RESUMO
Barebacking sex é o engajamento intencional de homens que fazem sexo com homens na relação anal sem camisinha. Para além de abordagens moralistas, relacionadas à possibilidade de infecção pelo HIV, analisamos como narrativas barebacking classificam os corpos em desejáveis e indesejáveis, a partir da maneira como são apresentados em cartazes de divulgação de orgias brasileiras disponíveis para visualização na internet. Neste artigo, almejamos uma discussão interseccional sobre desejo sexual, gênero, raça e classe, partindo das imagens em circulação nos contextos brasileiros do bareback.
Barebacking sex is the intentional engagement of men who have sex with other men in anal intercourse without a condom. Beyond moralistic approaches, related to the possibility of HIV infection, we analyse how barebacking narratives classify bodies into the desirable and the undesirable, through the way they are shown in posters publicizing Brazilian orgies available for viewing on the internet. In this article, we aim to develop an intersectional discussion about sexual desire, gender, race and class, starting from the images circulating in Brazilian bareback contexts.
Barebacking sex es el compromiso intencional de hombres que tienen sexo con hombres en el coito anal sin condón. Además de los enfoques moralistas relacionados con la posibilidad de infección por el VIH, analizamos cómo las narrativas barebacking clasifican los cuerpos en deseables e indeseables, en función de la forma en que se presentan en carteles para la difusión de orgías brasileñas disponibles para su visualización en Internet. En este artículo,apuntamos a una discusión interseccional del deseo sexual, género, raza y clase, a partir de las imágenes en circulación en contextos de bareback brasileños.
Assuntos
Humanos , HIV , Masculinidade , Racismo , Minorias Sexuais e de Gênero , Comportamentos de Risco à Saúde , Comportamento Sexual , Sexo sem Proteção , Identidade de GêneroRESUMO
RESUMEN Objetivo. Describir los resultados en salud de los hombres a partir del análisis sobre la interrelación de estos con las masculinidades, que permitirá la identificación de acciones para mejorar los resultados de salud de hombres, mujeres y niños. Métodos. Actualización y expansión de los hallazgos del informe Masculinidades y Salud en las Américas publicado por la Organización Panamericana de la Salud en el 2019, el cual se realizó a partir de una búsqueda intencionada y actualizada de datos secundarios sobre la salud masculina y otras investigaciones que abordan la temática. Resultados. La salud de los hombres y de las mujeres es distinta, no solo por los factores biológicos, sino también por la construcción y las desigualdades de género, y la intersección de los determinantes sociales. Existen importantes diferencias en los patrones de mortalidad y morbilidad por sexo a lo largo del curso de vida, incluida la sobremortalidad de los hombres por causas prevenibles como las muertes violentas, los accidentes viales y el consumo de alcohol y otras drogas (cocaína, cannabis y anfetaminas, entre otras). Varias de las causas de la mortalidad y la morbilidad se encuentran vinculadas con la expresión del modelo hegemónico de masculinidad y esto representa un riesgo para la salud integral de los hombres y para las personas cercanas. Conclusiones. Proponemos que se deben políticas coordinadas e intersectoriales con perspectiva de género relacional e interseccional que incluyan a los hombres para generar acciones de salud en todas las políticas para la diversidad de hombres con consecuencias positivas también para niños, adolescentes y mujeres.
ABSTRACT Objective. Describe health outcomes for men based on analysis of their interrelationship with masculinities, which will make it possible to identify actions to improve health outcomes of men, women, and children. Methods. Update and expansion of the findings stated in the report on Masculinities and Health in the Region of the Americas, published by the Pan American Health Organization in 2019, which was based on a targeted, up-to-date search for secondary data on men's health and other research addressing the topic. Results. Men's and women's health is different, not only because of biological factors, but also because of gender constructs and inequalities, and the intersection of social determinants. Considerable differences are seen in mortality and morbidity patterns by sex over the life course, including men's over-mortality from preventable causes such as violent deaths, road accidents, and use of alcohol and other drugs (cocaine, cannabis, and amphetamines, among others). Several causes of mortality and morbidity are linked to expressions of the hegemonic model of masculinity, which endangers the overall health of men and people close to them. Conclusions. We propose the adoption of coordinated and intersectoral policies with a relational and intersectional gender perspective that includes men, in order to generate health actions in all policies aimed at men in all their diversity, with positive consequences as well for children, adolescents, and women.
RESUMO Objetivo. Descrever os desfechos da saúde dos homens a partir da análise de sua inter-relação com as masculinidades, que permitirá identificar ações para melhorar os desfechos de saúde de homens, mulheres e crianças. Métodos. Atualização e ampliação dos achados do relatório Masculinidades e Saúde nas Américas, publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde em 2019, que foi realizado a partir de uma busca intencional e atualizada de dados secundários sobre a saúde do homem e outras pesquisas que abordam o tema. Resultados. A saúde dos homens e das mulheres é distinta não apenas por fatores biológicos, mas também pela construção e pelas desigualdades de gênero, e pela intersecção dos determinantes sociais. Existem diferenças importantes nos padrões de morbimortalidade por sexo ao longo do curso de vida, incluindo a sobremortalidade dos homens por causas evitáveis como mortes violentas, acidentes de trânsito, e consumo de álcool e outras drogas (cocaína, cannabis e anfetaminas, entre outros). Várias causas de mortalidade e morbidade estão vinculadas à expressão do modelo hegemônico de masculinidade, que representa um risco à saúde integral dos homens e das pessoas próximas a eles. Conclusões. Propomos o desenvolvimento de políticas coordenadas e intersetoriais, com perspectiva de gênero relacional e interseccional que inclua homens, a fim de gerar ações de saúde em todas as políticas para a diversidade dos homens, com consequências positivas também para crianças, adolescentes e mulheres.
RESUMO
Objetivos: problematizamos como os sujeitos torcedores dialogam com oquadro normativo que naturaliza o ambiente dos estádios de futebol como masculino e heteronormativo, a partir de como esses mesmos sujeitos identificam suas alteridades.Metodologia:realizamos diálogos com grupos detorcedores nos quais discutíamosa mudança de um antigo estádio para uma nova arena e a possível presença de violência verbal durante as partidas.Resultados e discussão:os torcedores acabavam naturalizando o gosto pelo esporte para justificar uma maior presença masculina nos estádios;outros pareciam um tanto mais sensibilizados com pautasfeministas e condenavam suas próprias atitudes; à participação das mulheres é atribuída uma diferença natural; a maior presença das mulheres acaba sendo associada de forma direta a diminuição do machismo no futebol; homens não heterossexuais também são incluídos como a alteridade do "homem" torcedor;outra alteridade foi nomeada como família; incentivando a equipe,colaborando com o clube e performando "adequadamente", os torcedores homossexuais estariam autorizados a torcer com os demais.Considerações Finais:Podemos visualizar a existência de um quadro normativo que destaca a relação entre futebol e masculinidade no Brasil. Ele já aparecia com destaque quando do lançamento do Universo do futebol, em 1982,e parece ainda atual. Se o androcentrismo eradadocomonatural no Universo do futebolaqui ele é um elemento no centro das lutas por significados em um contexto social mais amplo e, também, em tudo o que envolva a prática e a apreciação do futebol.
Objectives: we problematize how the supporters dialogue with the normative framework that naturalizes the environment of football stadiums as masculine and heteronormative, based on how these same subjects identify their alterities. Methodology:we held dialogues with groups of fans in which we discussed the move from an old stadium to a new arena and the possible presence of verbal violence during matches. Results and discussion:fans ended up naturalizing the taste for the sport to justify a greater male presence in stadiums; others seemed somewhat more sensitized to feminist agendas and condemned their own attitudes; the participation of women is attributed a natural difference; the greater presence of women ends up being directly associated with the reduction of machismin soccer; non-heterosexual men are also included as the otherness of themalefan; another otherness was named as family; by encouraging the team, collaborating with the club and performing "properly", homosexual fans would be allowed to cheer with the others. Final Considerations:We can visualize the existence of a normative framework that highlights the relationship between football and masculinity in Brazil. It already appeared prominently when the Universe of Soccerwasreleased in 1982, and it still seems current. If androcentrism was taken for granted in the Universe of Soccer, here it is an element at the center of struggles for meaning in a broader social context and also in everything that involves the practice and appreciation of Soccer.
Objetivos: problematizamos cómo los hinchas dialogan con el marco normativo que naturaliza el ambiente de los estadios de fútbol como masculino y heteronormativo, a partir de cómo estos mismos sujetos identifican sus alteridades. Metodología:mantuvimos diálogos congrupos de hinchas en los que discutimos el traslado de un antiguo estadio a unanuevaarenay la posible presencia de violencia verbal durante los partidos. Resultados y discusión:loshinchasacabaronnaturalizando el gusto por el deporte para justificaruna mayor presencia masculina en los estadios; otros parecían algo más sensibilizadas con las agendas feministas y condenaban sus propias actitudes; a la participación de la mujer se le atribuye una diferencia natural; la mayor presencia de mujeres termina directamente asociada con la reducción del machismo en el fútbol; los hombres no heterosexuales también se incluyen como la alteridad del "hombre" hincha; otra alteridad fue nombrada como familia; animando al equipo, colaborando con el club y actuando "adecuadamente", los hinchashomosexuales podrían animar con los demás. Consideraciones finales:Podemos visualizar la existencia de un marco normativo que destaca la relación entre fútbol y masculinidad en Brasil. Ya apareció de forma destacada cuando se lanzó el Universo del Fútbolen 1982, y sigue pareciendo actual. Si el androcentrismo se daba como definitivoen el Universo del Fútbol, aquí es un elemento en el centro de las luchas por el sentido en un contexto social más amplio y también en todo lo que implica la práctica y apreciación del fútbol.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Futebol , Androcentrismo , Equidade de Gênero , Futebol/história , Esportes , Mulheres , Masculinidade , HomensRESUMO
Objetivo: investigar a motivação dos homens na busca por assistência prestada pela Estratégia Saúde da Família. Método: estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizada em uma equipe de saúde da família, de modo que a amostra compreendeu 30 homens cadastrados na área de abrangência. Foi utilizado um questionário semiestruturado cujos dados foram analisados conforme epidemiologia descritiva. Resultados: trata-se de homens entre 20 e 74 anos; casados; Ensino Fundamental; predomínio da profissão de pedreiro os quais 67% trabalham no período diurno. Dos serviços procurados, 68% correspondem à Medicina cuja motivação da procura foi por consultas e exames. Quanto aos fatores dificultadores, destaca-se a resistência dos homens; a falta de tempo decorrente da dedicação ao trabalho; e ao comodismo. Conclusão: a motivação dos homens pela procura ao serviço ocorreu por ações de cunho curativo com predomínio de queixas agudas na qual as práticas preventivas não fazem parte do cotidiano.(AU)
Objective: to investigate the motivation of men in search of assistance provided by the Family Health Strategy. Method: a descriptive study, exploratory, with a quantitative approach, performed in a family health team in which the sample included 30 men registered in the coverage area. A semi-structured questionnaire was used in which the data were analyzed according to descriptive epidemiology. Results: these are men between 20-74 years; married; elementary school; predominance mason profession in which 67% work in the daytime. Of popular services, 68% correspond to medicine whose motivation demand was for consultations and exam. As for complicating factors, there is the strength of men; lack of time due to the hard work; and convenience. Conclusion: the motivation of men by demand service occurred curative nature of actions with a predominance of acute complaints where preventive practices are not part of everyday life.(AU)
Objetivo: investigar la motivación masculina en busca de asistencia en la Estrategia Salud de la Familia. Método: estudio descriptivo, exploratorio, con abordaje cuantitativo, realizado en un equipo de salud de la familia, la muestra incluía 30 hombres registrados en el área. Se utilizó un cuestionario semiestructurado en el que se analizaron los datos por medio de epidemiología descriptiva. Resultados: hombres entre 20-74 años; casado; enseñanza fundamental; predominio de albañilesque trabajan durante el día. De los servicios buscados, 68% corresponde a la medicina cuya motivación fue las consultas y exámenes. Cuanto a los factores de complicación, se destaca la resistenciamasculina; la falta de tiempo debido a dedicación del trabajo; y la comodidad. Conclusión: la motivación masculina por la demanda del servicio se produjo la naturaleza curativa de las acciones con un predominio de las quejas agudas en las que las prácticas preventivas no son parte de la vida cotidiana.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Equipe de Assistência ao Paciente , Enfermagem em Saúde Pública , Saúde do Homem , Fatores Socioeconômicos , Saúde da Família , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Resumo Este artigo apresenta um panorama sobre as percepções de homens residentes em um território rural do norte de Minas Gerais, Brasil, sobre a sua masculinidade e as interferências do trabalho na procura por serviços de saúde ofertados por uma equipe da estratégia de saúde da família. O método priorizado foi a hermenêutica-dialética com a observação participante, registros em um diário de campo e a realização de 41 entrevistas individuais. A análise dos dados evidenciou que o trabalho rural e o modelo de masculinidade hegemônica direcionam esses homens para o papel de provedor financeiro das famílias. A maioria dos trabalhadores só procura os serviços de atenção primária à saúde quando apresentam condições agudas que interferem na execução do trabalho, considerando a unidade básica de saúde como um espaço feminino. As formas como as masculinidades e os serviços de saúde se colocam nesse território suscitam sentimentos de distanciamento dos trabalhadores rurais das práticas de cuidado em saúde. Um dos grandes desafios é o desenvolvimento de ações que aproximem esse público da equipe de saúde e vice-versa, contribuindo, assim, para o acesso, o acolhimento e a vinculação dos cuidados à população masculina.
Abstract This article presents an overview of the perceptions of men living in a rural territory of northern Minas Gerais, Brazil, about their masculinity and the interferences of work in the search for health services offered by a family health strategy team. The method prioritized was hermeneutics-dialectics with participant observation, records in a field diary and 41 individual interviews. Data analysis showed that rural work and the hegemonic masculinity model direct these men to the role of financial provider of families. Most workers only seek primary health care services when they present acute conditions that interfere in the execution of work, considering the basic health unit as a female space. The ways in which masculinities and health services are placed in this territory give rise to feelings of distancing rural workers from health care practices. One of the major challenges is the development of actions that bring this public closer to the health team and vice versa, thus contributing to access, reception and linking care to the male population.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Percepção , Trabalho , Zona Rural , Saúde da População Rural , Masculinidade , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil , Características Culturais , Saúde do HomemRESUMO
Objetivo: Realizar una lectura crítica con perspectiva de género de la investigación reciente sobre hombres, salud sexual y salud reproductiva en América Latina, basada en una revisión de la literatura. Método: Fu e r o n seleccionados, sistematizados y analizados 67 estudios mediante un ejercicio hermenéutico. Resultados: Se halló que la masculinidad hegemónica sigue presente en las vivencias sexuales y reproductivas de los varones en la región, a pesar de observarse el tránsito hacia nuevas masculinidades, hecho relacionado en particular con la vivencia de la paternidad en que se incorporan la proximidad afectiva y el cuidado de los hijos. Desde la adolescencia se observa la construcción de valores, ideas y prácticas anudadas a la naturalización de una sexualidad masculina ajena al cuidado de sí y de otros. Los estudios sobre infecciones de transmisión sexual y VIH-sida muestran que los estereotipos viriles llevan a no percibir el riesgo de infectarse. De igual modo, estos estereotipos impiden a los hombres consultar ante la presencia de problemas que afectan su sexualidad. Los servicios de salud sexual y reproductiva aparecen en los estudios como excluyentes de los hombres y poco preparados para atender a la población masculina en los diferentes momentos del curso de vida y en la amplitud de sus necesidades de salud, además de mostrar ser poco integrales en su abordaje y poco sensibles a la diversidad. Conclusiones: Los autores insisten en la importancia de impactar las construcciones sobre la masculinidad para desarrollar actitudes de autocuidado y conciencia del cuidado de otros, así como para generar cambios en las relaciones de género. Cuando están diseñados para responder a las necesidades de los hombres, con perspectiva de masculinidades, los programas logran ejercer cambios positivos. La política pública en salud, como instrumento de construcción de ciudadanía, tiene en sus manos la tarea de marcar caminos para avanzar en la equidad e igualdad de género en los países de América Latina, reconociendo la importancia de abrirle espacio a las nuevas masculinidades en los ámbitos de la sexualidad y la reproducción
Objective: Conduct, from a gender-focused, critical reading about recent research on men, sexual health, and reproductive health in Latin America was done, based on a literature review. Method: Sixty-seven studies were systematized and analyzed through a hermeneutical exercise. Results: H e ge m o n i c masculinity was found to be still present in the sexual and reproductive experiences of men in the region despite the transition to new masculinities, a fact particularly related to the fatherhood experience in which affective proximity and care of the children are incorporated. From adolescence, the construction of values, ideas, and practices linked to the naturalization of the male sexuality detached from the care of themselves and others is observed. Studies on sexually transmitted infections and HIV/AIDS show that masculinity stereotypes lead to perceive no risk of infection. Similarly, these stereotypes prevent men from consulting on issues affecting their sexuality. Sexual and reproductive health services appear in the studies to exclude men and be poorly prepared to treat the male population at different moments in their lives and at the extent of their health needs; besides, they showed low comprehensiveness of their approach and poor sensitivity to diversity. Conclusions: The authors insist on the relevance of having an impact on masculinity constructions to develop self-care attitudes and awareness of caring for others, and to bring about changes in gender relationships. Programs succeed in bringing about positive changes when they are designed to meet men's needs under a masculinities perspective. Health public policy, as an instrument for building citizenship, has the task at hand of marking out paths to advance gender equity and equality in Latin American countries, recognizing the importance of opening up space for new masculinities in the areas of sexuality and reproduction.
