Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 28
Filtrar
Mais filtros

País/Região como assunto
País de afiliação
Intervalo de ano de publicação
1.
Cien Saude Colet ; 27(6): 2337-2348, 2022 Jun.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35649021

RESUMO

This article aims to evaluate the completeness of the pregnant woman's card filling according to a model standardized by the Ministry of Health. Hospital based, nationwide, cross-sectional study conducted between 2011 and 2012, evaluated data from pregnant women's cards. Variables related to personal, obstetric history and current pregnancy data were used to assess completeness. We used the Kotelchuck index for quantitative evaluation. We analysed 6,577 cards, equivalent to 39% of the cards presented at the time of delivery. The mean completeness was overall "bad" in Brazil and macro-regions, except in the Southern region. Nationwide, the mean completion was "regular" for personal antecedents, "good" for obstetric history, and "bad" for fields related to the current pregnancy. Prenatal care was adequate for 58% of pregnant women. We observed a reduced use of the card recommended by the Ministry of Health and failures in the completeness of filling valuable information of the pregnant woman's card, related to the current pregnancy.


O objetivo deste artigo é avaliar a completitude de preenchimento do cartão da gestante segundo modelo padronizado pelo Ministério da Saúde. Estudo seccional de âmbito nacional, base hospitalar, realizado entre 2011 e 2012, que avaliou dados de cartões da gestante. Para avaliação da completitude sob aspecto qualitativo foram utilizadas variáveis relativas a antecedentes pessoais, obstétricos e dados da gestação atual. Para avaliação sob aspecto quantitativo foi utilizado o índice de Kotelchuck. Analisados 6.577 cartões, correspondendo a 39% dos cartões apresentados no momento do parto. A média de completitude foi "ruim" no Brasil e macrorregiões, exceto na região Sul. No Brasil, a média de preenchimento foi "regular" para os antecedentes pessoais, "bom" nos antecedentes obstétricos, e "ruim" nos campos referentes à gestação atual. A assistência pré-natal foi adequada à 58% das gestantes. Foi observada reduzida utilização do modelo de cartão preconizado pelo Ministério da Saúde e falhas no preenchimento do cartão da gestante de informações importantes, relacionadas principalmente à gestação atual.


Assuntos
Gestantes , Cuidado Pré-Natal , Brasil , Estudos Transversais , Feminino , Hospitais , Humanos , Gravidez
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(6): 2337-2348, jun. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1375001

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a completitude de preenchimento do cartão da gestante segundo modelo padronizado pelo Ministério da Saúde. Estudo seccional de âmbito nacional, base hospitalar, realizado entre 2011 e 2012, que avaliou dados de cartões da gestante. Para avaliação da completitude sob aspecto qualitativo foram utilizadas variáveis relativas a antecedentes pessoais, obstétricos e dados da gestação atual. Para avaliação sob aspecto quantitativo foi utilizado o índice de Kotelchuck. Analisados 6.577 cartões, correspondendo a 39% dos cartões apresentados no momento do parto. A média de completitude foi "ruim" no Brasil e macrorregiões, exceto na região Sul. No Brasil, a média de preenchimento foi "regular" para os antecedentes pessoais, "bom" nos antecedentes obstétricos, e "ruim" nos campos referentes à gestação atual. A assistência pré-natal foi adequada à 58% das gestantes. Foi observada reduzida utilização do modelo de cartão preconizado pelo Ministério da Saúde e falhas no preenchimento do cartão da gestante de informações importantes, relacionadas principalmente à gestação atual.


Abstract This article aims to evaluate the completeness of the pregnant woman's card filling according to a model standardized by the Ministry of Health. Hospital based, nationwide, cross-sectional study conducted between 2011 and 2012, evaluated data from pregnant women's cards. Variables related to personal, obstetric history and current pregnancy data were used to assess completeness. We used the Kotelchuck index for quantitative evaluation. We analysed 6,577 cards, equivalent to 39% of the cards presented at the time of delivery. The mean completeness was overall "bad" in Brazil and macro-regions, except in the Southern region. Nationwide, the mean completion was "regular" for personal antecedents, "good" for obstetric history, and "bad" for fields related to the current pregnancy. Prenatal care was adequate for 58% of pregnant women. We observed a reduced use of the card recommended by the Ministry of Health and failures in the completeness of filling valuable information of the pregnant woman's card, related to the current pregnancy.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(5): e00119519, 20202. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1100949

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo estimar a utilização de serviços de saúde ambulatoriais no pós-parto e verificar os fatores demográficos, socioeconômicos e obstétricos associados a este uso. Estudo nacional de base hospitalar, realizado em 2011-2012, com entrevistas de 23.894 mulheres. Foram calculadas as estimativas pontuais e os respectivos intervalos de confiança de oito indicadores de utilização de serviços de saúde com desempenho avaliado como "satisfatório" (75%-100%); "parcial" (50%-74%) e "insatisfatório" (< 50%). Foi realizada regressão logística múltipla para verificar a associação entre as características das mulheres e cada um dos indicadores analisados. Quatro indicadores - "procura de serviço para consulta de revisão do parto" (73,9%; IC95%: 72,4-75,3); "procura de serviço para consulta do recém-nato" (91,6%; IC95%: 90,6-92,5); "vacinação com BCG" (99%; IC95%: 98,7-99,2); e "vacinação contra hepatite B" (96,8%; IC95%: 96,0-97,5) foram considerados satisfatórios. A "coleta do teste de triagem neonatal na primeira semana de vida" foi considerada parcial (60,1%; IC95%: 57,6-62,6), e "consulta da mulher nos primeiros 15 dias após o parto" (37%; IC95%: 35,0-39,0), "consulta do recém-nato nos primeiros sete dias de vida" (21,8%; IC95%: 20,2-23,5) e "recebimento do resultado da triagem neonatal no primeiro mês de vida" (29,8%; IC95%: 27,6-32,2) foram considerados insatisfatórios. Desigualdades regionais e sociais foram identificadas, com o pior desempenho de todos os indicadores nas regiões Norte e Nordeste e em mulheres mais vulneráveis, apontando para a necessidade de uma melhor organização e oferta dos serviços visando à redução de iniquidades.


This study aims to estimate postpartum use of outpatient health services and verify the demographic, socioeconomic, and obstetric factors associated with use. A nationwide hospital-based study in 2011-2012 interviewed 23,894 women. Point estimates and respective confidence intervals were calculated for eight indicators of health services use, with performance assessed as "satisfactory" (75%-100%); "partial" (50%-74%), or "unsatisfactory" (< 50%). Multiple logistic regression was performed to verify the association between women's characteristics and each target indicator. Four indicators ("visit to health service for postpartum follow-up" (73.9%; 95%CI: 72.4-75.3), "visit to health service for neonatal follow-up" (91.6%; 95%CI: 90.6-92.5), "BCG vaccination" (99%; 95%CI: 98.7-99.2), and "HBV vaccination" (96.8%; 95%CI: 96.0-97.5) were considered satisfactory. "Neonatal screening test in the first week of life" was considered partial (60.1%; 95%CI: 57.6-62.6), while "woman's consultation in the first 15 days postpartum" (37%; 95%CI: 35.0-39.0), "neonatal consultation in the first seven days of life" (21.8%; 95%CI: 20.2-23.5), and "neonatal screening test result in the first month of life" (29.8%; 95%CI: 27.6-32.2) were considered unsatisfactory. Regional and social inequalities were identified, with worse performance for all the indicators in the North and Northeast regions of Brazil and in more vulnerable women, revealing the need for better organization and supply of services to reduce iniquities.


