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1.
Rev Bras Epidemiol ; 27Suppl 1(Suppl 1): e240002.supl.1, 2024.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-39166574

RESUMO

OBJECTIVE: Sexually transmitted infections (STIs) disproportionately affect transgender women and travestis (TGW), who often lack access to healthcare due to stigma and discrimination. We describe the approach and methodology of a study investigating the prevalence of syphilis, HIV, hepatitis A, B, and C, Neisseria gonorrhoeae (NG), Chlamydia trachomatis (CT), and human papillomavirus (HPV) among TGW, as well as their knowledge and perceptions regarding syphilis, to better inform policies to curb STIs among this vulnerable population. METHODS: TransOdara was a multicentric, cross-sectional study conducted among TGW in five capital cities from major Brazilian regions between December 2019 and July 2021. Self-identified transgender women and travestis aged >18 years were recruited using respondent-driven sampling after a qualitative formative phase, completed an interviewer-led questionnaire, were offered a physical examination, and were also asked to provide samples from multiple sites to detect various STIs, starting vaccination and treatment when indicated. RESULTS: A total of 1,317 participants were recruited from the five study locations: Campo Grande (n=181, 13.7%), Manaus (n=340, 25.8%), Porto Alegre (n=192, 14.6%), Salvador (n=201, 15.3%), and São Paulo (n=403, 30.6%). The recruitment period varied at each study location due to logistic constraints imposed by the COVID-19 pandemic. CONCLUSION: Despite the enormous challenges posed by the co-occurrence of the COVID-19 pandemic and field work targeting a vulnerable, elusive, and scattered population, the TransOdara project has been effectively implemented. Caveats did not preclude 1,300 TGW from being interviewed and tested, amid a significant epidemic that disrupted health services and research projects in Brazil and worldwide.


Assuntos
COVID-19 , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Pessoas Transgênero , Humanos , COVID-19/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Feminino , Adulto , Masculino , Pessoas Transgênero/estatística & dados numéricos , Infecções Sexualmente Transmissíveis/epidemiologia , Adulto Jovem , Pandemias , Adolescente , Pessoa de Meia-Idade , Prevalência , SARS-CoV-2 , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde
2.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;27(supl.1): e240002.supl.1, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1569715

RESUMO

ABSTRACT Objective Sexually transmitted infections (STIs) disproportionately affect transgender women and travestis (TGW), who often lack access to healthcare due to stigma and discrimination. We describe the approach and methodology of a study investigating the prevalence of syphilis, HIV, hepatitis A, B, and C, Neisseria gonorrhoeae (NG), Chlamydia trachomatis (CT), and human papillomavirus (HPV) among TGW, as well as their knowledge and perceptions regarding syphilis, to better inform policies to curb STIs among this vulnerable population. Methods: TransOdara was a multicentric, cross-sectional study conducted among TGW in five capital cities from major Brazilian regions between December 2019 and July 2021. Self-identified transgender women and travestis aged >18 years were recruited using respondent-driven sampling after a qualitative formative phase, completed an interviewer-led questionnaire, were offered a physical examination, and were also asked to provide samples from multiple sites to detect various STIs, starting vaccination and treatment when indicated. Results: A total of 1,317 participants were recruited from the five study locations: Campo Grande (n=181, 13.7%), Manaus (n=340, 25.8%), Porto Alegre (n=192, 14.6%), Salvador (n=201, 15.3%), and São Paulo (n=403, 30.6%). The recruitment period varied at each study location due to logistic constraints imposed by the COVID-19 pandemic. Conclusion: Despite the enormous challenges posed by the co-occurrence of the COVID-19 pandemic and field work targeting a vulnerable, elusive, and scattered population, the TransOdara project has been effectively implemented. Caveats did not preclude 1,300 TGW from being interviewed and tested, amid a significant epidemic that disrupted health services and research projects in Brazil and worldwide.


RESUMO Objetivo As infecções sexualmente transmissíveis (IST) afetam desproporcionalmente as mulheres trans e travestis (MTT), que muitas vezes não têm acesso a cuidados de saúde devido ao estigma e à discriminação. Descrevemos a abordagem e a metodologia de um estudo que investigou a prevalência de sífilis, HIV, hepatite A, B e C, Neisseria gonorrhoeae (NG), Chlamydia trachomatis (CT) e papilomavírus humano (HPV) entre as MTT, bem como seu conhecimento e percepção sobre a sífilis, para melhor as políticas para redução de IST nessa população vulnerável. Métodos: TransOdara foi um estudo multicêntrico, transversal, realizado em cinco capitais das principais regiões brasileiras entre dezembro de 2019 e julho de 2021. Mulheres autoidentificadas como mulheres trans ou travestis, com idade >18 anos, foram recrutadas usando respondent-driven sampling, após uma fase de pesquisa formativa. Responderam a um questionário conduzido por entrevistadoras. Foi oferecida consulta médica, com exame físico, e solicitou-se que fornecessem amostras de vários locais para detectar as IST citadas. Quando indicado e consentido, foram iniciadas a vacinação e o tratamento. Resultados: Foram recrutadas 1.317 participantes nos cinco locais de estudo: Campo Grande (n=181, 13,7%), Manaus (n=340, 25,8%), Porto Alegre (n=192, 14,6%), Salvador (n= =201, 15,3%) e São Paulo (n=403, 30,6%). O período de recrutamento variou em cada local em razão de restrições logísticas impostas pela pandemia de COVID-19. Conclusão: Apesar dos enormes desafios colocados pela ocorrência simultânea da pandemia da COVID-19 e do trabalho de campo dirigido a uma população vulnerabilizada e dispersa, o projeto TransOdara foi eficazmente implementado. As adversidades não impediram que mais de 1.300 mulheres trans e travestis tenham sido entrevistadas e testadas em meio a uma epidemia de tal magnitude que perturbou os serviços de saúde e os projetos de pesquisa no Brasil e no mundo.

3.
Artigo em Português | CONASS, Coleciona SUS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-CTDPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1511297

RESUMO

Objetivo: Estimar a prevalência do papilomavírus humano (HPV) e avaliar a indicação e completude da vacinação contra o HPV entre travestis e mulheres transexuais (TrMT) em situação de vulnerabilidade social, participantes de estudo transversal multicêntrico (TransOdara), em Manaus, Amazonas (2020-2021). Métodos: O recrutamento ocorreu no Ambulatório de Diversidade Sexual e Gênero da Policlínica Pam/Codajás, utilizando Respondent-Driven Sampling. A variável dependente foi o resultado positivo para HPV, analisado por meio do resultado do swab anal e swab genital. Resultados: Participaram 39 TrMT. Cerca de 50% tinham entre 20 e 29 anos, com até Ensino Fundamental incompleto/completo e 81,6% identificaram-se como pretas/pardas. Um total de 97,4% apresentou infecção anal pelo HPV e 53,8%, infecção genital. As prevalências foram significativamente maiores entre as imigrantes (88,9%) e em situação de rua (72,7%) do que entre as privadas de liberdade (26,3%) (p = 0,003). Conclusão: Para reduzir a alta prevalência de HPV entre TrMT em situação de vulnerabilidade social, é importante aprimorar as políticas públicas vigentes e estabelecer estratégias de prevenção (ampliação da cobertura de imunização/diagnóstico precoce) e tratamento oportuno para melhor qualidade de vida.


