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1.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e246660, 2023.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1422419

RESUMO

Objetivamos reconstruir, por meio das vozes de mães de jovens negros mortos em ações policiais, a subtração da vida de seus filhos em contínuas políticas que precarizavam suas existências ao negar-lhes direitos básicos e cidadania. Participaram desta pesquisa seis mães. As conversas com elas, após cuidadosa aproximação, se iniciaram com a pergunta disparadora: "Como você gostaria de contar a história do seu filho?". Para subsidiar nossas análises, tomamos como centrais a articulação teórica e política das noções de genocídio negro e de necropolítica. Este artigo evidencia que, entre o nascimento e a interrupção da vida por balas que atravessam o corpo como um alvo predestinado, o racismo constrói trilhos de precarização da vida que a torna cada vez mais abjeta, vulnerável e descartável, conduzindo à morte precoce, ainda que preveníveis, de jovens negros, principalmente, residentes em periferias e favelas. Nesta discussão, fomentamos uma visão menos compartimentalizada das múltiplas políticas genocidas, trazendo para o diálogo outras políticas públicas, para além da segurança pública. Abordamos um continuum de produção e legitimação de mortes de jovens negros, centrando nossas análises nas formas de apagamento social e institucional desses jovens, que ocorreram anteriormente à morte física, de modo a desqualificar suas vidas. Esses processos contribuem para que a política de segurança pública extermine vidas de jovens negros sem causar ampla comoção social, a devida investigação criminal e, portanto, a responsabilização do Estado, pois já eram vidas mutiladas e desumanizadas em suas existências.(AU)


We aim to reconstruct, with the voices of mothers of young black people killed in police actions, the subtraction of their children's lives in continuous policies that undermined their existence by denying them basic rights and citizenship. Six mothers participated in this research. The conversations with them, after a careful approach, began with the triggering question: "How would you like to tell your child's story?". To support our analyses, we take as central the theoretical and political articulation of the notions of black genocide and necropolitics. This article shows that, between the birth and the interruption of life by bullets that pass through the body as a predestined target, racism builds trails of precariousness of life that makes it increasingly more abject, vulnerable, and disposable, leading to premature death, even if preventable, of young black people, mainly, living in suburbs and slums. In this discussion, we foster a less compartmentalized view of multiple genocidal policies, bringing to the dialogue other public policies, in addition to public safety. We approach a continuum of production and legitimization of deaths of young black people, centering our analysis on the forms of social and institutional erasure of these young people, which occurred before physical death, to disqualify their lives. These processes contribute to the public security policy to exterminate the lives of young black people without causing widespread social upheaval, due criminal investigation, and, thus, the accountability of the State, since they were already mutilated and dehumanized lives in their existence.(AU)


El objetivo de este artículo es reconstruir, a través de las voces de las madres de jóvenes negros asesinados en acciones policiales, la sustracción de la vida de sus hijos en políticas continuas que socavaron su existencia al negarles derechos básicos y ciudadanía. Seis madres participaron en esta investigación. Las conversaciones con estas madres, después de un enfoque cuidadoso, comenzaron con la pregunta desencadenante: "¿Cómo le gustaría contar la historia de su hijo?". Para apoyar el análisis, se tomó como eje central la articulación teórica y política de las nociones de genocidio negro y necropolítica. Este artículo muestra que, entre el nacimiento y la interrupción de la vida por balas que atraviesan el cuerpo como fin predestinado, el racismo construye senderos de precariedad de la vida que la hace cada vez más abyecta, vulnerable y desechable, conduciendo a una muerte prematura, incluso prevenible, de jóvenes negros, principalmente, residentes en la periferia y favelas. Esta discusión fomenta una visión menos compartimentada de múltiples políticas genocidas, llevando al diálogo otras políticas públicas, además de la seguridad pública. Se acerca a un continuo de producción y legitimación de muertes de jóvenes negros, centrando el análisis en las formas de borrado social e institucional de estos jóvenes, ocurridas antes de la muerte física, para descalificar sus vidas. Tales procesos contribuyen a la política de seguridad pública para exterminar la vida de los jóvenes negros sin provocar un gran revuelo social, la debida investigación criminal y, en consecuencia, la rendición de cuentas del Estado, pues ya eran vidas cuya existencia era mutilada y deshumanizada.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Adulto Jovem , Política Pública , Mulheres , Adolescente , Racismo , Genocídio , Mães , Pobreza , Preconceito , Psicologia , Relações Raciais , Comportamento Social , Justiça Social , Problemas Sociais , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Violência , Trabalho Infantil , Brasil , Luto , Drogas Ilícitas , Defesa da Criança e do Adolescente , Colonialismo , Direito Penal , Ameaças , Morte , Denúncia de Irregularidades , Desumanização , Ética , Estigma Social , Discriminação Social , Fatores Sociológicos , Consumo de Álcool por Menores , Comportamento de Busca de Ajuda , Segregação Social , Privilégio Social , Liberdade , Respeito , Enquadramento Interseccional , Racismo Sistêmico , Vulnerabilidade Social , Cidadania , Homicídio , Direitos Humanos
2.
Psicol. ciênc. prof ; 40: e242819, jan.-maio 2020.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1143540

