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Fatores individuais e contextuais associados à incapacidade em idosos brasileiros / Individual and contextual factors associated with disability in elderly Brazilian popolation

Figueirêdo, Danielle Samara Tavares de Oliveira.
Belo Horizonte; s.n; 2019. 146 p. tab, graf, ilus.
Tesis en Portugués | LILACS, BDENF | ID: biblio-998616

Introdução:

A relação entre doenças crônicas e incapacidade está bem estabelecida, porém poucos estudos se propõem a analisar os efeitos independentes de fatores individuais e contextuais simultâneos e ocorrência de incapacidade em idosos.

Objetivo:

Analisar a associação dos fatores individuais e determinantes contextuais com incapacidade para atividades instrumentais e básicas em idosos brasileiros.

Métodos:

Estudo transversal, em que se utilizaram dados de 11.177 idosos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A variável 'desfecho' foi a incapacidade, medida por meio de cinco atividades instrumentais (AIVD) e sete atividades básicas (ABVD). As exposições foram sexo, escolaridade, características da rede social e do acesso aos serviços de saúde e indicadores contextuais (média do Produto Interno Bruto per capita entre 2002 e 2012 por Unidades da Federação , Índice de Gini de 2012 por UF e renda média domiciliar per capita de 2012 e Índice Sociodemográfico por UF de 2013). Foram realizadas análises descritivas e modelos de regressão logística múltipla e multiníveis, ajustado por fatores de confusão, considerando-se um índice de significância de 5%.

Resultados:

A prevalência de incapacidade para AIVD foi de 28,0%, e para ABVD, de 15,5% . As mulheres apresentaram maior chance de ter dificuldades em AIVD, mas não para ABVD. Quanto menor a escolaridade, maiores as chances de incapacidade. As mulheres que não vivem com o companheiro (ORajustada=1,89; IC95% 1,50-2,37); que não participam de atividades sociais (ORajustada =1,88; IC95% 1,48-2,39) e não desempenham qualquer trabalho voluntário (OR ajustada 1,81; IC95% 1,16-2,82) ou remunerado (ORajustada =3,36; IC95% 2,26-4,98) exibiram maiores chances de incapacidade em AIVD. Já entre homens, não praticar atividades sociais e não trabalhar remuneradamente se associaram à incapacidade em AIVD, depois de ajuste. A proporção de idosos com problemas para acessar os serviços de saúde foi de 4,7% (IC95% 4,11-5,43), e, esses, estão mais propensos a incapacidades. A variância da chance de incapacidade em AIVD entre as UF foi de σu2 = 0,0485 (p<0,001) e, para ABVD, σu2 = 0,0363 (p<0,001). O Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondônia, Santa Catarina, o Distrito Federal, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro apresentaram menor chance de ocorrência de incapacidade para AIVD. Já Sergipe, Amazonas, o Rio Grande do Norte, o Ceará, Alagoas e o Piauí apresentaram maiores chances de AIVD em idosos. Apenas Alagoas apresentou maiores chances de incapacidade para ABVD. O Índice Gini reduziu a variância das UFs do Brasil para a chance de incapacidade em AIVD em 80,3%. Para ABVD, o PIB per capita reduziu em 77,6%.

Conclusão:

O sexo feminino apresentou maiores chances de incapacidade em relação ao masculino, nos estágios iniciais do declínio funcional. A baixa escolaridade e a ausência de rede social associaram-se a incapacidades. Ter problemas para acessar os serviços de saúde pode ampliar as chances de incapacidade. Estados mais desiguais socioeconomicamente, como os da Região Norte e Nordeste, necessitam de melhorias nas políticas sociais e de saúde para promover um envelhecimento ativo e manter a funcionalidade dessas pessoas.(AU)
Biblioteca responsable: BR21.1