Enquadramento A transição para a parentalidade constitui um desafio importante para os Pais, mas também para os enfermeiros de saúde materna e obstétrica que têm o dever de apoiar nestes processos. A visita domiciliária poderá ser um instrumento de cuidar importante nestes cuidados, pois permite avaliar a dinâmica familiar no seu verdadeiro domínio, sendo assim fulcral avaliar a sua efetividade e o seu potencial para dar suporte à construção de novos papeis. Assim, na primeira parte do presente trabalho será efetuada uma reflexão sobre as aprendizagens efetuadas em contexto de estágio e, por sua vez, na segunda parte será descrita a componente investigativa deste percurso formativo.
Estudo de nível I do tipo exploratório-descritivo de natureza qualitativa. Os dados foram recolhidos através de entrevistas realizadas às mães/casais que receberam visita domiciliária do enfermeiro nos últimos 6 meses, que aceitaram participar voluntariamente da entrevista.
Resultados:
A análise das entrevistas permitiu perceber que as mães atribuem um valor muito elevado às intervenções realizadas durante a visita domiciliária e que as principais dificuldades manifestadas prendem-se com os cuidados ao recém-nascido.
Conclusão:
Da componente de estágio faz-se um balanço rico e extremamente positivo. Da componente investigativa pode-se inferir que a visita domiciliária à puérpera, recém-nascido e aos casais é determinante no processo de transição e adaptação à parentalidade, tornando-a mais saudável, feliz e harmoniosa, constituindo um domínio rico de oportunidades de intervenção do enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica.