RESUMO
O caso ilustra o papel do ecocardiograma no diagnóstico e acompanhamento terapêutico de linfoma primário intracardíaco, em pacientesubmetido a transplante cardíaco há 11 anos. No ecocardiograma transtorácico foi visibilizada massa que ocupava a cavidade ventricular esquerda, confirmada por ecocardiograma transesofágico e tomografia computadorizada. Não havia disseminação do tumor em outrosórgãos. A massa foi ressecada cirurgicamente e enviada para análise histopatológica e imuno-histoquímica que revelou linfoma não Hodgkin. O ecocardiograma, após a cirurgia, comprovou ausência do tumor, com função ventricular esquerda preservada. O paciente veio a falecer, quatro meses após, por complicações infecciosas. Destacamos a raridade desta apresentação clínica do paciente transplantado, sobretudo a localização no ventrículo esquerdo e o diagnóstico em vida possibilitado pelo ecocardiograma.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Ecocardiografia/métodos , Ecocardiografia , Transplante de Coração , Linfoma de Células B/complicações , Linfoma de Células B/mortalidade , Linfoma não Hodgkin/complicações , Linfoma não Hodgkin/diagnóstico , Disfunção Ventricular Esquerda , Radiografia TorácicaRESUMO
Objetivo: A análise da sincronia do ventrículo esquerdo pode ser realizada com o emprego da ecocardiografia tridimensional (ECO 3D) e, também, com o Doppler tecidual (DT). O objetivo deste estudo foi comparar a análise do ventrículo esquerdo observada pelos dois métodos. Métodos: Estudo prospectivo com 82 indivíduos (48 homens, média de 51 anos mais ou menos 12 anos), 50 com anatomia cardíaca e eletrocardiograma normais (grupo N), 32 com cardiomiopatia dilatada (grupo CMD) e aumento da duração do QRS. A análise ecocardiográfica foi realizada com ecocardiografia bidimensional, ecocardiografia tridimensional transtorácica, em tempo real, (ECO 3D). Foi realizada a afeição da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, dos volumes e dos índices de dissincronia (DI) por cento para 6, 12 e 16 segmentos do ventrículo esquerdo. Com o DT, foram medidos os intervalos eletromecânicos (IQS) dos segmentos basais das paredes septal, lateral, anterior e inferior, e o índice de dissincronia tecidual (ID) por cento. A análise estatística foi feita com a determinação do coeficiênte de correlação (Pearson), IC: 95 por cento, com teste de regressão linear e teste de Bland e Altman. No grupo N, o coeficiente de correlação (r) para DT DI por cento e 3D 6 ID por cento foi de 0,4143, p igual 0,0015; para 3D 12ID por cento (r) foi de 0,2647, p igual 0,0446, e para 3D 16 ID por cento (r) foi de 0,2332, p igual 0,0430. No grupo CMD, (r) para DTI ID por cento e 3D 6 ID por cento foi de: 0,5269, p igual 0,0019; para 3D 12 ID por cento (r) foi de 0,7827, p menor 0,0001; para 3D 16 ID por cento (r) foi de r: 0,7838, p menor 0,0001. Conclusão: Foi observada boa concordância para a análise da dissincronia eletromecânica, com o emprego do Doppler tecidual e com a ecocardiografia tridimensional, em pacientes portadores de insuficiência cardíaca.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Baixo Débito Cardíaco/terapia , Ecocardiografia Tridimensional , Marca-Passo Artificial , Ecocardiografia Doppler , Função Ventricular EsquerdaRESUMO
Objetivo - Avaliar os diferentes métodos de quantificação de insuficiência mitral (IM) ao ecocardiograma transesofágico (ETE) em pacientes com suspeita clínica de disfunção de prótese mitral. Métodos - Foram estudados 15 pacientes, divididos em dois grupos, conforme a presença ou não de IM expressiva (grau importante) ao cateterismo cardíaco (Cate). A IM foi quantificada ao ETE pelos seguintes métodos, habitualmente empregados para IM de valvas nativas: avaliação subjetiva do jato regurgitante ao mapeamento de fluxo a cores, avaliação objetiva com base na área absoluta do jato regurgitante e na sua área relativa (área do jato/área do átrio esquerdo (AE), e avaliação baseada na presença de fluxo sistólico reverso em veia pulmonar. Resultados - A IM foi predominantemente de origem transprotética (14 pacientes) e de distribuição excêntrica (11 pacientes). Observou-se concordância estatisticamente significante (p<0,05) entre IM expressiva ao Cate (8 pacientes) e ao ETE pela avaliação subjetiva e presença de fluxo sistólico reverso em veia pulmonar. As avaliações pelas áreas absoluta (área de jato > 7cm2) e relativa (área de jato > 35 por cento da área do AE) não mostraram concordância significante com o Cate, com nítida subestimação ao ETE pela área relativa. Houve, porém, concordância significante, quando considerado como IM expressiva, jato cuja área relativa foi > 30 por cento da área do AE. Conclusão - O ETE identificou adequadamente as IM protéticas angiograficamente expressivas, particularmente pelos métodos subjetivo e de fluxo sistólico reverso em veia pulmonar. É necessário cautela na utilização de critérios baseados na área do jato regurgitante, em virtude da subestimação da área na presença de jato excêntrico, freqüente em disfunção de prótese mitral.