Objetivo: realizar uma leitura crítica com perspectiva de gênero de pesquisas recentes sobre homens, saúde sexual e saúde reprodutiva na América Latina, a partir de uma revisão da literatura. M ét o d o : 67 estudos foram sistematizados e analisados por meio de um exercício hermenêutico. Resultados: constatou-se que a masculinidade hegemônica ainda está presente nas vivências sexuais e reprodutivas dos homens na região, apesar de se observar a transição para novas masculinidades, fato relacionado, em particular, com a vivência da paternidade em que são incorporados a proximidade afetiva e o cuidado dos filhos. Desde a adolescência observa-se a construção de valores, ideias e práticas vinculadas à naturalização de uma sexualidade masculina alheia ao cuidado de si e do outro. Estudos sobre infecções sexualmente transmissíveis e HIV-AIDS mostram que os estereótipos viris levam à não percepção do risco de infecção. Da mesma forma, esses estereótipos impedem aos homens consultar na presença de problemas que afetam sua sexualidade. Os serviços de saúde sexual e reprodutiva aparecem nos estudos como excludentes dos homens e pouco preparados para atender a população masculina em diferentes momentos do curso de vida e na amplitude de suas necessidades de saúde, além de se mostrar pouco abrangentes em sua abordagem e pouco sensíveis à diversidade. Conclusões:Os autores insistem na importância de impactar as construções sobre a masculinidade para desenvolver atitudes de autocuidado e consciência de cuidar do outro, bem como para gerar mudanças nas relações de gênero. Quando os programas são elaborados para atender às necessidades dos homens, com uma perspectiva de masculinidade, alcançam mudanças positivas. A política pública em saúde, como instrumento de construção da cidadania, tem em suas mãos a tarefa de marcar caminhos para o avanço da equidade e igualdade de gênero nos países da América Latina, reconhecendo a importância de abrir espaço para as novas masculinidades nos âmbitos da sexualidade e da reprodução
Assuntos
Paternidade , Sensibilidade e Especificidade , Masculinidade , Saúde Sexual , Equidade de Gênero , HomensRESUMO
Resumen En las últimas décadas se ha desarrollado una mayor conciencia acerca de cuán relevante es la paternidad activa en el desarrollo integral de los/as hijos/as y en la equidad de género. Sin embargo, a pesar de la amplia discusión e implementación de algunas estrategias, se observa una escasa participación en la crianza y cuidados de parte de los padres, situación por la que el presente ensayo tiene el propósito de reflexionar críticamente en torno al cuidado de la niñez desde la desigualdad de género, la masculinidad imperante y las estrategias para el fomento de la paternidad activa. Este escrito reflexiona sobre la paternidad activa desde la mirada de una sociedad adultocéntrica y su influencia en la incorporación de valores, actitudes y conductas durante la niñez. Además, analiza la construcción del cuidado del infante en el ámbito privado, tarea que es subvalorada por la comunidad y que recae principalmente en la mujer con las consecuencias de inequidad de género y problemas de salud que conlleva. Finalmente, se evidencia los esfuerzos realizados en Chile en la implementación para el fomento de una paternidad activa, así como los desafíos pendientes. Para avanzar a la paternidad activa se requiere de una mayor intervención con las familias y los distintos sectores de la sociedad, implementando estrategias desde un enfoque de equidad de género en cuanto a la distribución del cuidado en la niñez. Asimismo, se requiere de avances politicos importantes para dar sustento a una nueva formar de cuidar.
Abstract In recent decades, there has been a growing awareness of the importance of active fatherhood in the integral development of children and in gender inequality. Despite the extensive discussion and implementation of some strategies, there is a low participation in parenting and care of parents. For this reason, the present essay has the purpose of critically reflecting on the care of children from gender inequality, prevailing masculinity and strategies for the promotion of active parenthood. This paper reflects on active fatherhood from the perspective of an adult-centric society and its influence on the incorporation of values, attitudes and behaviors during childhood. In addition, it analyzes the construction of child care in the private sphere, a task that is undervalued by the community and that falls mainly on women with the consequences of gender inequity and health problems that it entails. Finally, the efforts made in Chile in the implementation for the promotion of active fatherhood and the pending challenges are visualized. To move towards active fatherhood requires a greater intervention with families and different sectors of society, implementing strategies from a gender equity perspective regarding the distribution of child care. It also requires important political advances to support a new way of caring.
Resumo Nas últimas décadas, tem havido uma crescente conscientização sobre a importância da paternidade ativa no desenvolvimento integral das crianças e na desigualdade de gênero. Apesar da extensa discussão e implementação de algumas estratégias, há uma baixa participação na parentalidade e no cuidado dos pais. Por este motivo, o presente ensaio tem como objetivo refletir criticamente em torno do cuidado das crianças da desigualdade de gênero, masculinidade prevalente e estratégias para a promoção da paternidade ativa. Este artigo reflete sobre a paternidade ativa a partir da perspectiva de uma sociedade adultocêntrica e sua influência na incorporação de valores, atitudes e comportamentos durante a infância. Além disso, analisa a construção da creche na esfera privada, uma tarefa que é subvalorizada pela comunidade e que recai principalmente sobre as mulheres com as conseqüências da desigualdade de gênero e dos problemas de saúde que ela acarreta. Finalmente, os esforços feitos no Chile na implementação para a promoção da paternidade ativa e os desafios pendentes são visualizados. Avançar para a paternidade ativa requer uma maior intervenção com as famílias e diferentes setores da sociedade, implementando estratégias a partir de uma perspectiva de equidade de gênero em relação à distribuição do cuidado infantil. Também requer avanços políticos importantes para apoiar uma nova maneira de cuidar.
Assuntos
Humanos , Masculino , Paternidade , Cuidado da Criança , Educação Infantil , Ensaio , MasculinidadeRESUMO
Objetivo: avaliar o perfil de comportamento e hábitos de homens frente à masculinidade. Método: descritivo exploratório de abordagem quantitativa, com 61 funcionários masculinos em uma empresa de grande porte num município do Vale do Araguaia, região da Amazônia legal no Mato Grosso, Brasil. A coleta de dados ocorreu por entrevista, a partir do uso do questionário do Ministério da Saúde "Descubra que tipo de homem você é" que foi avaliado por estatística descritiva no programa Epi Info versão 3.5.1. Resultados: constatou-se que 38% raramente consome legumes e verduras; em contrapartida 20% afirmaram consumir doces e alimentos gordurosos diariamente. Sobre o sono, 51% dos entrevistados afirmaram que tem somente até 6 horas de sono por noite. Quanto à atividade física 38% relataram que não praticam, 41% pratica 3 vezes por semana e 21% pratica mais de 3 vezes por semana. Em relação às bebidas de alcoólicas 57% fazem o consumo moderado, e 10% afirmaram serem tabagistas. Com relação à última visita aos serviços de saúde 53% relatam ter realizado há 1 ano, 74% afirmaram que se deslocam ao serviço de saúde somente em caso de doença. Conclusões: observou-se que os homens não aderem à prevenção de doenças e visualizam o serviço de saúde bem como a assistência à saúde como um serviço voltado para ações meramente curativas.
