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1.
ABCS health sci ; 49: e024215, 11 jun. 2024. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1563394

RESUMO

INTRODUCTION: The prevalence of hepatitis C (HCV) is high among prisoners. If untreated, a substantial number of patients progress to cirrhosis, hepatocarcinoma, or liver failure. World Health Organization aims to reduce the incidence of infection by 90% by 2030. OBJECTIVE: To describe the prevalence of anti-HCV and sociodemographic and clinical aspects, related to the presence of the antibody, in the population deprived of liberty. METHODS: Cross-sectional and epidemiological survey, with exploratory, observational, quantitative-analytical components. A simple random sample of 233 participants, with 95% Confidence Interval (CI) and, a 4% margin of error, was calculated for a population of 1,564 prisoners. The relationship between sociodemographic and clinical variables was evaluated, considering as outcome of the rapid test for anti-HCV results, using the associative measure Prevalence Ratio (PR) with a 95% CI. RESULTS: 240 people participated. The prevalence of anti-HCV was 2%, and the use of injectable drugs (PR 14.75; PRIC95% 2.09-104.28), being born in the decades of 1951 to 1980 (PR 9.28; PRIC95% 1.06-81.57) and be co-infected with hepatitis B virus (PR 10.75; PRIC95% 1.66-69.65) were the aspects that presented a relevant prevalence ratio for the presence of the virus, which could be generalized to the population. CONCLUSION: This is a population that is difficult to access, the study is relevant because it contributes to preventive measures of public health in the prison system. Moreover, it shows the need to implement measures to prevent and contain the spread of HCV, aiming at the elimination of hepatitis C in this population.


INTRODUÇÃO: A prevalência da hepatite C (HCV) é elevada entre os prisioneiros. Se não tratada, proporção substancial das infecções progride para cirrose, hepatocarcinoma ou insuficiência hepática. Organização Mundial de Saúde tem a meta de reduzir a incidência da infecção em 90% até 2030. OBJETIVO: Descrever a prevalência do anti-HCV e os aspectos sociodemográficos e clínicos, relacionados à presença do anticorpo, na população privada de liberdade. MÉTODOS: Estudo transversal por inquérito epidemiológico, com componente exploratório, observacional, quantitativo-analítico. Foi calculada amostra aleatória simples de 233 pessoas, Intervalo de Confiança (IC) 95%, margem de erro 4% para população de 1564 prisioneiros. Foi avaliada a relação entre os aspectos sociodemográficos e clínicos com o desfecho obtido pelo teste rápido para anti-HCV por meio da medida associativa Razão de Prevalência (RP) e IC de 95% para essa estimativa. RESULTADOS: Participaram 240 pessoas. A prevalência do anti-HCV foi de 2%, sendo que o uso de drogas injetáveis (RP 14,75; RPIC95% 2,09-104,28), ter nascido nas décadas de 1951 a 1980 (RP 9,28; RPIC95% 1,06-81,57) e ser coinfectado com o vírus da hepatite B (RP 10,75; RPIC95% 1,66-69,65) foram os aspectos que apresentaram razão de prevalência para a presença do vírus, passível de generalização para a população. CONCLUSÃO: Trata-se de população de difícil acesso, o estudo é relevante por contribuir para medidas preventivas de saúde pública no sistema prisional. Outrossim, mostra a necessidade de se implementar medidas para evitar e conter a disseminação de HCV, visando a microeliminação da hepatite C na população carcerária.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Prisioneiros , Hepatite C/epidemiologia , Anticorpos Anti-Hepatite C , Fatores Sociodemográficos , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Determinantes Sociais da Saúde
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);27(12): 4389-4396, Dec. 2022. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404191

RESUMO

Resumo Objetivou-se relatar a experiência no gerenciamento de pesquisa-ação sobre inquérito de hepatite C junto à comunidade carcerária no Triângulo Mineiro, Minas Gerais. A proposta foi desenvolvida entre março de 2019 e março de 2020, alcançando 240 pessoas, com o intuito de conter a disseminação do agravo por meio de inquérito, testagem e acompanhamento dos casos positivos. Adotou-se ação intersetorial, com articulação entre universidades, sociedade médica, hospital de ensino e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. As estratégias para o gerenciamento da pesquisa-ação foram: cenários e atores do estudo, registro e formalização da atividade, aplicação dos testes e manejo dos internos reagentes. Dificuldades foram identificadas quanto à acomodação de rotinas entre equipe de pesquisadores e funcionamento próprio da penitenciária, o que exigiu treinamento ostensivo entre as partes e articulações gerenciais. Considera-se que o relato, quando destaca as estratégias adotadas para a condução da pesquisa, colabora para a organização de investigações futuras que visem acessar essa população ainda invisibilizada.


