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1.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 4, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1424432

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate food consumption in Brazil by race/skin color of the population. METHODS Food consumption data from the Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Survey) 2017-2018 were analyzed. Food and culinary preparations were grouped into 31 items, composing three main groups, defined by industrial processing characteristics: 1 - in natura/minimally processed, 2 - processed, and 3 - ultra-processed. The percentage of calories from each group was estimated by categories of race/skin color - White, Black, Mixed-race, Indigenous, and Yellow- using crude and adjusted linear regression for gender, age, schooling, income, macro-region, and area. RESULTS In the crude analyses, the consumption of in natura/minimally processed foods was lower for Yellow [66.0% (95% Confidence Interval 62.4-69.6)] and White [66.6% (95%CI 66.1-67.1)] groups than for Blacks [69.8% (95%CI 68.9-70.8)] and Mixed-race people [70.2% (95%CI 69.7-70.7)]. Yellow individuals consumed fewer processed foods, with 9.2% of energy (95%CI 7.2-11.1) whereas the other groups consumed approximately 13%. Ultra-processed foods were less consumed by Blacks [16.6% (95%CI 15.6-17.6)] and Mixed-race [16.6% (95%CI 16.2-17.1)], with the highest consumption among White [20.1% (95%CI 19.6-20.6)] and Yellow [24.5% (95%CI 20.0-29.1)] groups. The adjustment of the models reduced the magnitude of the differences between the categories of race/skin color. The difference between Black and Mixed-race individuals from the White ones decreased from 3 percentage points (pp) to 1.2 pp in the consumption of in natura/minimally processed foods and the largest differences remained in the consumption of rice and beans, with a higher percentage in the diet of Black and Mixed-race people. The contribution of processed foods remained approximately 4 pp lower for Yellow individuals. The consumption of ultra-processed products decreased by approximately 2 pp for White and Yellow groups; on the other hand, it increased by 1 pp in the consumption of Black, Mixed-race, and Indigenous peoples. CONCLUSION Differences in food consumption according to race/skin color were found and are influenced by socioeconomic and demographic conditions.


RESUMO OBJETIVO Avaliar o consumo alimentar no Brasil por raça/cor da pele da população. MÉTODOS Foram analisados dados de consumo alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018. Alimentos e preparações culinárias foram agrupados em 31 itens, compondo três grupos principais, definidos por características do processamento industrial: 1 - in natura/minimamente processados, 2 - processados e 3 - ultraprocessados. O percentual de calorias de cada grupo foi estimado por categorias de raça/cor da pele - branca, preta, parda, indígena e amarela -, utilizando-se regressão linear bruta e ajustada para sexo, idade, escolaridade, renda, macrorregião e área. RESULTADOS Nas análises brutas, o consumo de alimentos in natura/minimamente processados foi menor para amarelos [66,0% (Intervalo de Confiança 95% 62,4-69,6)] e brancos [66,6% (IC95% 66,1-67,1)] que para pretos [69,8% (IC95% 68,9-70,8)] e pardos [70,2% (IC95% 69,7-70,7)]. Amarelos consumiram menos alimentos processados, com 9,2% das calorias (IC95% 7,2-11,1) enquanto os demais consumiram aproximadamente 13%. Ultraprocessados foram menos consumidos por pretos [16,6% (IC95% 15,6-17,6)] e pardos [16,6% (IC95% 16,2-17,1)], e o maior consumo ocorreu entre brancos [20,1% (IC95% 19,6-20,6)] e amarelos [24,5% (IC95% 20,0-29,1)]. O ajuste dos modelos reduziu a magnitude das diferenças entre as categorias de raça/cor da pele. A diferença entre pretos e pardos em relação aos brancos diminuiu, de 3 pontos percentuais (pp), para 1,2 pp no consumo de alimentos in natura/minimamente processados e as maiores diferenças remanescentes foram no consumo de arroz e feijão, com maior percentual na alimentação de pretos e pardos. A participação de alimentos processados permaneceu aproximadamente 4 pp menor para amarelos. O consumo de ultraprocessados diminuiu aproximadamente 2 pp para brancos e amarelos; por outro lado, aumentou 1 pp no consumo de pretos, pardos e indígenas. CONCLUSÃO Diferenças no consumo alimentar segundo raça/cor da pele foram encontradas e são influenciadas por condições socioeconômicas e demográficas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos Nutricionais , Alimentos, Dieta e Nutrição , Fatores Raciais
2.
Saúde debate ; 46(132): 175-187, jan.-mar. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1361148

RESUMO

RESUMO O objetivo do artigo é analisar as características dos processos de trabalho na Estratégia Saúde da Família direcionados às pessoas com sobrepeso e obesidade no município de São Paulo. Ancorado no referencial teórico da saúde coletiva sobre processo de trabalho, foi desenvolvido um estudo exploratório com abordagem qualitativa. Foram realizadas onze entrevistas com profissionais de uma unidade básica de saúde, na zona leste da cidade de São Paulo, entre os meses de julho e agosto de 2019. A partir da análise temática, o artigo apresenta os resultados e a discussão em três categorias analíticas: objeto de trabalho, instrumentos de trabalho e organização do trabalho. O cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade é mediado pelo baixo investimento em qualificação dos profissionais de saúde sobre o tema, pela falta de materiais técnicos de suporte ao trabalho e pelo modelo de gestão pautado pela produtividade e cobrança de resultados quantitativos. Conclui-se que os profissionais de saúde apresentam pouco domínio sobre seu processo de trabalho, cuja finalidade acaba sendo a mudança de comportamento e a perda de peso corporal, em vez de considerar as necessidades de saúde dos usuários e profissionais, produzindo, por vezes, insatisfação e desgaste com o trabalho.


