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COVID 19 e os profissionais de saúde: implicações na perceção da saúde / COVID 19 and health professionals: implications on health perception

Lima, Joana Margarida Coruche.
Viana do Castelo; s.n; 20211207. il., tab..
Tesis en Portugués | BDENF | ID: biblio-1362486
Os fatores psicossociais e os níveis de burnout dos profissionais de saúde têm assumido uma preocupação crescente, devido às consequências negativas para a saúde dos profissionais de saúde, bem como para a instituição e comunidade. Com o aparecimento da pandemia COVID-19, a preocupação neste âmbito aumentou e torna-se fundamental a atuação do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária para intervir na promoção da saúde destes profissionais. Com base nestes pressupostos, emergiu este estudo de investigação cujos objetivos visam avaliar os fatores psicossociais que interferem no trabalho e avaliar os níveis de burnout, dos profissionais de saúde que estiveram na prestação de cuidados a doentes com diagnóstico de COVID-19, confirmado ou suspeito, numa unidade hospitalar da região norte de Portugal. Procurou-se, ainda, avaliar a associação entre as dimensões dos fatores psicossociais que interferem no local de trabalho; avaliar a associação entre as dimensões do burnout e avaliar a associação entre os fatores psicossociais que interferem no trabalho dos profissionais de saúde e as dimensões do burnout. Para tal, realizou-se um estudo quantitativo, com caráter descritivo-correlacional, durante a primeira vaga da pandemia. A recolha de dados foi obtida através da aplicação de um questionário composto pela caracterização sociodemográfica e socioprofissional, a Copenhagen Psychosocial Questionnaire II versão média portuguesa (Silva [et al.], 2012) e a escala de Medida de "Burnout" de Shirom-Melamed (Gomes, 2012). A amostra foi constituída por 182 profissionais de saúde, maioritariamente do sexo feminino (76,9%), com média de idade de 38,6±9,78 anos. Os resultados indicaram que os fatores psicossociais em que os profissionais se encontram em situação de risco para a saúde são Exigências Emocionais (70,2%), Exigências Cognitivas (68,0%), Influência no Trabalho (56,4%), Conflito Trabalho/Família (48,9%) e Ritmo de Trabalho (44,8%). Por outro lado, os fatores em que os profissionais se encontram em situação favorável são Comportamentos Ofensivos (94,3%), Significado do Trabalho (92,3%), Transparência do Papel Laboral (82,3%), Possibilidades de Desenvolvimento (72,9%), Comunidade Social no Trabalho (62,4%), Insegurança Laboral (55,1%), Confiança Vertical (50,8%), Auto-eficácia (49,2%), Saúde-geral (47,5%), Recompensas (46,4%) e Sintomas Depressivos (45,3%).Quanto aos níveis de burnout dos profissionais de saúde, os resultados apontam para níveis mais elevados de Fadiga Física (3,70±1,47), seguindo-se a Fadiga Cognitiva (2,95±1,55) e a Exaustão Emocional (1,98±1,12). Dos profissionais em estudo, 4,4% apresentam valores indicativos de burnout. No que se refere à associação entre os fatores psicossociais que interferem no local de trabalho e os níveis de burnout, foram verificadas associações estatisticamente significativas. Da análise das correlações entre as Exigências Laborais e as dimensões do Burnout observam-se associações significativas, positivas e baixas para Fadiga Cognitiva (r=0,303; sig=0,000) e para a Exaustão Emocional (r=0,340; sig=0,000), sendo moderada com a Fadiga Física (r=0,431; sig=0,000). Quanto à Organização do Trabalho e Conteúdo e às Relações Sociais e Liderança apresentam, correlações significativas, negativas e baixas com a Exaustão Emocional (r=-0,207; sig=0,005 e r=-0,291; sig=0,000, respetivamente). Os Valores no Local de Trabalho apresentam correlações significativas, negativas e baixas com a Fadiga Física (r=-0,319; sig=0,000), Fadiga Cognitiva (r=-0,229; sig=0,002) e com a Exaustão Emocional (r=-0,397; sig=0,000). Observa-se ainda correlações significativas, negativas e baixas, entre a Personalidade e a Fadiga Física (r=-0,244; sig=0,001), a Fadiga Cognitiva (r=-0,307; sig=0,000) e a Exaustão Emocional (r=-0,257; sig=0,000). Na dimensão Saúde e Bem-Estar verificam-se correlações significativas, positivas e moderadas com a Fadiga Física (r=0,688; sig=0,000), a Fadiga Cognitiva (r=0,620; sig=0,000) e a Exaustão Emocional (r=0,525; sig=0,000). Por fim, em relação aos Comportamentos Ofensivos correlaciona-se positiva e significativamente, com associações baixas, com a Fadiga Física (r=0,251; sig=0,001), a Fadiga Cognitiva (r=0,285; sig=0,000) e a Exaustão Emocional (r=0,285; sig=0,000). Em síntese, os resultados apontam para que esta problemática, deva ser regularmente monitorizada e avaliada, e que sejam aplicadas intervenções adequadas para proteger e promover a saúde dos profissionais, ainda mais, em situações inesperadas e que exigem rápida adaptação, como nesta pandemia.
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