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Avaliação qualitativa das academias da saúde de Belo Horizonte: A ótica dos atores / Qualitative evaluation of the health academies of Belo Horizonte: The optics of the actors

Ivo, Ana Mônica Serakides.
Belo Horizonte; s.n; 2019. 166 p. ilus, tab.
Tesis en Portugués | BDENF, LILACS | ID: biblio-1005823
A mudança no perfil de adoecimento da população nas últimas décadas, principalmente devido ao processo de urbanização e envelhecimento populacional, acarretou expressivo aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil e no mundo. Caracterizadas, sobretudo, por sua cronicidade, as DCNT são de grande magnitude e estão associadas a altas taxas de óbitos e morbidades. Com a demanda crescente, as políticas públicas de saúde no Brasil se voltaram para as ações de promoção da saúde que buscam melhorar e garantir a qualidade de vida da população, reduzindo fatores de risco relacionados aos condicionantes e determinantes sociais das DCNT. Para a construção de modos de vida saudáveis, foram incluídas nas políticas de promoção da saúde, dentre as diversas ações, práticas corporais e atividades físicas, implantadas por meio do Programa Academia da Saúde (PAS) nos municípios brasileiros. Para avaliar a implantação do Programa, foram definidos eixos de estudo, nos quais foi incluída a avaliação referente à implicação dos atores no processo. O presente estudo investigou como as formas de pensar e agir dos usuários e profissionais se relacionam com suas implicações nas propostas do Programa. Por meio de metodologias centradas nos sujeitos, foram analisadas as representações de profissionais e usuários do PAS sobre saúde e doença, promoção de saúde, cuidar em saúde, atividade física e sobre o próprio programa, com foco na implicação desses atores na promoção da saúde. Trata-se de um estudo qualitativo fundamentado na teoria das Representações Sociais, entendendo-as como os modos de pensar das pessoas que se explicitam também em suas ações. Foram realizadas entrevistas em profundidade com coordenadores, profissionais da assistência ­ todos profissionais de educação física (PEF) - e usuários do PAS de Belo Horizonte. As entrevistas, após transcrição, foram interpretadas utilizando-se o método de Análise Estrutural de Narração, considerando que tudo tem sentido na fala do participante, por se constituir de reflexão sobre fatos, histórias, com seus pontos de vistas e explicações de mundo. Os dados resultaram em três categorias (1) Representações sobre saúde e doença de profissionais das Academias da Saúde implicações nas ações de promoção da saúde; (2) O Programa Academia da Saúde e a Atividade Física, pela ótica dos gestores e profissionais da assistência política pública de proteção à saúde da população; (3) Representações de usuários do programa Academia da Saúde de Belo Horizonte sobre atividade física e sobre o programa. A análise das narrativas evidenciou a existência de pontos de vista concordantes e discordantes nas representações dos PEF e dos usuários do PAS. No caso dos profissionais, há representações centrais que definem a saúde como o oposto à doença, e, de forma periférica, que saúde é mais do que ausência de doença. O modelo biomédico é muito presente, mas convive com pontos de vista que ampliam os horizontes da prática em saúde, voltados para a construção da promoção da saúde como um bem e um direito. Para manterem paralelas as representações, utilizam-se do discurso oficial que criou o Programa, ancorado na Saúde Coletiva, e do discurso da ciência e senso comum, ancorados na biologia e tratamentos. Os usuários, por sua vez, reproduzem esse discurso e tentam seguir as normativas do serviço em meio às contradições e dilemas que cercam as possibilidades de escolher entre ser saudável e ser feliz. Os profissionais de educação física e usuários consideram que o PAS oportuniza o acesso à atividade física gratuita e de qualidade, melhorando diversos parâmetros biológicos em uma dimensão utilitarista de saúde. Os PEF ampliam este significado do Programa à possibilidade de tratamento e prevenção de doenças e promoção da saúde. Conclui-se que a implicação do profissional nas ações do PAS é paradoxal, exigindo melhorias permanentes na formação profissional para que haja continuidade na mudança de paradigma na atenção à saúde. Os modos de pensar e agir dos usuários em relação ao cuidado com a saúde são moldados pelas normativas dos serviços de saúde. Entretanto, estas pessoas encontram formas e justificativas para flexibilizar suas condutas e viver suas vidas, com avanços na compreensão que implica promoção de saúde. Neste contexto, o Programa se configura, de forma mais abrangente, como uma política pública necessária e inclusiva.(AU)
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