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Consumo nutricional e padrões alimentares de grávidas portuguesas / Nutritional intake and eating patterns of Portuguese pregnant women

Nogueira, Clotilde da Conceição Ferreira.
Bragança; s.n; 20210000. il., tab..
Tesis en Portugués | BDENF | ID: biblio-1353311
A gravidez é uma fase do ciclo de vida da mulher em que ocorrem inúmeras alterações, pois o seu corpo adapta-se para desenvolvimento e crescimento do feto no seu interior. Existem vários fatores que afetam a saúde na gravidez, bem como o desenvolvimento e o crescimento fetal e que podem ter implicações nefastas na saúde futura de ambos, entre eles a alimentação, pelo que o aporte de nutrientes deve ser o adequado. A avaliação da adequação da alimentação pode realizar-se através da análise dos alimentos ou nutrientes ingeridos, contudo, a determinação de padrões alimentares de um determinado grupo populacional permite avaliar a alimentação no seu todo sem se focar de forma isolada em alimentos ou nutrientes. A análise de padrões alimentares possibilita ter uma perceção mais abrangente da qualidade da dieta, permitindo melhorar as recomendações para determinado grupo populacional de acordo com as especificidades encontradas, e promover uma melhor saúde da população.

Objetivo:

Pretende-se com este trabalho, estudar padrões alimentares de grávidas portuguesas.

Metodologia:

Realizou-se um estudo transversal numa amostra de 704 grávidas portuguesas (idade mediana= 33 anos). Avaliou-se a ingestão dietética e alimentar durante a gravidez através de um questionário de frequência alimentar. Através da consulta do boletim da grávida obtiveram-se dados sociodemográficos, antecedentes pessoais maternos, consumo habitual de álcool e tabaco, comorbilidades e registos clínicos. Relativamente à análise estatística, foram definidos 26 grupos de alimentos para a identificação dos padrões alimentares a posteriori, e utilizou-se o algoritmo K-means. Na comparação das medianas relativas à ingestão alimentar e nutricional estimada, entre os diferentes padrões alimentares, aplicou-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Na presença de diferenças significativas, a comparação múltipla das médias das ordens realizou-se através do teste post-hoc Fisher-Least Significant Difference (LSD).

Resultados:

Foram identificados três padrões alimentares, Fruta&Hortícolas, Laticínios e Baixo consumo. O padrão denominado Frutas&Hortícolas, caracterizou-se por um consumo superior de hortícolas e fruta fresca, assim como de leguminosas, peixe, fibra dietética, ácido fólico e ferro, também apresentou um menor consumo de produtos de pastelaria, fast-food e bebidas açucaradas que as restantes grávidas. Verificou-se que as participantes que integraram este padrão eram as que mais cumpriam as recomendações nutricionais para hidratos de carbono, fibra dietética, lípidos, cobre, ácido fólico e vitamina C, eram mais velhas, fumavam menos antes da gravidez e apresentavam uma maior percentagem com escolaridade superior a 12 anos de escolaridade e com profissão qualificada. O padrão alimentar designado Lacticínios, apresentou um consumo maior de alimentos do grupo lacticínios, bem como pastelaria, bebidas açucaradas e doces. As grávidas que integraram este padrão apresentaram maior consumo de proteína, gordura saturada e cálcio. Observou-se neste padrão uma maior percentagem de adequação do consumo alimentar no cálcio, ferro, magnésio, zinco, selénio, sódio e vitamina D. Observaram-se maiores hábitos tabágicos antes da gravidez nas grávidas pertencentes a este padrão. O padrão alimentar designado por Baixo consumo caracterizou-se por apresentar um menor consumo na maioria dos grupos de alimentos, apresentou um consumo energético estatisticamente inferior aos restantes padrões, assim como em todos os nutrientes analisados. Este padrão integrou mais de metade das participantes, e apresentou uma percentagem de grávidas com profissão não qualificada (45%) superior à dos restantes padrões.

Conclusões:

A identificação e o estudo de padrões alimentares é uma ferramenta que permite avaliar a qualidade da dieta. A alimentação das grávidas é um fator de risco para a saúde materna e fetal, que pode ter implicações na saúde futura da população, pelo que conhecer o consumo alimentar e nutricional deste grupo populacional, com recurso aos padrões alimentares permite avaliar de uma forma mais global a dieta, possibilitando melhorar as recomendações e promover uma melhor saúde da população em geral.
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