Objective: To estimate the prevalence of human papillomavirus (HPV) and evaluate the indication and completeness of vaccination against HPV among 'travestis" and transsexual women (TrTW) in vulnerable social, participants of a multicenter cross-sectional study (TransOdara), in Manaus, Amazonas (2020-2021). Methods: Recruitment took place at the Sexual Diversity and Gender Outpatient Clinic of the Policlínica Pam/Codajás, using Respondent-Driven Sampling. The dependent variable was the positive result for HPV, analyzed through the result of the anal swab and genital swab. Results: 39 participated TrTW. About 50% were between 20 and 29 years old, with incomplete/complete Elementary School and 81.6% identified themselves as black/brown. A total of 97.4% had anal HPV infection and 53.8%, genital infection. Prevalences were significantly higher among immigrants (88.9%) and homeless (72.7%) than among those incarcerated (26.3%) (p = 0.003). Conclusion: To reduce the high prevalence of HPV among TrMT in socially vulnerable situations, it is important to improve current public policies and establish prevention strategies (expansion immunization coverage/early diagnosis) and timely treatment for better quality of life

4.
Rev Bras Epidemiol ; 23: e200042, 2020.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-32428191

RESUMO

INTRODUCTION: The acquisition of medicines accounts for a significant proportion of private health expenditures. The objective of this study was to analyse the private spending with the purchase of medicines and the commitment of the family income, by the elderly. METHODS: Population survey conducted in Praia Grande, São Paulo, Brazil. The monthly expenditure and the per capita family income commitment with the purchase of medicines were calculated from the information obtained in the interviews. The variables were described in absolute and relative frequencies and the hypothesis test was Pearson's χ2, Student's t and Anova, with a significance level of 5%. RESULTS: The prevalence of drug use was 61.2%. The average monthly expenditure per capita was R$ 34.59, with significantly higher income impairment for individuals with higher levels of education, without chronic diseases and health plan beneficiaries. CONCLUSION: The prevalence of drug use was low. The cost generated by the purchase of medicines is one of the ways in which inequality can manifest in society. The expansion of free drug provision would be necessary to expand access and avoid spending, especially those who have private health plans but cannot afford drug treatment.


Assuntos
Gastos em Saúde/estatística & dados numéricos , Renda/estatística & dados numéricos , Preparações Farmacêuticas/economia , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Brasil , Cidades , Custos de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Programas Nacionais de Saúde/economia , Programas Nacionais de Saúde/estatística & dados numéricos , Preparações Farmacêuticas/provisão & distribuição , Fatores Socioeconômicos , Estatísticas não Paramétricas
5.
Saúde debate ; 44(spe4): 219-231, 2020. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1290140

RESUMO

RESUMO A Covid-19 chegou rapidamente à periferia das grandes cidades brasileiras, a qual é socialmente mais vulnerável. A baixa capacidade de testagem resulta na adoção de medidas sem informações consistentes sobre o comportamento da doença e interfere na adoção de ações de controle. Objetivou-se estimar a prevalência de infecção por SARS-CoV-2 na população da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) e analisar impactos da vulnerabilidade social e de políticas públicas implementadas em contextos de desigualdades. Estudo de caráter quantitativo, transversal, mediante inquérito sorológico seriado e aplicação de questionário em amostragem populacional estratificada e coleta domiciliar, nos nove municípios da RMBS. Conclui-se que a soroprevalência medida foi de 1,4% na primeira fase, e de 2,2% na segunda; permitindo estimar 15 pessoas infectadas para cada caso notificado na primeira fase, e 10 na seguinte. A letalidade foi recalculada para 0,40% e 0,48% em cada fase, aproximando-se da casuística internacional. Pessoas mais vulneráveis são as mais atingidas pela pandemia, devendo ser consideradas: informalidade no trabalho, baixa renda, cor da pele autorreferida como preta ou parda e informações ambivalentes quanto à prevenção. Os resultados reforçam a importância do isolamento social e da adoção de medidas econômicas e sociais protetivas destinadas às populações vulneráveis.


ABSTRACT Covid-19 dramatically impacted socially vulnerable regions at the outskirts of large Brazilian cities. Besides, low testing capacity resulted in the lack of proper control measures due to inconsistent information on the disease's behavior. This study aimed to estimate prevalence of SARS-CoV-2 antibodies among the Baixada Santista Metropolitan Region (RMBS) population and the impacts of social vulnerability and public policies implemented within an environment of inequality. A quantitative, cross-sectional study, through a serial serological survey and the application of a questionnaire in stratified population sampling and home drew, in nine municipalities of RMBS. Seroprevalence was 1.4% in the first and 2.2% in the second phase, allowing to estimate 15 infected people for each case notified in the first phase, and 10 in the following. Lethality was recalculated to 0.40% and 0.48% in each phase, approaching the international rates. Socially vulnerable people were the most affected by the pandemic. Informal work, low income, self-reported skin color as black or brown, and ambivalent information regarding prevention should be considered as risk factors. Our results reinforce the relevance of social isolation and the adoption of protective economic and social measures, especially for socially vulnerable populations.

6.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;23: e200042, 2020. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1101582

RESUMO

RESUMO: Introdução: A aquisição de medicamentos responde por proporção importante dos gastos privados em saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar o gasto privado com a compra de medicamentos e o comprometimento da renda familiar por idosos. Métodos: Inquérito populacional realizado em Praia Grande, São Paulo, 2013. O gasto mensal e o comprometimento da renda familiar per capita com a compra de medicamentos foram calculados com base nas informações obtidas nas entrevistas. As variáveis foram descritas em frequências absolutas e relativas, e os testes de hipótese utilizados foram o χ2 de Pearson, o t de Student e a análise de variância (Anova), com nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de utilização de medicamentos foi de 61,2%, e o gasto médio mensal per capita, de R$ 34,59, sendo significativamente maior o comprometimento da renda para os indivíduos com maior escolaridade, sem doenças crônicas e beneficiários de planos de saúde. Conclusão: A prevalência de utilização de medicamentos foi baixa. O custo gerado pela aquisição de medicamentos é uma das formas pelas quais pode se manifestar a desigualdade na sociedade. A ampliação da provisão gratuita de medicamentos seria necessária para expandir o acesso e evitar gastos, sobretudo àqueles que possuem planos de saúde privados, mas que não conseguem arcar com as despesas de tratamento medicamentoso.


ABSTRACT: Introduction: The acquisition of medicines accounts for a significant proportion of private health expenditures. The objective of this study was to analyse the private spending with the purchase of medicines and the commitment of the family income, by the elderly. Methods: Population survey conducted in Praia Grande, São Paulo, Brazil. The monthly expenditure and the per capita family income commitment with the purchase of medicines were calculated from the information obtained in the interviews. The variables were described in absolute and relative frequencies and the hypothesis test was Pearson's χ2, Student's t and Anova, with a significance level of 5%. Results: The prevalence of drug use was 61.2%. The average monthly expenditure per capita was R$ 34.59, with significantly higher income impairment for individuals with higher levels of education, without chronic diseases and health plan beneficiaries. Conclusion: The prevalence of drug use was low. The cost generated by the purchase of medicines is one of the ways in which inequality can manifest in society. The expansion of free drug provision would be necessary to expand access and avoid spending, especially those who have private health plans but cannot afford drug treatment.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Preparações Farmacêuticas/economia , Gastos em Saúde/estatística & dados numéricos , Renda/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Preparações Farmacêuticas/provisão & distribuição , Cidades , Custos de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Estatísticas não Paramétricas , Pessoa de Meia-Idade , Programas Nacionais de Saúde/economia , Programas Nacionais de Saúde/estatística & dados numéricos
7.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;22: e190051, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1042205

