Introdução: A
lesão medular resulta em
falha no esvaziamento da
bexiga , deixando o indivíduo exposto a
risco de
infecção recorrente de
trato urinário ,
refluxo vesicoureteral e até
perda da função renal. O
cateterismo intermitente limpo (CIL) é o
método de escolha para esvaziamento da
bexiga nesses
casos . Apesar de ter uma
técnica simples, sua
realização deve ser bem orientada a fim de evitar
complicações como
infecções ou
traumas . A
orientação para a
técnica deve ser realizada ainda no período de internação pela
lesão , cujo responsável é o
enfermeiro .
Objetivo: Avaliar o
conhecimento dos
enfermeiros que atuam em
hospital de atendimento ao
trauma com relação ao
cateterismo intermitente limpo.
Métodos: Questionário construído com base nas
diretrizes da
Associação Europeia de
Enfermeiros Urológicos, aplicado a 18
enfermeiros de um
hospital universitário ,
referência no atendimento do
trauma raquimedular, a
respeito de disfunção neurológica de
trato urinário inferior e
cateterismo intermitente limpo.
Resultados: Os participantes apresentaram
conhecimento expressivo a
respeito da disfunção neurológica de
trato urinário inferior e CIL. Houve erros quanto à
técnica do CIL nos quesitos de indicação do uso luvas de
procedimento , na
lubrificação do
cateter , coleta de culturas periódicas de
urina , uso
antibióticos e na necessidade de
orientação antes da
alta hospitalar .
Conclusão: Apesar de a amostra demonstrar
conhecimento em várias questões relacionadas ao tema, os erros indicam necessidade de
capacitação e principalmente de
conscientização quanto à responsabilidade de
orientação antes da
alta hospitalar .