Estudo eletroanatômico em pacientes com recorrência de taquiarritmias atriais após a ablação circunferencial das veias oulmonares para o tratamento da fibrilação atrial / Eletroanatomic study in patients with recorrence of atrial tachyarrhythmia after circunferential ablation of the pulmonary veins for the treatment of atrial fibrilation

RESUMO

Objetivo: Existem poucas informações sobre as características eletroanatômicas do átrio esquerdo (AE) associadas à recorrência de taquiarritmias atriais (T Aa) após a ablação circunferencial anatômica para o tratamento da fibrilação atrial (F A). O objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre as alterações eletroanatômicas imediatas causadas pela ablação e a seus efeitos tardios, observados durante um segundo procedimento. Métodos: Foram incluídos 47 pacientes (idade 57J 8 anos) submetidos a um segundo procedimento após a ablação circunferencial. Utilizando um sistema de mapeamento eletroanatômico, foram obtidas medidas de voltagem através da média de pontos na junção veno-atrial e em outros quatro locais do AE. Também foram analisados a velocidade de condução regional, o ciclo de freqüência da FA (CFFA), a complexidade dos eletrogramas e a distribuição de gaps. Os resultados foram comparados aos achados do primeiro procedimento. Resultados: Vinte e três (49 por cento) pacientes apresentaram taquicardia atrial (TA), sendo esta a única arritmia documentada em 8 (17 por cento) pacientes. Após uma redução inicial da voltagem e velocidade de condução observadas ao final do primeiro procedimento, as medidas retomaram para valores intermediários em todos os locais do AE, com voltagem acima do critério de sucesso inicial ® 0,1 m V) em 76 por cento das veias pulmonares (VPs) e resultado significativamente melhor nas VPs inferiores esquerdas (p= 0,004). Comparada ao primeiro estudo, a velocidade de condução foi menor através dos antros das VPs inferior esquerda e superior direita (p < 0,001). Os gaps foram mais prevalentes no aspecto septal das VPs direitas (85 por cento), entre o apêndice auricular esquerdo (AAE) e a VP superior esquerda (70 por cento) e nas linhas intervenosas na parede posterior (71 por cento). Comparado ao primeiro estudo, houve um aumento não-significativo do CFF A e uma distribuição mais ampla de eletrogramas...