Objective: to evaluate the profile of behavior and habits of men towards masculinity. Method: this is a descriptive exploratory quantitative approach performed with 61 male employees in a large company in a municipality of Vale do Araguaia, Amazônia legal, Mato Grosso, Brazil. Data collection took place by interview, using the Ministry of Health questionnaire "Find out what kind of man you are", which was assessed by descriptive statistics in the Epi Info version 3.5.1 program. Results: it was found that 38% rarely consumed vegetables and greens; on the other hand, 20% said they consume sweets and fatty foods daily. About sleep, 51% of respondents said they only have up to 6 hours of sleep per night. Regarding physical activity, 38% reported not practicing, 41% practicing 3 times a week and 21% practicing more than 3 times a week. Concerning alcoholic beverages, 57% made moderate consumption, and 10% said they were smokers. About the last visit to the health services, 53% reported having performed 1 year ago, 74% said that they go to the health service only in case of illness. Conclusions: it was observed that men do not adhere to disease prevention and visualize the health service as well as health care as a service aimed at merely curative actions. Discussing human health and implementing the National Policy for Comprehensive Health Care for Man (PNAISH) has been a challenge faced continuously by health professionals and researchers in order to promote health actions that genuinely reach Brazilian men.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Masculinidade , Serviços de Saúde , Estilo de Vida , Homens/psicologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Utilização de Instalações e ServiçosRESUMO
O racismo é considerado um determinante social de saúde, gerando iniquidades e levando ao adoecimento e à morte. Na sociedade brasileira, ressaltam-se os impactos das iniquidades étnicorraciais e de gênero sobre a saúde sexual e reprodutiva da população negra. Assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar a experiência de racismo institucional no atendimento em saúde sexual e reprodutiva junto às mulheres e aos homens, que procuram o serviço de saúde, para o acompanhamento pré-natal. Os objetivos específicos foram: identificar o racismo por mulheres negras e homens negros no atendimento em saúde sexual e reprodutiva; analisar a experiência de racismo entre negras e negros; verificar a existência de associação entre a experiência de racismo e as variáveis sociodemográficas das negras e dos negros participantes do estudo. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e analítico, desenvolvido entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de um município de grande porte do interior de São Paulo. Para a coleta de dados, foram utilizados um questionário sociodemográfico, as Escalas de Percepção de Discriminação Racial em Saúde - Versão Pessoal (EPDRS-VP) e Versão Geral (EPDRS-VG). Todos os dados foram analisados com a utilização do programa estatístico Statistical Analysis System SAS® 9.4. Para todas as análises, foi considerado um nível de significância de 5% (α=0,05). A maioria dos participantes negros (71,54%) relatou que quase nunca ou, às vezes, percebeu discriminação racial nos serviços de saúde. Houve associação estatisticamente significativa entre a percepção da discriminação racial em saúde de pessoas negras e acesso à internet (p=0,02161). Quanto aos relatos dos participantes, 81,82% foram referentes à violência racial ou institucional nos serviços de saúde. Conclui-se que, embora não tenham sido verificadas associações entre a percepção do racismo e outras variáveis sociodemográficas, a análise descritiva e os relatos do participante evidenciam a presença do racismo institucional no cotidiano dos serviços de saúde.
Racism is considered a social determinant of health, generating inequities and leading to illness and death. In Brazilian society, the impacts of ethnic-racial and gender inequities on the sexual and reproductive health of the black population are highlighted. Thus, the general objective of this study was to analyze the experience of institutional racism in sexual and reproductive health care for women and men who seek health services for prenatal care. The specific objectives were: to identify racism by black women and black men in sexual and reproductive health care; analyze the experience of racism among black women and black men; to verify the existence of an association between the experience of racism and the sociodemographic variables of black women and black men participating in the study. This is an observational, a cross-sectional, a descriptive and an analytical study, developed among users of the Unified Health System in a large city in the interior of São Paulo. For data collection, a sociodemographic questionnaire, the Scales of Perception of Racial Discrimination in Health - Personal Version (EPDRS-VP) and General Version (EPDRS-VG) were used. All data were analyzed using the statistical program Statistical Analysis System SAS® 9.4. For all analyzes, a significance level of 5% (α = 0.05) was considered. Most black participants (71.54%) reported that they almost never or sometimes noticed racial discrimination in health services. There was a statistically significant association between the perception of racial discrimination in the health of black people and access to the internet (p = 0.02161). 81.82% of the participants' reports referred to racial or institutional violence in health services. It is concluded that, although there were no associations between the perception of racism and other sociodemographic variables, the descriptive analysis and the reports of the participant show the presence of institutional racism in the daily life of health services.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Masculinidade , Saúde Reprodutiva , Racismo , Determinantes Sociais da Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Sistema Único de Saúde , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
O artigo analisa as experiências vividas por homens jovens da periferia a respeito das desigualdades sociais e seus impactos no processo de produção da saúde-doença-cuidado. O material empírico que dá suporte à análise interseccional foi produzido pela metodologia qualitativa da pesquisa-ação, a partir de oficinas, técnica grupal em investigações participativas. Participaram 21 homens e cinco mulheres, com idades entre 15 e 17 anos, que frequentavam escola pública da região periférica do município de São Paulo (SP), Brasil. Os resultados salientam que os homens jovens compartilham desvantagens de raça/cor, classe, gênero e geração que se entrelaçam e atuam de forma complexa na produção das iniquidades sociais e de saúde. Portanto, análises que reduzem as desigualdades a um único sistema classificatório - seja classe, gênero ou raça/cor - são inadequadas para compreender as várias dimensões que as compõem.(AU)
This article analyzes the experiences of young men living in the city outskirts regarding social inequalities and their impacts on the health-disease-care production process. The empirical material that supports the intersectional analysis was produced with a qualitative methodology of research-action based on workshops, a group technique with participatory investigations. A total of 21 men and five women aged between 15 and 17 years who studied at a neighborhood public school of the Brazilian city of São Paulo, state of São Paulo, participated in the study. The results highlight that young men share intertwined race-color, class, gender, and generation disadvantages that act in a complex way in the production of social and health inequalities. Therefore, analyses that restrict inequalities to a single classificatory system—class, gender, or race/color—are inadequate to understand the various dimensions that comprise them.(AU)
El artículo analiza las experiencias vividas por hombres jóvenes de la periferia con relación a las desigualdades sociales y a sus impactos en el proceso de producción de la salud-enfermedad-cuidado. El material empírico que da soporte al análisis interseccional fue producido por la metodología cualitativa de investigación-acción a partir de talleres, técnica grupal en investigaciones participativas. Participaron 21 hombres y cinco mujeres con edades entre los 15 y 17 años que frecuentaban una escuela pública de la región periférica del municipio de São Paulo (Estado de São Paulo), Brasil. Los resultados subrayan que los hombres jóvenes comparten desventajas de raza-color, clase, género y generación que se entrelazan y actúan de manera compleja en la producción de las iniquidades sociales y de la salud. Por lo tanto, análisis que reducen las desigualdades a un único sistema clasificatorio, sea de clase, género o raza/color, son inadecuadas para comprender las varias dimensiones que las componen.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Fatores Socioeconômicos , Áreas de Pobreza , Saúde do Homem/etnologia , BrasilRESUMO
RESUMO Objetivos Identificar as condutas de saúde dos homens jovens universitários; conhecer a percepção dos homens jovens universitários sobre o cuidar de sua saúde; e descrever as práticas adotadas para a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis. Método Estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, desenvolvido com 25 jovens universitários entre 18-29 anos numa universidade pública do Rio de Janeiro. Para análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Resultados Os homens jovens universitários percebem o cuidar como feminino, desconhecendo suas próprias particularidades, com a percepção de que não adoecem e, com isso, só procuram o serviço de saúde em situações de emergência. Conclusão e Implicações para a prática Existem desafios a serem vencidos na prática da assistência, como a visão de invulnerabilidade desses homens, a ausência na busca pelos serviços de saúde, o despreparo dos serviços de saúde para atender às necessidades desses jovens, com base em estratégias que contemplem, de forma singular e holística, essa população. As brechas identificadas no estudo permitem levantar futuras questões e provocar mudanças de atitudes voltadas a situações do contexto masculino, a fim de reverter vulnerabilidades ainda existentes e, também, as consequências dessas atitudes na saúde desses homens.
RESUMEN Objetivos Identificar las conductas de salud de hombres jóvenes universitarios; conocer la percepción de ellos sobre el cuidado de su salud; y describir las prácticas adoptadas para la prevención de las infecciones de transmisión sexual. Método Estudio descriptivo y exploratorio, de enfoque cualitativo, desarrollado con 25 universitarios entre 18-29 años en una universidad pública en Rio de Janeiro. Se utilizó la técnica de análisis de contenido. Resultados Los jóvenes perciben el cuidado como algo femenino, sin darse cuenta de sus propias peculiaridades, con la percepción de que no se enferman y, con esto, solo buscan el servicio de salud en situaciones de emergencia. Conclusión e Implicaciones para la práctica Hay desafíos que superar en la práctica de la atención, como la visión de la invulnerabilidad masculina, la ausencia en la búsqueda de servicios de salud, servicios de salud no preparados para satisfacer las necesidades de estos jóvenes a través de estrategias que contemplan de manera única y holística esa población. Las lagunas identificadas nos permiten plantear preguntas futuras y provocar cambios en las actitudes relacionadas con situaciones del contexto masculino, a fin de revertir las vulnerabilidades existentes y también las consecuencias de estas actitudes en la salud de estos hombres.
ABSTRACT Objectives To identify the health behaviors of university students, young men, to know the perception of them about caring for their health, and to describe practices adopted for the prevention of sexually transmitted infections. Method Descriptive and exploratory study, with a qualitative approach, developed with 25 students aged 18-29 at a public university in Rio de Janeiro. To the data analyzed, the content analysis technique was applied. Results Those university students perceived caring as a female practice. They were unaware of their health peculiarities, with the perception that they do not get sick. Because of that, they only seek health services in emergency health conditions. Conclusion and Implications for practice There are challenges to overcome in the practice of men's care. As the vision of the invulnerability of these men, there is an absence in the search for health services.Furthermore, a sort of unprepared health services does not meet the needs of these young people through strategies that contemplate them uniquely and holistically. The gaps identified allow us to raise inevitable questions and bring about changes in attitudes toward situations in the male context. It is necessary to reverse existing vulnerabilities and consequences on the men's health of these men.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Adulto Jovem , Saúde do Estudante , Prevenção de Doenças , Vulnerabilidade em Saúde , Saúde do Homem , Autocuidado , Doenças Bacterianas Sexualmente Transmissíveis/prevenção & controle , Pesquisa Qualitativa , Serviços de SaúdeRESUMO
Objetivo: identificar la perspectiva de gestantes atendidas en la Subred Integrada de Servicios de Salud Norte sobre la participación\r\nde la pareja masculina en el embarazo. Metodología: se realizó un estudio cualitativo basado en 5 grupos focales con\r\n25 gestantes entre los 15 y 32 años, atendidas en 3 centros de la Subred Integrada de Servicios de Salud Norte; los resultados\r\nse analizaron mediante el software Atlas ti 8®. Resultados: se observa interés de las gestantes por la participación de la pareja\r\nmasculina en el embarazo; dan importancia al apoyo afectivo, social y económico que esta pueda ofrecer a la embarazada y al establecimiento de un vínculo afectivo con el nonato. Conclusión: en una perspectiva de humanización, los servicios de salud\r\nsexual y reproductiva están llamados a superar los estereotipos de género que excluyen a los varones de los procesos reproductivos\r\ny a crear estrategias que consideren las necesidades de los padres y sus realidades; es posible fortalecer su vinculación\r\nconvocándolos a sesiones en las que sus necesidades puedan ser reconocidas.
Objective: Identify the perspective of pregnant women\r\nassisted by Subred Integrada de Servicios de Salud Norte about\r\nthe male partner participation in pregnancy. Methodology: A\r\nqualitative study was conducted based on five focus groups with\r\n25 pregnant women between 15 and 32 years of age assisted by\r\nthree center of Subred Integrada de Servicios de Salud Norte; the\r\nresults were analyzed through the Atlas ti 8 software. Results:\r\nThe pregnant women's interest in the participation of the male\r\npartner in pregnancy is observed, giving importance to both\r\nthe affective, social and economic support that he can offer\r\nto the pregnant woman like the establishment of an affective\r\nbond with the unborn child. Conclusion: In a perspective of\r\nhumanization, sexual and reproductive health services are\r\ncalled to overcome gender stereotypes that exclude men from\r\nreproductive processes and to create strategies considering the\r\nneeds of parents and their realities; it is possible to strengthen\r\ntheir participation by convening them in sessions in which their\r\nneeds can be recognized.
Objetivo: identificar a perspectiva de gestantes assistidas pelo\r\nSubred Integrada de Servicios Salud Norte sobre a participação\r\ndo parceiro na gravidez. Metodologia: um estudo qualitativo\r\nfoi realizado com base em cinco grupos focais. Participaram\r\n25 gestantes entre 15 e 32 anos atendidas em três centros\r\nda Subred Integrada de Servicios de Salud Norte, de Bogotá.\r\nOs resultados foram analisados usando o software Atlas ti 8.\r\nResultados: embora a gravidez ainda seja vista como um\r\nassunto para as mulheres, observou-se entre as gestantes\r\ninteresse no envolvimento do parceiro na gravidez. Elas dão\r\nimportância tanto ao apoio emocional, social e econômico\r\nque o parceiro pode oferecer à mulher grávida quanto ao\r\nenvolvimento afetivo com o feto que pode ser desenvolvido.\r\nConclusão: numa perspectiva de humanização, os serviços de\r\nsaúde sexual e reprodutiva são convocados para superar estereótipos\r\nde gênero que excluem os homens dos processos\r\nreprodutivos e criar estratégias considerando as necessidades\r\ndos pais e de suas realidades; é possível fortalecer sua participação\r\nconvocando-os a sessões nas quais suas necessidades\r\npossam ser reconhecidas.
Assuntos
Gestantes , Saúde Reprodutiva , MasculinidadeRESUMO
RESUMO Problematiza-se neste artigo a incorporação da dimensão das masculinidades como fomentadora de estratégias de gestão na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) brasileira. A leitura aprofundada sobre as masculinidades percebidas em seu caráter interseccional pode aprimorar o contexto atual de revisão dessa política, principalmente quando características socioculturais marcantes brasileiras, como a desigualdade social e o racismo, estão diretamente associadas aos altos índices de agravos em saúde e mortalidade de homens negros, pobres e jovens em decorrência da violência urbana. Percebe-se que os discursos que colocam os homens como sujeitos que buscam os serviços de saúde apenas quando há agravamento dos sintomas são desprovidos de uma leitura que reconheça que os marcadores sociais da diferença, como classe social e raça, produzem iniquidades em saúde. A interseccionalidade permite uma visão do acesso aos serviços de saúde como dependente do território onde os homens circulam e dos meios (sociais, políticos) que influenciam o seu reconhecimento como sujeitos de direito. Tendo em vista que determinadas masculinidades são invisíveis no interior de políticas públicas de saúde, aprofunda-se a leitura acerca de masculinidade e saúde numa perspectiva pós-estruturalista, enquanto fomentadora de modos de pensar e fazer gestão em saúde do homem. Por fim, são descritos aspectos indispensáveis aos processos de revisão das diretrizes de políticas destinadas a essa população.
