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Capacitação do cuidador informal da pessoa dependente no domicílio, no autocuidado transferir-se / Empowering the informal caregiver of the dependent person at home in self-care transferring

Silva, Ana Sofia Vale da.
Viana do Castelo; s.n; 20220924. il., tab..
Tese em Português | BDENF | ID: biblio-1397113
O avanço dos conhecimentos na área da saúde ao longo dos tempos contribuiu para o aumento da esperança média de vida, segundo Ribeiro (2013), o aumento da população idosa, acompanhado do desenvolvimento e agravamento de doenças crónicas, apresentam- se como determinantes para o aumento do número de pessoas com elevado grau de dependência e, portanto, dependentes de terceiros no seu contexto familiar e meio habitual de vida. A inevitável associação destes dois fatores, implica a crescente necessidade de cuidados deste tipo de população, o que consequentemente potencia a necessidade da existência de cuidadores informais, cujo papel na maioria das situações é assumido pelo familiar cuidador (MARTINS et al, 2014). Neste sentido surgiu a necessidade de investimento na área dos cuidados no domicílio, uma vez que o seu objetivo consiste em proporcionar a mais elevada qualidade de vida possível ao doente/família/cuidador informal, nada se afigura mais importante que a capacitação do C.I. em aspetos tão simples como o autocuidado, mas ao mesmo tempo tão exigentes fisicamente como o autocuidado transferir-se, a prevenção das complicações inerentes á imobilidade da pessoa dependente, bem como a prevenção das lesões músculo- esqueléticas do cuidador, sendo cruciais para um cuidado de boa qualidade. Neste sentido, e inserido no desenvolvimento do estágio de Natureza Profissional, surgiu a presente pesquisa que se tratou de um estudo sobre a capacitação do Cuidador informal da pessoa dependente no domicílio no autocuidado transferir-se, cujo objetivo geral é Capacitar o Cuidador Informal para cuidar da pessoa dependente no âmbito do autocuidado transferir-se. E como objetivos específicos foram definidos os seguintes • Identificar que conhecimentos os cuidadores informais de pessoas dependentes no domicílio possuem sobre complicações da imobilidade; • Conhecer quais as dificuldades dos cuidadores informais no que concerne aos posicionamentos /mobilizações; • Identificar as fragilidades e as necessidades de formação dos cuidadores informais; • Realização de ações de formação, no domicílio, formais e informais de acordo com as fragilidades formativas dos cuidadores informais;Compreender as razões que levam os cuidadores informais á não adesão dos levantes dos seus dependentes. Os métodos utilizados para a recolha de dados foram, a observação direta em campo de estágio, realização de entrevista aos cuidadores de pessoas dependentes no domicílio. Este trabalho teve como finalidade contribuir para a prevenção das complicações inerentes à imobilidades das pessoas dependentes e contribuir para a prevenção das lesões músculo-esqueléticas do cuidador de pessoas dependentes. Com este presente estudo, foi possível mostrar que a maioria dos C.I.´s, são mulheres, filhas dos dependentes e a vivenciar uma situação de desemprego. Não tiveram formação para a realização desta tarefa de cuidar e muitas desenvolveram esta capacidade vendo fazer a outros, ou empiricamente. A maioria das cuidadoras não se sentem capazes de mobilizar o seu dependente sozinhas e por isso mesmo adotam posições viciosas para o fazer, desenvolvendo LME. O método utilizado nesta pesquisa foi a investigação-ação na qual o investigador foi corrigindo/agindo sobre o C.I. durante a sua pesquisa capacitando o C.I. no autocuidado transferir-se. Tratou-se de uma investigação qualitativa, na qual o investigador após reunir os dados sobre a realidade dos C.I.´s e identificado necessidades dos mesmos, desenvolveu uma ação de formação de modo a capacitar o Cuidador Informal, deixando material de apoio como manual do Cuidador, panfletos e material multimédia (vídeo) material de apoio técnico, para esse efeito. Por fim , constatou-se que pelas lacunas existentes ao nível desta problemática, faz todo o sentido, a criação de programas de intervenção de suporte à prevenção das complicações da imobilidade, o desenvolvimento de estudos que gerem modelos de intervenção e que visem promover o autocuidado transferir-se e a capacitação do C.I., bem como o apoio e remuneração dos C.I.´s, pois estes vêm esta sua tarefa como uma imposição social, castrando todo o seu desenvolvimento financeiro e social, tornado pesaroso o cuidar dos seus dependentes.
Biblioteca responsável: PT47.1