RESUMO
Neste artigo os autores versam sobre o tratamento não-farmacológico das dislipidemias, em que as mudanças de estilo de vida são apreciadas, tanto aquelas relacionadas à dieta e as advindas dos exercícios físicos como as relacionadas ao abandono do hábito de fumar e às medidas antiestresse. Relatam o que os estudos internacionais demonstrarame, e, nosso meio, os trabalhos de Moraes, que avaliaram parâmetros clínicos e laboratoriais em 279 pacientes submetidos a intervenção aguda no estilo de vida (média 14,27 dias), as modificações produzidas por esse tratamento e a presença e a reversão da síndrome metabólica. Os parâmetros bioquímicos utilizados foram: colesterol total, frações HDL-colesterol e LDL-colesterol, triglicérides, glicose e ácido úrico plasmático. Houve melhora significante dos padrões bioquímicos de entrada, com destaque para os pacientes com síndrome metabólica, entre os quais aproximadamente 36 por cento deixaram de apresentar essa condição. A intervenção aguda de estilo de vida reduziu ou reverteu os fatores de risco para doença arterial coronariana.
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Masculino , Feminino , Humanos , Colesterol/análise , Colesterol/efeitos adversos , Estilo de Vida/etnologia , HiperlipidemiasRESUMO
Intervenções farmacológicas com hipolipemiantes devem ser monitoradas periodicamente para avaliar eficácia e parâmetros de segurança. As estatinas são drogas normalmente bem toleradas e os seus principais efeitos colaterais incluem aumento das enzimas hepáticas (AST e ALT) e muscular (CK). O tratamento deve ser interrompido ou diminuído no caso de um aumento significativo das AST ou ALT (> 3x LSN), ou CK (> 10x LSN). Outros agentes hipolipemiantes também podem produzir hepatotoxicidade ou miosite, fibratos e ácido nicotínico, especialmente em associação com as estatinas ou na presença de anormalidades metabólicas (tireoidite, hepatopatia e nefropatia). Acido nicotínico pode também aumentar os níveis plasmáticos de glicose e ácido úrico. Testes laboratoriais podem ser utilizados no seguimento da terapia hipolipemiante e devem ser repetidos a cada três meses durante o primeiro ano e então em intervalos de seis meses. Intervalos menores são recomendados para casos especiais.
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso de 80 Anos ou mais , Doença da Artéria Coronariana/prevenção & controle , Guias de Prática Clínica como Assunto , Fígado/efeitos dos fármacos , Hiperlipidemias/tratamento farmacológico , Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Redutases/efeitos adversos , Alanina Transaminase/sangue , Aspartato Aminotransferases/sangue , Padrões de Prática Médica/normas , Creatina Quinase/sangue , Fígado/enzimologia , Hiperlipidemias/prevenção & controle , Inibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Redutases/uso terapêutico , Biomarcadores/sangue , Monitoramento de Medicamentos/métodos , Monitoramento de Medicamentos/normas , Fatores de TempoRESUMO
OBJETIVO: Analisar a liberação intracoronariana de marcadores inflamatórios (MI) após intervenções coronarianas percutâneas (ICP) e comparar suas concentrações com relação ao tipo de ICP utilizada (rotablator vs angioplastia por balão). MÉTODOS: Foram randomizados 22 pacientes com média de idade de 60±11,9 anos, 12 do sexo masculino, portadores de síndromes coronarianas estáveis, submetidos ao tratamento eletivo de uma única lesão coronariana utilizando rotablator (N=11) ou pré-dilatação por balão (N=11) para implante de stents. As amostras foram colhidas na raiz da aorta e no seio coronariano, imediatamente antes e 15 minutos após as intervenções. Todas as dosagens foram feitas antes do implante do stent, sendo analisadas as citocinas TNF-a, IL-6 e IL-1 e as moléculas de adesão solúveis ICAM-1, E-selectina e P-selectina, utilizando o método ELISA. RESULTADOS: As concentrações de TNF-a e IL-6 aumentaram após as ICP, passando respectivamente de 9,5±1,5 pg/ml para 9,9±1,8 pg/ml (p=0,017) e de 6,0±2,4 pg/ml para 6,9±3,0 pg/ml (p<0,001). Não houve mudança significativa na expressão de IL-1, ICAM-1 e P-selectina, observando-se diminuição nas concentrações de E-selectina após os procedimentos (52,0±17,5 ng/ml para 49,3±18,7 ng/ml; p=0,009). Não houve diferença significativa entre as concentrações dos MI após as ICP, com relação ao tipo de procedimento utilizado. CONCLUSAO: No período precoce, pós-intervenções coronarianas percutâneas, observou-se aumento das concentrações intracoronárias de TNF-a e IL-6 e ausência de diferença significativa entre as concentrações dos marcadores inflamatórios liberados na circulação coronariana por rotablator e pela angioplastia com balão.
