reviews were also conducted on CPGs published in the last eleven years that included recommendations for pharmacological treatment of adults with depression. The AGREE II instrument was used for the CPGs general assessment, while the AGREE-REX instrument was used specifically to assess their recommendations. CPGs were considered high quality if they achieved a score of at least 60% in the study mentioned in Chapter 2 and a score of at least 80% in the study mentioned in Chapter 3 in the AGREE II, rigour of development domain. The CPGs with high-quality recommendations were those that scored greater than 60% in Domain 1 (Clinical Applicability) of the AGREE-REX. Of the 63 selected CPGs, 17 (27%) were high quality, and 7 (11.1%) had recommendations of high quality. Factors associated with higher quality were conflict of interest management, multi-professional team, and type of institution. Inclusion of a patients representative on the team was associated with higher quality recommendations. Most CPGs agreed with the need to reassess diagnoses, comorbidities, and treatment adherence. They also agreed on adjusting antidepressant dosage and providing psychotherapy as a first step for patients who do not respond to first-line antidepressant treatment. There are significant shortcomings in the recommendations. In particular, the lack of a standardized definition of adequate, inadequate, or partial response to treatment and the lack of clarity surrounding the duration of treatment required to establish TRD. All CPGs included the possibility of antidepressant substitution, potentiation with other drugs, and a combination of antidepressants. However, three CPGs did not recommend a preferred sequence for these interventions. Finally, of the 17 high-quality CPGs and the 7 CPGs with high-quality recommendations, only two included definition and recommendations for TRD. There is no consensus among the high-quality CPGs regarding the definition and use of the term TRD. Ultimately, finding a convergent therapeutic strategy for TRD in adults was not possible. These results highlighted the need to focus more on improving the quality of CPGs and their recommendations, especially in the subgroups related to inadequate response to treatment and TRD, where definitions are unclear
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pacientes/classificação , Guia de Prática Clínica , Depressão/tratamento farmacológico , Transtorno Depressivo/diagnóstico , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/diagnóstico , Equipe de Assistência ao Paciente/ética , Medicina Baseada em Evidências/classificação , Antidepressivos/administração & dosagemRESUMO
Tecnologia: Aripiprazol, antipsicóticos atípicos disponíveis no Sistema Único de Saúde, outras classes de potencializadores de tratamento depressivo. Indicação: Depressão refratária. Pergunta: Há diferenças de eficácia e segurança entre o Aripiprazol, Ziprasidona, Olanzapina, Quetiapina e Risperidona como agente potencializador do tratamento de depressão refratária? Há diferenças de eficácia e segurança entre as principais classes de drogas potencializadoras do tratamento de depressão refratária? Métodos: Levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados PUBMED, seguindo estratégias de buscas predefinidas. Foi feita a avaliação da qualidade metodológica das revisões sistemáticas com a ferramenta Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews version 2. Resultados: Foram selecionadas 3 revisões sistemáticas, que atendiam aos critérios de inclusão. Conclusão: Na potencialização do tratamento antidepressivo, o Aripiprazol, em dose padrão ou dose diária reduzida, não é superior à Quetiapina, Olanzapina/Fluoxetina ou Risperidona em desfechos de eficácia ou segurança para casos de depressão refratária com pelo menos uma falha terapêutica prévia. As diferentes classes de potencializadores de antidepressivos não diferem entre si nos desfechos de eficácia para casos de depressão refratária com duas ou mais falhas terapêuticas prévias. Ziprasidona e Quetiapina se mostraram mais eficazes que o placebo e seguros para promover remissão sintomática da depressão refratária
