RESUMO
O desenvolvimento humano é um processo de conquistas, de autoconhecimento e de transformações com possibilidade de defasagens e interrupções. Quando doente, o confronto com situações de dor, limitações físicas e procedimentos invasivos podem levar a crianças a "paralisar" suas ações. Por dispor de recursos emocionais escassos e imaturos, a criança hospitalizada necessita de apoio, de explicações simples do que está acontecendo, de espaço para desenvolver atividades e de oportunidade para expressar e desmistificar dúvidas, medos, sentimentos e fantasias. A terapia ocupacional viabiliza a expressão e o conhecimento das potencialidades e limitações da criança, prevenindo problemas no desenvolvimento sensoriomotor, psicossocial e cognitivo, possibilitando um desempenho melhor de suas atividades por meio da estimulação. O papel do terapeuta ocupacional numa enfermaria pediátrica é identificar as condições do paciente sobre o seu estado emocional, seu comportamento e suas limitações físicas par propor adaptações que garantam maior conforto e proporcionem estímulos adequados ao seu desenvolvimento durante e após sua hospitalização. No período de março a julho de 1999, foram avaliadas 544 crianças, 220 na faixa etária entre 0 e 2 anos, 83 entre 2 e 5 anos e 241 entre 5 e 12 anos. O programa incluiu atendimento individual e em grupo, recreação, humanização do ambiente, discussões clínicas e orientação aos pais. Foram usadas técnicas que permitem a análise do processo de execução das atividades da vida diária e das brincadeiras próprias para cada criança.