RESUMO
A brucelose na espécie ovina tem recebido destaque, uma vez que se trata de uma enfermidade que acomete o sistema reprodutivo dos animais, provocando sério comprometimento no setor produtivo. Dessa forma, objetivou-se a avaliação de três métodos para o diagnóstico da brucelose ovina: o ensaio imunoenzimático indireto (ELISAi), a técnica imunodifusão em gel de ágar (IDGA) e a reação em cadeia da polimerase (PCR). Para tanto, utilizaram-se 211 amostras de sangue de ovinos oriundos de propriedades de nove municípios da microrregião homogênea de Teresina, Piauí. As 211 amostras de sangue foram submetidas aos testes sorológicos e à PCR, visando detectar anticorpos anti-B. ovis e DNA de Brucella ovis, respectivamente. Foram obtidos resultados positivos nos testes sorológicos, sendo 36 (17,06%) positivos no teste IDGA e sete (3,31%) positivos no teste ELISAi, contudo não houve resultados positivos na técnica de PCR. Dos métodos de diagnóstico utilizados neste estudo, o teste IDGA foi o que apresentou melhor desempenho na detecção de animais reagentes, quando comparado ao teste ELISAi e à PCR em amostras de sangue, e o percentual de animais soropositivos sugere uma ampla distribuição de ovinos infectados por Brucella ovis na região em estudo, o que pode causar prejuízos aos produtores.(AU)
Brucellosis in sheep has received a major focus, since it is a disease that affects the reproductive system of animals, causing serious impairment in the productive sector. Thus, three methods for the diagnosis of ovine brucellosis were evaluated as goal, the indirect Linked Immunosorbent Assay (ELISAi) test, the Immunodiffusion Agar Gel (AGID) technique and the Polymerase Chain Reaction (PCR). Therefore, we used 211 sheep blood samples from properties of nine municipalities of the homogeneous micro-region of Teresina, Piaui. The 211 blood samples were subjected to serologic testing and PCR to detect anti-B. ovis antibodies, and Brucella ovis DNA, respectively. Positive results in serological tests were obtained, 36 (17%) positive in the AGID test and seven (3.3%) positive to the ELISAi test, however, there were no positive results in the PCR technique. Of the diagnostic methods used in this study, the AGID test was the one that presented the best performance in the detection of reactive animals, when compared to ELISAi and PCR in blood samples and, the percentage of seropositive animals suggests a wide distribution of Brucella ovis infected sheep in the study region and could cause loss to producers.(AU)