Resumo A
violência comunitária e no
local de trabalho contra os
profissionais de saúde tem causado
sentimentos de
vulnerabilidade , desgaste emocional e alterações psicológicas, refletindo em distúrbios na
qualidade do sono . Assim, buscou-se analisar a
associação entre
violência comunitária e no
local de trabalho e a
qualidade do sono de
profissionais de saúde que atuam na
atenção primária à saúde . O estudo foi realizado com 286
profissionais de saúde que atuavam na
atenção primária à saúde , em uma das maiores cidades do
Brasil . O desfecho primário foi a
qualidade do sono , avaliada pelo Índice de
Qualidade do Sono de Pittsburgh. A maioria dos participantes (69,2%/p=0,074) foi classificada como "maus dormidores", sendo os
enfermeiros (73,3%/p=0,049) os que apresentaram a pior qualidade de
sono . Ademais, grande parte dos
profissionais sofreram algum tipo de
violência durante o
trabalho (p<0,001), que prejudicou as atividades
profissionais (p=0,010), obrigando-os a mudar de
conduta (p<0,001), e a cogitar mudança do
local de trabalho (p=0,051). Os resultados mostraram que os
profissionais têm apresentado episódios de
medo ,
ansiedade e estresse, relacionados à
violência no
local de trabalho . Isso evidencia a necessidade de
políticas públicas voltadas à
saúde ocupacional .
Abstract
Community -based and
workplace violence against
health professionals has caused
feelings of
vulnerability ,
emotional exhaustion , and psychological changes, reflecting on
sleep quality disorders. Thus, we aimed to analyze the
association between
community and
workplace violence and the
sleep quality of
health professionals working in
primary health care . The study was conducted with 286
health professionals
who worked in PHC in one of the largest cities in
Brazil . The primary outcome was
sleep quality as assessed by the Pittsburgh
Sleep Quality Index. Most of the participants (69.2%/p=0.074) were classified as "bad sleepers", and
nurses (73.3%/p=0.049) showed the worst
sleep quality . Additionally, most professionals suffered some type of
violence at
work (p<0.001), which impaired professional activities (p=0.010), forcing them to change their
behavior (p<0.001) and consider changing the
workplace location (p=0.051). The results showed that professionals have been experiencing moments of
fear ,
anxiety , and stress associated with
workplace and
community violence . This highlights the need for
public policies geared to
occupational health .