El objetivo de este estudio es estimar la utilización de los servicios de salud ambulatorios durante el posparto, así como verificar los factores demográficos, socioeconómicos y obstétricos, asociados a esta utilización. Estudio nacional de base hospitalaria, realizado en 2011-2012, con una entrevista a 23.894 mujeres. Se calcularon las estimaciones puntuales y los respectivos intervalos de confianza de ocho indicadores de utilización de servicios de salud con desempeño evaluado como "satisfactorio" (75%-100%); "parcial" (50%-74%) e "insatisfactorio" (< 50%). Se realizó una regresión logística múltiple para verificar la asociación entre las características de las mujeres y cada uno de los indicadores analizados. Cuatro indicadores -"búsqueda del servicio para consulta de revisión del parto" (73,9%; IC95%: 72,4-75,3), "búsqueda del servicio para consulta del recién nacido" (91,6%; IC95%: 90,6-92,5), "vacunación con BCG" (99%; IC95%: 98,7-99,2) y "vacunación contra hepatitis B" (96,8%; IC95%: 96,0-97,5) se consideraron satisfactorios. La "recogida del test de clasificación neonatal en la primera semana de vida" se consideró parcial (60,1%; IC95%: 57,6-62,6), mientras que "consulta de la mujer durante los primeros 15 días tras el parto" (37%; IC95%: 35,0-39,0), "consulta del recién nacido en los primeros siete días de vida" (21,8%; IC95%: 20,2-23,5) y "recepción del resultado de la clasificación neonatal durante el primer mes de vida" (29,8%; IC95%: 27,6-32,2) fueron considerados insatisfactorios. Las desigualdades regionales y sociales se identificaron con un peor desempeño de todos los indicadores en las regiones Norte y Nordeste, y en mujeres más vulnerables, apuntando la necesidad de una mejor organización y oferta de los servicios, con el fin de reducir de inequidades.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Modelos Logísticos , Parto , Período Pós-Parto , Brasil , Assistência Ambulatorial
4.
Cad Saude Publica ; 34(5): e00022517, 2018 05 10.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-29768579

RESUMO

The purpose of this study was to conduct a cost-effectiveness analysis of spontaneous vaginal delivery and elective cesarean (with no clinical indication) for normal risk pregnant women, from the perspective of the Brazilian Unified National Health System. An analytical decision model was developed and included the choice of delivery mode and clinical consequences for mothers and newborns, from admission for delivery to hospital discharge. The reference population consisted of normal risk pregnant women with singleton, at-term gestations in cephalic position, subdivided into primiparas and multiparas with prior uterine scar. Cost data were obtained from three public maternity hospitals (two in Rio de Janeiro, one in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil). Direct costs were identified with human resources, hospital inputs, and capital and administrative costs. Effectiveness measures were identified, based on the scientific literature. The study showed that vaginal delivery was more efficient for primiparas, at lower cost (BRL 1,709.58; USD 518.05) than cesarean (BRL 2,245.86; USD 680.56) and greater effectiveness for three of the four target outcomes. For multiparas with prior uterine scar, repeat cesarean was cost-effective for the outcomes averted maternal morbidity, averted uterine rupture, averted neonatal ICU, and averted neonatal death, but the result was not supported by probabilistic sensitivity analysis. For maternal death as the outcome, there was no difference in effectiveness, and labor showed the lowest cost. This study can contribute to the management of perinatal care, expanding measures that encourage adequate delivery according to the population's characteristics.


O objetivo deste estudo foi realizar uma análise de custo-efetividade do parto vaginal espontâneo comparado à cesariana eletiva, sem indicação clínica, para gestantes de risco habitual, sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde. Um modelo de decisão analítico foi desenvolvido e incluiu a escolha do tipo de parto e consequências clínicas para mãe e recém-nascido, da internação para o parto até a alta hospitalar. A população de referência foi gestantes de risco habitual, feto único, cefálico, a termo, subdivididas em primíparas e multíparas com uma cicatriz uterina prévia. Os dados de custos foram obtidos de três maternidades públicas, duas situadas no Rio de Janeiro e uma em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foram identificados custos diretos com recursos humanos, insumos hospitalares, custos de capital e administrativos. As medidas de efetividade foram identificadas com base na literatura científica. O estudo evidenciou que o parto vaginal é mais eficiente para gestantes primíparas, com menor custo (R$ 1.709,58) que a cesariana (R$ 2.245,86) e melhor efetividade para três dos quatro desfechos avaliados. Para multíparas, com uma cicatriz uterina prévia, a cesariana de repetição foi custo-efetiva para os desfechos morbidade materna evitada, ruptura uterina evitada, internação em UTI neonatal evitada e óbito neonatal evitado, mas o resultado não foi suportado pela análise de sensibilidade probabilística. Para o desfecho óbito materno não houve diferença de efetividade e o trabalho de parto se mostrou com o menor custo. Este estudo pode contribuir para a gestão da atenção perinatal, ampliando medidas que estimulem o parto adequado de acordo com as características da população.


El objetivo de este estudio fue realizar un análisis de costo-efectividad del parto vaginal espontáneo, comparado con la cesárea electiva, sin indicación clínica, para gestantes de riesgo habitual, bajo la perspectiva del Sistema Único de Salud. Un modelo de decisión analítico se desarrolló e incluyó la elección del tipo de parto y consecuencias clínicas para la madre y recién nacido, desde el internamiento para el parto hasta el alta hospitalaria. La población de referencia fueron gestantes de riesgo habitual, feto único, cefálico, a término, subdivididas en primíparas y multíparas, con una cicatriz uterina previa. Los datos de costos se obtuvieron de tres maternidades públicas, dos situadas en Río de Janeiro y una en Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Se identificaron costos directos con recursos humanos, insumos hospitalarios, costos de capital y administrativos. Las medidas de efectividad se identificaron en base a la literatura científica. El estudio evidenció que el parto vaginal es más eficiente para gestantes primíparas, con un menor costo (BRL 1.709,58) que la cesárea (BRL 2.245,86) y mejor efectividad para tres de los cuatro desenlaces evaluados. Para multíparas, con una cicatriz uterina previa, la cesárea de repetición fue costo-efectiva para los desenlaces de morbilidad materna evitada, rotura uterina evitada, internamiento en UTI neonatal evitado y óbito neonatal evitado, pero el resultado no fue apoyado por el análisis de sensibilidad probabilístico. Para el desenlace óbito materno no hubo diferencia de efectividad y el trabajo de parto se mostró con el menor coste. Este estudio puede contribuir a la gestión de la atención perinatal, ampliando medidas que estimulen el parto apropiado, de acuerdo con las características de la población.