ABSTRACT The present article problematizes the incorporation of masculinities as a dimension to propel management strategies within the Brazilian National Policy of Comprehensive Men's Health Care (PNAISH). A close reading of masculinities as perceived through their intersectional character may contribute to improving the present context of review of this policy, especially considering that sociocultural characteristics that are essentially Brazilian, such as social inequality and racism, are directly associated with the high morbidity and mortality rates affecting black, young, and poor men as a result of urban violence. It becomes clear that the discourses that view men as subjects that seek health care services only in the presence of worsening symptoms do not recognize the role of social markers of difference, such as social class and race, in producing health inequities. Intersectionality provides a view of health care access as dependent on the territory where men move and on the (social, political) means that influence the recognition of men as rightful subjects. Given that certain masculinities are invisible within the arena of public health care policies, a deeper reading regarding masculinity and health is proposed from a post-structuralist perspective, as a means of thinking and doing men's health. Finally, the article also describes aspects that are essential for the review of the guidelines and policies aimed at this population.
RESUMEN En el presente artículo se plantea la incorporación de la dimensión de la masculinidad para impulsar las estrategias de gestión en la Política Nacional de Atención Integral a la Salud del Hombre (PNAISH) en Brasil. Una lectura detallada de la masculinidad entendida a la luz de su carácter interseccional puede mejorar el contexto actual de revisión de esa política, principalmente al considerar que algunas características socioculturales distintivas del país, como la desigualdad social y el racismo, guardan una relación directa con las altas tasas de morbilidad y mortalidad de los hombres negros, pobres y jóvenes como consecuencia de la violencia urbana. Se observa que el discurso en el cual se considera que los hombres acuden a los servicios de atención de salud solamente cuando se agravan los síntomas carece de información conducente a reconocer que los marcadores sociales de diferencia, como la clase social y la raza, producen inequidades en salud. La interseccionalidad permite tener una visión del acceso a los servicios de salud como algo dependiente del territorio donde circulan los hombres y de los medios (sociales y políticos) que influyen en su reconocimiento como sujetos de derecho. Dado que en determinados casos la masculinidad es invisible dentro del campo de las políticas públicas de salud, se propone una lectura más detallada sobre la masculinidad y la salud en el marco de una perspectiva posestructuralista, que fomente diversas maneras de pensar en la salud del hombre y de realizar la gestión correspondiente. Por último, se describen algunos aspectos indispensables para los procesos de revisión de las directrices de políticas destinadas a esa población.
Assuntos
Saúde do Homem , Masculinidade , Identidade de Gênero , Política de Saúde , BrasilRESUMO
Abstract: This article presents results for young men's health based on an intervention-study on gender, sexuality, and health of adolescents and young men in conflict with the law, deprived of their freedom, and subject to socio-educational confinement in Rio de Janeiro, Brazil. The themes addressed included questions on overall health, mental health, and sexual and reproductive health, analyzed from a relational gender perspective and social construction of masculinities. The majority of these young men are black, from low-income communities, with low schooling levels, and ranging in age from 14 to 21 years of age; some of them are fathers. The study showed that these young men have been exposed to police and social violence from a very early age and have been deprived of their freedom due to involvement with the drug traffic, homicides, or episodes of sexual violence. The male and female health professionals that work with them report that the most common health problems are skin conditions, mental disorders, and sexually transmissible infections. Male chauvinism and rigid notions of gender and sexuality are important factors in the views of these young men on health (especially sexual and reproductive). Their discourse takes violence and paternity for granted as important signs in the public demonstration of masculinity. There is an urgent need to include discussions on gender and sexuality in health professionals' training and activities with these young men. It is also necessary to call attention to the strong influence of gender concepts, social group, and sexual orientation in practices, interpersonal relations, and health promotion.
Resumo: Neste artigo, apresentamos resultados relacionados com a saúde de homens jovens, baseados em uma pesquisa-intervenção sobre gênero, sexualidade e saúde de adolescentes e jovens em conflito com a lei, em privação de liberdade e cumprindo medida socioeducativa de internação no Rio de Janeiro, Brasil. Os temas abordados incluem questões de saúde em geral, saúde mental e saúde sexual e reprodutiva, que foram analisadas usando-se uma perspectiva relacional de gênero e a construção social das masculinidades. A maioria é composta por homens jovens e negros, oriundos de comunidades de baixa renda, com baixo nível de escolaridade, entre 14 e 21 anos, e alguns deles são pais. O estudo mostrou que esses jovens têm sido expostos à violência policial e social desde uma idade muito precoce, e encontram-se privados de liberdade devido ao envolvimento com o tráfico de drogas, ou por assassinatos e episódios de violência sexual. Os/as profissionais de saúde que trabalham com eles afirmam que os problemas de saúde mais comuns são aqueles relacionados com questões dermatológicas, mentais e ISTs. O machismo e noções rígidas de gênero e sexualidade são fatores importantes nas concepções desses jovens sobre saúde - especialmente sexual e reprodutiva. Eles proferem discursos que naturalizam a violência e a paternidade como signos importantes da demonstração pública da masculinidade. Existe uma necessidade urgente de incluir discussões sobre gênero e sexualidade na formação de profissionais de saúde e nas atividades com esses jovens. Também é necessário chamar a atenção à forte influência das concepções de gênero, grupo social e orientação sexual em práticas, relações interpessoais e promoção da saúde.
Resumen: En este artículo, presentamos resultados relacionados con la salud de hombres jóvenes, basados en una investigación-intervención sobre género, sexualidad y salud de adolescentes y jóvenes en conflicto con la ley, en privación de libertad, y cumpliendo medida socioeducativa de internamiento en Río de Janeiro, Brasil. Los temas abordados incluyen cuestiones de salud en general, salud mental y salud sexual y reproductiva, que fueron analizadas usando una perspectiva relacional de género y la construcción social de las masculinidades. La mayoría de los hombres jóvenes son negros, oriundos de comunidades de baja renta, con un bajo nivel de escolaridad, entre 14 y 21 años, y algunos de ellos son padres. El estudio mostró que esos jóvenes han sido expuestos a la violencia policial y social desde una edad muy precoz, y se encentran privados de libertad, debido a su implicación con el tráfico de drogas, o por asesinatos y episodios de violencia sexual. Los/as profesionales de salud que trabajan con ellos afirman que los problemas de salud más comunes son aquellos relacionados con cuestiones dermatológicas, mentales e ITSs. El machismo y nociones rígidas de género y sexualidad son factores importantes en las concepciones de esos jóvenes sobre salud -especialmente sexual y reproductiva-. Ellos profieren discursos que naturalizan la violencia y la paternidad como signos importantes de la demostración pública de la masculinidad. Existe una necesidad urgente de incluir discusiones sobre género y sexualidad en la formación de profesionales de salud y en las actividades con esos jóvenes. También es necesario llamar la atención sobre la fuerte influencia de las concepciones de género, grupo social y orientación sexual en prácticas, relaciones interpersonales y promoción de la salud.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Prisioneiros/psicologia , Sexualidade , Masculinidade , Identidade de Gênero , Grupo Associado , Comportamento Sexual , Fatores Socioeconômicos , Violência/psicologia , Brasil , Saúde Mental , Grupos Focais , Saúde do Adolescente , Saúde do Homem , Saúde ReprodutivaRESUMO
O estudo tem como objetivo identificar e analisar as Representações Sociais de corpo para homens após o adoecimento por câncer na próstata. Foram realizadas entrevistas narrativas com oito homens com idade entre 50 e 70 anos, diagnosticados com câncer na próstata e que realizaram tratamento oncológico há pelo menos um ano. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas por meio da Abordagem Fenomenológica Interpretativa. Os resultados apontam que antes do adoecimento, os participantes representavam seus corpos como fortes, resistentes e saudáveis, tendo no modelo de masculinidade hegemônica um importante ponto de ancoragem para estas representações. A ausência de sintomas que provocassem desconfortos corporais contribuiu para a percepção de corpo saudável. A busca por serviços de saúde somente ocorreu após a manifestação e agravamentos dos primeiros sintomas, que limitaram suas ações diárias e alteraram o seu cotidiano. O adoecimento por câncer na próstata e as propostas de tratamento oncológico, em especial, a prostatectomia, foram destacados pelos participantes como uma experiência marcante e produtora de grande desconforto físico e psicológico. Após o adoecimento, os homens passaram a representar os seus corpos como frágeis, doentes e debilitados. Os entrevistados chamam a atenção para o impacto das transformações corporais, especialmente aquelas relacionadas às disfunções sexuais e urológicas, nos modos de pensar, sentir e agir, em relação à própria masculinidade. Nesse sentido, as limitações impostas pelo adoecimento e tratamento oncológico se contrapõem ao modelo de masculinidade hegemônica, favorecendo o sentimento de ser menos homem do que antes do adoecimento.
This study aims to identify and analyze the social representations of body for men after the illness from prostate cancer. Narrative interviews were conducted with 08 men with ages ranging from 50 and 70 years, diagnosed with this disease and who had undergone oncological treatment, for at least one year. The interviews were recorded, transcribed and analyzed using the Interpretative Phenomenological Approach. The results show thatbefore the illness, the participants represented their bodies as strong, resistant and healthy taking in the hegemonic masculinity model an important anchorage point for these representations. The absence of symptoms that cause bodily discomforts contributed to the feeling of healthy body. The search for health services only occurred after the manifestation of the first symptoms and its exacerbations, which limited their daily actions and change their daily lives. Participants mentioned the illness by prostate cancer and oncological treatment proposals, in particular the prostatectomy, as a remarkable experience that producer of great physical and psychological discomfort. After the illness, the men began to represent their bodies as fragile, sick and weak.Those interviewed point to the impact of body changes, especially those related to sexual and urological dysfunctions in ways of thinking, feeling and acting in relation to his masculinity. Accordingly, the limitations imposed by illness and oncological treatments are opposed to the hegemonic masculinity model, favoring the feeling of being less a man than before the illness.
Este estudio tiene como objetivo identificar y analizar las representaciones sociales del cuerpo para hombres después de la enfermedad de cáncer prostático. Se realizaron entrevistas narrativas con 08 hombres con edad entre 50 y 70 años, diagnosticados concáncer prostático y que se sometieron al tratamiento del cáncer hace un año. Las entrevistas fueron grabadas, transcritas y analizadas usando el Enfoque Fenomenológico Interpretativo. Los resultados muestran que, antes de la enfermedad, los participantes representaban sus cuerpos como fuertes, robustos y saludables, teniendo en el modelo de masculinidad hegemónica un punto de anclaje importante para estas representaciones. La inexistencia de síntomas que provocasen malestares corporales contribuyó a la percepción de cuerpo sano. La procura por servicios de salud solo ocurrió después de la manifestación y empeoramiento de los primeros síntomas, que limitaron las acciones diarias y cambiaron su cotidiano. La enfermedad por cáncer prostático y las propuestas de tratamiento oncológico, en especial, la prostatectomía, fueron percibidas por los participantes como una experiencia fuerte y que produce grande malestar físico y psicológico. Después de la enfermedad, los hombres pasaron a representar sus cuerpos como frágiles, enfermos y débiles, produciendo la sensación de ser "menos hombre." Los entrevistados enfatizan el impacto de los cambios corporales, sobretodo, aquellos relacionados a las discapacidades sexuales y urológicas, en los modos de pensar, sentir y actuar, sobre su propia masculinidad. Las limitaciones impuestas por la enfermedad y el tratamiento del cáncer se oponen al modelo de masculinidad hegemónica, favoreciendo la sensación de ser menos hombre que antes de la enfermedad.
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Prostatectomia/reabilitação , Neoplasias da Próstata/psicologia , Pacientes/psicologia , Próstata , Vergonha , Emoções , Prevenção de Doenças , Saúde do Homem , Conduta do Tratamento Medicamentoso , Detecção Precoce de Câncer/psicologia , Masculinidade , Disfunção Erétil/psicologia , Homens/psicologiaRESUMO
Resumo Este artigo discute limites e possibilidades da prática de um grupo reflexivo junto a homens autores de violência contra mulheres. Apoia-se em um estudo etnográfico que incluiu observação-participante e entrevistas com os facilitadores de um grupo realizado em uma organização feminista não governamental em parceria com a justiça criminal. A partir da discussão de uma cena emblemática, argumentamos a favor de um processo de trabalho dialógico como uma alternativa que pode expandir os limites da abordagem judicial: para dialogar com o grupo de pares, os facilitadores precisam levar em consideração a posição minoritária dos pontos de vista feministas no campo das masculinidades. Só esse passo permite cooperar com os participantes para que, a partir do compartilhamento espontâneo e genuíno de experiências, reconheçam o caráter inadequado de suas expectativas em relação às mulheres. Deste modo instaura-se uma dinâmica de cuidado entre homens, favorável à mitigação das violências e complementar da promoção da equidade de gênero.
Abstract This article discusses limits and possibilities of the practice of a reflection group together with male perpetrators of violence against women. It is based on an ethnographic study, which included participant observation and interviews with the facilitators of a group held in a feminist non-governmental organization in partnership with the criminal justice system. Starting with the discussion of an emblematic scene, we argue in favor of this dialogue process as an alternative that could expand the limits of the judiciary approach. In order to enter into a dialogue with the peer group, the facilitators must consider the minority position of feminist viewpoints in the field of masculinity. This step alone makes it possible to cooperate with the participants such that, as they spontaneously and genuinely share their experiences, they come to acknowledge the inadequacy of their expectations regarding women. This way, a dynamic of care takes place between men, which is conducive to the mitigation of violence and serves as a complement to the promotion of gender equality.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Feminismo , Criminosos/psicologia , Violência de Gênero/psicologia , Relações Interpessoais , Entrevistas como Assunto , Direito Penal , Masculinidade , Violência de Gênero/prevenção & controle , Processos GrupaisRESUMO
Introdução: a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é uma importante ferramenta de orientação e reorientação de ações de promoção da saúde voltadas à população masculina de 20 a 59 anos, constituindo-se como área prioritária de atenção à saúde no Brasil. Objetivo: conhecer a ação do profissional de saúde como mediador do vínculo entre o homem e a atenção básica de saúde. Métodos: estudo qualitativo, realizado por meio de entrevista com 20 profissionais de saúde de unidades de atenção básica de saúde do município de Niterói, localizado no estado do Rio de Janeiro/Brasil, após aprovação Comitê de Ética do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense. Os dados foram coletados de fevereiro a agosto de 2012 e analisados por meio de análise de discurso. Resultados: os profissionais de saúde desconhecem a Política Nacional de Atenção Integral Saúde do Homem e, assim, não correlacionam as diretrizes da Política com as demandas trazidas pelos homens que acessam os serviços de saúde, sendo a mediação do vínculo um processo ainda em construção. Conclusões: o frágil movimento para o estabelecimento do vínculo utilizam estratégias pouco específicas destoando das diretrizes indicadas pela Política em questão. Indica-se a necessidade de socialização da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem nas diferentes instituições sociais, assim como capacitação permanente de profissionais e gestores cujo foco de ações deve ser a reorientação de hábitos de vida e de cuidado com a saúde por parte do homem(AU)
Introducción: la Política Nacional de Atención Integral a la Salud de los hombres es un importante instrumento de orientación y reorientación de las actividades de promoción de la salud hacia la población masculina de 20 a 59 años, lo que constituye un área prioritaria de la asistencia sanitaria en Brasil. Objetivo: conocer la acción del profesional de la salud y la relación entre el hombre y la atención básica de la salud. Métodos: estudio cualitativo con 20 entrevistas a profesionales de las unidades de atención primaria de la salud de Niterói, que se encuentra en el estado de Río de Janeiro/Brasil. Los datos fueron recolectados de febrero a agosto de 2012 y analizado por medio del análisis del discurso. Resultados: los profesionales de la salud no son conscientes de la Política Nacional de Atención Integral de Salud de los Hombres y por lo tanto no se correlacionan con los lineamientos de las demandas políticas presentadas por los hombres que tienen acceso a los servicios de salud, con la mediación del proceso de unión aún en construcción. Conclusiones: movimiento frágil para establecer una conexión con algunas estrategias específicas divergentes directrices especificadas por la política en cuestión. Indica la necesidad de socializar PNAISH en diferentes instituciones sociales, como la formación continua de los profesionales y directivos cuyo enfoque es la reorientación de estilo de vida y la atención de salud del hombre(AU)
Introduction: The National Integral Attention to Men's Health Policy is an important guiding tool and reorientation of actions towards the male population aged 20 to 59 years, constituting a priority area of health care in Brazil. Objective: To know the action of the health professional as a mediator of the relationship between man and basic health care. Methods: A qualitative study conducted through interviews of 20 health professionals from primary care units health of Niterói, located in the state of Rio de Janeiro/Brazil, after approval by the Ethics Committee of the Antonio Pedro University Hospital, Federal University Fluminense. Data were collected from February to August 2012 and analyzed by means of discourse analysis. Results: The health professionals are unaware of the analyzed scenarios the National Policy on Comprehensive Care Men's Health and thus do not correlate with the guidelines of the policy demands brought by men who access the health services, with the mediation of the bond process under construction. Conclusions: The fragile movement to establish a connection using some specific strategies diverging guidelines specified by the policy in question. Indicates the need to socialize the National Integral Attention to Men's Health Policy in different social institutions, as well as ongoing training and between professionals and managers whose focus is the reorientation of lifestyle and health care by man(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Atenção Primária à Saúde/métodos , Saúde de Gênero , Saúde do Homem/estatística & dados numéricos , Promoção da Saúde/métodos , Epidemiologia DescritivaRESUMO
Objetivo: analisar as representações sociais do ser homem para homossexuais e heterossexuais e suas implicações com a infecção pelo HIV. Metodologia: trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em 2013, mediante, entrevista semiestruturada no Centro de Testagem e Aconselhamento, em São Gonçalo - RJ. Resultados: a masculinidade tem como desdobramento a virilidade, o homem é, por natureza, considerado como ser insaciável sexualmente. Os sujeitos apontaram para a dimensão avaliativa do homem como um sujeito individualista e com práticas hedonistas. Apresentaram a imagem do homem real como uma prática sexual desenfreada. Conclusão: a compreensão do homem na atualidade pode trazer novas discussões no que diz respeito à construção social do mesmo, assim como, suas implicações diante das vulnerabilidades para a infecção pelo HIV/AIDS.
