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Prevalência e fatores associados aos transtornos mentais e ao acesso aos serviços de saúde mental / Prevalence and factors associated with mental disorders and access to mental health services

Bezerra, Hellyda de Souza.
Natal; s.n; 20210000. 196 p. ilus, tab.
Tesis en Portugués | LILACS, BBO | ID: biblio-1437960

Introdução:

os transtornos mentais são um grave problema de saúde pública, com alta prevalência no Brasil e em todo mundo. Os transtornos mentais comuns envolvem os transtornos de depressão e ansiedade, acometendo principalmente mulheres. O acesso oportuno aos serviços de saúde mental traz o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, minimizando complicações e diminuindo os números de adoecimento mental.

Objetivo:

Identificar os fatores associados aos transtornos mentais e ao acesso aos serviços de saúde mental no Brasil e no mundo.

Método:

Trata-se de um estudo de diferentes métodos. 1) revisão sistemática de estudos transversais sobre a prevalência e fatores associados aos transtornos mentais comuns em mulheres, com buscas nas bases de dados PubMed, Web of Science, Science Direct, Scopus, Cinahl; 2) revisão sistemática de estudos transversais sobre a diferença na prevalência do acesso aos serviços de saúde mental entre mulheres e homens, com buscas nas bases de dados PubMed, Web of Science, Science Direct, Scopus, Cinahl; 3) Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Brasil do ano 2013, com indivíduos de 18 anos ou mais, que analisou a prevalência dos sintomas do sofrimento mental na população brasileira e a associação entre as características individuais e o contexto social, em uma análise multinível; 4) Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, incluindo indivíduos de 15 anos ou mais para analisar os fatores associados ao acesso precário aos serviços de saúde para o tratamento da depressão no Brasil.

Resultados:

Na revisão sistemática sobre prevalência e fatores associados aos transtornos mentais comuns em mulheres, foram incluídos 19 estudos, os principais fatores associados relatados foram o desemprego, dívidas, baixa renda econômica, ser dona de casa, tabagismo, menor nível educacional, baixa autoavaliação em saúde, ser solteira, divorciada ou viúva. O risco de viés dos estudos foi classificado como baixo e moderado. Na segunda revisão sistemática, sobre diferenças de acesso entre homens e mulheres, 11 estudos foram incluídos. A prevalência do acesso aos serviços de saúde mental entre as mulheres variou de 5,2% a 56,5%; entre os homens foi de 2,9% a 47%. Os homens obtiveram maior prevalência de acesso apenas nos serviços para tratamento de uso de álcool e drogas. No primeiro estudo transversal, os pensamentos depressivos estiveram associados a adultos jovens e de meia-idade, do sexo feminino, com baixo nível de instrução, sem companheiro, fumantes ou ex-fumantes e que não possuem plano privado de saúde; pertencer às classes D-E e viver em estados com menor expectativa de anos de estudo se mostrou como fator de proteção. Resultados semelhantes foram encontrados para o desfecho decréscimo da energia vital e sintomas somáticos. Já prevalência do acesso precário aos serviços de saúde para o tratamento da depressão foi de 14,9% (IC95% 13,6-16,2), e foi associado aos indivíduos de 15-29 anos (RP=1,52) e 30-59 anos (RP=1,22), sem instrução (RP=1,43), que avaliam sua saúde como regular/ruim/muito ruim (RP= 1,26), que possuem alguma limitação das atividades habituais por causa da depressão (RP=2,71), que tiveram a última consulta de 6 meses a menos de 2 anos (RP=2,63) e há mais de 2 anos (RP=2,25).

Conclusão:

é necessário um fortalecimento e redirecionamento das políticas públicas de saúde mental, no intuito de atender às necessidades individuais das pessoas mais vulneráveis e com fatores de risco, ofertando acesso oportuno aos serviços de saúde e diminuindo o sofrimento mental, bem como a prevalência de transtornos mentais no Brasil e no mundo (AU).
Biblioteca responsable: BR1264.1