Assuntos
Cesárea/economia , Análise Custo-Benefício/economia , Parto Obstétrico/economia , Procedimentos Cirúrgicos Eletivos/economia , Brasil , Cesárea/efeitos adversos , Parto Obstétrico/efeitos adversos , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Morte Materna , Programas Nacionais de Saúde/economia , Paridade , Período Pós-Parto , Gravidez , Resultado da Gravidez , Medição de Risco/estatística & dados numéricos
5.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 18(1): 7-35, Jan.-Mar. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1013072

RESUMO

Abstract Objectives: to analyze frequency, characteristics and causes of severe maternal morbidity (maternal near miss) in Brazil. Methods: a systematic review on quantitative studies about characteristics, causes, and associated factors on severe maternal morbidity (maternal near miss). The search was done through MEDLINE (maternal near miss or severe maternal morbidity and Brazil) and LILACS (maternal near miss, maternal morbidity). Data were extracted from methodological characteristics of the article, criteria for maternal morbidity and main results. Near miss ratios and indicators were described and estimated. Results: we identified 48 studies: 37 were on hospital based; six were based on health surveys and five were based on information systems. Different definitions were adopted. Maternal near miss ratio ranged from 2.4/1000 LB to 188.4/1000 LB, depending on the criteria and epidemiological scenario. The mortality rate for maternal near miss varied between 3.3% and 32.2%. Hypertensive diseases and hemorrhage were the most common morbidities, but indirect causes have been increasing. Flaws in the healthcare were associated to near miss and also sociodemographic factors (non-white skin color, adolescence/ age ≥ 35 years old, low schooling level). Conclusions: the frequency of maternal near miss in Brazil is high, with a profile of similar causes to maternal mortality. Inequities and delays in the healthcare were identified as association.


Resumo Objetivos: análise da frequência, características e causas da morbidade materna grave (near miss materno) no Brasil. Métodos: revisão sistemática de estudos quantitativos sobre características, causas e fatores associados à morbidade materna grave (near miss materno). A busca foi feita via MEDLINE (maternal near miss or severe maternal morbidity and Brazil) e LILACS (near miss materno, morbidade materna). Foram extraídos dados sobre características metodológicas do artigo, critérios para morbidade materna e principais resultados. A razão de near miss e os indicadores foram descritos ou estimados. Resultados: identificamos 48 estudos, sendo 37 de base hospitalar, seis com base em inquéritos de saúde e cinco com base em sistemas de informação. Diferentes definições foram adotadas. A Razão de near miss materno variou de 2,4/ 1000 NV a 188,4/1000 NV, dependendo dos critérios e do cenário epidemiológico. O índice de mortalidade near miss materno variou entre 3,3% e 32,2%. Doenças hipertensivas e hemorragia foram as morbidades mais comuns, mas causas indiretas vêm aumentando. Falhas nos cuidados de saúde foram associadas ao near miss, assim como fatores sociodemográficos (cor da pele não branca, adolescência/ idade≥35 anos, baixa escolaridade). Conclusões: a frequência de near miss materno no Brasil é elevada, com perfil de causas semelhantes às da mortalidade materna. Foi identificada associação com iniquidades e demoras na assistência à saúde.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Mortalidade Materna , Inquéritos Epidemiológicos , Morbidade , Near Miss/estatística & dados numéricos , Complicações na Gravidez , Brasil , Assistência Integral à Saúde , Disparidades nos Níveis de Saúde , Hemorragia , Hipertensão
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(5): e00022517, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-889977

RESUMO

Resumo: O objetivo deste estudo foi realizar uma análise de custo-efetividade do parto vaginal espontâneo comparado à cesariana eletiva, sem indicação clínica, para gestantes de risco habitual, sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde. Um modelo de decisão analítico foi desenvolvido e incluiu a escolha do tipo de parto e consequências clínicas para mãe e recém-nascido, da internação para o parto até a alta hospitalar. A população de referência foi gestantes de risco habitual, feto único, cefálico, a termo, subdivididas em primíparas e multíparas com uma cicatriz uterina prévia. Os dados de custos foram obtidos de três maternidades públicas, duas situadas no Rio de Janeiro e uma em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foram identificados custos diretos com recursos humanos, insumos hospitalares, custos de capital e administrativos. As medidas de efetividade foram identificadas com base na literatura científica. O estudo evidenciou que o parto vaginal é mais eficiente para gestantes primíparas, com menor custo (R$ 1.709,58) que a cesariana (R$ 2.245,86) e melhor efetividade para três dos quatro desfechos avaliados. Para multíparas, com uma cicatriz uterina prévia, a cesariana de repetição foi custo-efetiva para os desfechos morbidade materna evitada, ruptura uterina evitada, internação em UTI neonatal evitada e óbito neonatal evitado, mas o resultado não foi suportado pela análise de sensibilidade probabilística. Para o desfecho óbito materno não houve diferença de efetividade e o trabalho de parto se mostrou com o menor custo. Este estudo pode contribuir para a gestão da atenção perinatal, ampliando medidas que estimulem o parto adequado de acordo com as características da população.


Abstract: The purpose of this study was to conduct a cost-effectiveness analysis of spontaneous vaginal delivery and elective cesarean (with no clinical indication) for normal risk pregnant women, from the perspective of the Brazilian Unified National Health System. An analytical decision model was developed and included the choice of delivery mode and clinical consequences for mothers and newborns, from admission for delivery to hospital discharge. The reference population consisted of normal risk pregnant women with singleton, at-term gestations in cephalic position, subdivided into primiparas and multiparas with prior uterine scar. Cost data were obtained from three public maternity hospitals (two in Rio de Janeiro, one in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil). Direct costs were identified with human resources, hospital inputs, and capital and administrative costs. Effectiveness measures were identified, based on the scientific literature. The study showed that vaginal delivery was more efficient for primiparas, at lower cost (BRL 1,709.58; USD 518.05) than cesarean (BRL 2,245.86; USD 680.56) and greater effectiveness for three of the four target outcomes. For multiparas with prior uterine scar, repeat cesarean was cost-effective for the outcomes averted maternal morbidity, averted uterine rupture, averted neonatal ICU, and averted neonatal death, but the result was not supported by probabilistic sensitivity analysis. For maternal death as the outcome, there was no difference in effectiveness, and labor showed the lowest cost. This study can contribute to the management of perinatal care, expanding measures that encourage adequate delivery according to the population's characteristics.