Technology: Aripiprazole, atypical antipsychotics available in the Brazilian Public Health System, other classes of augmentative antidepressant agent. Indication: Treatment-resistant depression (TRD). Question: Are there differences in efficacy and safety between Aripiprazole, Ziprasidone, Olanzapine, Quetiapine, and Risperidone as augmentative agent in the treatment of TRD? Are there differences in efficacy and safety between the main classes of augmentative drugs that enhance the treatment of TRD? Methods: A bibliographic survey was carried out in the PUBMED database, following predefined search strategies. The methodological quality of systematic reviews was assessed using the Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews version 2 tool. Results: 3 systematic reviews were selected that met the inclusion criteria. Conclusion: In potentiating antidepressant treatment, Aripiprazole, in standard dose or reduced daily dose, is not superior to Quetiapine, Olanzapine/fluoxetine or Risperidone in efficacy or safety outcomes for cases of TRD with at least one previous therapeutic failure. The different classes of antidepressant enhancers do not differ in efficacy outcomes for cases of TRD with two or more prior therapeutic failures. Ziprasidone and Quetiapine were more effective than placebo and safer for the outcome of symptomatic remission of TRD
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Humanos , Antipsicóticos/uso terapêutico , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/tratamento farmacológico , Aripiprazol/uso terapêutico , Eficácia , Risperidona/uso terapêutico , Fumarato de Quetiapina/uso terapêutico , Olanzapina/uso terapêuticoRESUMO
Objetivos: A epidemiologia da depressão resistente ao tratamento (DRT) varia mundialmente, mas é incerta na América Latina. Este artigo relata a epidemiologia e o ônus da DRT em pacientes com transtorno depressivo maior (TDM) no Brasil, no estudo observacional multinacional, multicêntrico, de DRT na América Latina (TRAL). Métodos: Trezentos e noventa e seis pacientes adultos com TDM (tratados ou não) no Brasil, com diagnóstico de TDM usando o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fifth Edition (DSM-5) e confirmado por MINI Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional v7.0.2, foram incluídos em 10 centros. Os pacientes forneceram consentimento e concluíram as avaliações. Os critérios de exclusão incluíram pacientes com psicose, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno esquizoafetivo, demência, transtorno de uso de substância ou participação atual em outro estudo. A MADRS foi usada para gravidade da doença. Escalas de depressão e instrumentos classificados pelos pacientes foram usados para medir os resultados. Resultados: A prevalência de DRT em pacientes com TDM na América Latina corresponde a 29,1% (IC 95% [26,8%; 31,4%]), embora no Brasil corresponda a 40,4% (IC 95%: 35,6%-45,2%), a mais alta no estudo TRAL. Os pacientes com DRT são mais velhos e apresentam maior proporção de divórcios e menor nível educacional, com pontuação mais alta na Escala de Classificação da Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS), comparados a pacientes sem DRT. Os custos de saúde foram maiores em pacientes com DRT, com menor qualidade de vida e maiores custos de saúde e comprometimento laboral. Conclusões: Estes achados confirmam que a DRT apresenta alta prevalência no Brasil, consistentemente com estudos anteriores sobre transtornos depressivos. Globalmente, os pacientes com DRT apresentam maior ônus da doença, sugerindo a necessidade de melhorar os cuidados para pacientes com DRT no Brasil
Objectives: Treatment-resistant depression (TRD) epidemiology varies worldwide, but uncertain in Latin America (LatAm). This paper reports on the epidemiology and burden of TRD in major depressive disorder (MDD) patients in Brazil from the TRD in America Latina (TRAL) multicenter, multinational, observational study. Methods: 396 adult patients (treated or untreated) with MDD diagnosis in Brazil using Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fifth Edition (DSM-5) and confirmed by MINI International Neuropsychiatric Interview v7.0.2 were consecutively enrolled from 10 clinical sites in Brazil. Patients provided consent and complete assessments. Exclusion criteria included patients with psychosis, schizophrenia, bipolar disorder, schizoaffective disorder, dementia, with substance use disorder or currently participating in another clinical trial. Montgomery-Asberg Depression Rating Scale (MADRS) was used for disease severity. Depression scales and patient rated instruments were used to measure outcomes. Results: The prevalence of TRD in MDD patients in LatAm is 29.1% (95%CI [26.8%; 31.4%]), though the values for Brazil are 40.4% (95%CI: 35.6%-45.2%), the highest in the TRAL study. TRD patients are older, have higher proportion of divorce and lower education, with higher MADRS score compared to non-TRD patients. Healthcare costs were higher in TRD patients, with lower quality of life (QoL) and higher work impairment and healthcare costs. Conclusions: Present findings confirms that TRD is highly prevalent in Brazil, which is consistent with previous studies concerning depressive disorders. Globally, TRD patients experience higher burden of the disease. These findings suggest the need to improve care among TRD patients in Brazil
