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Intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação em mulheres com incontinência urinária após o AVC / Intervention of the nurse specialist in rehabilitation nursing in women with urinary incontinence after stroke

Braga, Marta Soraia da Silva.
Viana do Castelo; s.n; 20220923. il., tab..
Tese em Português | BDENF | ID: biblio-1397110
Contexto e

Objetivo:

A incontinência urinária tem uma grande prevalência em utentes com AVC, principalmente em idades superiores aos 50 anos (Cândido et al., 2017). A persistência desta disfunção, afeta de forma significativa a autoestima e qualidade de vida dos utentes (Thomé et al., 2021; Farrés-Godayol et al., 2022). Desta forma, compreende-se que o enfermeiro especialista em reabilitação, identifica diagnostica, concebe, implementa e avalia, programas de reabilitação (Ordem dos Enfermeiros, 2019). Assim, a intervenção deste profissional é imprescindível para minimizar o impacto da incontinência urinária na pessoa com AVC. O presente estudo tem como finalidade contribuir para a visibilidade da intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, na gestão da incontinência urinária e tem como objetivo principal Avaliar o efeito de um Programa de Reabilitação na Gestão da Incontinência Urinária na mulher após a ocorrência do AVC.

Método:

Estudo de Casos Múltiplos, método quantitativo (Yin, 2018). A amostra foi constituída por (n=5) com idade compreendida entre os 53 e os 87 anos, com diagnóstico de incontinência urinária após a ocorrência de AVC. Foi aplicado um programa de reabilitação para a gestão da incontinência urinária desde a deteção da incontinência urinária, até ao momento da alta clínica. A avaliação foi realizada através da Escala de Autoeficácia de Broome e de Diário Miccional.

Resultados:

Os resultados do estudo foram de encontro aos objetivos permitindo concluir que relativamente à urgência urinária das 5 (100%) utentes em estudo, 4 (80%) apresentavam urgência urinária no início do estudo e nenhuma apresentava no final. O mesmo aconteceu com as perdas de urina em que 5 (100%) apresentava perdas de urina e no final nenhuma apresentou perdas de urina. A variável frequência urinária mostrou ao longo do estudo um comportamento condicionado pela orientação das utentes em ir à casa de banho 10 vezes por dia. Foi possível estabelecer uma correlação Spearman mostrando haver relações entre as diferentes variáveis T-test para amostras emparelhadas, de forma a comparar os valores antes e depois da intervenção, foi possível constatar que há diferenças estatisticamente significativas antes e depois do programa relativamente à urgência urinária [t(4)= 3,50; p=0,025; d=1,57] e às perdas de urina [t(4)= 4,47; p=0,011; d=2,00], compreendendo-se que em ambos os casos há melhorias. Na aplicação da escala de autoeficácia de Broome, verificou-se que antes do programa de reabilitação tanto na parte A como na B todas as participantes apresentaram baixa autoeficácia na confiança de contração dos músculos pélvicos, exceto no Caso 8 que apresentou autoeficácia moderada na avaliação da parte B. Na segunda avaliação todas as utentes apresentaram elevada autoeficácia na confiança de contração dos músculos do pavimento pélvico.

Conclusão:

O programa de reabilitação para a gestão da incontinência urinária, composto por alterações comportamentais e sessões de exercícios de reabilitação específicos da musculatura do pavimento pélvico, teve um efeito positivo na diminuição da urgência urinária e quantidade de urina perdida, bem como no nível de confiança na realização das contrações dos músculos pélvicos, sem que ocorram perdas de urina e no nível de confiança nas contrações dos músculos pélvicos como prevenção de perdas involuntárias de urina. É imprescindível a produção de investigação nesta área, no intuito de comprovar a importância dos programas de enfermagem de reabilitação na resolução da incontinência urinária após o AVC.
Biblioteca responsável: PT47.1