Resumen: El objetivo de este estudio fue realizar un análisis de costo-efectividad del parto vaginal espontáneo, comparado con la cesárea electiva, sin indicación clínica, para gestantes de riesgo habitual, bajo la perspectiva del Sistema Único de Salud. Un modelo de decisión analítico se desarrolló e incluyó la elección del tipo de parto y consecuencias clínicas para la madre y recién nacido, desde el internamiento para el parto hasta el alta hospitalaria. La población de referencia fueron gestantes de riesgo habitual, feto único, cefálico, a término, subdivididas en primíparas y multíparas, con una cicatriz uterina previa. Los datos de costos se obtuvieron de tres maternidades públicas, dos situadas en Río de Janeiro y una en Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Se identificaron costos directos con recursos humanos, insumos hospitalarios, costos de capital y administrativos. Las medidas de efectividad se identificaron en base a la literatura científica. El estudio evidenció que el parto vaginal es más eficiente para gestantes primíparas, con un menor costo (BRL 1.709,58) que la cesárea (BRL 2.245,86) y mejor efectividad para tres de los cuatro desenlaces evaluados. Para multíparas, con una cicatriz uterina previa, la cesárea de repetición fue costo-efectiva para los desenlaces de morbilidad materna evitada, rotura uterina evitada, internamiento en UTI neonatal evitado y óbito neonatal evitado, pero el resultado no fue apoyado por el análisis de sensibilidad probabilístico. Para el desenlace óbito materno no hubo diferencia de efectividad y el trabajo de parto se mostró con el menor coste. Este estudio puede contribuir a la gestión de la atención perinatal, ampliando medidas que estimulen el parto apropiado, de acuerdo con las características de la población.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Cesárea/economia , Análise Custo-Benefício/economia , Procedimentos Cirúrgicos Eletivos/economia , Parto Obstétrico/economia , Paridade , Brasil , Resultado da Gravidez , Cesárea/efeitos adversos , Medição de Risco/estatística & dados numéricos , Parto Obstétrico/efeitos adversos , Período Pós-Parto , Morte Materna , Programas Nacionais de Saúde/economia
7.
Reprod Health ; 13(Suppl 3): 128, 2016 Oct 17.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-27766941

RESUMO

BACKGROUND: Cesarean section (CS) rates are increasing worldwide but there is some concern with this trend because of potential maternal and perinatal risks. The Robson classification is the standard method to monitor and compare CS rates. Our objective was to analyze CS rates in Brazil according to source of payment for childbirth (public or private) using the Robson classification. METHODS: Data are from the 2011-2012 "Birth in Brazil" study, which used a national hospital-based sample of 23,940 women. We categorized all women into Robson groups and reported the relative size of each Robson group, the CS rate in each group and the absolute and relative contributions made by each to the overall CS rate. Differences were analyzed through chi-square and Z-test with a significance level of < 0.05. RESULTS: The overall CS rate in Brazil was 51.9 % (42.9 % in the public and 87.9 % in the private health sector). The Robson groups with the highest impact on Brazil's CS rate in both public and private sectors were group 2 (nulliparous, term, cephalic with induced or cesarean delivery before labor), group 5 (multiparous, term, cephalic presentation and previous cesarean section) and group 10 (cephalic preterm pregnancies), which accounted for more than 70 % of CS carried out in the country. High-risk women had significantly greater CS rates compared with low-risk women in almost all Robson groups in the public sector only. CONCLUSIONS: Public policies should be directed at reducing CS in nulliparous women, particularly by reducing the number of elective CS in these women, and encouraging vaginal birth after cesarean to reduce repeat CS in multiparous women.


Assuntos
Cesárea/economia , Cesárea/estatística & dados numéricos , Seguro Saúde/estatística & dados numéricos , Parto , Adolescente , Adulto , Coeficiente de Natalidade , Brasil , Cesárea/classificação , Criança , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Adulto Jovem
8.
Rev Panam Salud Publica ; 37(3): 140-7, 2015 Mar.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-25988250

RESUMO

OBJECTIVE: To verify the degree of adequacy of prenatal care in Brazil and to determine whether it is associated with sociodemographic characteristics of women. METHODS: This nationwide hospital-based study was performed with 23 894 women in 2011 and 2012. Data were obtained from interviews with puerperal women and from the prenatal card recording prenatal care appointments. Adequate prenatal care was defined as that started no later than the 12th gestational week, with performance of at least six consultations (with number of consultations adjusted for gestational age at delivery), record in the prenatal card of at least one result for each of the recommended routine prenatal tests, and guidance regarding the maternity hospital for delivery. Multivariate logistic regression was performed to verify the association between maternal characteristics and the adequacy of prenatal care. RESULTS: Early onset of prenatal care was observed in 53.9% of participants, adequate number of consultations in 73.2%, record of at least one of each recommended test in 62.9%, guidance regarding maternity hospital in 58.7%, and overall adequate prenatal care in 21.6%. Less adequate prenatal care was observed in women who were younger, black, multiparous, who did not have a partner, without paid employment, having fewer years of formal schooling, belonging to lower socioeconomic classes, and living in the North and Northeast of Brazil. After adjustment of maternal characteristics, no differences were observed between public or private health care services regarding adequacy of prenatal care. CONCLUSIONS: Even though the coverage of prenatal care is virtually universal in Brazil, regional and social differences in the access and adequacy of care still persist. The implementation of strategies to facilitate early access to prenatal care is essential.


Assuntos
Cuidado Pré-Natal , Adolescente , Adulto , Brasil , Feminino , Humanos , Serviços de Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Gravidez , Complicações na Gravidez/diagnóstico , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
9.
Cad Saude Publica ; 30 Suppl 1: S1-16, 2014 Aug.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-25167169

RESUMO

The purpose of this article is to describe the factors cited for the preference for type of birth in early pregnancy and reconstruct the decision process by type of birth in Brazil. Data from a national hospital-based cohort with 23,940 postpartum women, held in 2011-2012, were analyzed according to source of funding for birth and parity, using the χ2 test. The initial preference for cesarean delivery was 27.6%, ranging from 15.4% (primiparous public sector) to 73.2% (multiparous women with previous cesarean private sector). The main reason for the choice of vaginal delivery was the best recovery of this type of birth (68.5%) and for the choice of cesarean, the fear of pain (46.6%). Positive experience with vaginal delivery (28.7%), cesarean delivery (24.5%) and perform female sterilization (32.3%) were cited by multiparous. Women from private sector presented 87.5% caesarean, with increased decision for cesarean birth in end of gestation, independent of diagnosis of complications. In both sectors, the proportion of caesarean section was much higher than desired by women.