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Epidemiologia , Transtorno Depressivo Maior , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento , Estudo ObservacionalRESUMO
INTRODUCCIÓN: La estimulación cerebral profunda (DBS) se ha propuesto como una alternativa terapéutica para el manejo de la depresión resistente al tratamiento (DRT). Sin embargo, existen múltiples blancos para neuroestimulación y se desconoce el punto neuroanatómico óptimo en esta patología. Como parte del circuito de recompensa, el núcleo accumbens (NAc) ha sido estudiado en modelos de depresión y anhedonia. El objetivo de este artículo fue describir la experiencia clínica de la implantación de electrodos bilaterales de DBS en el NAc. REPORTE DE CASOS: Se describe la experiencia en cuatro mujeres entre los 17 a 41 años con DRT. Los casos presentaban antecedente de múltiples hospitalizaciones e intentos de suicidio serios, a pesar de haber sido tratadas previamente con terapia farmacológica, psicoterapia y TECAR (Terapia electroconvulsiva con anestesia y relajación). A los 6 meses del inicio del DBS, se observó una mejoría de los síntomas depresivos en la escala de Hamilton y un incremento en la escala de funcionalidad global. La anhedonia y la abulia persistieron luego de la cirugía, aunque con menor intensidad. CONCLUSIÓN: La DBS del NAc puede ser una estrategia efectiva en el tratamiento de pacientes con DRT, impactando en la funcionalidad y en la disminución del riesgo suicida.
INTRODUCTION: Deep brain stimulation (DBS) has been proposed as a therapeutic alternative for Treatment-resistant depression (TRD) patients. However, there are multiple targets for neurostimulation and the optimal neuroanatomical landmark for this pathology is unknown. Nucleus accumbens (NAc) is a crucial part of the reward circuit and has been studied extensively in models of depression and anhedonia. The objective of this study was to describe our clinical experience with DBS of the NAc patients with TRD. CASE SERIES: It described the experience in four females between 17 and 41 years of age. All cases presented with a history of multiple hospitalizations and serious suicide attempts, despite having been treated with optimal pharmacological regimes, psychotherapy and ECT (Electroconvulsive therapy). Six months after the initiation of DBS, an improvement in the Hamilton Depression Scale and in the Global Assessment of Functioning Scale was observed. Anhedonia and abulia persisted after the surgery, although less severe. CONCLUSION: DBS of NAc seems to offer favorable surgical outcomes in patients with TRD, impacting functionality and suicidal risk.
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Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Estimulação Encefálica Profunda/métodos , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/terapia , Núcleo Accumbens , Tentativa de Suicídio/prevenção & controleRESUMO
Abstract Introduction Depression is one of the most important psychiatric disorders, and the rate of recurrence is high. The heavy cost burden of depression is probably due to treatment-resistant depression. The purpose of this study was to determine the effectiveness of mindfulness-based cognitive therapy (MBCT) in patients with treatment-resistant depression (TRD). Method The present study was a quasi-experimental study conducted with twenty-four patients with treatment-resistant depression. Participants were selected by purposive sampling and randomly assigned to two groups, an experimental group and a control group. The experimental group received MBCT and antidepressants, while the control group received antidepressants only. The Hamilton and Beck Depression Inventory, Self-Compassion Scale, Thought Rumination Scale, and Mindfulness Scale were administered. The treatment program was conducted in eight sessions; with a follow-up period of one month subsequent to treatment termination. Data were analyzed using descriptive statistics (mean and standard deviation) and inferential statistics (analysis of variance for repeated measures and Bonferroni's post-hoc test). Results The results showed that MBCT significantly reduced depression and ruminative thinking in the experimental group and also improved mediators such as mindfulness and self-compassion. Patients maintained gains over the one month follow-up period (p < 0.01). Conclusion The present study provides additional evidence for the effectiveness of MBCT for TRD.