Objective: to analyze homosexuals' and heterosexuals' social representations of being men, and their implications for HIV infection. Methodology: in this qualitative study, semi-structured interviews were conducted at a testing and counseling center in São Gonçalo, Rio de Janeiro, in 2013. Results: masculinity entails virility; men are regarded as sexually insatiable by nature. The participants pointed to the evaluative dimension of man as an individualistic subject with hedonistic practices. They presented the image of the real man as unbridled sexual activity. Conclusion: men are understood today in ways that can raise new discussions bearing on the social construction of the notion of man, as well as its implications for vulnerability to infection by HIV/AIDS.
Objetivo: analizar las representaciones sociales del ser hombre para homosexuales y heterosexuales y sus implicaciones para la infección por VIH. Metodología: se realizó una investigación cualitativa, en 2013, a través de entrevistas semiestructuradas, en el Centro de Análisis y Asesoramiento, en São Gonçalo — Río de Janeiro. Resultados: la masculinidad se presenta como virilidad; el hombre es, por naturaleza, considerado un ser sexualmente insaciable. Los sujetos señalaron la dimensión evaluativa del hombre como un sujeto individualista y con prácticas hedonistas. Presentaron la imagen del hombre real como teniendo una práctica sexual desenfrenada. Conclusión: la comprensión del hombre de hoy puede aportar nuevos debates sobre la construcción social del mismo, así como sus implicaciones ante las vulnerabilidades para la infección de VIH / SIDA.
Assuntos
Humanos , Masculino , Comportamento Sexual , Percepção Social , HIV , Vulnerabilidade em Saúde , Saúde do Homem , Masculinidade , Teoria de Enfermagem , Pesquisa Qualitativa , Política de SaúdeRESUMO
Este artigo apresenta uma discussão acerca da visão do homem enquanto categoria de gênero nas políticas públicas e leis nacionais, especialmente as voltadas para a violência contra mulheres. Para isso, introduz brevemente os feminismos e o estudo de masculinidades como teorias e epistemologias que norteiam a análise de 17 documentos oficiais brasileiros, selecionados para este estudo. Esta análise objetiva clarificar como o homem genderificado é entendido nos textos de diferentes documentos ao longo dos anos. Discute como a elaboração de leis pode possibilitar um novo discurso de responsabilização para além da punição desses homens. Também investiga a normatização de alguns grupos existentes com homens autores de violência contra mulheres em território nacional. Conclui defendendo a importância dessas reflexões para as discussões sobre gênero e masculinidades, em busca de um sistema mais efetivo de prevenção e erradicação da violência contra mulheres. Argumenta e problematiza a favor tanto da modificação da maneira como essa categoria é abordada nos documentos oficiais, quanto da formalização de espaços de responsabilização e reflexão para os homens autores de violência contra mulheres.
This article discusses the view of man as a gender category in public policies and national laws, especially those focused on violence against women. With this objective, it contextualizes the studies of feminisms and masculinities as theories and epistemology that guide the analysis of 17 official Brazilian documents selected for this study. This analysis seeks to clarify how the gendered man has been understood in various documents over the years. It discusses how the formulation of laws can provide a new accountability approach beyond the punishment of these men. It also investigates the regulation of some of the existing groups of men ho have used violence against women in the country. It finalizes claiming the importance of these reflections for the debate on gender and masculinities in pursuit of a more effective system of prevention and eradication of violence against women. It discusses and argues in favor of both hanging the way this category is addressed in official documents, and formalizing spaces for reflection for men who have used violence against women.
Este artículo presenta una discusión acerca del hombre como una categoría de género en las políticas públicas y leyes nacionales, especialmente aquellas direccionadas a la violencia contra mujeres. Para eso, introduce los feminismos y los estudios de masculinidades como teorías y epistemologías que dirigen el análisis de 17 documentos oficiales brasileños seleccionados para este estudio. Este análisis tiene como objetivo tornar claro como el hombre generalizado es comprendido en diferentes documentos al pasar de los años. Discute como la construcción de leyes puede posibilitar un nuevo discurso de responsabilidad más allá de la punición de estos hombres. Además, investiga la normalización de algunos grupos existentes con hombres autores de violencia contra mujeres en território nacional. Concluye haciendo defensa a la importancia de estas reflexiones para las discusiones sobre género y masculinidades, en busca de un sistema más efectivo de prevención y erradicación de la violencia contra mujeres. Argumenta y problematiza en favor tanto de la modificación de la manera como esta categoría es abordada en los documentos oficiales, como de la formalización de espacios de responsabilidad y reflexión para los hombres autores de violencia contra mujeres.
Assuntos
Humanos , Masculino , Política Pública/legislação & jurisprudência , Jurisprudência , Feminismo , Violência contra a Mulher , Masculinidade , Transversalidade de Gênero , Políticas Públicas AntidiscriminatóriasRESUMO
A presente pesquisa trata de um estudo de caso descritivo e qualitativo com objetivo de descrever a dinâmica de trabalho das Equipes de Saúde da Família no cuidado ao homem, em uma unidade de saúde da família e objetiva abordar a concepção dos profissionais de saúde acerca da PNAISH, realizada em Unidade de Saúde da Família do município de Aracaju/SE, com profissionais de saúde. A coleta de dados utilizou a entrevista semiestruturada e observação dirigida e os dados foram tratados com a análise de conteúdo. A dinâmica de trabalho da ESF envolve o atendimento à demanda e a consultas agendadas, não desenvolvendo atividades direcionadas ao homem. Os participantes veem a PNAISH como fragmentação da assistência, não trazendo benefícios à população.
This was a descriptive study with a qualitative approach that aimed to describe the work dynamics of Family Health Care Teams in men's health care, and was carried out in Family Health Care Units in Aracaju, SE, with health professionals. The data collection consisted of semistructured interview and observation, and the data were analyzed using content analysis technique. The work dynamics of the Family Health Care Teams involve attending spontaneous demand and scheduled appointments for service, not developing activities targeted to men, and participants report a good interpersonal relationship among its members. These health professionals see the Common Men's Health policy as a fragmentation of care, not bringing benefits to the population.