RESUMO

RESUMO: Introdução: As prevalências de depressão em presídios são altas, porém não há clareza sobre os fatores de risco entre os sexos. Analisamos os fatores associados à depressão entre homens e mulheres presos no estado de São Paulo. Metodologia: Estudo transversal, de 2006 a 2007, com amostra probabilística estratificada e em múltiplos estágios. Aplicaram-se o Composite International Diagnostic Interview (CIDI) para diagnóstico psiquiátrico e questionário sobre histórico criminal em 1.192 homens e 617 mulheres. As prevalências foram calculadas para vida e fatores associados, para cada sexo, analisadas por meio da regressão logística multinomial. A variável dependente foi categorizada em: depressão, outro transtorno e sem transtorno mental. Resultados: A prevalência de depressão em mulheres foi de 33,3% (30,3 - 36,5) e em homens de 12,9% (11,1 - 15,0). Entre homens, foram associados à depressão falta disciplinar no presídio, histórico infracional na adolescência, ter companheira e problemas de saúde. Associados a outros transtornos: histórico infracional na adolescência e reincidência. Entre mulheres, as associações com depressão foram: problemas de saúde, crime de drogas e violência, estar presa em penitenciária e reincidência. Outros transtornos foram com problemas de saúde, reincidência, histórico infracional e crime violento. Discussão: Resultados confirmam estudos sobre diferenças entre os sexos para fatores associados à depressão. Conclusão: Há diferenças no perfil de homens e mulheres, que demandam distintas estratégias de enfrentamento, como coping e reabilitação em saúde para as mulheres com depressão.


ABSTRACT: Introduction: The prevalence of depression is high in the prison system, and the differences between sex regarding associated risk factors are still not clear. We analyzed the correlated factors of depression among incarcerated men and women in the state of São Paulo, Brazil. Methodology: A cross-sectional study with stratified and multi-stage probabilistic sample was performed. Composite International Diagnostic Interview (CIDI) was applied for psychiatric diagnostic classification, as well as a questionnaire on criminal history with 1,192 men and 617 women. Lifetime prevalence of mental disorder was calculated, and association analysis performed by multinomial logistic regression stratified by sex. A dependent variable was categorized into depression, any other mental disorder and no mental disorder (reference). Results: The prevalence of depression was of 33.3% ­(30.3 - 36.5) in women and 12.9% (11.1 - 15.0) in men. Depression was associated with disciplinary penalty, being in a stable relationship, physical health problems and history of infringement in adolescence in men. Regarding other mental illnesses, the correlated factors were historical transgression during adolescence and re-offense. Among women, depression was associated with physical health problems, drug crimes, violent crimes and being imprisoned. Discussion: Results confirmed the differences between associated factors with depression regarding sex. Conclusion: Differences in the profile between men and women require effective specialized programs, considering the need for coping strategies for incarcerated men and health-related rehabilitation for women with depression.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Prisioneiros/psicologia , Depressão/epidemiologia , Prisioneiros/estatística & dados numéricos , Violência/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Fatores Sexuais , Métodos Epidemiológicos , Depressão/diagnóstico , Criminosos/psicologia , Criminosos/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(3): e00064618, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-989512

RESUMO

Resumo: O objetivo do trabalho foi estimar fatores associados ao bem-estar psicológico de travestis e mulheres transexuais. Estudo transversal com 602 travestis e pessoas transexuais em sete municípios do Estado de São Paulo, Brasil entre 2014 e 2015. Foi realizada seleção amostral com abordagem consecutiva e técnica bola de neve. A variável dependente foi bem-estar psicológico (WHOQOL-BREF) e as independentes foram: características sociodemográficas, modificações corporais, condições de saúde, violência e encarceramento. A análise de variância múltipla foi usada para identificar os fatores associados. A maioria tinha cor da pele preta ou parda e entre 25 e 39 anos de idade, até o Ensino Médio completo, renda individual de até dois salários mínimos e trabalhava, sendo 42,3% profissionais do sexo. Cerca de um quarto já foi presa. Em torno de um quarto fazia tratamento para HIV. O escore médio observado foi de 63,2 (IC95%: 61,8-64,6). Na análise múltipla, estiveram associados ao menor bem-estar psicológico: não ter endereço fixo, ter menor escolaridade, estar insatisfeita com as relações pessoais, suporte de amigos ou procedimentos transexualizadores realizados e ter sofrido violência verbal ou sexual. Enquanto piores condições de vida e de exposição à violência prejudicam o bem-estar psicológico de travestis e mulheres transexuais, a possibilidade de realizar transformações corporais desejadas e o respeito ao nome social interferem positivamente na avaliação que fazem de suas vidas.


Abstract: This article sought to estimate factors associated with the psychological well-being of transvestites and trans women. It is a cross-sectional study with 602 transvestites and trans individuals in seven cities in the state of São Paulo, Brazil from 2014 to 2015. We carried out a sample selection through a consecutive approach and using the snowball technique. The dependent variable was psychological well-being (WHOQOL-BREF) and the independent variables were: sociodemographic characteristics, body modifications, health conditions, violence and incarceration. We used a multiple variance analysis to identify associated factors. Most were black or brown and were aged between 25 and 39 years, had up to complete secondary education, individual income of up to two times the minimum wage and worked, and 42.3% were sex workers. Around one-quarter had been incarcerated. Around one-quarter were in treatment for HIV. Mean psychological well-being score was 63.2 (95%CI: 61.8-64.6). In the multiple analysis, the factors associated with lower psychological well-being were: not having a fixed address, having lower educational levels, being dissatisfied with personal relationships, friend support or the gender-affirming procedures they had undergone and having suffered verbal or sexual violence. While worse living conditions and exposure to violence harm the psychological well-being of transvestites and trans women, the possibility of undergoing desired body transformations and having their social name respected interfere positively in their evaluations of their lives.


Resumen: El objetivo fue estimar factores asociados al bienestar psicológico de travestis y mujeres transexuales. Se trata de un estudio transversal con 602 travestis y personas transexuales en siete municipios del estado de São Paulo, Brasil, entre 2014 y 2015. Se realizó una selección de muestras con un enfoque consecutivo y técnica bola de nieve. La variable dependiente fue bienestar sicológico (WHOQOL-BREF) y las independientes fueron: características sociodemográficas, modificaciones corporales, condiciones de salud, violencia y encarcelamiento. Se usó un análisis multivariante de variancia para identificar los factores asociados. La mayoría tenía el color de piel negro o eran mulatos, y entre 25 y 39 años de edad, con hasta la enseñanza media completa, renta individual de hasta dos salarios mínimos y trabajaba, siendo un 42,3% profesionales del sexo. Cerca de un cuarto ya estuvo presa. También cerca de un cuarto estaba con tratamiento para el VIH. Las puntuaciones medias de bienestar sicológico fue 63,2 (IC95%: 61,8-64,6). En el análisis múltiple, estuvieron asociados a un menor bienestar sicológico: no tener dirección fija, tener menor escolaridad, estar insatisfecha con las relaciones personales, apoyo de amigos o procedimientos transexualizadores realizados, y haber sufrido violencia verbal o sexual. Mientras que unas peores condiciones de vida y de exposición a la violencia perjudican el bienestar sicológico de travestis y mujeres transexuales, la posibilidad de realizar las transformaciones corporales deseadas y el respeto al nombre social interfieren positivamente en la evaluación que hacen de sus vidas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Travestilidade/psicologia , Pessoas Transgênero/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/psicologia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/tratamento farmacológico , Homofobia , Pessoas Transgênero/estatística & dados numéricos
9.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;22: e190034, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1003483