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Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Adulto Jovem , Autoimagem , Empatia , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/terapia , Atenção Plena , Ruminação Cognitiva , Resultado do Tratamento , Empatia/fisiologia , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/fisiopatologia , Atenção Plena/métodos , Ruminação Cognitiva/fisiologiaRESUMO
Objective: Selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) are the cornerstone of treatment of major depressive disorder (MDD). However, non-response is common, often necessitating combination strategies. The present study assessed the efficacy of vortioxetine as an add-on therapy in patients with SSRI-resistant MDD. Methods: The charts of 36 adult outpatients with DSM-IV-TR MDD who had not achieved a response after at least 8 weeks of treatment with an SSRI were reviewed retrospectively. Subjects were treated with vortioxetine (5-20 mg/day) for 8 weeks added to the current SSRI. The main outcome measures were change from baseline in total Hamilton Scale for Depression (HAM-D) score and the rate of response (a 50% or greater reduction in HAM-D score and a Clinical Global Impression ‐ Improvement module [CGI-I] score of 1 or 2 at endpoint). HAM-D scores ≤ 7 were considered as remission. Additional outcome measures included the Snaith-Hamilton Pleasure Scale (SHAPS) and the Scale for Suicide Ideation (SSI). Results: 32 patients completed the 8 weeks of treatment. At 8 weeks, a significant reduction in HAM-D score was observed (p ≤ 0.001), with response obtained by 41.7% and remission by 33.3% of patients. Significant reductions in SHAPS and SSI were also observed (p ≤ 0.001 for both scales). Conclusions: Adjunctive vortioxetine may be useful and well-tolerated in stage I treatment-resistant depression. However, the limitations of this study (such as small sample size, absence of randomization and control group, retrospective design, etc.) must be considered.
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Transtorno Depressivo Maior/tratamento farmacológico , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/tratamento farmacológico , Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina/administração & dosagem , Vortioxetina/administração & dosagem , Antidepressivos/administração & dosagem , Escalas de Graduação Psiquiátrica , Fatores de Tempo , Reprodutibilidade dos Testes , Estudos Retrospectivos , Análise de Variância , Resultado do Tratamento , Estatísticas não Paramétricas , Quimioterapia CombinadaRESUMO
Abstract Objective To conduct a systematic review of literature on use and efficacy of cognitive-behavioral therapy (CBT) for treatment of treatment-resistant depression in adults and adolescents. Methods We performed a systematic review according to the Prisma Guidelines of literature indexed on the PubMed, SciELO, Psychiatry Online, Scopus, PsycArticles, Science Direct and the Journal of Medical Case Reports databases. Randomized controlled trials, open studies and case reports were included in the review. Results The searches returned a total of 1,580 articles, published from 1985 to 2017. After applying the inclusion criteria, 17 articles were selected, their complete texts were read and 8 were included in this review. Four of these studies were randomized controlled trials with adults, one of which covered a post-study follow-up period; two were randomized controlled trials with adolescents, one of which presented follow-up data; one was an open study; and one was a case report. The studies provide good quality and robust evidence on the topic addressed. Conclusions A combination of CBT with pharmacotherapy for treatment-resistant patients shows a decrease in depressive symptoms. CBT can be an effective type of therapy for adults and adolescents with treatment-resistant depression.
