RESUMO
OBJETIVO: A CV pode variar fisiologicamente em função do gênero, idade, peso, postura, características étnicas e antropométricas, além de poder ser alterada por diversas doenças. Para a realização dessa mensuração, são necessárias a motivação e a compreensão do paciente, a clareza nas informações transmitidas e a habilidade do investigador. O objetivo deste estudo foi analisar o impacto do reforço positivo na mensuração da CV por espirometria em voluntários saudáveis. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, realizado com 105 voluntários saudáveis, alocados randomicamente em dois grupos: grupo controle e grupo intervenção. Os grupos foram submetidos à avaliação da CV basal (CV1) e, após 15 dias, foram reavaliados (CV2), sendo que apenas o grupo intervenção recebeu o reforço positivo durante a determinação da CV2. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significantes quanto às características basais dos voluntários entre os grupos. Houve predomínio do gênero feminino em ambos os grupos. Observou-se um aumento da CV2 em ambos os grupos (p < 0,01), sendo que a CV2 foi maior no grupo intervenção do que no grupo controle (p < 0,01). CONCLUSÕES: Este estudo demonstra a importância da utilização da estratégia comportamental associada à prática tradicional para a obtenção de melhores resultados. A utilização do reforço positivo durante a mensuração da CV demonstrou-se como uma estratégia eficaz, simples e de fácil aplicabilidade na abordagem ao paciente.
OBJECTIVE: Physiologically, VC can vary according to gender, age, body weight and posture, as well as ethnic and anthropometric characteristics. In addition, various diseases can alter VC. In order to measure VC, it is necessary to motivate the patient, to make the instructions understandable, to provide clear information and to have a capable examiner. The objective of this study was to determine the impact that positive reinforcement during spirometry has on the measurement of VC in healthy volunteers. METHODS: A randomized clinical trial involving 105 healthy volunteers, randomly allocated to one of two groups: control and intervention. In both groups, VC was assessed as baseline (VC1) and again 15 days later (VC2). Positive reinforcement was provided only to patients in the intervention group and only during the determination of VC2. RESULTS: There were no significant differences between the groups regarding the baseline characteristics. Females predominated in both groups. There was an increase in VC2 in both groups (p < 0.01), and VC2 was higher in the intervention group than in the control group (p < 0.01). Conclusions: These findings demonstrate the importance of using the behavioral strategy in combination with traditional practice in order to obtain better results. The use of positive reinforcement during the determination of VC has proven to be an effective, simple and easily applied strategy.