Assuntos
Cesárea/estatística & dados numéricos , Comportamento de Escolha , Parto Normal/estatística & dados numéricos , Adulto , Brasil , Feminino , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Hospitais Privados/estatística & dados numéricos , Hospitais Públicos/estatística & dados numéricos , Humanos , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
10.
Cad Saude Publica ; 30 Suppl 1: S1-14, 2014 Aug.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-25167174

RESUMO

Robust evidence of the benefits of continuous support during childbirth led to the recommendation that it should be offered for all women. In Brazil, it has been guaranteed by law since 2005, but scarce data on implementation is available. We aimed to estimate the frequency and associated socio-demographic, obstetric and institutional predictors of women having companionship during childbirth in the Birth in Brazil survey. Descriptive statistical analysis was done for the characterization of companions (at different moments of hospital stay), maternal and institutional factors; associations were investigated in bivariate and multivariate models. We found that 24.5% of women had no companion at all, 18.8% had continuous companionship and 56.7% had partial companionship. Independent predictors of having no or partial companionship at birth were: lower income and education, brown color of skin, using the public sector, multiparity, and vaginal delivery. Implementation of companionship was associated with having an appropriate environment, and clear institution al rules about women's rights to companionship.


Assuntos
Atitude do Pessoal de Saúde , Fidelidade a Diretrizes/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Materna/normas , Parto , Visitas a Pacientes , Adolescente , Adulto , Brasil , Cesárea/estatística & dados numéricos , Criança , Feminino , Fidelidade a Diretrizes/legislação & jurisprudência , Promoção da Saúde , Hospitalização/legislação & jurisprudência , Hospitais , Humanos , Masculino , Serviços de Saúde Materna/legislação & jurisprudência , Parto Normal/estatística & dados numéricos , Satisfação do Paciente , Gravidez , Fatores Socioeconômicos , Visitas a Pacientes/legislação & jurisprudência , Visitas a Pacientes/estatística & dados numéricos , Adulto Jovem
11.
Cad Saude Publica ; 30 Suppl 1: S1-16, 2014 Aug.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-25167177

RESUMO

This study evaluated the use of best practices (eating, movement, use of nonpharmacological methods for pain relief and partograph) and obstetric interventions in labor and delivery among low-risk women. Data from the hospital-based survey Birth in Brazil conducted between 2011 and 2012 was used. Best practices during labor occurred in less than 50% of women and prevalence of the use of these practices was lower in the North, Northeast and Central West Regions. The rate of use of oxytocin drips and amniotomy was 40%, and was higher among women admitted to public hospitals and in women with a low level of education. The uterine fundal pressure, episiotomy and lithotomy were used in 37%, 56% and 92% of women, respectively. Caesarean section rates were lower in women using the public health system, nonwhites, women with a low level of education and multiparous women. To improve the health of mothers and newborns and promote quality of life, a change of approach to labor and childbirth that focuses on evidence-based care is required in both the public and private health sectors.


Assuntos
Parto Obstétrico/normas , Maternidades/normas , Trabalho de Parto , Brasil , Parto Obstétrico/métodos , Parto Obstétrico/estatística & dados numéricos , Feminino , Maternidades/estatística & dados numéricos , Hospitais Privados/normas , Hospitais Privados/estatística & dados numéricos , Hospitais Públicos/normas , Hospitais Públicos/estatística & dados numéricos , Humanos , Gravidez , Fatores Socioeconômicos
12.
Cad Saude Publica ; 30 Suppl 1: S1-15, 2014 Aug.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-25167194

RESUMO

This study aims to describe prenatal care provided to pregnant users of the public or private health services in Brazil, using survey data from Birth in Brazil, research conducted from 2011 to 2012. Data was obtained through interviews with postpartum women during hospitalization and information from hand-held prenatal notes. The results show high coverage of prenatal care (98.7%), with 75.8% of women initiating prenatal care before 16 weeks of gestation and 73.1% having six or more number of appointments. Prenatal care was conducted mainly in primary health care units (89.6%), public (74.6%), by the same professional (88.4%), mostly physicians (75.6%), and 96% received their hand-held prenatal notes. A quarter of women were considered at risk of complications. Of the total respondents, only 58.7% were advised about which maternity care service to give birth, and 16.2% reported searching more than one health service for admission in labour and birth. Challenges remain for improving the quality of prenatal care, with the provision of effective procedures for reducing unfavourable outcomes.


Assuntos
Serviços de Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Adolescente , Adulto , Brasil , Criança , Feminino , Humanos , Gravidez , Setor Privado/estatística & dados numéricos , Setor Público/estatística & dados numéricos , Qualidade da Assistência à Saúde , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
13.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S17-S32, 08/2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720520

RESUMO

Este artigo avaliou o uso das boas práticas (alimentação, deambulação, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor e de partograma) e de intervenções obstétricas na assistência ao trabalho de parto e parto de mulheres de risco obstétrico habitual. Foram utilizados dados da pesquisa Nascer no Brasil, estudo de base hospitalar realizada em 2011/2012, com entrevistas de 23.894 mulheres. As boas práticas durante o trabalho de parto ocorreram em menos de 50% das mulheres, sendo menos frequentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. O uso de ocitocina e amniotomia foi de 40%, sendo maior no setor público e nas mulheres com menor escolaridade. A manobra de Kristeller, episiotomia e litotomia foram utilizada, em 37%, 56% e 92% das mulheres, respectivamente. A cesariana foi menos frequente nas usuárias do setor público, não brancas, com menor escolaridade e multíparas. Para melhorar a saúde de mães e crianças e promover a qualidade de vida, o Sistema Único de Saúde (SUS) e, sobretudo o setor privado, necessitam mudar o modelo de atenção obstétrica promovendo um cuidado baseado em evidências científicas.


Se evaluó el uso de buenas prácticas (alimentación, métodos no farmacológicos para el alivio del dolor, caminar y el uso del partograma), además de las intervenciones obstétricas durante el parto, en mujeres con un riesgo obstétrico habitual. Los datos provienen del estudio Nacer en Brasil, una cohorte de base hospitalaria realizada en 2011-2012, con entrevistas a 23.894 mujeres. Las buenas prácticas durante el parto se produjeron en menos de un 50% y fueron menos frecuentes en el Norte, Nordeste y Centro-oeste. El uso de oxitocina y amniotomía fue del 40%, principalmente, en el sector público y en las mujeres de menor nivel educativo. La presión fúndica uterina, episiotomía y litotomía fueron utilizados en: un 37%, 56% y 92% respectivamente. La cesárea fue menos frecuente en mujeres que son usuarias del sector público, no blancas, con menor nivel educativo y multíparas. Para mejorar la salud de las madres y los niños, y con el fin de promover la calidad de vida, el Sistema Único de Salud (SUS), y sobre todo el sector privado, necesitará cambiar el modelo de atención obstétrica mediante la adopción de evidencias científicas.