RESUMO

RESUMO: Introdução: O objetivo do estudo foi identificar os fatores associados ao uso de preservativo na última relação sexual. Métodos: Inquérito de base populacional com jovens de 15 a 24 anos, residentes no município de São Paulo (MSP), que obteve informações sociodemográficas sobre conhecimentos e comportamentos sexuais por meio de questionário. Resultados: Entre os 821 jovens sexualmente ativos no último ano, o uso do preservativo na última relação foi positivamente associado a: 1) não ter sido casado; 2) uso de preservativo na primeira relação sexual; e 3) receber preservativos gratuitos; adicionalmente, em homens: 4) parceiro casual no último ano; e 5) parceiro do mesmo sexo; e em mulheres: 6) debut sexual após os 15 anos. Ter realizado teste anti-HIV mostrou associação negativa entre as mulheres. O preservativo é amplamente reconhecido; há um padrão de uso na primeira e na última relação sexual; o acesso ao preservativo gratuito é um importante fator para o seu uso pelos jovens; e as pessoas usam preservativo de acordo com padrões que configuram gestão de risco. Conclusões: A estratégia de prevenção primária com preservativos não está esgotada. A partir deste estudo, a cidade de São Paulo adotou a prevenção como política pública e alocou grandes dispensadores de preservativos nos 26 terminais de ônibus urbanos, por onde circulam 6milhões de pessoas diariamente. Em2016 foram distribuídos 75.546.720 preservativos gratuitos, entre os quais 30% apenas nos terminais de ônibus.


ABSTRACT: Introduction: This study aimed to identify the factors associated with condom use in the last sexual intercourse. Methods: A population-based survey with young people aged 15-24, in the city of São Paulo, which collected sociodemographic data referring to knowledge about sex and sexual behavior. Results: Among 821 sexually active young people interviewed in the last year, condom use in their last sexual intercourse was positively associated with: 1) not being married; 2) use of condom at sexual onset; and 3) receiving free condoms; additionally, among men: 4) casual partners in the previous year; and 5) partner of the same sex; and, amongwomen: 6) sexual onset after the age of 15. Having been tested for HIV was a negative association among women. Condoms are widely acknowledged, and there is a pattern of use for the first and last sexual intercourse. Access to free condoms is an important factor for use, and people use condoms according to standards that configure risk management. Conclusions: The strategy of primary prevention with the use of condoms is not yet exhausted. Based on this study, the city of São Paulo takes prevention as a public policy and allocates large condoms dispensers in 26 urban bus terminals, where 6million people circulate daily. In 2016, 75,546,720 free condoms were distributed, 30% in bus terminals alone.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Comportamento Sexual/estatística & dados numéricos , Preservativos/estatística & dados numéricos , Coito , Assunção de Riscos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Parceiros Sexuais , Fatores Sexuais , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Fatores Etários
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);23(7): 2423-2432, jul. 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952711

RESUMO

Resumo Descrevemos a frequência de infecções sexualmente transmissíveis (IST), os fatores associados e as orientações recebidas dos profissionais de saúde entre homens e mulheres no município de São Paulo. Estudo de corte transversal, com inquérito populacional, com indivíduos de 15 a 64 anos residentes em São Paulo. De 4057 indivíduos que iniciaram a vida sexual, 6,3% relataram IST durante a vida, 4,3% das mulheres e 8,2% dos homens. As IST mostraram associação, entre os homens, com: idade > 34 anos, não uso de preservativo na primeira relação sexual; e entre as mulheres idade > 25 anos. Mostraram-se fatores de proteção, entre os homens: não ter tido relações sexuais com pessoa do mesmo sexo; e entre as mulheres: início sexual > 15 anos de idade e não ter tido parceria casual no último ano. Quanto às orientações, 72,1% e 64,7% das mulheres as receberam sobre a importância de realizar testes para HIV e sífilis, respectivamente, enquanto foram ofertadas para menos da metade dos homens (40,2% e 38,6%). A elevada proporção de antecedentes de IST entre a população do município e os resultados deste estudo possibilitaram a construção, implementação e avaliação de políticas públicas de saúde para o enfrentamento das IST incluindo o HIV, com diminuição de barreiras de acesso aos preservativos e criação de um app para prevenção.


Abstract We determined the prevalence of sexually transmitted infections (STIs), the factors associated with infection and types of counseling received by men and women from health professionals in the City of São Paulo. The investigation consisted of a cross-sectional study conducted with men and women aged between 15 and 64 years living in the City of São Paulo. Of 4,057 individuals who had engaged in sexual activity, 6.3% reported previous history of a STI: 4.3% of women and 8.2% of men. The factors associated with STI were being aged over 34 years and not using a condom during first sexual intercourse, among men, and being aged over 25 years among women. Protective factors included not having had sexual intercourse with someone from the same sex, among men, and having initiated sexual activity after the age of 15 years and not having a casual sex partner over the last 12 months, among women. Counseling about the importance of HIV and syphilis testing was received by 72.1% and 64.7% of women, respectively, while fewer than half of the men received this type of counseling (40.2% and 38.6 %, respectively). The prevalence of previous history of a STI was high among the population of the City of São Paulo. The findings of this study informed the development, implementation, and evaluation of STI policies, including those directed at HIV, leading to a reduction in the barriers that hinder access to and use of condoms and the creation of STI prevention app.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Comportamento Sexual/estatística & dados numéricos , Parceiros Sexuais , Infecções Sexualmente Transmissíveis/epidemiologia , Preservativos/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Sífilis/prevenção & controle , Sífilis/epidemiologia , Infecções Sexualmente Transmissíveis/prevenção & controle , Infecções por HIV/prevenção & controle , Infecções por HIV/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Fatores Etários , Pessoal de Saúde/organização & administração , Aconselhamento/métodos , Fatores de Proteção , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Pessoa de Meia-Idade
11.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;20(3): 394-407, Jul.-Set. 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-898602

RESUMO

ABSTRACT: Background: Knowing the reasons for seeking HIV testing is central for HIV prevention. Despite the availability of free HIV counseling and testing in Brazil, coverage remains lacking. Methods: Survey of 4,760 respondents from urban areas was analyzed. Individual-level variables included sociodemographic characteristics; sexual and reproductive health; HIV/AIDS treatment knowledge and beliefs; being personally acquainted with a person with HIV/AIDS; and holding discriminatory ideas about people living with HIV. Contextual-level variables included the Human Development Index (HDI) of the municipality; prevalence of HIV/AIDS; and availability of local HIV counseling and testing (CT) services. The dependent variable was client-initiated testing. Multilevel Poisson regression models with random intercepts were used to assess associated factors. Results: Common individual-level variables among men and women included being personally acquainted with a person with HIV/AIDS and age; whereas discordant variables included those related to sexual and reproductive health and experiencing sexual violence. Among contextual-level factors, availability of CT services was variable associated with client-initiated testing among women only. The contextual-level variable "HDI of the municipality" was associated with client-initiated testing among women. Conclusion: Thus, marked gender differences in HIV testing were found, with a lack of HIV testing among married women and heterosexual men, groups that do not spontaneously seek testing.