RESUMO

Resumo Para compreender o mundo contemporâneo é imprescindível voltar o olhar para a colonização das Américas e a escravização dos povos indígenas e negros, pois esses processos históricos e políticos construíram as estruturas das sociedades modernas. A partir da colonização produziu-se a racialização dos corpos, que estabeleceu uma hierarquia de vida e de morte. Logo, o racismo torna-se a base do direito de matar. O negro é fabricado como insígnia da morte, sendo desumanizado e submetido à violência racial-colonial e também à de gênero. Este ensaio se propõe a tecer reflexões sobre o modo como o racismo modula, e também é modulado, no contexto pandêmico da Covid-19, além de salientar um contínuo histórico de violências raciais que reencenam o passado colonial. Para isso, tomaremos como cerne do debate as experiências das mulheres negras, haja vista que suas posicionalidades nas estruturas de poder permitem observar e analisar as realidades sociais numa perspectiva contra-hegemônica e insurgente. Dispor as experiências das mulheres negras enquanto lócus privilegiado de produção de conhecimento sobre a realidade nacional brasileira alicerça o entendimento das consequências do racismo no tecido social, assim como visibiliza resistências históricas ao Estado genocida.


Abstract Looking back towards the colonization of the Americas and the enslavement of indigenous and black peoples is essential to understand the contemporary world, as these historical and political processes built the structures of modern societies. The colonization produced racialized bodies, establishing a life/death hierarchy. Thus, racism becomes the foundation of the right to kill. The black is manufactured as a death insignia, dehumanized and subjected to racial-colonial violence, as well as of gender. This essay aims to reflect how racism modulates and is modulated in the context of the Covid-19 pandemic, besides highlighting a historical continuum of racial violence that reenact the colonial past. To this end, black women's experiences comprise the core of the debate, as their role within the power structures allow us to observe and analyze social realities from a counter-hegemonic and insurgent perspective. By arranging black women's experiences as a privileged locus of knowledge production on the Brazilian reality, we may understand the consequences of racism based on the social fabric and expose historical resistance to the genocidal state.


Resumen Para entender el mundo contemporáneo es fundamental mirar la colonización de América y la esclavitud de los pueblos indígenas y de los negros, ya que estos procesos históricos y políticos han construido las estructuras de las sociedades modernas. La colonización conllevó la producción de una racialización de los cuerpos que estableció una jerarquía de vida y muerte. Por tanto, el racismo se convirtió en la base del derecho a matar. El negro se fabrica como insignia de la muerte, y es deshumanizado y sometido a violencia racial-colonial y de género. Este ensayo tiene como objetivo reflexionar sobre la forma en que el racismo modula, y también se modula, en el contexto pandémico de Covid-19, además de resaltar una historia continua de violencia racial que recrea el pasado colonial. Para ello, tomaremos las vivencias de las mujeres negras como eje del debate, dado que sus posiciones en las estructuras de poder nos permiten observar y analizar las realidades sociales desde una perspectiva contrahegemónica e insurgente. Disponer de las vivencias de las mujeres negras como un lugar privilegiado de producción de conocimiento sobre la realidad nacional brasileña sustenta la comprensión de las consecuencias del racismo en el tejido social, además de mostrar la resistencia histórica al Estado genocida.


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Vida , População Negra , Pandemias , Racismo , Genocídio , Escravização , Povos Indígenas , Sociedades , Violência , Emblemas e Insígnias , Infecções por Coronavirus , História
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