This study evaluated the use of best practices (eating, movement, use of nonpharmacological methods for pain relief and partograph) and obstetric interventions in labor and delivery among low-risk women. Data from the hospital-based survey Birth in Brazil conducted between 2011 and 2012 was used. Best practices during labor occurred in less than 50% of women and prevalence of the use of these practices was lower in the North, Northeast and Central West Regions. The rate of use of oxytocin drips and amniotomy was 40%, and was higher among women admitted to public hospitals and in women with a low level of education. The uterine fundal pressure, episiotomy and lithotomy were used in 37%, 56% and 92% of women, respectively. Caesarean section rates were lower in women using the public health system, nonwhites, women with a low level of education and multiparous women. To improve the health of mothers and newborns and promote quality of life, a change of approach to labor and childbirth that focuses on evidence-based care is required in both the public and private health sectors.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Parto Obstétrico/normas , Maternidades/normas , Trabalho de Parto , Brasil , Parto Obstétrico/métodos , Parto Obstétrico/estatística & dados numéricos , Maternidades/estatística & dados numéricos , Hospitais Privados/normas , Hospitais Privados/estatística & dados numéricos , Hospitais Públicos/normas , Hospitais Públicos/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos
14.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S101-S116, 08/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720523

RESUMO

O objetivo deste artigo é descrever os fatores referidos para a preferência pelo tipo de parto no início da gestação e reconstruir o processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil. Dados de uma coorte de base hospitalar nacional com 23.940 puérperas, realizada em 2011-2012, foram analisados, segundo fonte de pagamento do parto e paridade, com utilização do teste χ2. A preferência inicial pela cesariana foi de 27,6%, variando de 15,4% (primíparas no setor público) a 73,2% (multíparas com cesariana anterior no setor privado). O principal motivo para a escolha do parto vaginal foi a melhor recuperação desse tipo de parto (68,5%) e para a cesariana o medo da dor do parto (46,6%). Experiência positiva com parto vaginal (28,7%), parto cesáreo (24,5%) e realização de laqueadura tubária (32,3%) foram citadas por multíparas. Mulheres do setor privado apresentaram 87,5% de cesariana, com aumento da decisão pelo parto cesáreo no final da gestação, independentemente do diagnóstico de complicações. Em ambos os setores, a proporção de cesariana foi muito superior ao desejado pelas mulheres.


El propósito de este artículo es describir los factores de preferencia en el tipo de parto durante el embarazo temprano, y estudiar el proceso de decisión en la opción de parto en Brasil. Los datos de una cohorte de base hospitalaria nacional, con 23.894 mujeres, durante el período 2011-2012, se analizaron de acuerdo a la fuente de los fondos para el parto y la paridad, mediante la prueba de χ2. La preferencia inicial por cesárea fue de un 27,6%, desde el 15,4% (sector público primíparas) al 73,2% (sector privado multíparas con cesárea). La principal razón para la elección de parto vaginal era la mejor recuperación de este tipo de parto (68,5%), y para la cesárea, el temor al dolor durante el parto (46,6%). La experiencia positiva con el parto vaginal (28,7%); parto por cesárea (24,5%) y la esterilización femenina (32.3%) fueron citados por multíparas. Las mujeres en el sector privado tuvieron un 87,5% de cesárea con una mayor decisión hacia este tipo de parto a finales del embarazo, independientemente del diagnóstico de las complicaciones. En ambos sectores, la proporción de la cesárea fue mucho mayor de lo deseado.


The purpose of this article is to describe the factors cited for the preference for type of birth in early pregnancy and reconstruct the decision process by type of birth in Brazil. Data from a national hospital-based cohort with 23,940 postpartum women, held in 2011-2012, were analyzed according to source of funding for birth and parity, using the χ2 test. The initial preference for cesarean delivery was 27.6%, ranging from 15.4% (primiparous public sector) to 73.2% (multiparous women with previous cesarean private sector). The main reason for the choice of vaginal delivery was the best recovery of this type of birth (68.5%) and for the choice of cesarean, the fear of pain (46.6%). Positive experience with vaginal delivery (28.7%), cesarean delivery (24.5%) and perform female sterilization (32.3%) were cited by multiparous. Women from private sector presented 87.5% caesarean, with increased decision for cesarean birth in end of gestation, independent of diagnosis of complications. In both sectors, the proportion of caesarean section was much higher than desired by women.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Cesárea/estatística & dados numéricos , Comportamento de Escolha , Parto Normal/estatística & dados numéricos , Brasil , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Hospitais Privados/estatística & dados numéricos , Hospitais Públicos/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal , Fatores Socioeconômicos
15.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S140-S153, 08/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720532

RESUMO

As evidências sobre os benefícios do apoio contínuo durante o parto levou à recomendação de que este apoio deve ser oferecido a todas as mulheres. No Brasil, ele é garantido por lei desde 2005, mas os dados sobre a sua implementação são escassos. Nosso objetivo foi estimar a frequência e fatores sociodemográficos, obstétricos e institucionais associados à presença de acompanhantes durante o parto na pesquisa Nascer no Brasil. Foi feita análise estatística descritiva para a caracterização dos acompanhantes (em diferentes momentos do tempo da internação), fatores maternos e institucionais; as associações foram investigadas em modelos bi e multivariada. Vimos que 24,5% das mulheres não tiveram acompanhante algum, 18,8% tinham companhia contínua, 56,7% tiveram acompanhamento parcial. Preditores independentes de não ter algum, ou parcial, foram: menor renda e escolaridade, cor parda da pele, usar o setor público, multiparidade e parto vaginal. A implementação do acompanhante foi associada com ambiência adequada e regras institucionais claras sobre os direitos das mulheres ao acompanhante.


La evidencia de los beneficios del apoyo continuo durante el parto llevó a la recomendación de que fuera ofrecido a todas las mujeres. En Brasil, se les garantiza a las mujeres por ley desde 2005, pero hay escasos datos sobre su aplicación. El objetivo fue estimar la frecuencia y factores asociados (socio-demográficas, obstétricos e institucionales) de las mujeres que tienen acompañantes durante el parto en la encuesta Nacer en Brasil. Una vez realizado el análisis estadístico descriptivo para la caracterización de los acompañantes (en diferentes momentos del parto), factores maternos e institucionales; las asociaciones investigaron los modelos bivariados y multivariados. El 24,5% de las mujeres no tenía ningún acompañante, el 18,7% tenían acompañantes continuos y el 56,7% los tenía parcialmente. Predictores independientes de no tener acompañantes o tenerlos parcialmente fueron: bajos ingresos y educación, color moreno de piel, usar el sector público de sanidad, la multiparidad y el parto vaginal. La implementación de acompañantes se asoció con un ambiente adecuado, y normas institucionales claras sobre los derechos de las mujeres al acompañante.