ABSTRACT The goal of the article is to analyze the characteristics of the work processes in the Family Health Strategy directed to people with overweight and obesity in the city of São Paulo. Based on the theoretical framework of collective health about work processes, an exploratory study with a qualitative approach was developed. Eleven interviews were conducted with professionals from a basic health unit, in the east of the city of São Paulo, between July and August 2019. Starting with the thematic analysis, the article presents the results and discussion in three analytical categories: work object, work instruments and work organization. The care for people with overweight and obesity is mediated by the low investment in training health professionals on the subject, the lack of technical materials to support the work and the management model based on productivity and demand for quantitative results. It is concluded that health professionals have little control over their work process, whose purpose ends up being the change of behavior and the loss of body weight, instead of considering the health needs of users and professionals, sometimes producing dissatisfaction and weariness with work.

3.
São Paulo; s.n; 2020. 163 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1145889

RESUMO

Com base no referencial teórico da saúde coletiva sobre processo de trabalho em saúde e necessidades de saúde, este estudo teve o objetivo de analisar o trabalho em saúde na Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir do cuidado oferecido a usuários em insegurança alimentar e nutricional (ISAN), com recorte para pessoas com obesidade. Foi realizado um estudo de caso de abordagem qualitativa em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na zona leste do município de São Paulo. Foram feitas 11 entrevistas semiestruturadas com trabalhadores da ESF como enfermeiros, profissionais do Núcleo de Apoio a Saúde da Família e médicos. Além disso, a observação participante, entre os meses de julho e agosto de 2019, e a elaboração de um diário de campo deram suporte para a discussão dos achados. Por meio da análise temática, os resultados e a discussão foram apresentados em três seções. Foi possível compreender que a organização dos processos de trabalho na ESF impõe limites ao enfrentamento à obesidade crescente no Brasil. Os profissionais de saúde estão submetidos a um modelo assistencial ainda fortemente pautado pela lógica biomédica, com um vínculo empregatício frágil e pressionados pela lógica de desempenho. Consequentemente, demonstraram ter pouca autonomia e tempo para a definição do seu processo de trabalho. A organização do trabalho na ESF e a falta de domínio do processo de trabalho conduzem os profissionais a uma reprodução de atividades assistenciais produzindo um cuidado fragmentado, protocolar e voltado para o cumprimento das metas de produção pré estabelecidas. No caso do processo de trabalho voltado para pessoas com obesidade, a lógica individualizante fortemente presente nos pilares da promoção da saúde reforça responsabilização, estigmatização e culpabilização dos usuários com obesidade. Assim, a finalidade das atividades desenvolvidas na UBS acaba se voltando para a perda de peso e para a mudança do comportamento de risco, mesmo que os profissionais compreendam que a determinação da obesidade tem raízes na organização social. Como desafios para o campo da saúde coletiva, destaca-se a necessidade do fortalecimento de uma concepção de ISAN que extrapole a noção de risco à saúde e que se aproxime das raízes causadoras da obesidade. Ademais, a necessidade de fortalecimento de modelos assistenciais que busquem a coletivização das questões de saúde e alimentação, para assim possibilitar a construção de processos de trabalho que se aproximem das necessidades de saúde dos usuários e também dos trabalhadores de saúde. Esta pesquisa lança um olhar sobre as contradições inerentes ao processo de trabalho em saúde no capitalismo e suas implicações sobre as práticas de cuidado destinadas às pessoas com obesidade.


Based on the theoretical framework of collective health about health work process and health needs, this study aimed to analyze health work in the Family Health Strategy (ESF) starting from the care offered to users with food and nutritional insecurity, particularly people with obesity. A case study of qualitative approach was carried out in a Basic Health Unit (UBS) located on the East Side of São Paulo city. Eleven semi-structured calls to ESF workers such as nurses, professionals from the Family Health Support Center and doctors have been made. In addition, participant observation between July and August 2019, and the preparation of a field diary provided support for discussing the findings. Through thematic analysis, results and discussion were presented in three sections. It was possible to understand that the organization of work processes in ESF imposes limits on coping with growing obesity in Brazil. Health professionals are subjected to a care model that is still strongly guided by biomedical logic, with a fragile employment relationship and pressured by the logic of performance. Consequently, they demonstrated to have little autonomy and time to define their work process. The organization of work in ESF and the lack of mastery of the work process lead professionals to a reproduction of care activities, producing fragmented, protocol-based care aimed at meeting pre-established production goals. In the case of work processes aimed at people with obesity, the individualizing logic that is strongly present in the pillars of health promotion reinforces accountability, stigmatization and blaming of users with obesity. Thus, the purpose of the activities developed in UBS ends up focusing on weight loss and change in risky behavior, even though professionals understand that the determination of obesity has its roots in social organization. As challenges for the field of collective health, the need to strengthen a concept of food and nutritional insecurity that goes beyond the notion of risk to health and that approaches the root causes of obesity stands out. Besides that, the need to strengthen health care models that seek to collectivize health and food issues, in order to enable the construction of work processes that are closer to the health needs of users and health workers. This research casts a glance at the contradictions inherent in the health work process under capitalism and its implications on care practices for people with obesity.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Trabalho , Capitalismo , Obesidade
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