RESUMO: Introdução: O motivo da busca pelo teste anti-HIV é questão central para a prevenção do HIV. Apesar da realização do teste e aconselhamento ser gratuito no Brasil há lacunas na cobertura do teste. Esse estudo analisou a associação entre os fatores individuais e contextuais e a realização do teste anti-HIV na população brasileira. Métodos: Inquérito populacional, com 4.760 residentes em áreas urbanas. As variáveis do nível individual foram sociodemográficas; saúde sexual e reprodutiva; conhecimento sobre HIV/AIDS; conhecer pessoas com HIV/AIDS; ideias discriminatórias sobre pessoas vivendo com HIV. As variáveis contextuais: índice de desenvolvimento humano (IDH) do município de moradia; prevalência municipal de HIV/AIDS e presença de Centro de Testagem e Aconselhamento no município de moradia (CTA). A variável dependente foi realização do teste por busca espontânea. Na análise dos fatores associados utilizou-se modelo multinível de Poisson com intercepto aleatório. Resultados: Foram observadas variáveis individuais comuns e discordantes associadas ao teste entre homens e mulheres. As variáveis individuais comuns foram o conhecimento de alguém com HIV/AIDS e idade; as discordantes incluíram as relativas à saúde sexual e reprodutiva e violência sexual. Entre os fatores do nível contextual, a presença de CTA e o IDH alto foram associados positivamente com a busca espontânea do teste somente entre as mulheres. Conclusão: A busca espontânea pelo teste anti-HIV é marcada pelas diferenças de gênero, com lacunas de testagem entre mulheres casadas e homens heterossexuais.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Idoso , Adulto Jovem , Sorodiagnóstico da AIDS/estatística & dados numéricos , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Autorrelato , Pessoa de Meia-Idade
12.
Rev. saúde pública ; Rev. saúde pública;51: 7, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845868

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze nonfatal violence suffered and committed by adult men and women, in an intimate relationship. METHODS The participants in the research were women aged between 15 and 49 years and men between 18 and 60 years, interviewed by face-to-face questionnaire application. The sample selection was of consecutive type, according to the order of arrival of the users. We conducted temporarily independent investigations and covered different health services to avoid couples and relationships in which the retaliation could be overvalued. To improve the comparison, we also examined reports of men and women from the same service, i.e., a service that was common to both investigations. We compared the situations suffered by women according to their reports and cross-linked the information to what men, according to their own reports, do against intimate partners or ex-partners. We also examined the cross-linked situation in reverse: the violence committed by women against their partners, according to their reports, in comparison with the violence suffered by men, also according to their reports, even if, in this case, the exam refers only to physical violence. The variables were described using mean, standard deviation, frequencies and proportions, and the hypothesis testing used was: Fisher’s exact and Pearson’s Chi-square tests, adopting a significance level of 5%. RESULTS Victimization was greater among women, regardless of the type of violence, when perpetrated by intimate partner. The perception of violence was low in both genders; however, women reported more episodes of multiple recurrences of any violence and sexual abuse suffered than men acknowledged to have perpetrated. CONCLUSIONS The study in its entirety shows significant gender differences, whether about the prevalence of violence, whether about the perception of these situations.


RESUMO OBJETIVO Analisar as violências não fatais sofridas e praticadas por homens e mulheres adultos, em situação de parceria íntima. MÉTODOS Os sujeitos da pesquisa foram mulheres entre 15 a 49 anos e homens entre 18 a 60 anos, entrevistados por aplicação de questionário face a face. A seleção amostral foi do tipo consecutivo, captando-se os participantes por ordem de chegada ao serviço. Foram conduzidos como investigações temporalmente independentes e abrangendo diferentes serviços, para evitar o estudo em casais, nos quais o revide poderia estar supervalorizado. Para adensar um pouco mais a comparação, também examinamos relatos de homens e mulheres pertencentes a um mesmo serviço, ou seja, um serviço que foi participante comum às duas investigações. Comparamos as situações sofridas pelas mulheres segundo seus relatos e, de modo entrecruzado, as situações que os homens, segundo seus relatos, praticam contra as mulheres, suas parceiras íntimas ou ex-parceiras. Também examinamos a situação entrecruzada reversa: a violência praticada pelas mulheres contra seus parceiros, segundo seus próprios relatos, comparativamente à violência sofrida pelos homens, segundo seus relatos, ainda que, neste caso, o exame se refere apenas à violência física. As variáveis foram descritas por meio de média, desvio padrão, frequências e proporções e os testes de hipóteses utilizados foram: Exato de Fisher e Qui-quadrado de Pearson, adotando-se nível de significância de 5%. RESULTADOS A vitimização foi maior entre as mulheres, independentemente do tipo de violência, quando perpetrada por parceiro íntimo. A percepção da violência foi baixa em ambos os sexos; entretanto, mulheres relataram mais episódios de múltiplas recorrências de quaisquer violências e de violência sexual sofrida do que os homens reconheceram que perpetraram. CONCLUSÕES O estudo em seu todo mostra importantes diferenças de gênero, quer quanto às prevalências das violências, quer quanto à percepção dessas situações.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Violência por Parceiro Íntimo/estatística & dados numéricos , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Fatores Etários , Brasil , Estudos Transversais , Fatores Sexuais , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , Fatores de Tempo
13.
Rev. saúde pública ; Rev. saúde pública;51: 25, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845892

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE The objective of this study is to contextualize adolescent pregnancy from milestones associated with the process of transition from youth to adulthood. METHODS This is a cross-sectional study conducted with 200 adolescents, users of the Brazilian Unified Health System. The sample size for the estimation of proportions has been calculated assuming a population ratio of 0.50 and 95% confidence level. The dependent variables – planned pregnancy, living with a partner, and having left the parents’ house – have been considered as markers of transition from dependence to independence, from youth to adulthood. In the analysis of the associated factors, we have used the Poisson model with robust variance. RESULTS Average age was 17.3 years, and most adolescents lived with a partner; approximately half of the adolescents got pregnant from their first partner and the average age of first sexual intercourse was 14.6 years. Only 19% of the adolescents were studying and most dropped out of school before the beginning of the pregnancy. In the bivariate and multiple analysis, we could see that the relationship with a partner for more than two years was associated with the three dependent variables. CONCLUSIONS The path of transition to adulthood has been the establishment of a link with a partner and consequent pregnancy, suggesting a clear pattern of male guardianship. The changing role of women in society observed in recent decades, which means choosing a professional career, defining the number of children, and choosing their partner(s), has not reached these young persons.


RESUMO OBJETIVO Contextualizar a gestação em adolescentes a partir de marcos associados ao processo de transição da juventude para a vida adulta. MÉTODOS Estudo transversal realizado com 200 adolescentes usuárias do Sistema Único de Saúde. O tamanho da amostra para a estimação de proporções foi calculado considerando uma proporção populacional de 0,50, e nível de confiança de 95%. As variáveis dependentes – gestação planejada, morar com o parceiro e ter saído da casa dos pais – foram consideradas marcadores da transição da dependência para a independência, da juventude para a vida adulta. Na análise dos fatores associados, utilizou-se o modelo de Poisson com variância robusta. RESULTADOS A idade média foi 17,3 anos, a maioria coabitava com o companheiro; aproximadamente metade engravidou do primeiro parceiro e a idade média da primeira relação sexual foi 14,6 anos. Apenas 19% das jovens estudavam e o abandono escolar foi, na maior parte, anterior ao início da gestação. Nas análises bivariadas e na análise múltipla, observou-se que relacionar-se com o parceiro há mais de dois anos se associou às três variáveis dependentes. CONCLUSÕES O caminho de transição para a vida adulta foi o estabelecimento de um vínculo com um parceiro e consequente maternidade, sugerindo padrão claro de tutela masculina. A mudança do papel da mulher na sociedade observada nos últimas décadas, que implica optar por uma carreira profissional, definir número de filhos e escolher o(s) parceiro(s),não chegou a parcela dessas jovens.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Gravidez na Adolescência/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Distribuição de Poisson , Gravidez na Adolescência/psicologia , Fatores de Risco , Tamanho da Amostra , Fatores Socioeconômicos
14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; Cad. Saúde Pública (Online);33(4): e00014716, 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839689

RESUMO

Resumo: Desenvolvemos uma revisão crítica da literatura sobre o uso recorrente do teste anti-HIV entre homens que fazem sexo com homens (HSH). Procedemos a uma revisão narrativa da literatura, em que analisamos as diversas concepções sobre testagem frequente ao longo do tempo, suas implicações para os programas de saúde e os principais marcadores sociais que influenciam a incorporação do teste anti-HIV como rotina de cuidado. Embora exista desde os anos 1990, a testagem recorrente entre HSH era frequentemente interpretada como exposição aumentada ao HIV em razão da ausência de uso do preservativo e, consequentemente, uma testagem “desnecessária”. A partir dos anos 2000, a testagem periódica passou a ser uma recomendação programática e, sua realização, interpretada como meta a ser atingida. A percepção dos indivíduos sobre o uso que faziam do teste foi raramente considerada para caracterizar este uso como rotina de cuidado. No plano social e cultural, aspectos individuais associados ao teste recente ou de rotina estiveram inscritos em contextos de normas favoráveis ao teste e de menor estigma da AIDS. Diferenças geracionais, de escolarização e relacionadas ao tipo de parceria afetivo-sexual desempenham importantes papéis para o teste. Tais diferenças realçam que a categoria epidemiológica “homens que fazem sexo com homens” abrange diversas relações, identidades e práticas que resultam em usos específicos do teste como estratégia de prevenção. Assim, o diálogo entre programas, profissionais de saúde e as pessoas mais afetadas pela epidemia é central à construção de respostas com efetivo potencial de enfrentamento à epidemia de HIV, e pautadas no respeito aos direitos humanos.


Resumen: Realizamos una revisión crítica de la literatura sobre el uso recurrente del test del VIH en hombres que practican sexo con hombres (HSH). Se realizó una revisión narrativa de la literatura analizando las diversas concepciones sobre los testes frecuentes a lo largo del tiempo, las implicaciones para los programas de salud y los principales marcadores sociales que influyen en la incorporación del test como atención de rutina. Aunque ha existido desde los años 1990, testes recurrentes entre HSH fueron frecuentemente interpretados como una mayor exposición al VIH debido a la falta de uso del condón, y por lo tanto como testes “innecesarios”. A partir de los años 2000, lo testes periódicos se han convertido en una recomendación y han sido interpretadas como una meta. La percepción de las personas sobre el uso que hicieron del test raramente fue considerada para caracterizar este uso como rutina de la atención. En el plano social y cultural, los aspectos individuales relacionados con los testes recientes o de rutina se incluyeron en contextos de normas favorables para las pruebas y disminución del estigma del SIDA. Las diferencias en la generación, la escolarización y los tipos de parejas afectivo-sexuales desempeñan un papel importante en las pruebas. Estas diferencias destacan que la categoría epidemiológica “hombres que tienen relaciones sexuales con hombres” abarca diversas relaciones, identidades y prácticas que resultan en usos específicos del test como estrategia preventiva. Por lo tanto, el diálogo entre los programas, los profesionales de la salud y las personas más afectadas por la epidemia del VIH es crucial para construir respuestas con el verdadero potencial para enfrentar la epidemia, sobre la base del respeto a los derechos humanos.


Abstract: We conducted a critical review of the literature on recurrent use of HIV testing in men who have sex with men (MSM). We performed a narrative review of the literature in which we analyzed the various conceptions on frequent testing over time, the implications for health programs, and the main social markers that influence the incorporation of HIV testing as routine care. Although it has existed since the 1990s, recurrent testing among MSM was frequently interpreted as increased exposure to HIV due to lack of condom use, and therefore as “unnecessary” testing. Beginning in the 2000s, periodic testing has become a programmatic recommendation and has been interpreted as a goal. Individuals’ perception of their use of the test has rarely been considered in order to characterize such use as routine care. On the social and cultural level, individual aspects associated with recent or routine testing were included in contexts of favorable norms for testing and less AIDS stigma. Differences in generation, schooling, and types of affective-sexual partnerships play an important part in testing. Such differences highlight that the epidemiological category “men who have sex with men” encompasses diverse relations, identities, and practices that result in specific uses of the test as a prevention strategy. Thus, dialogue between programs, health professionals, and the persons most affected by the epidemic is crucial for building responses with real potential to confront the HIV epidemic, based on respect for human rights.


Assuntos
Humanos , Masculino , Infecções por HIV/diagnóstico , Infecções por HIV/prevenção & controle , Homossexualidade Masculina , Assunção de Riscos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Parceiros Sexuais , Infecções por HIV/epidemiologia , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde
15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(7): e00113316, 2017. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-889716

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência do uso de silicone líquido industrial (SLI) entre pessoas travestis e mulheres transexuais e identificar os fatores relacionados a esta prática. Trata-se de estudo transversal realizado em sete municípios do Estado de São Paulo, Brasil, com dados coletados entre 2014 e 2015, em uma amostra de 576 pessoas. Na análise dos fatores associados, utilizamos o modelo de Poisson com variância robusta para estimar as razões de prevalências bruta e ajustada. A prevalência do uso de SLI foi de 49%, a média de idade para a primeira colocação de SLI foi de 22 (± 5,3) anos e aproximadamente 43% informaram a ocorrência de problemas de saúde decorrente do uso. No modelo múltiplo ter escolaridade menor que o nível superior, estar em faixa etária a partir dos 20 anos, identificar-se como travesti e exercer a prostituição foram associados positivamente com a utilização de SLI. Houve uma elevada prevalência do uso de SLI e de problemas decorrentes desta prática, indicando um desafio acerca da prevenção do uso e da redução dos danos à saúde provocados pelo SLI. Dessa forma, torna-se fundamental assegurar o acesso aos recursos necessários para a realização das modificações corporais ao longo do percurso de transição por meio de uma atenção integral à saúde das pessoas travestis e transexuais no Sistema Único de Saúde. Finalmente, incluir nas políticas de saúde as demandas por modificações corporais como parte da construção da identidade de gênero, respeitando as necessidades singulares de cada pessoa neste processo de transição.


This study aimed to estimate the prevalence of use of industrial liquid silicone (ILS) among transvestite persons and transsexual women and identify associated factors. This was a cross-sectional study in seven municipalities in São Paulo State, Brazil, with data collected in 2014 and 2015 in a sample of 576 individuals. Analysis of the associated factors used a Poisson model with robust variance to estimate the crude and adjusted prevalence ratios. Prevalence of use of ILS was 49%, mean age at first injection of ILS was 22 (± 5.3) years, and 43% reported health problems resulting from its use. Having less than a university education, age 20 years and older, self-identification as transvestite, and sex work were positively associated with use of ILS according to the multivariate model. There was a high prevalence of ILS use and resulting health problems, indicating the need to prevent its use and reduce the resulting health problems. It is thus essential to ensure access to the necessary resources for body changes during transition through comprehensive care for transvestites and transsexual persons in the Brazilian Unified National Health System (SUS). Finally, health policies should include demands for body changes as part of gender identity construction, respecting each person's unique needs in this transition process.