Robust evidence of the benefits of continuous support during childbirth led to the recommendation that it should be offered for all women. In Brazil, it has been guaranteed by law since 2005, but scarce data on implementation is available. We aimed to estimate the frequency and associated socio-demographic, obstetric and institutional predictors of women having companionship during childbirth in the Birth in Brazil survey. Descriptive statistical analysis was done for the characterization of companions (at different moments of hospital stay), maternal and institutional factors; associations were investigated in bivariate and multivariate models. We found that 24.5% of women had no companion at all, 18.8% had continuous companionship and 56.7% had partial companionship. Independent predictors of having no or partial companionship at birth were: lower income and education, brown color of skin, using the public sector, multiparity, and vaginal delivery. Implementation of companionship was associated with having an appropriate environment, and clear institution al rules about women’s rights to companionship.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Atitude do Pessoal de Saúde , Fidelidade a Diretrizes/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Materna/normas , Parto , Visitas a Pacientes , Brasil , Cesárea/estatística & dados numéricos , Fidelidade a Diretrizes/legislação & jurisprudência , Promoção da Saúde , Hospitalização/legislação & jurisprudência , Hospitais , Serviços de Saúde Materna/legislação & jurisprudência , Parto Normal/estatística & dados numéricos , Satisfação do Paciente , Fatores Socioeconômicos , Visitas a Pacientes/legislação & jurisprudência , Visitas a Pacientes/estatística & dados numéricos
16.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S85-S100, 08/2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720536

RESUMO

O estudo tem por objetivo analisar a assistência pré-natal oferecida às gestantes usuárias de serviços de saúde públicos e/ou privados utilizando dados da pesquisa Nascer no Brasil, realizada em 2011 e 2012. As informações foram obtidas por meio de entrevista com a puérpera durante a internação hospitalar e dados do cartão de pré- natal. Os resultados mostram cobertura elevada da assistência pré-natal (98,7%) tendo 75,8% das mulheres iniciado o pré-natal antes da 16a semana gestacional e 73,1% compareceram a seis ou mais consultas. O pré-natal foi realizado, sobretudo, em unidades básicas (89,6%), públicas (74,6%), pelo mesmo profissional (88,4%), em sua maioria médicos (75,6%), e 96% receberam o cartão de pré-natal. Um quarto das gestantes foi considerado de risco. Do total das entrevistadas, apenas 58,7% foram orientadas sobre a maternidade de referência, e 16,2% procuraram mais de um serviço para a admissão para o parto. Desafios persistem para a melhoria da qualidade dessa assistência, com a realização de procedimentos efetivos para a redução de desfechos desfavoráveis.


El estudio tiene por objetivo describir el cuidado prenatal ofrecido a las embarazadas por parte de los servicios de salud públicos o privados en Brasil, utilizando los datos de la encuesta Nacer en Brasil, realizada en 2011 y 2012. La información se obtuvo mediante entrevistas con las mujeres después del parto, durante la hospitalización, y la ficha prenatal. Los resultados indican una alta cobertura (98,7%), con un 75,8% de las mujeres que comenzaron la atención prenatal antes de las 16 semanas de gestación y un 73,1% que tuvieron seis o más consultas. La atención prenatal se llevó a cabo en las unidades básicas de atención (89,6%), públicas (74,6%), por un mismo profesional (88,4%), la mayoría médicos (75,6%) y el 96% recibió una ficha prenatal. Una cuarta parte de las mujeres se consideraba en riesgo. Del total, sólo el 58,7% estaban orientadas sobre la unidad de maternidad de referencia, y el 16,2% dice que han buscado más de un servicio para el parto. Sigue habiendo problemas para mejorar la calidad de la atención, y es necesaria la realización de procedimientos efectivos para reducir los resultados desfavorables.


This study aims to describe prenatal care provided to pregnant users of the public or private health services in Brazil, using survey data from Birth in Brazil, research conducted from 2011 to 2012. Data was obtained through interviews with postpartum women during hospitalization and information from hand-held prenatal notes. The results show high coverage of prenatal care (98.7%), with 75.8% of women initiating prenatal care before 16 weeks of gestation and 73.1% having six or more number of appointments. Prenatal care was conducted mainly in primary health care units (89.6%), public (74.6%), by the same professional (88.4%), mostly physicians (75.6%), and 96% received their hand-held prenatal notes. A quarter of women were considered at risk of complications. Of the total respondents, only 58.7% were advised about which maternity care service to give birth, and 16.2% reported searching more than one health service for admission in labour and birth. Challenges remain for improving the quality of prenatal care, with the provision of effective procedures for reducing unfavourable outcomes.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Serviços de Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Brasil , Setor Privado/estatística & dados numéricos , Setor Público/estatística & dados numéricos , Qualidade da Assistência à Saúde , Fatores Socioeconômicos
17.
Lancet ; 384(9948): 1146-57, 2014 Sep 20.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-24965814

RESUMO

We used the Lives Saved Tool (LiST) to estimate deaths averted if midwifery was scaled up in 78 countries classified into three tertiles using the Human Development Index (HDI). We selected interventions in LiST to encompass the scope of midwifery practice, including prepregnancy, antenatal, labour, birth, and post-partum care, and family planning. Modest (10%), substantial (25%), or universal (95%) scale-up scenarios from present baseline levels were all found to reduce maternal deaths, stillbirths, and neonatal deaths by 2025 in all countries tested. With universal coverage of midwifery interventions for maternal and newborn health, excluding family planning, for the countries with the lowest HDI, 61% of all maternal, fetal, and neonatal deaths could be prevented. Family planning alone could prevent 57% of all deaths because of reduced fertility and fewer pregnancies. Midwifery with both family planning and interventions for maternal and newborn health could avert a total of 83% of all maternal deaths, stillbirths, and neonatal deaths. The inclusion of specialist care in the scenarios resulted in an increased number of deaths being prevented, meaning that midwifery care has the greatest effect when provided within a functional health system with effective referral and transfer mechanisms to specialist care.


Assuntos
Tocologia/organização & administração , Atenção à Saúde/organização & administração , Serviços de Planejamento Familiar/organização & administração , Feminino , Saúde Global , Humanos , Recém-Nascido , Mortalidade Materna , Equipe de Assistência ao Paciente/organização & administração , Assistência Perinatal/organização & administração , Mortalidade Perinatal , Cuidado Pré-Concepcional/organização & administração , Gravidez , Resultado da Gravidez , Cuidado Pré-Natal/organização & administração , Cobertura Universal do Seguro de Saúde
18.
Rev Saude Publica ; 48(2): 304-13, 2014 Apr.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-24897052

RESUMO

OBJECTIVE: To compare collaborative and traditional childbirth care models. METHODS: Cross-sectional study with 655 primiparous women in four public health system hospitals in Belo Horizonte, MG, Southeastern Brazil, in 2011 (333 women for the collaborative model and 322 for the traditional model, including those with induced or premature labor). Data were collected using interviews and medical records. The Chi-square test was used to compare the outcomes and multivariate logistic regression to determine the association between the model and the interventions used. RESULTS: Paid work and schooling showed significant differences in distribution between the models. Oxytocin (50.2% collaborative model and 65.5% traditional model; p < 0.001), amniotomy (54.3% collaborative model and 65.9% traditional model; p = 0.012) and episiotomy (collaborative model 16.1% and traditional model 85.2%; p < 0.001) were less used in the collaborative model with increased application of non-pharmacological pain relief (85.0% collaborative model and 78.9% traditional model; p = 0.042). The association between the collaborative model and the reduction in the use of oxytocin, artificial rupture of membranes and episiotomy remained after adjustment for confounding. The care model was not associated with complications in newborns or mothers neither with the use of spinal or epidural analgesia. CONCLUSIONS: The results suggest that collaborative model may reduce interventions performed in labor care with similar perinatal outcomes.