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Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Angioplastia Coronária com Balão , Aterectomia Coronária , Moléculas de Adesão Celular/sangue , Doença da Artéria Coronariana/sangue , Doença da Artéria Coronariana/terapia , Citocinas/sangue , Biomarcadores/sangue , Citocinas/imunologia , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática , StentsRESUMO
OBJETIVO: Investigar os efeitos de baixas concentrações de LDL oxidada (LDL-ox) sobre a proliferação e a motilidade espontânea de células endoteliais de artérias coronárias humanas (CEACH) em cultura. MÉTODOS: Culturas de CEACH foram tratadas com baixas concentrações de LDL nativa (LDLn), isolada de plasma humano, e com LDL minimamente oxidada por diferentes métodos químicos, e os efeitos, comparados entre si. RESULTADOS: LDLn não apresentou efeitos deletérios sobre o endotélio em proliferação e na motilidade in vitro de CEACH, porém na mais alta concentração e por tempo mais prolongado inibiu a proliferação celular. As LDL-ox, quimicamente, pela espermina nonoato (ENO) e 3-morfolinosidnonimina (SIN-1) expressaram efeitos inibitórios significativos sobre a proliferação e a motilidade in vitro de CEACH proporcionais às maiores concentrações e graus de oxidação das LDL. CONCLUSÃO: LDL-ox apresenta efeito citotóxico, inibindo a proliferação e a motilidade espontânea de células endoteliais de artérias coronárias humanas em cultura, proporcionalmente à concentração e ao grau de oxidação da LDL, enquanto, LDL nativa é relativamente inócua.
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Humanos , Células Endoteliais , Endotélio Vascular/citologia , Lipoproteínas LDL/farmacologia , Movimento Celular , Proliferação de Células , Vasos Coronários/citologia , Células Endoteliais/fisiologia , Doença da Artéria Coronariana/fisiopatologia , Doença da Artéria Coronariana/metabolismo , Lipoproteínas LDL/fisiologia , Lipoproteínas LDL/metabolismo , Movimento Celular/fisiologiaRESUMO
A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética, caracterizada por elevações dos níveis de colesterol plasmático, resultante da fração que não é removida adequadamente da circulação. São descritas mais de 600 mutações envolvidas nos mecanismos de síntese e expressão dos receptores da lipoproteína de baixa densidade (LDL), o que se traduz em redução ou em não funcionamento desses mecanismos. A forma de transmissão da mutação é autossômica dominante, o que resulta em dois fenótipos distintos: a forma homozigótica, rara, com prevalência de 1 em 1 milhão de indivíduos e valores de LDL-Colesterol acima de 600 mg/dl, além da presença de aterosclerose precoce, com acometimento cardiovascular já na primeira infância e adolescência; e a forma heterozigótica, mais frequente, que acomete 1 em 500 indivíduos, em que os níveis de LDL-colesterol plasmático se situam, geralmente entre 200 mg/dl e 400 mg/dl, e na ausência de tratamento adequado a doença coronariana vai se estabelecer em homens antes dos 50 anos e em mulheres antes dos 60 anos. o diagnóstico é estabelecido por meio de critérios clínicos e pode ser confirmado pela determinação da mutação. O tratamento, bem como as metas lipídicas a serem alcançadas, baseiam-se na estratificação de risco desses pacientes, o qual avalia, entre outros fatores, a presença de aterosclerose subclínica por meio da avaliação do complexo íntima média da carótida e do cálcio coronário. O diagnóstico de hipercolesterolemia familiar permite a identificação dessa doença em outros componentes assintmáticos em uma mesma família, podendo-se estabelecer o tratamento adequado da hipercolesterolemia, o que irá prevenir eventos cardiovasculares futuros
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Colesterol/fisiologia , Colesterol/genética , Hiperlipoproteinemia Tipo II/fisiopatologia , Hiperlipoproteinemia Tipo II/genética , Hiperlipoproteinemia Tipo II/metabolismo , Lipoproteínas LDL/fisiologia , Arteriosclerose/fisiopatologia , Arteriosclerose/genética , Cardiopatias/fisiopatologia , Cardiopatias/genéticaRESUMO
A porcentagem de pacientes em uso de medicamentos hipolipemiantes, que atingem as metas de LDL-C propostas pelo NCEP ATP III, foi analisada nesse estudo prospectivo. Após seleção prévia, participaram do protocolo 20 médicos (cinco cardiologistas, cinco endocrinologistas e 10 clínicos gerais), que incluíram um total de 120 pacientes dislipêmicos em uso de hipolipemiantes nun período superior a 12 semanas. Os pacientes foram divididos em três categorias de risco (segundo o escore de Framingham): baixo risco ou categoria A (risco absoluto de coronariopatia < 10 por cento em 10 anos): risco moderado ou categoria B (risco absoluto de coronariopatia entre 10 por cento e 20 por cento em 10 anos) e alto risco ou categoria C (pacientes com DAC ou equivalente de DAC e risco absoluto de coronariopatia > 20 por cento em 10 anos). As metas de LDL-C foram definidas como: < 160mg/dl para o grupo de baixo risco, < 100mg/dl para o grupo de risco moderado e < 100mg/dl para o grupo de alto risco. A idade dos pacientes variou de 26 a 90 anos (média = 56 ± 13 anos) e 52 por cento era do sexo feminino. Na fase inicial do estudo, 93 por cento dos pacientes recebiam vastatinas e 7 por cento fibratos. A sinvastatina e a atorvastatina, nas doses médias de 12 e 26mg/dia, respectivamente, foram as bastatinas mais utilizadas e, com essas doses, 41 por cento dos pacientes atingiram as metas de LDL-C. Esse percentual aumentou para 46 por cento ao final do estudo, em conseqüência do ajuste das doses das vastatinas. As maiores porcentagens de sucesso foram observadas entre o spacientes de baixo risco e os resultados não foram influenciados pela especialidade do médico. Os achados desse estudo indicam que as porcentagens de pacientes que alcançam as metas de LDL-C estabelecidas pelas diretrizes são baixas
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Humanos , Anticolesterolemiantes/uso terapêutico , HDL-Colesterol , LDL-Colesterol , Economia e Organizações de Saúde/tendências , Hiperlipidemias , Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de SaúdeRESUMO
OBJETIVO: Comparar a pressão arterial, o perfil lipídico, o consumo alimentar e dados antropométricos em adolescentes com ou sem antecedente familiar de hipertensão arterial. MÉTODOS: Foram avaliados 43 adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária entre 11 a 18 anos, sendo 20 filhos de hipertensos e 23 de normotensos e examinados: a pressão arterial, o consumo alimentar, dados antropométricos, o perfil lipídico e o resultado da orientação dietética (American Heart Association). RESULTADOS: Os filhos dos hipertensos mostraram maiores valores basais de pressão arterial sistólica (109 ± 3 vs. 99 ± 2 mm Hg, p=0,01) e diastólica (68 ± 2 vs. 62 ± 2 mm Hg, p=0,04), da relação CT/HDL-c (4,1 ± 0,3 vs. 3,2 ± 0,2, p<0.01) e de LDL-c/HDL-c (2,7 ± 0,2 vs. 1,9 ± 0,1, p<0,01) e menores valores de HDL-c (43 ± 2 vs. 53 ± 2 mg/dL, p<0,005). O consumo alimentar e medidas antropométricas analisadas não diferiram entre os grupos. A intervenção dietética, embora tenha resultado em reduções no índice de massa corpórea (21,0± 1,2 vs. 20,1 ± 1,1 kg/m², p<0,01), não modificou a dislipidemia presente nos filhos de hipertensos. CONCLUSAO: Encontraram-se maiores níveis de pressão arterial e perfil lipídico mais desfavorável entre filhos de hipertensos, onde os níveis baixos de HDL-c foram o achado mais relevante e independente de variáveis antropométricas ou nutricionais.