Abstract We aimed to report the experience in managing action research on hepatitis C investigation in the prison community in the Triângulo Mineiro region, Minas Gerais, Brazil. The proposal was developed from March 2019 to March 2020, reaching 240 people to contain the spread of the disease through a survey, testing, and monitoring of positive cases. We adopted intersectoral action with articulation between Universities, Medical Society, Teaching Hospital, and State Secretariat for Justice and Public Security. Strategies for the management of action research are described: study settings and stakeholders, registration and formalization of the activity, application of tests, and management of reagent inmates. We identified difficulties regarding the accommodation of routines among the research team and the proper functioning of the penitentiary, which required extensive training between the parties and managerial articulations. We consider that the report collaborates with the organization of future research aimed at accessing this still invisible population, the prison community when it highlights the strategies adopted to conduct the research.

3.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1437138

RESUMO

Objective: sex workers are configured as a historically marginalized group for deviate of the moral and social behavior pattern dictated by conservative dogmas on which Brazil was built. Such exclusion is also expressed in public health policies, where the group is mentioned only in actions and programs aimed at sexually transmitted infections (STIs), which violates basic principles proposed by SUS (Brazilian Unified Health System). This paper aims to analyze the care received in the context of health care from the perspective of sex workers.Methods: this is a descriptive and exploratory study, with a qualitative approach, that have as referential of analysis the Collective Subject Discourse (CSD), built from a half-structured interview realized with the group in question and a socioeconomic questionnaire. The DSC is a method that assemble opinions and individual expressions in a unique testimony, written in first person singular, that gives voice to this collectivity. The collect was helped by community health agents of Family Health Unit that includes the brothel's territory.Results and Discussion: were interviewed 22 sex workers, being 19 cis woman and 3 trans woman, most of whom in a situation of social vulnerability ­ brown or black, little schooling and low rent. The speeches identified the existence of health care that does not meet the specific demands of this population, in addition to the presence of fragmented care and focused on sexual and gynecological health. The trans or cis interviewed, moreover, strong resistance to gender identity and respect for the social name by the team. In addition, there were expressions of fear in revealing the profession during medical appointment, due to the stigma and preconception that fell on them. Even so, these professionals understand that their health needs are met in SUS, which connotes a resigned view of the gaps in the care network, requiring specific health actions, programs and policies for this population.Final Considerations: the sex workers are a society's cutout that suffer daily with stigma on their pattern of sexual behavior, living an important condition of social vulnerability. This reflects on fear to seek medical services and to reveal their profession, resulting in gaps on the access and right to health in this population. It is necessary, therefore, creation of health programs and policies specifics and requalification of the health teams for the management of this patients.


Objetivo: as profissionais do sexo se configuram como um grupo historicamente marginalizado por se desviarem do padrão de comportamento moral e social ditado pelos dogmas conservadores sobre os quais o Brasil foi erguido. Tal exclusão está expressa também nas políticas públicas de saúde, nas quais o grupo é citado apenas em ações e programas voltados às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o que fere os princípios doutrinários e organizativos propostos pelo SUS. O presente trabalho objetiva analisar o cuidado recebido no contexto assistencial à saúde a partir da ótica das profissionais do sexo.Método : Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, que teve como referencial de análise o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), construído a partir de entrevista semiestruturada realizada com o grupo em questão. O DSC é um método que reúne as opiniões e expressões individuais semelhantes em um depoimento único, redigido em primeira pessoa do singular, que dá voz a essa coletividade. A coleta foi auxiliada pelos agentes comunitários de saúde (ACS) da Unidade de Saúde da Família que abrange o território das casas de prostituição do município.Resultados e Discussão: Foram entrevistadas 22 prostitutas, sendo 19 mulheres cis e 3 mulheres trans ou travestis, as quais, em sua maioria, encontravam-se em situação de vulnerabilidade social ­ raça preta ou parda, pouca escolaridade e baixa renda. Identificou-se nos discursos a existência de uma assistência em saúde que não atende as demandas específicas dessa população, além da presença de um cuidado fragmentado e centrado na saúde sexual e ginecológica. As entrevistadas trans ou travestis relataram, além disso, forte resistência quanto à identidade de gênero e respeito ao nome social por parte da equipe. Ademais, houve expressões de medo em revelar a profissão durante as consultas, devido ao estigma e preconceito recaídos sobre elas. Ainda assim, essas profissionais entendem que suas necessidades em saúde são supridas no SUS, o que conota uma visão resignada frente às lacunas da rede de atenção, requerendo ações, programas e políticas de saúde voltadas a esta população.Considerações Finais: As profissionais do sexo fazem parte de um recorte da sociedade que sofre diariamente com estigma sobre seu padrão de comportamento sexual, vivendo em importante condição de vulnerabilidade social. Isto se reflete em medo de buscar atendimento médico e de revelar a profissão, acarretando lacunas no acesso e direito à saúde desta população. Faz-se necessário, portanto, criação de programas e políticas de saúde específicas e (re)qualificação das equipes de saúde para o manejo destas pacientes.

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