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Adoption rates of laparoscopic techniques for colorectal resections among Brazilian surgeons: limiting factors affecting incorporation into daily practice / Adoção de técnicas laparoscópicas em ressecções colorretais entre cirurgiões brasileiros. Fatores limitantes que afetam a incorporação na prática diária

J. coloproctol. (Rio J., Impr.); 39(1): 27-32, Jan.-Mar. 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-984638
RESUMO Durante as últimas décadas, a incorporação de técnicas minimamente invasivas no tratamento de doenças colorretais testemunhou um progresso lento e firme, principalmente após o reconhecimento da segurança oncológica e melhor evolução. A adoção rotineira na prática clínica e na Residência Médica no Brasil ainda não amplamente avaliada até agora.

Objetivos:

O presente estudo visou avaliar a adoção e as limitações relativas ao uso de técnicas laparoscópicas entre cirurgiões colorretais brasileiros.

Métodos:

um questionário foi enviado a 1870 membros filiados à Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) em 2006. As questões foram enviadas por email, incluindo dados pessoais (sexo, idade) e profissionais (tempo e local de prática, filiação à SBCP, número mensal de procedimentos laparoscópicos, tratamento de câncer e limitações para realizar laparoscopia na rotina.

Resultados:

Entre os 1870 membros, 418 (22.4%) mandaram sua resposta, com uma maior participaçãoo de homens (80%) em comparação às mulheres (20%). A idade média foi de 43 (28-80) anos. A distribuição entre membros titulares e não titulares foi semelhantes (48% vs. 52%). As atividades profissionais foram desenvolvidas em clínica privada (84%), hospitais privados (73%), hospitais públicos (50%) e hospitais universitários (53%). Entre os que responderam (418), 110 (26.3%) não realizavam procedimentos laparoscópicos, enquanto 308 (73.7%) já haviam adotado o acesso laparoscópico rotineiramente na prática clínica. Um número médio de 7.6 procedimentos colorretais laparoscópicos são realizados por mês (1-40). Cerca de 13% dos cirurgiões iniciaram sua experiência laparoscópica diretamente com procedimentos colorretais, enquanto a maioria (87%) começaram por outros procedimentos no trato digestivo. A adoção da laparoscopia foi positivamente influenciada pela idade jovem dos membros (46% vs. 28%) e pela filiação a hospitais universitários (p = 0,01). Inversamente, cirurgiões trabalhando na prática privada demonstraram uma menor tendência em adotar o método. A maioria dos cirurgiões (93%) que adoraram a laparoscopia afirmou incluir pacientes com câncer colorretal em suas indicações operatórias. Entre os que responderam 106 (34,4%) já realizaram mais de 100 procedimentos laparoscópicos, e 167 (54,2%) reportaram experiência maior que 50 casos. Dentre aqueles que não adotaram técnicas minimamente invasivas, a falta de treinamento (73,6%) ou a indisponibilidade de instrumental laparoscópico (27,3%) foram incriminadas como os principais fatores limitantes.

Conclusões:

o índice de adoção de técnicas laparoscópicas no tratamento de doenças intestinais ainda é baixo (pelo menos 17%) entre cirurgiões colorretais brasileiros. Esforços futuros de nossa Sociedade Médica devem focar na provisão de treinamento supervisionado, na criação de oportunidades para preceptoria durante a experiência inicial e na obtenção de instrumental em centros que queiram mudar sua rotina e perspectivas.
Biblioteca responsável: BR545.3