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Humanos , Feminino , Criança , Adolescente , Pressão Sanguínea/fisiologia , Comportamento Alimentar , Hipertensão/genética , Lipídeos/sangue , Fatores Etários , Antropometria , Hipertensão/metabolismo , Hipertensão/fisiopatologia , Pais , Fatores de RiscoAssuntos
Humanos , Hiperlipoproteinemia Tipo IV/prevenção & controle , Hiperlipoproteinemia Tipo IV/terapia , Hipertrigliceridemia/complicações , Hipertrigliceridemia/terapia , Hipertrigliceridemia/tratamento farmacológico , Niacina/administração & dosagem , Niacina/uso terapêutico , Ácido Clofíbrico/administração & dosagem , Ácido Clofíbrico/uso terapêutico , /administração & dosagem , /uso terapêutico , Doença das Coronárias/prevenção & controle , Doença das Coronárias/tratamento farmacológico , HDL-Colesterol/efeitos adversos , LDL-Colesterol/efeitos adversosRESUMO
O alcoolismo está relacionado a má nutriçäo e baixos níveis de várias vitaminas que fazem parte do metabolismo da homocisteína (Hci). O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de hiper-homocisteinemia em pacientes com alta ingestäo diária de aguardente de cana-de-açúcar. Foram incluídos neste estudo 31 homens hospitalizados para tratamento de alcoolismo. Hci, folato (Fol), vitamina B12 séricos e enzimas hepáticas foram determinados e repetidos após 21 dias de abstinência alcoólica. Os valores de Hci em æmol/l antes e depois do tratamento foram, respectivamente, de 24,88 ± 2,09 e 12,48 ± 0,69. A abstinência alcoólica diminuiu significativamente os valores de aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e gamaglutamiltranspeptidase. Näo houve alteraçäo dos níveis de hemácias, proteínas totais e concentraçäo de hemoglobina corpuscular média. Os níveis de Hci antes do tratamento se correlacionaram com os de folato (r² = 0,333). Estes resultados sugerem que o alcoolismo crônico está acompanhado por perturbaçäo do metabolismo de aminoácidos sulfurados e que a hiper-homocisteinemia etanol-induzida através de aguardente de cana-de-açúcar pode ser acompanhada de níveis séricos baixos de folato, agravando o estado nutricional destes pacientes
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Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Alcoolismo , Análise de Variância , Deficiência de Ácido Fólico/etiologia , Deficiência de Ácido Fólico/metabolismo , Hiper-Homocisteinemia , Oxirredutases atuantes sobre Doadores de Grupo CH-NH , Deficiência de Vitamina B 12Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Diabetes Mellitus/complicações , Doenças Cardiovasculares/complicações , Doenças Cardiovasculares/diagnóstico , Doenças Cardiovasculares/fisiopatologia , Hipertensão/complicações , Obesidade/complicações , Fatores de Risco , Fumar/efeitos adversos , Estresse Fisiológico/complicaçõesRESUMO
Objective - To characterize the risk profile for atherosclerosis (AS) in adolescents and young adults of a private university in São Paulo. Methods - Clinical, nutritional, and laboratory parameters were evaluated in 209 students of both genders aged 17 to 25 years. In addition to determination of the lipid profile, the association of its abnormal values with other risk factors for AS was also investigated. Results - Increased levels of total cholesterol, LDL-C and triglycerides (TG) were observed in 9.1 per cent, 7.6 per cent and 16.3 per cent of the students, respectively, and decreased levels of HDL-C in 8.6 per cent of them. Prevalence of the remaining risk factors analyzed was elevated: sedentary life style (78.9 per cent); high intake (35.9 per cent); smoking, hypertension (15.8 per cent) and obesity (7.2 per cent). There was an association between elevated LDL-C and TG levels and sedentary life style and body mass index. Conclusion - The high prevalence of risk factors for AS in young individuals draws attention to the need for adoping preventive plans.
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Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Aterosclerose/epidemiologia , Brasil , HDL-Colesterol/sangue , LDL-Colesterol/sangue , Colesterol/sangue , Exercício Físico , Preferências Alimentares , Hipertensão , Obesidade , Fatores de Risco , Fumar , Triglicerídeos/sangueRESUMO
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de óbito em indivíduos diabéticos. Entre os fatores que contribuem para que o processo aterosclerótico se revele mais extenso e severo nesses pacientes, podemos destacar as dislipidemias. O diabete melito pode levar a uma série de alterações no metabolismo lipídico. Aumento nos níveis de triglecerídeos, diminuiçäo dos níveis de HDL-colesterol e formaçäo de partículas de LDL-colesterol de maior potencial aterogênico representam as alterações mais comuns. As atuais recomendações visam a proporcionar diagnóstico e tratamento precoces. O diagnóstico envolve näo só a identificaçäo da dislipidemia em si, como também a investigaçäo de causas secundárias. A eficácia da terapêutica hipolipemiante exige a adesäo a mudançäs no estilo de vida e uso adequado de medicações.
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Humanos , Diabetes Mellitus/complicações , Diabetes Mellitus/metabolismo , Doenças Cardiovasculares/mortalidade , Hiperlipidemias/patologia , Apolipoproteínas , Colesterol/deficiência , Dieta/estatística & dados numéricos , Insulina/uso terapêutico , Prescrições de Medicamentos , Prescrições , Fatores de Risco , Triglicerídeos/deficiênciaRESUMO
No protocolo de avaliaçäo clínico-laboratorial de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) aterotrombótico dosamos e analisamos níveis de fibrinogênio plasmático (técnica de Clauss automatizada), para determinar seu possível papel como fator de risco trombogênico em 29 pacientes (20 homens e 9 mulheres) com idades entre 25 a 79 anos (mediana=55); todos tinham tido AVC aterotrombótico. Eles foram classificados em 2 grupos segundo alteraçöes de fluxo nas carótidas: g1 - sem alteraçäo de fluxo (n=19) e g2 - com alteraçöes de fluxo (n=10). Resultados- A média das dosagens de fibrinogênio no g1 foi de 269 e no g2 de 353 mg/dl. Quarenta e sete por cento dos pacientes do g1 e 80 por cento do g2, apresentaram medidas >300 mg/dl. As diferenças obtidas entre os grupos neste estudo foram significante. Conclusäo- Considerando o nível de risco epidemiológico de 300 mg/dl, nossos resultados sugerem que o fibrinogênio é um fator de risco independente para AVC aterotrombótico, especialmente naqueles com alteraçäo de fluxo carotídeo.