Assuntos
Comportamento Cooperativo , Enfermeiros Obstétricos , Assistência Perinatal/métodos , Adolescente , Adulto , Brasil , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Tocologia , Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de Saúde , Relações Médico-Enfermeiro , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
19.
Rev. saúde pública ; 48(2): 304-313, abr. 2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-711850

RESUMO

OBJETIVO Comparar os modelos colaborativo e tradicional na assistência ao parto e nascimento. MÉTODOS Estudo transversal realizado com 655 primíparas em quatro hospitais do sistema único de saúde em Belo Horizonte, MG, em 2011 (333 mulheres do modelo colaborativo e 322 do modelo tradicional, incluindo aquelas com trabalho de parto induzido e prematuro). Os dados foram coletados em entrevistas e levantamento de prontuários. Foram aplicados os testes Qui-quadrado para comparação e regressão logística múltipla para determinar associação entre o modelo e os desfechos analisados. RESULTADOS Houve diferenças significativas entre os modelos em relação ao nível de escolaridade e trabalho remunerado. No modelo colaborativo houve menor utilização da ocitocina (50,2% no modelo colaborativo versus 65,5% no modelo tradicional; p < 0,001), da ruptura artificial das membranas (54,3% no modelo colaborativo versus 65,9% no modelo tradicional; p = 0,012) e da taxa de episiotomia (16,1% no modelo colaborativo versus 85,2% no modelo tradicional; p < 0,001), e maior utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor (85,0% no modelo colaborativo versus 78,9% no modelo tradicional; p = 0,042). A associação entre o modelo colaborativo e a redução no uso da ocitocina, da ruptura artificial das membranas e da episiotomia manteve-se após o ajuste para fatores de confundimento. O modelo assistencial não esteve associado a complicações neonatais ou maternas nem à utilização de analgesia de condução. CONCLUSÕES Os resultados sugerem que o modelo colaborativo poderá reduzir as intervenções na assistência ao trabalho de parto e parto com resultados perinatais semelhantes. .


OBJECTIVE To compare collaborative and traditional childbirth care models. METHODS Cross-sectional study with 655 primiparous women in four public health system hospitals in Belo Horizonte, MG, Southeastern Brazil, in 2011 (333 women for the collaborative model and 322 for the traditional model, including those with induced or premature labor). Data were collected using interviews and medical records. The Chi-square test was used to compare the outcomes and multivariate logistic regression to determine the association between the model and the interventions used. RESULTS Paid work and schooling showed significant differences in distribution between the models. Oxytocin (50.2% collaborative model and 65.5% traditional model; p < 0.001), amniotomy (54.3% collaborative model and 65.9% traditional model; p = 0.012) and episiotomy (collaborative model 16.1% and traditional model 85.2%; p < 0.001) were less used in the collaborative model with increased application of non-pharmacological pain relief (85.0% collaborative model and 78.9% traditional model; p = 0.042). The association between the collaborative model and the reduction in the use of oxytocin, artificial rupture of membranes and episiotomy remained after adjustment for confounding. The care model was not associated with complications in newborns or mothers neither with the use of spinal or epidural analgesia. CONCLUSIONS The results suggest that collaborative model may reduce interventions performed in labor care with similar perinatal outcomes. .


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , Comportamento Cooperativo , Enfermeiros Obstétricos , Assistência Perinatal/métodos , Brasil , Estudos Transversais , Tocologia , Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de Saúde , Relações Médico-Enfermeiro , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
20.
Rev. bras. epidemiol ; 16(4): 953-965, dez. 2013. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-702097

RESUMO

Prenatal care consists of practices considered to be effective for the reduction of adverse perinatal outcomes. However, studies have demonstrated inequities in pregnant women's access to prenatal care, with worse outcomes among those with lower socioeconomic status. The objective of this study is to evaluate access to and utilization of prenatal services in the Sistema Único de Saúde (SUS - Unified Health System) in the city of Rio de Janeiro and to verify its association with the characteristics of pregnant women and health services. A cross-sectional study was conducted in 2007-2008, using interviews and the analysis of prenatal care cards of 2.353 pregnant women attending low risk prenatal care services of the SUS. A descriptive analysis of the reasons mentioned by women for the late start of prenatal care and hierarchical logistic regression for the identification of the factors associated with prenatal care use were performed. The absence of a diagnosis of pregnancy and poor access to services were the reasons most often reported for the late start of prenatal care. Earlier access was found among white pregnant women, who had a higher level of education, were primiparous and lived with a partner. The late start of prenatal care was the factor most associated with the inadequate number of consultations, also observed in pregnant adolescents. Black women had a lower level of adequacy of tests performed as well as a lower overall adequacy of prenatal care, considering the Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN - Prenatal and Delivery Humanization Program) recommendations. Strategies for the identification of pregnant women at a higher reproductive risk, reduction in organizational barriers to services and increase in access to family planning and early diagnosis of pregnancy should be prioritized.


A assistência pré-natal é composta por práticas consideradas efetivas para a redução de desfechos perinatais negativos. Entretanto, estudos têm demonstrado iniquidades no acesso das gestantes aos cuidados pré-natais, com piores resultados para mulheres de menor nível socioeconômico. O objetivo deste estudo é avaliar o acesso e a utilização dos serviços de pré-natal na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Município do Rio de Janeiro e verificar sua associação a características das gestantes e dos serviços de saúde. Foi realizado um estudo transversal, no período 2007 - 2008, por meio de entrevista e análise de cartões de pré-natal de 2.353 gestantes em atendimento em serviços de pré-natal de baixo risco do SUS. Foi feita análise descritiva das razões referidas pelas mulheres para início tardio do pré-natal e regressão logística hierarquizada para identificação dos fatores associados à utilização do pré-natal. A ausência de diagnóstico da gravidez e dificuldades de acesso aos serviços foram as razões mais relatadas para o início tardio do pré-natal. Verificou-se acesso mais precoce de gestantes de cor branca, com maior escolaridade, primigestas e com companheiro. O início tardio foi o fator mais associado ao número inadequado de consultas, também verificado em gestantes adolescentes. Mulheres de cor preta apresentaram menor adequação na realização de exames, bem como menor adequação global do pré-natal, segundo parâmetros do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN). Estratégias para identificação de gestantes de maior risco reprodutivo, redução de barreiras organizacionais nos serviços e ampliação do acesso ao planejamento familiar e ao diagnóstico precoce da gravidez são prioritárias.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Gravidez , Adulto Jovem , Acessibilidade aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal , Brasil , Cidades , Estudos Transversais , Atenção à Saúde , Saúde da População Urbana
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA