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Fadiga por compaixão e Cultura de segurança do doente: Um estudo com Enfermeiros gestores / Compassion fatigue and patient safety culture ­ A study with nurse managers

Pereira, Joana.
Porto; s.n; 20221117. il., tab..
Tese em Português | BDENF | ID: biblio-1400135
A Qualidade de Vida Profissional (QVP) dos Enfermeiros é avaliada na maior parte das vezes, pelo modelo de Stamm (2010), revelando uma associação entre a Satisfação por Compaixão (SC) (polo positivo e fator protetor) e a Fadiga por Compaixão (FC) (polo negativo). Este último, multidimensional, tem como subcomponentes o Burnout e o Stresse Traumático Secundário. O ambiente de trabalho é determinante na manutenção destes fenómenos e pode ser medido através das dimensões propostas por Sorra e Nieva (2004) que garantem as condições de trabalho essenciais para a segurança do doente e dos profissionais. Neste ponto o Enfermeiro gestor desempenha um papel fundamental, sendo a liderança baseada numa gestão positiva fator protetor dos riscos psicossociais (DGS, 2021). Este estudo integrado no Projeto multicêntrico Health Work Project International-HWOPI (ESEP/CINTESIS@RISE), teve como objetivos identificar os níveis de FC dos Enfermeiros gestores de hospitais portugueses, avaliar a Cultura de segurança do doente na perspetiva dos Enfermeiros gestores, descrever a relação entre a FC e as variáveis sociodemográficas e profissionais dos Enfermeiros gestores, e descrever a relação entre a FC e a Cultura de Segurança do doente. O desenho de pesquisa foi quantitativo, descritivo-correlacional e transversal. Aplicou-se um questionário para caraterização sociodemográfica e profisisonal, a Professional Quality of Life Scale 5 (Stamm, 2010; Carvalho & Sá, 2011) e o Hospital Survey on Patient Safety Culture (Sorra & Nieva, 2004; Eiras et al., 2014), a 127 Enfermeiros gestores de organizações hospitalares portuguesas, selecionados através de uma amostra tipo bola de neve. Os resultados obtidos evidenciaram que os Enfermeiros gestores apresentaram valores moderados de SC e FC; a FC foi influenciada por fatores pessoais como o sexo e a presença de filhos; persistiu necessidade de intervenção em todas as dimensões da Cultura de segurança do doente dos sistemas de organização hospitalar da amostra do estudo; e quanto melhor perceção da Cultura de segurança do doente, menor probabilidade de FC nos Enfermeiros gestores, existindo uma associação negativa entre a FC e todas as dimensões da Cultura de segurança do doente. Os resultados obtidos em conjugação com a revisão da literatura desenvolvida ao longo deste percurso investigativo acerca da temática, permitiu conhecer estratégias para a prevenção da FC através de programas internos dirigidos aos Enfermeiros gestores e outras categorias, que privilegie o bem-estar mental do indivíduo e da equipa, assim como, desenvolver rotinas e procedimentos de gestão que atendam às dimensões da Cultura de segurança do doente. Os Enfermeiros gestores podem adequar projetos de melhoria contínua, priorizando a intervenção, com vista à otimização da Cultura de segurança do doente e à promoção da QVP.
Biblioteca responsável: PT51.1
Localização: PT51.1