El objetivo de este trabajo fue estimar la prevalencia del uso de silicona líquida industrial (SLI) entre personas travestis y mujeres transexuales e identificar los factores relacionados con esta práctica. Se trata de un estudio transversal, realizado en siete municipios del estado de São Paulo, Brasil, con datos recogidos entre 2014 y 2015, en una muestra de 576 personas. En el análisis de los factores asociados, utilizamos el modelo de Poisson con variancia robusta para estimar las razones de prevalencias bruta y ajustada. La prevalencia del uso de SLI fue de un 49%, la media de edad para la primera colocación de SLI fue de 22 (± 5,3) años y, aproximadamente, un 43% informaron la ocurrencia de problemas de salud derivada de su uso. En el modelo múltiple tener escolaridad inferior al nivel superior, estar en una franja de edad a partir de los 20 años, identificarse como travesti y ejercer la prostitución estuvieron asociados positivamente con la utilización de SLI. Hubo una elevada prevalencia del uso de SLI y de problemas derivados de esta práctica, indicando un desafío acerca de la prevención del uso y de la reducción de los daños a la salud provocados por el SLI. De esta forma, es perentorio asegurar el acceso a los recursos necesarios para la realización de las modificaciones corporales a lo largo de la duración de esta transición, mediante una atención integral a la salud de las personas travestis y transexuales en el Sistema Único de Salud. Finalmente, incluir en las políticas de salud las solicitudes de modificaciones corporales como una parte de la construcción de la identidad de género, respetando las necesidades singulares de cada persona en este proceso de transición.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Silicones/efeitos adversos , Travestilidade , Modificação Corporal não Terapêutica/estatística & dados numéricos , Pessoas Transgênero/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Distribuição de Poisson , Fatores Sexuais , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Fatores Etários , Distribuição por Idade , Pessoa de Meia-Idade
16.
Rev. saúde pública ; Rev. saúde pública;47(3): 531-539, jun. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-690822

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a associação entre agravos à saúde mental masculina e episódios de violência sofrida. MÉTODOS: Estudo transversal com 477 homens usuários de serviços de atenção primária de 18 a 60 anos, em São Paulo, SP, 2002-2003. A seleção amostral foi do tipo consecutivo, por ordem de chegada em dois serviços de atenção primária. Coletaram-se: características sociodemográficas, de saúde e relatos de experiência de violência sofrida na vida e/ou testemunhada na infância. Informações em prontuários sobre uso do serviço de saúde mental e/ou queixas/diagnósticos psicológicos em consulta da clínica médica foram usadas para construção da variável de desfecho "sofrimento mental". As variáveis foram descritas por frequências absolutas e relativas. As associações foram testadas usando modelo confirmatório de regressão multivariada de Poisson com variância robusta e ajustada por faixa etária, situação conjugal, escolaridade, testemunho de violência na infância e uso de substância psicoativa. RESULTADOS: A prevalência de sofrimento mental foi de 29,4%. Sofrimento mental foi associado a sofrer violência física e/ou sexual recorrente na vida (RP 1,75; IC95% 1,13;2,72). A associação com episódio único de violência perdeu significância após a inclusão de uso de substância psicoativa no modelo. Examinada a fração atribuível à violência física e/ou sexual recorrente para o sofrimento mental dos homens encontrou-se 30,4%. CONCLUSÕES: A relação entre sofrer violência e sofrimento mental, salientada nos estudos com mulheres, mostra-se relevante para a saúde dos homens e evidencia ...


OBJETIVO: Miolo abst Objetivo: Analizar la asociación entre agravios a la salud mental masculina y episodios de violencia sufrida. MÉTODOS: Estudio transversal con 477 hombres usuarios de servicios de atención primaria de 18 a 60 años, en Sao Paulo, SP-Brasil, 2002-2003. La selección de la muestra fue de tipo consecutiva, por orden de llegada en dos servicios de atención primaria. Se colectaron características sociodemográficas, de salud y relatos de experiencia de violencia sufrida en la vida y/o testimoniada en la infancia. Informaciones en prontuarios sobre uso del servicio de salud mental y/o quejas/diagnósticos psicológicos en consulta clínica médica fueron usadas para construcción de la variable resultado "sufrimiento mental". Las variables fueron descritas por frecuencias absolutas y relativas. Las asociaciones fueron evaluadas usando modelo confirmatorio de regresión multivariada de Poisson con varianza robusta y ajustada por grupo etario, situación conyugal, escolaridad, testimonio de violencia en la infancia y uso de sustancia psicoactiva. RESULTADOS: La prevalencia de sufrimiento mental fue de 29,4%. Sufrimiento mental fue asociado a sufrir violencia física y/o sexual recurrente en la vida (RP 1,75; IC95% 1,13;2,72). La asociación con episodio único de violencia perdió significancia luego de la inclusión del uso de sustancia psicoactiva en el modelo. Al examinar la fracción atribuible a la violencia física y/o sexual recurrente para el sufrimiento mental de los hombres, se encontró 30,4%. CONCLUSIONES: La relación entre sufrir violencia y sufrimiento mental, destacada en los estudios con mujeres, se muestra relevante para la salud de los hombres y muestra la necesidad de la identificación, en los servicios de salud, de las situaciones de violencia experimentadas por la población masculina. ...


OBJECTIVE: To analyze the association between male mental health problems and violence experienced. METHODS: Cross sectional study with 477 males aged between 18 and 60, users of two primary healthcare centers in Sao Paulo, SP, Southeastern Brazil. The selection for the sample was based on a sequentiality criterion, according to the order of arrival of the users. Sociodemographic and health characteristics and reports of having experienced violence at any time and/or having witnessed violence in childhood were collected. Information was also collected on the use of mental health services and/or psychological complaints/diagnoses during consultation at medical clinics by reading medical records, to categorize the dependent variable "mental suffering". The variables were described as absolute and relative frequencies. The association was tested using a confirmatory Poisson model with robust variance adjusted for age, marital status, education, violence witnessed in childhood and psychoactive substance use. RESULTS: The prevalence of mental suffering was 29.4%. Mental suffering was associated with experiencing repeated physical and/or sexual violence (RP 1.75, 95%CI 1.13;2.72). The association with a single episode of violence lost significance after the inclusion of psychoactive substance use in the model. Analysis of the fraction attributable to repetitive physical and/or sexual violence for the mental suffering of the men, verified it as 30.4%. CONCLUSIONS: The relationship between violence and mental suffering, already highlighted in studies with women, is also relevant to men's health, drawing attention to the similar need of identification, in the health services, of situations of violence experienced by the male population. For men, this relationship was shown to be influenced by the presence of psychoactive substance use; a situation which must be dealt with, more and in a better way, by the health care service. .


Assuntos
Adolescente , Adulto , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Estresse Psicológico/epidemiologia , Violência/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Cidades/epidemiologia , Estudos Transversais , Saúde Mental , Delitos Sexuais/estatística & dados numéricos , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/epidemiologia
17.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;15(4): 790-803, Dez. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-668251

RESUMO

Há poucos estudos sobre homens abordando violência como evento não fatal. Contribuindo nessa direção, descrevem-se as prevalências da violência psicológica, física e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria íntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois serviços de atenção primária na cidade de São Paulo. Foram investigadas as características sociodemográficas e as violências mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposições e à percepção de havê-las sofrido ou perpetrado. As prevalências de violências sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicológica, física e sexual. Para violências perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violência psicológica, física e sexual. Nas sofridas e nas perpetradas, a psicológica é a de maior taxa exclusiva, seguida da física. Quanto aos agressores, conhecidos é o principal agressor, seguido de familiar, estranhos e parceira íntima. Na relação entre sofrer por suas parceiras e perpetrar, 14,2% dos casos são sobrepostos e 81,2% somente perpetraram. Conclui-se que, embora nas violências relativas às parceiras íntimas os homens sofram muito menos do que perpetrem, os dados mostram que eles se envolvem em muitas situações de violência, de grandes magnitudes e sobreposições, quer como vitimas ou agressores, reiterando estudos sobre masculinidade. Este conjunto complexo de situações também deve ser considerado nos serviços básicos de saúde.


