RESUMO
PURPOSE: To determine if illicit drug use increases the vertical transmission of HIV, to identify the risk factors involved in mother and child health and the prevalence of illicit drug use among these pregnant women. METHODS: Sixty-four (7.6%) of 845 pregnant women from the metropolitan region of Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, attended in the service between October 1997 and February 2012 reported the use of illicit drugs. Cases were HIV-positive drug users (n=64) and controls were women who did not use drugs (n=192). Three controls were selected for each case. Several conditions of exposure were considered in the control group such as tobacco use, alcohol use, alcohol and tobacco use, maternal age, educational level, ethnicity, and marital status. Problems during the prenatal period, delivery and postpartum, vertical HIV transmission and neonatal outcomes were also investigated. RESULTS: Univariate analysis showed as significant variables: maternal age, tobacco use, number of prenatal care visits, antiretroviral therapy, mode of infection, and viral load at delivery. Logistic regression revealed as significant variables: maternal age (less than 25 years); tobacco use, and number of prenatal care visits (less than 6). The vertical transmission of HIV was 4,8% (95%CI 1.7-13.3) among drug users and 2,1% (95%CI 0.8-5.2) in the control group, with no statistically significant difference between groups. Neonatal complications were more frequent among drug users, but also with no statistically significant difference between groups. CONCLUSION: The use of illicit drug is frequent during pregnancy among HIV-infected women. The approach to illicit drug use should be routine during prenatal care visits. These women are more discriminated against and tend to deny their habits or do not seek prenatal care. There was no difference in vertical virus transmission between groups, probably indicating adherence to antiretroviral use for antiretroviral therapies during pregnancy.
Assuntos
Infecções por HIV/transmissão , Drogas Ilícitas/efeitos adversos , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas/estatística & dados numéricos , Complicações Infecciosas na Gravidez , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/complicações , Adulto , Estudos de Casos e Controles , Feminino , Humanos , Gravidez , Prevalência , Fatores de Risco , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/epidemiologia , Adulto JovemRESUMO
A pré-eclâmpsia, principal causa de morte materna no mundo, é conhecida como a doença das teorias. Nos últimos anos, diversos avanços no área médica permitiram aprofundar nossos conhecimentos sobre a sua etiopatogenia. Sabemos, atualmente, que fatores genéticos, como a interação entre HLA paterno e linfócitos NK maternos, estão envolvidos na origem da placentação deficiente, um dos principais fatores de risco da pré-eclâmpsia. Fatores imunológicos, como a falha do estabelecimento da reação inflamatória tipo 2 na implantação do embrião, também poderiam dificultar a invasão trofoblástica. O conceito de que a pré-eclâmpsia não é uma doença única, mas um conjunto de doenças com manifestações clínicas comuns veio para ajudar na elucidação do problema. A pré-eclâmpsia é considerada, hoje em dia, um estado imflamatório com disfunção endotelial sistêmica. Nesta revisão, os autores compilam as teorias mais recentes sobre a fisiopatologia dessa doença tão intrigante.
Pre-eclampsia, the leading cause of maternal death around the world, is also known as the disease of theories. Several developments in the last years allowed us to improve our knowledge over its etiopathogeny. It is known that genetic factors, as the interaction between paternal HLA antigens and maternal natural killer lynfocytes, are involved in the origin of incomplete placentation, one of the most powerful risk factors for the development of pre-eclampsia. Imunological factors, as the failure in the establishment of inflammatory Reaction type 2, at implantation time, could also difficult the trophoblastic invasion. The conception of pre-eclampsia as a group of diseases with a common set of clinical manifestations help us to further understand the problem. Pre-eclampsia is considered to be an inflammatory state with systemic endothelial dysfunction. In this review paper, the authors gather the most recent theories about the physiopathology of such intriguing disease.
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Feminino , Gravidez , Mediadores da Inflamação , Implantação do Embrião/genética , Implantação do Embrião/imunologia , Insuficiência Placentária/fisiopatologia , Placentação/fisiologia , Pré-Eclâmpsia/etiologia , Pré-Eclâmpsia/fisiopatologia , Pré-Eclâmpsia/genética , Pré-Eclâmpsia/imunologia , Trofoblastos , Mortalidade Materna , Complicações na GravidezRESUMO
A arterite de Takayasu é caracterizada pela oclusão idiopática da aorta e de seus principais ramos. A doença apresenta uma predileção por mulheres jovens, sendo, dessa forma, ocasionalmente encontrada associada a gestação. Apresentamos o caso de uma gestante portadora de um grau avançado de arterite de Takayasu cuja gravidez foi acompanhada por uma equipe formada por obstetras e cardiologistas e apresentou evolução satisfatória. Ocorreu apenas uma hospitalização por exacerbação dos sintomas na 32ª semana de gestação, que foram controlados com tratamento clínico. O parto vaginal ocorreu na 37ª semana, com nascimento de uma criança pesando 2.750 g. A paciente evoluiu sem complicações clínicas
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Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Arterite de Takayasu , Complicações na GravidezRESUMO
O autor analisa as indicaçoes de cesarianas no período de 1970 a 1989. As principais indicaçoes foram cesariana de repetiçao, distócia e sindromes hipertensivas. As síndromes hipertensivas, como indicaçao de cesariana, elevaram-se em dez vezes nessas duas décadas.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cesárea/estatística & dados numéricos , ReoperaçãoRESUMO
Os movimentos respiratóriosfetais (MRF)têm sido relacionados com ritmo circadiano, alteraçöes na glicemia materna e uso de drogas e fumo durante a gestaçåo. A ausência de MRF tem sido demonstrada durante o trablho de parto. A proposta deste trabalho é fazer uma revisåo de literatura sobre os MRF e o trabalho de parto
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Humanos , Feminino , Gasometria , Glicemia , Movimento Fetal , Trabalho de Parto , Respiração , Trabalho de Parto PrematuroRESUMO
Os autores apresentam sua experiência com transfusäo sanguínea fetal, realizada no Centro de Medicina Fetal da UFMG. A mortalidade perinatal variou de 44 por cento para fetos hidrópicos a 75 por cento para fetos näo hidrópicos.
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Humanos , Transfusão de Sangue Intrauterina , Hidropisia Fetal , Isoimunização Rh , BrasilRESUMO
Os autores avaliaram a evoluçäo da idade e paridade das mulheres cesariadas no período de 1970 a 1987, no Hospital Universitário, e constataram que a evoluçäo foi semelhante nas duas vias de parto. O risco de cesariana foi duas vezes maior para as primíparas em relaçÒo Ós multíparas, mas a idade e paridade sugerem näo ter influenciado a elevaçäo das taxas de cesariana.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Cesárea/estatística & dados numéricos , Idade Materna , ParidadeRESUMO
O autor salienta a elevaçäo acentuada das taxas de cesariana e questiona as principais razöes apontadas para isso: segurança da intervençäo e seu papel nas taxas de mortalidade perinatal. Analisa as principais indicaçöes obstétricas responsáveis pela elevaçäo da incidência de parto operatório e enumera as razöes näo obstétricas que também têm contribuído para esse aumento.
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Humanos , Gravidez , Feminino , Distocia , Sofrimento Fetal , Apresentação Pélvica , Cesárea , Reoperação/tendências , BrasilRESUMO
Os autores analisam a evoluçäo da incidência de cesariana e a utilizaçäo do fórceps em hospital universitário, no período de 1970 a 1987. Constatam que a taxa de cesariana passou de 11,9 por cento para 30,4 por cento, enquanto a utilizaçäo do fósceps representou 4,8 por cento dos partos. O estudo näo sugere correlaçäo entre a utilizaçäo do fórceps e o índice de cesariana.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cesárea , Forceps Obstétrico , Hospitais Universitários , IncidênciaRESUMO
Foram acompanhados quatro fetos hidrópicos, submetidos à transfusäo intravascular (cordocentese) para o tratamento da anemia, decorrente de isoimunizaçäo materna pelo fator RH. A cardiotocografia realizada previamente ao procedimento revelou padräo näo reativo em três casos e ritmo sinusoidal em um caso. Após a transfusäo intravascular todos os fetos tornaram-se reativos nas primeiras doze horas após o procedimento
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Humanos , Feminino , Gravidez , Anemia/terapia , Transfusão de Sangue Intrauterina , Cardiotocografia , Monitorização Fetal , Hidropisia Fetal , Isoimunização RhRESUMO
Foram acompanhadas 38 gestantes sensibilizadas pelo fator Rh, com o intuito de correlacionar os resultados cardiotocográficos ao estudo espectrofotométrico do líquido amniótico, com base nos critérios de Liley. As cardiotocografias foram classificadas em reativo, hiporreativo e näo-reativo. Foi verificada uma sensibilidade de 80% para o método, com um valor preditivo positivo de 86,8% e preditivo negativo de 77,4%
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Gravidez , Humanos , Feminino , Cardiotocografia , Isoimunização Rh/prevenção & controle , Líquido Amniótico/imunologia , Espectrofotometria , Transfusão de Sangue Intrauterina , Complicações Hematológicas na GravidezRESUMO
Foram acompanhadas 38 gestantes sensibilizadas pelo fator Rh, realizando-se cardiotocografias precedendo o parto e comparando-se aos níveis de Hb do cordäo umbilical. Foram considerados anêmicos fetos com Hb < 11 g%. As cardiotocografias foram classificadas em reativos, hiporreativos e näo-reativos. O valor preditivo negativo da cardiotocografia foi de 78% e a sensibilidade de 64,28%
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Gravidez , Humanos , Feminino , Cardiotocografia , Cordão Umbilical/análise , Hemoglobinas/análise , Isoimunização Rh/sangue , Transfusão de Sangue Intrauterina , Idade Gestacional , Terceiro Trimestre da GravidezRESUMO
Foram analisadas prospectivamente, quanto a complicaçöes, 309 pacientes submetidas a operaçäo cesariana. A mais freqüente complicaçäo foi a dificuldade de extraçäo fetal (8,3%). Constituíram fatores de risco a esta complicaçäo a repetiçäo da operaçäo (a partir da terceira) e a ausência de trablaho de parto. Além disso, verificou-se que fetos com menos de 1500g apresentam a complicaçäo com maior freqüência e, por serem mais sensíveis à mesma, devem ser considerados como especialmente em risco com a dificuldade de extraçäo