Resumo Objetivos Realizar uma revisão sistemática sobre o uso da terapia cognitivo-comportamental (TCC) e sua eficácia no tratamento da depressão resistente ao tratamento em adultos e adolescentes. Métodos Realizamos uma revisão sistemática utilizando os critérios do Prisma Guidelines, nos seguintes bancos de dados: PubMed, SciELO, Psychiatry Online, Scopus, PsycArticles, Science Direct e Journal of Medical Case Reports. Estudos controlados randomizados, estudos abertos e relatos de casos foram incluídos neste estudo. Resultados A pesquisa retornou um total de 1.580 artigos, publicados de 1985 até 2017. Após aplicarmos os critérios de inclusão, 17 artigos foram selecionados, seus textos completos foram lidos e 8 foram incluídos nesta revisão. Do total, quatro eram estudos controlados randomizados com adultos, tendo um incluído um período de seguimento pós-estudo; dois eram estudos controlados randomizados com adolescentes, tendo um apresentado dados de seguimento; um era um estudo aberto; e o último era um relato de caso. Os estudos apresentaram boa qualidade e evidências robustas sobre o tópico abordado. Conclusões A combinação de TCC com tratamento medicamentoso para pacientes resistentes ao tratamento mostra uma diminuição dos sintomas depressivos. A TCC pode ser um tipo eficaz de terapia para adultos e adolescentes com depressão resistente ao tratamento.
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Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Terapia Cognitivo-Comportamental , Transtorno Depressivo Maior/terapia , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/terapiaRESUMO
Depression is the leading cause of disability worldwide, and it is related to high suicide rates. Furthermore, a great number of patients do not respond to any of the available treatments. Deep brain stimulation (DBS), a versatile technology with expanding indications, is considered a potential treatment for resistant depression. However, in over 10 years of clinical research, its efficacy has not been completely proven. Although new trials using DBS for treatment-resistant depression keep emerging, two of the three Level I evidence-based studies recently conducted have not provided conclusive data. Methodological limitations andmajor biases have compromised the obtention of clearer results. In this systematic review of the literature, we intend to critically assess the clinical trials performed in this field.
Assuntos
Estimulação Encefálica Profunda/efeitos adversos , Estimulação Encefálica Profunda/história , Estimulação Encefálica Profunda/instrumentação , Estimulação Encefálica Profunda/métodos , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/terapiaRESUMO
SUMMARY BACKGROUND: There is no strong evidence on the link between inflammatory profile and pattern of drug treatment response in depressive patients that could result in Coronary Artery Disease occurrence. OBJECTIVE: This study aimed to compare the subclinical atherosclerosis markers, inflammatory profile, and BDNF production in Resistant Depression (RD) or Bipolar Affective Disorder (BAD) patients under conventional treatment. METHODS: The population evaluated was comprised of 34 RD, 43 BAD, and 41 controls. Subclinical atherosclerosis markers were evaluated using ultrasonography, tomography, and exercise stress test. Plasma concentrations of TNFα, IL-1β, IL-6, and BDNF were measured using Luminex100™. The usCRP concentration was measured using turbidimetric immunoassay. IL1B, IL6, and TNFA expression were determined using TaqMan®. For the statistical analysis, the significance level was established at p<0.05. RESULTS: Concerning subclinical atherosclerosis markers, only O2 consumption was reduced in the BAD group (p = 0.001). Although no differences were found in gene expression, BDNF and IL-1β plasma concentration was increased in the RD group (p = 0.002 and p = 0.005, respectively) even with an antidepressant treatment, which suggests that these drugs have no effect in IL-1β secretion and that the inflammasome may play a role in therapy response. CONCLUSION: Taken together, both BDNF and IL-1β plasma concentrations could be used to the early identification of RD patients.
RESUMO FUNDAMENTAÇÃO: Não há fortes evidências sobre a associação entre o perfil inflamatório e o padrão de resposta ao tratamento medicamentoso em pacientes depressivos que podem resultar em ocorrência de doença coronariana. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar os marcadores de aterosclerose subclínica, o perfil inflamatório e a produção de BDNF em pacientes com Depressão Resistente (DR) ou Transtorno Afetivo Bipolar (BAD) sob tratamento convencional. MÉTODOS: A população avaliada incluiu 34 RD, 43 BAD e 41 controles. Os marcadores de aterosclerose subclínica foram avaliados por ultrassonografia, tomografia e teste de esforço. As concentrações plasmáticas de TNFα, IL-1β, IL-6 e BDNF foram medidas utilizando Luminex100TM. A concentração de usCRP foi medida por imunoensaio turbidimétrico. A expressão de IL1B, IL6 e TNFA foi determinada usando TaqMan®. Para as análises estatísticas, foi estabelecido o nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Quanto aos marcadores de aterosclerose subclínica, apenas o consumo de O2 foi reduzido no grupo BAD (p = 0,001). Embora não tenham sido encontradas diferenças na expressão gênica, a concentração plasmática de BDNF e IL-1β foi aumentada no grupo RD (p = 0,002 e p = 0,005, respectivamente) mesmo sob tratamento antidepressivo, o que sugere que esses medicamentos não têm efeito na secreção de IL-1β e que o inflamassomo pode desempenhar um papel na resposta terapêutica. CONCLUSÃO: Juntas, as concentrações BDNF e IL-1β poderiam ser usadas para a identificação precoce de pacientes com DR.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Transtorno Bipolar/sangue , Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo/sangue , Interleucina-1beta/sangue , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/sangue , Valores de Referência , Transtorno Bipolar/diagnóstico , Transtorno Bipolar/tratamento farmacológico , Biomarcadores/sangue , Índice de Massa Corporal , Modelos Logísticos , Valor Preditivo dos Testes , Interleucina-6/sangue , Fator de Necrose Tumoral alfa/sangue , Estatísticas não Paramétricas , Aterosclerose/sangue , Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/diagnóstico , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/tratamento farmacológico , Pessoa de Meia-Idade , Anti-Inflamatórios/uso terapêutico , Antidepressivos/uso terapêuticoRESUMO
Este estudo tem como finalidade o trabalho de conclusão de curso do Aprimoramento Profissional em Abordagem Multidisciplinar em Saúde Mental na Adolescência, que foi realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo, resultando em um estudo de caso. O paciente analisado esteve em atendimento psicoterápico no Ambulatório de Psiquiatria da Infância e Adolescência (SPQIA), HC- FMRP-USP por oito meses e todos os procedimentos de sigilo foram tomados para sua proteção. O objetivo foi investigar se a psicoterapia psicodinâmica breve trouxe benefícios para o adolescente com quadro depressivo e tal análise ocorreu através do discurso do paciente, como também pelas observações da psicóloga. A análise do caso clínico baseou-se em cinco temas emergentes: Paciente menino; Confusões de um adolescente; O quadro clínico;...
Assuntos
Adolescente , Psicoterapia Psicodinâmica , Transtorno Depressivo Resistente a TratamentoAssuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Idoso , Receptores de N-Metil-D-Aspartato/antagonistas & inibidores , Transtornos Dissociativos/induzido quimicamente , Transtorno Depressivo Resistente a Tratamento/tratamento farmacológico , Ketamina/efeitos adversos , Antidepressivos/efeitos adversos , Fatores de Tempo , Resultado do Tratamento , Ketamina/administração & dosagem , Antidepressivos/administração & dosagemRESUMO
Introdução: Aproximadamente um terço dos pacientes com depressão não atingem remissão. As estratégias medicamentosas mais comumenteutilizadas para a abordagem da depressão resistente são a substituição, a potencialização e a combinação de antidepressivos. Objetivo: Realizar revisão narrativa da literatura em relação a essas estratégias. Metodologia: Buscas sistemáticas no PubMed, Cochrane Library e Lilacs de estudos sobre o tratamento medicamentoso da depressão refratária foram realizadas, considerando artigos publicados até 30 de agosto de 2015. Resultados: Foram selecionados 11 artigos, sendo 6 sobre substituição, 3 acerca de potencialização e 2 sobre combinação de antidepressivos. Conclusão: As estratégias medicamentosas para o tratamento da depressão refratária foram pouco estudadas. O número de ensaios clínicos é pequeno e as limitações metodológicas são significativas. Evidências de eficácia são observadas apenas na potencialização com o lítio, hormônio tireoidiano e alguns antipsicóticos de segunda geração. Ensaios controlados com placebo, com número adequado de pacientes e de curto e longo prazo, estudos para identificação de estratégias mais eficazes em subgrupos e análises de custo-benefício são necessários.