There are few studies on men dealing with violence as a non-fatal event. As a contribution, the prevalences of psychological, physical and/or sexual violence suffered by men and the perpetrated intimate partner violence (IPV) are described. This was a cross-sectional study on 789 men aged 18 to 60 years, of whom 775 ever partnered. Men were selected in order of arrival at two primary healthcare clinics in the city of São Paulo. Sociodemographic characteristics and reported violence were investigated, along with the violence overlapping and perceptions of having suffered or perpetrated violence. The lifetime prevalence of suffered violence was 79% for any type and any aggressor; 63.9%, 52.8% and 6.1% respectively for psychological, physical and sexual violence. For lifetime IPV, the rates were 52.1% for any type and 40%, 31.9% and 3.9% respectively for psychological, physical and sexual violence. For both suffered and perpetrated violence, the psychological type had the highest exclusive rate, followed by physical. Acquaintances were the main aggressors, followed by family members, strangers and female intimate partners. Between suffering and perpetrating IPV, 14.2% of the cases overlapped and 81.2% consisted only of perpetrated violence. It was concluded that although in relation to intimate partner violence, men suffered much less than they perpetrated, the data showed that they were involved in many situations of violence of large magnitude and overlapping situations, both as victims and as aggressors, thus echoing studies on masculinity. This complex set of situations should also be taken into consideration in primary healthcare services.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Masculinidade , Violência/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Transtornos Mentais , Prevalência , Atenção Primária à Saúde , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos
18.
São Paulo; s.n; 2012. 106 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-713114

RESUMO

importante para a prevenção da aids entre a população geral. Apesar ddisponibilização de teste e aconselhamento gratuitos no Brasil, há lacunas quanto cobertura. Assim, este estudo estimou a associação entre fatores contextuais individuais e a realização do teste anti-HIV entre a população brasileira. Para isto, foram analisados dados de um inquérito domiciliar realizado com 4.760 moradorede regiões urbanas. A amostra final foi composta de 2.566 (51,9 por cento ) mulheres e 2.194(48,1 por cento ) homens que tinham iniciado a vida sexual. O modelo teórico foi baseado noquadro da vulnerabilidade e para efeito de análise as variáveis relativas às respostados indivíduos foram consideradas de nível individual (dimensão individual e sociada vulnerabilidade) e aquelas referentes ao município de moradia de nível contextual(dimensão social e programática da vulnerabilidade). As variáveis do nível individuaforam: características sociodemográficas e da saúde sexual e saúde reprodutivainformação sobre o tratamento de aids, conhecer alguém com aids e ter opiniõesobre práticas de segregação em relação às pessoas infectadas pelo HIV (questões que expressaram a atitude de apartação e exclusão do convívio social dos portadorede aids). Para o nível contextual, utilizamos o índice de desenvolvimento humano, prevalência de aids e a presença de Centro de Testagem e Aconselhamento no município de moradia. A variável dependente foi categorizada em não realizou teste, realizou por busca espontânea e realizou por solicitação. Para estimaçãdos fatores associados foram realizados três modelos de Poisson multinível deintercepto aleatório, sendo dois para mulheres (busca espontânea e por solicitação) 1 para homens (busca por solicitação); e um modelo de Poisson sem considerar osconglomerados para os homens (busca espontânea). Nos quatro modelos a categoriade referência da variável dependente foi não realizou o teste. No teste por buscaespontânea, observamos que os fatores associados que foram comuns entre mulheree homens foram do nível individual: idade, uso de preservativo na primeira ou núltima relação sexual, autopercepção de risco e conhecer alguém com aids. Asvariáveis associadas, a este tipo de teste, que foram diferentes entre os sexos foram:entre as mulheres no nível individual (ser solteira ou separada, início a vida sexual até 15 anos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Identidade de Gênero , Vulnerabilidade em Saúde , Sorodiagnóstico da AIDS , Estudos Transversais , HIV , Análise Multivariada , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/diagnóstico
19.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;13(3): 446-456, set. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-557920

RESUMO

OBJETIVO: Estimar o nível de atividade física em crianças e adolescentes órfãos por aids, segundo características sociodemográficas e relativas à orfandade. MÉTODOS: Inquérito populacional realizado no município de São Paulo, SP, entre 2006 e 2007, com 235 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. As crianças foram classificadas como ativas e sedentárias com o ponto de corte em 300 minutos por semana de atividade física. Todas as variáveis foram comparadas entre os dois grupos e entre os sexos. RESULTADOS: Foi observada prevalência de 42 por cento de sedentarismo. A maioria das crianças e adolescentes apresentou locomoção e brincadeiras infantis como principais atividades físicas. Quanto ao nível de atividade física foi observada diferença significativa entre os sexos (p < 0,001). Os meninos eram mais ativos e brincavam mais na rua do que as meninas. CONCLUSÕES: Há alta magnitude de prevalência de sedentarismo entre crianças e adolescentes órfãos por aids, sendo maior entre as meninas.


OBJECTIVE: To estimate the level of physical activity among children and adolescents orphaned by AIDS according to socio-demographic and orphanhood-related characteristics. METHODS: A population-based study was carried out with 235 children and adolescents aged 7 to 14 years in the municipality of São Paulo, SP, in 2007. Children were classified as active and inactive. The cut-off point established was 300 minutes of weekly physical activity. All variables were compared between both groups and sexes. RESULTS: An overall prevalence of 42 percent of inactivity was found. Active commuting and child's play were the main physical activities for most of the children and adolescents. As for physical activity level, a significant difference was observed between sexes (p < 0.001). Boys were more active and played outdoors more than girls. CONCLUSIONS: There is a high prevalence of physical inactivity among children and adolescents orphaned by AIDS, especially girls.


Assuntos
Adolescente , Criança , Feminino , Humanos , Masculino , Crianças Órfãs , Atividade Motora , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , Pais
20.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;13(2): 237-245, June 2010. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-551155

RESUMO

OBJETIVO: Estimar a associação entre violência por parceiro íntimo (VPI) e uso de serviços de atenção primária à saúde em São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal com seleção dos serviços por amostragem de conveniência e de mulheres usuárias desses serviços por amostragem do tipo consecutivo. As unidades amostrais finais de 2.674 mulheres de 15 a 49 anos de idade foram categorizadas, segundo a ocorrência e repetição de episódios de qualquer tipo de VPI na vida, como "não", "sim com alguma repetição" e "sim com muita repetição". Por meio de regressão logística polinomial, testou-se a associação entre VPI, uso de serviços de saúde e diagnósticos ou queixas das mulheres usuárias (tipo e frequência de registro), ajustadas pelas variáveis sociodemográficas e de saúde sexual e reprodutiva. RESULTADOS: Foi observada uma prevalência de 59 por cento de VPI independente de sua repetição. O maior número de consultas mostrou-se associado com VPI repetitiva, após o ajuste dos efeitos de possíveis variáveis de confundimento. Os diagnósticos e/ou queixas de agravos psicoemocionais registrados, mais de uma vez, no último ano, mostraram-se associados com VPI, aumentando sua magnitude com a maior repetição da violência. CONCLUSÕES: É crucial um maior diagnóstico dos casos de VPI entre mulheres usuárias dos serviços de saúde, bem como a implementação de ações que previnam a violência e de cuidado relativamente às necessidades particulares de saúde dessas mulheres. Tais medidas, se adotadas, produzirão impactos também no padrão de uso dos serviços.


Assuntos
Feminino , Serviços Básicos de Saúde , Violência Doméstica , Atenção Primária à Saúde , Maus-Tratos Conjugais , Violência/prevenção & controle
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